POV Autora
— AHHHH! — Pietro grita em frente ao espelho tendo Wanda rindo fora do quarto por trollar o irmão em plena sete da manhã — WANDA!
— O que? Foi só uma raspadinha. — ri apontando na porta do banheiro vendo um lado da cabeça do irmão raspado — Tem sorte de eu não ter feito isso na parte de cima!
— Eu mato você! — resmunga entre dentes tendo a irmã rindo novamente — Vai ter volta, pode apostar!
— Morrendo de medo! — debocha e se oferece para rapar as laterais do cabelo tendo ele negando raivosamente — Você não vai conseguir sozinho.
— Okay! — se senta no vaso sanitário emburrado vendo Wanda buscar a máquina de cortar cabelo e iniciar o corte — Vai ficar ridículo, Wanda!
— Mais feio você não fica. — debocha ganhando um empurrão dele — Sabe... Eu dei meu primeiro beijo.
— Quem teve coragem? — questiona divertido tendo Wanda ameaçando cortar todo seu cabelo — Estou brincando, enjoada! Como que foi?
— Diferente... Um diferente bom. — sorri ao lembrar da situação — Mas sei lá, ela é uma agente do FBI, é assassina e bruta... Talvez só queira sexo.
— Está falando da Romanoff? — pergunta surpreso tendo Maximoff assentindo — Wow... Ela não é mulher para você, mana! Sério... Uma mulher linda, com a vida ganha, deve ter tudo e quem quiser, vai ficar com uma garota como você?
— Essa doeu! — resmunga passando a mão pela nuca do irmão para tirar o excesso de cabelo raspado.
— Você me entendeu, não leva a mal. Pense comigo... Uma agente do FBI, linda, bruta, rica, ignorante, estranha e que só sabemos o sobrenome, vai gostar de uma garota como você? Estuda, humilde, garçonete e virgem. — explica de uma forma menos ofensiva tendo a irmã entendendo seu ponto de vista.
— Você tem razão...— confessa baixo acertando o pé do cabelo dele — Mais qual é? Se ela quiser só sexo, não tem problema.
— É isso que realmente quer? — questiona a olhando dessa vez e Wanda suspira assentindo — Use camisinha, não quero ser tio.
— PIETRO! — acerta um tapa na cabeça dele ficando vermelha de vergonha — Vai para o banho e lave bem essa cabeça!
Wanda se retira do quarto de Pietro, caminhando no corredor e descendo as escadas. Já estava arrumada para encontrar Natasha, mas não se sente tão confiante mais, já que o irmão falou a verdade. Romanoff tem a vida ganha e é perfeita, Wanda é apenas uma estudante que é garçonete, não tem pais, só tem Pietro como família e amigas, apenas duas. Não tem chance com a ruiva de alguma forma e precisa agir com mais cuidado, não quer se decepcionar esperando algo que não pode ter.
(...)
Romanoff suspira saindo de casa após deixar Sam dormindo no sofá e Steve tomando banho, seu caminho foi demorado por estar indo devagar, talvez para pensar melhor sobre o que está fazendo. Não iria arregar agora, poderia apenas esclarecer as coisas para a mais nova e pronto, poderia curtir um pouco com ela sem que corresse o risco de desentendimentos. Natasha teve seus problemas antigamente e confessa que já até se apaixonou algumas vezes, mas aprendeu que isso só causa dor e sofrimento solitário, o que até que combina com seu legado, mas não é algo que se orgulharia.
— Fala, Steve! — exige assim que atende o celular posicionado no painel do carro, presta atenção na estrada esperando ele se pronunciar.
— Use camisinha! — diz rindo em seguida, Natasha bufa desligando a ligação e rindo logo em seguida do amigo idiota que tem.
— Eu lido com babacas! — resmunga sorrindo de lado e estaciona em frente a casa da garota, buzinando logo em seguida.
— Já vou. — Wanda sinaliza da janela fazendo a ruiva assentir esperando, segundos depois sai de casa com um casaco nos ombros abrindo a porta e adentrando o veículo — Bom dia!
— WANDA! — ambas se assustam com o chamado e segundos depois Pietro corre até elas parando na janela apenas de roupão de banho — Esqueceu a camisinha, caralho!
— O que? — questiona com os olhos esbugalhados ao ter um pacote jogado em seu colo.
— Obrigada! — Natasha agradece rindo e o gêmeo bate continência sorrindo — Antes que banque o irmão mais velho... Vou cuidar dela.
— Gosto um pouquinho mais de você agora. — sorri fazendo Romanoff rir tendo Wanda ainda envergonhada.
— Meu Deus, me desculpa! Ele é um idiota de mão cheia. — resmunga com vergonha tapando o rosto com as mãos — Eu juro que minha intenção não é transar com você.
— Não? Que azar o meu, porque eu sim quero transar. — confessa descaradamente fazendo a garota ficar azul.
— Err... E-Eu...— gagueja tentando falar algo mas desiste quando não consegue — Que vergonha...
— Você não quer? — pergunta dirigindo naturalmente e a morena não responde — Okay, podemos só ficar nos beijos.
— Obrigada. — agradece baixo fazendo Natasha assentir — Não é que eu não queira. Você é uma mulher linda e tudo mais, mas não quero confundir as coisas e sexo é algo íntimo demais para nós duas!
— Eu entendo. — responde, um pouco decepcionada e estaciona em frente ao café enorme e com toda certeza, caro aos olhos de Wanda.
— Não é por nada não, mas aqui? Eu com toda certeza deixaria o meu salário com um café. — encara a ruiva que ri negando.
— Eu te convidei, eu pago. — se retira do carro dando a volta e abrindo a porta para a garota — Tudo para beijar seus lábios.
— Está tentando me comprar com comida? Está dando certo. — ri adentrando o local com Romanoff que sorri guiando Maximoff até a mesa reservada.
— Dois bolos floresta negra, dois capuccino e um croissant salgado. — pede á garçonete e Wanda não acrescenta nada além do que ela pediu — Então é só.
— Como... Como é ser agente do FBI? — pergunta curiosa mas acanhada — Tem toda aquele poder e rivalidade com a CIA?
— É bem louco ser agente e FBI a maioria das vezes tem problemas com a CIA porque as pessoas desse departamento costuma lidar mais com a tortura do que o interrogatório tradicional. — resume tendo a mais nova concordando.
— Isso é legal. — sorri contente para a russa, essa que assente ainda não crendo que está ficando com a garota causadora da perda de um fugitivo desgraçado — Você é russa, não é? Consigo ver um leve sotaque bem longe no que você fala, bem pouquinho.
— Так любопытно — Natasha sorri com os cotovelos apoiados na mesa e ri ao ver a expressão da mais nova.
— Me xingando uma hora dessa? — questiona baixo e com os braços cruzados tentando intimidar de alguma forma.
— Eu só falei que você é muito curiosa. — ri explicando e encarando os olhos verdes intensos da menina — Eu sou russa sim.
— Eu também tenho nacionalidade russa, eu só desaprendi a falar... — murmura franzindo o cenho enquanto Romanoff se encontra curiosa — Nem o sotaque eu tenho... Acho que quis tanto me livrar do passado que esqueci a minha língua materna.
— Isso é... Difícil de se conseguir. — confessa surpresa — Não se lembra de nada? Nadinha?
— Мать — diz naturalmente a única palavra que nunca esqueceu — Só me lembro de "mãe"... Até Pietro não sabe mais falar russo. Apagamos tudo da nossa vida e estamos construindo tudo novo.
— Como consegue ter tanta facilidade para falar sobre seu passado assim? — questiona confusa e a garçonete se aproxima servindo elas — Obrigada.
— Eu não tenho... Só te contei que prefiro apagar meu passado e que não sei mais falar russo. — explica vendo Natasha oferecer um dos bolos.
— Se serve de consolo... Algumas coisas eu esqueço. — sorri tendo a companhia de Maximoff no ato — Eu sou poliglota e isso contribui na confusão.
— O que você não é, hein? — questiona indignada comendo o bolo delicioso em seguida.
— Familiarizada? Não tenho família. — conta conseguindo toda a atenção de Wanda — Eu não falo isso para as pessoas facilmente então se considere com sorte... A única família que tenho é Clint e Steve.
— Os "idiotas"? — questiona divertida para quebrar o clima tenso que se instalou — Clint é legal e Steve também.
— Não dê liberdade... Eles montam em cima como se já fossem amigos a anos. — pede comendo seu café da manhã — O que você estuda?
— Neurologia. Eu sei, bem corajosa mas Deus perdoa. — sorri divertida tendo Romanoff encarando seus lábios — Para de fazer isso, depravada.
— O que que essa boquinha pode fazer, hun? — pergunta mordendo o lábio inferior observando as bochechas da garota corar aos poucos — Vamos terminar de comer... Depois vamos em outro lugar.
Maximoff concorda envergonhada e termina de comer o bolo tomando seu capuccino sobre os olhos avaliativos de Natasha. Nunca ninguém a olhou assim, com desejo e curiosidade, a única garota que deu um selinho foi Kiara, uma garota de cabelos cinza que se mudou para a França, deixando a amiga para trás, mas entende a escolha dela, precisa ter sua vida acima de tudo.
(...)
Maximoff se perde nos lábios macios de Romanoff, essa que mesmo dentro do carro, não deixa de acaricar o corpo da garota que sente o mesmo esquentar diante de cada toque nada inocente vindo da mulher. Natasha aprofunda o beijo segurando o rosto da morena com uma mão e se delicia em sugar a língua dela vagarosamente como se estivesse fazendo um oral delicioso na garota, essa que geme surpresa pelo ato em seu músculo quente.
— Okay, respirar... — se afasta ofegante e tentando manter o controle em seu corpo — Céus, eu não estou bem.
— O que? Eu fiz algo de errado? — questiona preocupada enquanto limpa os cantos dos seus lábios úmidos e levemente inchados pelos beijos.
— Estou bem, você não fez nada... É isso, nada. — forma um biquinho em seus lábios — Você me atiçou, Wanda!
— Isso é bom? — questiona confusa encarando a ruiva no banco do motorista ao seu lado.
— Para você? Sim. Para mim? Péssimo, porque é tortura. — choraminga apertando suas coxas uma na outra não passando despercebido pela morena.
— Eu não sei como... Como ajudar. — engole em seco observando cada ato da ruiva, e tudo o que Romanoff faz é puxar Maximoff para mais um beijo intenso dentro do carro no estacionamento.
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