História A Lista De Hoseok - Que diabos...?

      Uma hora depois, as instituicões de caridade prediletas de minha mãe estão com quantias financeiras substanciosas, e tanto Suga quanto Jimin têm dinheiro suficiente para passar o restante de seus dias em uma extravagância ociosa. Como nossa mãe conseguiu acumular tanta riqueza ? 

- "Jung Hoseok deve receber sua herança posteriormente." = O senhor Jae-Sang tira o óculos de leitura e olha para mim. - Há um ante-risco aqui. Explicarei isso em detalhes depois.

- Ok. = Respondo, literalmente coçando a cabeça.

      Por que minha mãe não me daria a herança hoje ?  Talvez ela vá explicar a razão naquele pequeno diário vermelho que me deixou. E então a ficha cai. Vou ficar com a empresa inteira, que hoje vale milhões, mas só Deus sabe como ela vai sair sob minha liderança, pois tenho apenas 19 anos e não tenho experiência alguma. Uma dor surda domina as têmporas do meu rosto. 

- Agora é sobre a casa da mãe de vocês. = Ele coloca os óculos no nariz e acha o ponto em que havia parado no documento. - "Minha casa e todo conteúdo devem permanecer intactos durante doze meses. Nem a estrutura nem o que ela contém devem ser vendidos ou alugados durante esse período. Meus filhos não podem permanecer na casa por mais de trinta dias consecutivos e não são bem-vindos para fazer uso pessoal dos utilitários domésticos."

- Sério ? = Diz Suga, encarando o Sr. Jae-Sang. - Nós temos nossa própria casa. Não há necessidade de manter a dela.

      Sinto meu rosto queimar e então volto a atenção para as minhas mãos.

- Mano, é a vontade da mamãe = Diz Jimin em seu contumeiro tom amigável. - Precisamos respeitar os desejos dela.

      Suga balança a cabeça em negativa.

- Bem, isso é loucura. São doze meses de impostos absurdos. Isso sem falar nos custos de manuntenção daquela relíquia.

     Suga herdou o temperamento de nosso pai: decisivo, pragmático, machista e desprovido de sentimentalismo. Gostaria que meu tivesse vivido tempo o bastante para testemunhar as transformações de seus filhos, assim como da mulher que eu sentia que ele sempre subestimara.

- Você tem certeza de que ela estava lúcida quando fez esse testamento ? = Pergunta Suga.

      Vejo algo de conspiratório no sorriso do advogado.

- Ah, ela estava lúcida, sim. Garanto a vocês que sua mãe sabia exatamente o que estava fazendo o que estava fazendo. Para falar a verdade, nunca vi um planejamento tão elaborado.

- Vamos prosseguir - Diz Jimin, sempre com o tom amigável, mas bancando o administrador. - Liberamos a casa em seu devido tempo.

      Sr. Jae-Sang então pigarreia.

- Certo, vamos passar agora para a questão da empresa.

      Minha cabeça lateja e sinto quatro pares de olhos fixos em mim. Tento manter uma expressão neutra no rosto. Jimin sempre quis ser dono da empresa. Ele está sentado a caneta pairando sobre o papel. É melhor eu me acostumar com isso.

- " Todas as minhas ações da empresa, assim como o cargo de dono, vão para..."

      Aja com naruralidade. Não fique com os olhos pregados em Jimin.

- "... Meu filho" = Eu ouço, como se estivesse tendo uma alucinação -, "Jimin"

- QUE DIABOS... ? = Pergunto em voz alta.