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História A Little Wicked - Presas e Predadores


Escrita por: Muffin_Paradise

Notas do Autor


OIE

Capítulo 28 - Presas e Predadores


CAPÍTULO XXVIII

PRESAS E PREDADORES

Forks, 30 de Outubro de 2019

Em quase 30 anos do exercício de seu trabalho como caçador, John Campbell se acostumou com a obviedade de seu trabalho.

Na maioria das vezes quando saíam em missão, eles lidavam com casos de possessão demoníaca ou casas assombradas por espíritos... De vez em quando eles caçavam alcateias de lobisomens ou wendigos das cavernas que atacavam mochileiros nas florestas... E é claro, bruxas, que apesar de serem eficientes em se esconder, sempre deixavam rastros de sua maldade para trás.

Tudo muito previsível e menos emocionante.

Mas o que nunca passou em sua cabeça era que justamente naquela cidadezinha chuvosa de merda fosse ter o maior caso que sua família havia visto em gerações.

“Queria que meu pai estivesse vivo para ver uma coisa dessas...” ele pensou enquanto verificava com a lupa a condição da munição especial que sempre carregava, mas que nunca usou...

...pelo menos não até aquele momento.

Que a Lua de Sangue seria um momento no qual atrairiam bruxas para Forks, não era novidade: relatos de tal evento eram de conhecimento geral de todos os caçadores desde a aurora dos tempos.

Mas o que eles não sabiam (e deviam isso graças a um valioso informante local que Mandy conheceu), era que além de bruxas, Forks também abrigava um covil de vampiros, estes possuindo uma estreita ligação com os bruxos - e que de acordo com o mesmo informante, eram três adolescentes ingleses: dois rapazes e uma moça.

John, ao saber da informação, sentiu uma feroz alegria misturada com realização pessoal.

Vampiros!!!

Sete deles, em um só lugar!!! Todos vivendo de uma suposta dieta a base de sangue animal, um deles sendo audacioso o suficiente de ser o médico (!) local!!!

Ah, a doce ironia da coisa...

Durante séculos, Caçadores enfrentaram a quase impossível tarefa de exterminar vampiros, pois eram de longe uma das criaturas mais difíceis de matar... Afinal, vampiros também eram caçadores naturais: seus sentidos como audição, visão e olfato eram extremamente apurados. Possuíam velocidade e força sobre-humana... E é claro, alguns deles eram dotados de poderes.

Muitos caçadores morreram ao tentar matá-los.

Alguns até se transformaram nesses monstros também.

Por seus corpos serem rígidos como pedra, armas brancas e munições feitas de metal eram ineficientes: se o acertassem, ricocheteariam. Se perfurassem seus corpos, não iriam provocar danos.

Séculos se passaram, e foi preciso do avanço da ciência junto com a brilhante ideia de um caçador que descobriu um método possível de se executar vampiros: balas com pontas de diamante, o mineral mais rígido do planeta, com o cartucho recheado de um complexo composto químico que degradava o veneno contido nos tecidos musculares dos vampiros, causando neles uma convulsão que os deixavam imobilizados.

E uma vez paralisados, era mais fácil atear fogo neles, pois o veneno contido nos corpos era inflamável – uma execução poética, pois esses demônios queimariam também no Inferno.

John olhou para as balas enquanto um sorriso contido se espalhava em seu rosto.

Eram 14 balas, 2 para cada um dos vampiros: quatro homens, sendo um deles telepata e três mulheres, uma delas sendo vidente.

Para os três bruxos ingleses, uma cortesia tradicional da família Campbell: uma quantidade generosa de balas com inscrições sagradas em Latim banhadas na água do Mar Morto, assim como um galão de óleo santo para serem purificados pelo fogo.

O Halloween seria na noite seguinte... A Lua de Sangue também.

E o que restava para John e sua família era esperar...

Esperar como todo bom caçador ao observar sua presa, esperar pelo momento certo e quando fosse o momento certo...

Ele sorriu mais uma vez ao girar a bala de diamante entre seus dedos, seus olhos fixos no objeto que em questão de horas estaria, se o Senhor assim quisesse e os abençoasse, na cabeça e no peito dos monstros.

Era tempo de caçar.

Os predadores, em breve, seriam suas presas.

...

...

...

Nenhum deles era capaz de dizer a quanto tempo que eles estavam naquela posição: parados como estátuas e em silêncio, com olhos fixos em pontos aleatórios da sala, porém enxergando muito além daquilo que encaravam.

A noção de tempo e, principalmente, a noção de si mesmos estava confusa: por um momento fugaz, todos eles deixaram de ser quem eram.

Por um momento, eles não eram mais a família Cullen, não eram mais Alice, Jasper, Esme, Emmett ou Rosalie, Carlisle ou Edward...

Por um momento eles foram Harry Potter.

Harry no qual eles conviveram por quase um ano, o que entrou na família deles por ser o companheiro de Edward e no qual eles julgavam que conheciam até pouco tempo.

Mas não agora.

Eles realmente conheciam Harry?

Pois ele era, até onde sabiam, um bruxo maligno nascido e criado em um mundo vil, ele era o Mestre da Morte, o “Escolhido” do Diabo e possivelmente o responsável – pelo menos de forma indireta – pelas mortes ocorridas em Forks e sabe-se lá quantas outras.

Mas o Harry que conheceram através do diário, o Harry que viram e até mesmo foram, este era... Diferente.

Era apenas um menino cheio de vida como qualquer outro de sua idade, amado por seus pais e querido por seus amigos, com um coração inocente que começava a enraizar aquilo que seria amor por seu melhor amigo de infância, um menino trouxa cuja as feições lembravam e muito à Edward, ou pelo menos como eles imaginavam que Edward pareceu quando criança.

Tudo era tão, tão confuso...

Se antes a situação era preto-no-branco, agora eles percebiam que havia uma zona cinza no meio disso tudo e que borrava as certezas que eles tinham. Eles tinham perguntas... E ao mesmo tempo em que queriam as respostas, eles sentiam medo destas.

Mas eles precisavam delas.

– A-Aquela voz... –  Carlisle pigarreou ao reganhar sua voz. – Que falou com você na Casa de Répteis... E em seus sonhos...

Ele foi incapaz de continuar. As palavras que estavam em sua garganta eram assustadoras demais para serem pronunciadas.

Harry ainda estava sentado de cabeça baixa e em uma posição retraída, ombros subindo e descendo a cada respiração que dava; todos eles podiam sentir o cheiro salino de lágrimas, a batida rápida do coração de alguém que reviveu lembranças e emoções fortes demais.

Era uma visão estranha para eles, vê-lo sem sua habitual armadura e estoicidade... Vê-lo vulnerável.

Com mais uma respiração profunda, ele tirou os óculos e limpou o rosto com as mãos, levantando a cabeça para encarar seu inquisidor.

– Acho que o senhor já sabe... – ele disse baixinho, seus olhos avermelhados.

Carlisle respirou fundo, fechando os olhos ao passar a mão em seu cabelo louro.

Ele sabia que não deveria se impressionar, afinal, ele era um vampiro com mais de 300 anos de idade no qual vira muitas coisas. Mas ainda assim... Ainda assim era chocante saber que sua fé e ensinamentos dados por seu pai eram reais.

Deus era real... As bruxas eram reais... O Diabo era real...

...E ele ouviu a voz dele!

– Quem? – Emmett indagou.

– “O Senhor das Trevas”. – Jasper recitou ao olhar com seriedade para o irmão – Satã.

Não era preciso ter os poderes como os de Jasper para sentir que a atmosfera de sentimentos e emoções da sala mudou com a menção do nome, ficando muito mais pesada.

Mais uma vez, o silêncio perdurou por minutos enquanto que a ideia era assimilada em suas mentes.

Esme respirou pela boca, caminhando em passos lentos até Harry, sentando-se no braço da poltrona no qual o menino estava.

Carlisle fez menção de impedi-la, inconscientemente querendo protegê-la, mas um olhar dela o impediu.

– Foi horrível... O que aconteceu. – ela disse baixinho, colocando sua mão delicada e gelada em cima da do bruxo. – Eu posso ver em seus olhos que você não queria... Você não queria matá-lo.

Harry olhou pra ela e soluçou, a culpa e arrependimento escrita em sua face.

– Ele... – ela murmurou incerta ao referenciar a entidade que para ela era inominável – Ele o manipulou para fazer aquilo... Você não teve culpa.

– E faz diferença? – Harry sussurrou, passando a mão em sua bochecha – Ele continua morto por minha culpa... Eu quis machucá-lo.

‘Fazia diferença?’, a pergunta ficou suspensa no ar.

Ser apenas uma criança de 9 anos dotado de poderes mágicos e literalmente influenciado pelo Diabo, o eximia da culpa de um assassinato? Era o suficiente para limpar o sangue de suas mãos? Ou era apenas mais uma prova de que ele era tão vil quanto todos os outros de sua comunidade?

– Como... Como “ele” consegue falar com você? “Ele” fala com todos da sua gente? – Jasper indagou, olhando para ele.

Harry negou com a cabeça, olhando para seu colo no qual estava a sua mão junto com a de Esme.

– N-não... Pelo menos não com todos... – ele respondeu. – Ele não pode.

– Como assim?

Harry mordeu o lábio inferior de maneira nervosa.

– Quando ele caiu do Paraíso... Junto com um terço dos anjos... Ele foi condenado a viver eternamente no que nós chamamos de “abismo”... – Harry explicou em um tom baixo – Uma dimensão presa entre o mundo dos vivos e dos mortos.

– O Purgatório? – Carlisle cruzou os braços.

– Não... – Harry fungou – Isso é para os vivos. Onde ele está é mais como uma prisão, para que ele não possa...

– Para que ele não possa...?

Harry umedeceu os lábios, seus dedos tremendo.

– Não possa caminhar no nosso mundo.

Silêncio.

– E é essa sua função... Como ‘Escolhido’. – Carlisle conjecturou de maneira fria ao olhá-lo – Libertar Satã de sua prisão... Libertá-lo do abismo.

Harry engoliu o seco, seu coração voltando a bater rápido.

– É por isso que ele falou com você quando criança, não é? – Rosalie prosseguiu com o raciocínio.

O jovem bruxo assentiu, colocando uma mão na nuca ao se sentir tenso. Esme colocou uma mão atrás das costas dele, afagando-o para acalmá-lo.

Harry passou minutos de olhos fechados, respirando fundo como se quisesse novamente o fôlego para poder falar.

– Sim.  – ele disse amargo.

– E ainda assim... Ainda assim você seguiu o caminho dele. – Carlisle disse de maneira indignada.

Harry virou o rosto de lado, sua face se contorcendo em uma expressão genuína de choro.

– Eu segui, senhor... – ele disse virando para olhá-lo com dignidade – Mas ao contrário do que pensa, essa não foi a vida que eu quis pra mim. Nunca foi.

O bruxo fungou, olhando para Edward no fundo da sala, este encarando o chão com uma expressão amargurada.

– Eu te disse isso várias vezes... – Harry sussurrou – Lembra? Eu te disse.

Edward não respondeu, se mexeu ou muito menos o olhou. O inglês esperou por alguma reação dele, mas ao perceber que não obteria resposta, ele abaixou a cabeça, lutando contra o nó em sua garganta.

– Se não é a vida que você quis... – Jasper disse ao cruzar os braços – Então porque que você assinou seu nome no livro dele? Hm? Pra mim nada do que você diz muda o fato de que você assinou porque quis... Você é como todos os outros de seu povo.

Rosalie, Emmett e Carlisle assentiram em concordância, enquanto que Esme e Alice endureceram seus olhares de discordância para seus pares.

Edward permaneceu imóvel.

– Todos nós temos escolhas... – o médico louro concluiu ao olhar para a família.

– EU NÃO TIVE ESCOLHA!!! – Harry esbravejou ao se defender, olhando–os de maneira ferida, seu coração pulsando rápido demais.

Todos, com exceção de Edward, se moveram para trás por precaução, esperando que algo fosse acontecer, que ele os atacasse de alguma forma.

Mas Harry não fez nada. Ele apenas os olhou em meio às lágrimas que escorriam de forma abundante.

– Vocês não sabem como ele é! – ele sussurrou fraco ao olhá-los, seus ombros tremendo – Vocês não fazem ideia do que é ter ele na cabeça...

O garoto fechou os olhos, voltando a abri-los ao olhar pra cada um.

– Ele se aproveita do momento em que você mais sente dor... – ele prosseguiu – E você sabe que é errado... Você sabe que... Que ele mente porque ele é o Diabo, mas é isso que ele faz...

Ele engoliu o seco.

– Ele finge te ajudar quando ninguém mais parece que irá.

Harry cerrou os dentes, fechando os olhos ao balançar a cabeça.

“Isso é tão cruel de sua parte, Harry!!!” a voz masculina macia como plumas soou em sua mente seguida de uma risadinha “O que os nossos anfitriões irão pensar de mim?”

Harry apertou os olhos com força, esfregando sua cicatriz em forma de raio enquanto erguia e fortificava seus muros mentais até a voz desaparecer.

Enquanto os seis vampiros ficaram confusos, somente um deles entendeu o porquê: naquela sala havia um nono convidado no qual não poderiam ver.

– Então era por isso que você nunca me deixou ler sua mente? – Edward se pronunciou pela primeira vez, o ressentimento tingindo o tom de sua voz – Por que você... Tem o Diabo em sua cabeça?

Harry ficou quieto, sentindo um nó em sua garganta e dificuldade em respirar.

– “Minha mente não é um bom lugar para se estar” foi o que você disse pra mim. Era por isso, não é? – ele prosseguiu, seu olhar endurecendo – Deus...

Harry fechou os olhos ao abaixar a cabeça.

– E eu... Estúpido como sou... Achei que era apenas por que você era privado. – ele prosseguiu, esfregando a boca como se as palavras fossem veneno.

– Eu só queria te proteger! – Harry voltou a olhá-lo com súplica.

– Me proteger?! De quem?! De você?! Quão generoso!

– Te proteger dele!!! – Harry rebateu desesperado – Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a você por causa dele!!! Por minha causa!!!

Edward respirou rápido, o ar preenchendo seus pulmões como fumaça seca quente.

– Eu nunca quis machucar você! Eu juro! – Harry chorou ao olhá-lo, limpando as lágrimas com as costas da mão. – Você é tudo para mim agora... E-eu não posso perder você! Eu não... Eu não suportaria.

Edward reprimiu o impulso de abraçá-lo, girando nos calcanhares na direção oposta e caminhando até a janela, observando a lua cheia brilhar sobre a floresta.

Harry respirou pela boca de maneira arfante, caminhando em direção a Edward mas parou na metade do caminho.

– Você não quer perder Edward... – Alice disse ao se aproximar dele – Pois você já perdeu alguém não é?

Harry olhou para a vampira pequenina.

– Cedric... – ela mencionou o nome com cuidado, vendo Harry se encolher – Ele era importante para você, não era?

Os outros cinco vampiros se entreolharam ao se relembrar do menino louro de olhos cinzentos, ainda podendo sentir o eco dos sentimentos no qual Harry tinha por ele desde que eram crianças.

Aquilo fez com que a maioria deles frearem seus pensamentos hostis em relação a ele.

– Você o amava... – Alice murmurou – Mesmo ele sendo um “trouxa”, mesmo sendo tudo aquilo que seus pais ou aquele padre macabro não queriam... Você ainda se apaixonou por ele.

Uma lágrima escorreu do rosto de Harry.

– Algo aconteceu em Godric’s Hollow não foi? – ela sussurrou ao colocar a mão no ombro dele – Algo aconteceu com ele... Com vocês dois.

O bruxo ficou parado, chorando de maneira silenciosa.

– E-ele foi... Ele o grande amor da minha vida. – ele sussurrou, olhando para o lado.

Edward, que ainda observava a vista da janela, viu na mente dele flashes de olhos cinzentos, sorrisos doces e de beijos apaixonados dos dois, já adolescentes.

O vampiro de cabelos acobreados cerrou os dentes ao se virar de frente, sentindo o rancor amargo borbulhar em seu peito enquanto que os olhos ardiam pela vontade de chorar.

“...a maior história de amor de todos os tempos...” – ele disse com voz rouca e ressentida, recitando as palavras que Diggory escreveu em uma carta para Harry.

Seus pais e irmãos o fitaram com olhares indagadores, mas ele os ignorou, fitando apenas o humano em sua frente; Harry levantou a cabeça na direção dele, seus olhos avermelhados pelo choro e lábios trêmulos.

– C-como você sabe disso? – ele sussurrou com a voz quebrada.

Edward virou o rosto para o lado, ignorando sua consciência dizendo-o para parar.

Isso importa? – ele respondeu amargo. – Eu posso literalmente ver agora...

– Edward? – Esme olhou para ele.

– Você conta ou eu conto? – Edward disse rápido ao olhar para o bruxo.

– Contar o quê?

– Que eu e o antigo namorado dele, Cedric Diggory, somos doppelgängers! – Edward praticamente cuspiu a resposta – Que nós dois somos quase uma cópia física um do outro! Que quando ele olha pra mim... Ele pensa também nele! O grande amor da vida dele!

Todos pareceram mortificados ao raciocinarem sobre.

– Então era por isso que você se aproximou de Edward? – Rosalie se virou para o garoto, feroz como uma pantera.

– NÃO!!! – Harry rebateu de imediato, ofendido pela insinuação – Não!!!

Edward o viu caminhar em sua direção.

– Eu m-menti e... E escondi de você muitas coisas... Muitas coisas sobre mim. – ele sussurrou, pegando na mão fria e petrificada do vampiro, olhando-o nos olhos – Mas não porque eu queira fazer mal a alguém, e sim porque eu tenho medo... E tenho vergonha de m-mim, pelo o que sou.

Edward pressionou os lábios em uma linha fina.

– Mas nunca menti sobre o que eu sinto por você! Nunca escondi o que eu ainda sinto por Cedric! – Harry disse com vigor, seus olhos verdes fixos nele. – Eu te disse ontem... Na clareira... Eu te disse desde que você me pediu em namoro... Edward, por favor!

O vampiro desvencilhou-se da mão quente do menor; Harry sentiu o ar escapar de seus pulmões com o gesto de seu namorado, seus lábios tremendo.

‘Eu amo você, Edward’ ele pensou com todo ardor e devoção que tinha dentro de si.

Edward cerrou os dentes novamente, deixando sua resposta – ‘eu também te amo’ – morrer em sua garganta.

Era o certo a se fazer.

Ele havia sido estúpido em ter acreditado em Harry, mas ele não deixaria o bruxo tomar seu orgulho.

– Você disse que não teve escolha... Que não era a vida que queria pra você... Eu acredito em você. – Alice murmurou para Harry, voltando a se aproximar dele.

Ela pausou, franzindo a testa ao sentir um aperto no peito.

– Posso deduzir então que Cedric foi a razão de você ter sido obrigado  seguir esse caminho... Ele... E aquele homem, Padre Riddle. - ela concluiu.

Harry abraçou a si mesmo, Esme o fitando com compaixão enquanto que os outros o olhavam com desconfiança.

Ela respirou fundo, seu olhar mais determinado que nunca, caminhando em direção ao diário que ainda flutuava no meio da sala.

Ela podia ver a data da página: Fevereiro de 1963.

Pouco mais de um ano antes de Harry ter assinado o nome no Livro da Besta.

– O que está fazendo? –  Jasper perguntou alarmado.

– Nós precisamos voltar para Godric’s Hollow... Nós precisamos saber a verdade. – ela disse para eles e depois para o bruxo – De toda a verdade.

...

...

...

Pela primeira vez em meses, Jacob sentiu a sensação de alívio tão poderosa que poderia muito bem ser comparada a uma leveza espiritual.

Todo o ódio, ressentimento, mágoa e dor guardadas em seu peito haviam sucumbido.

Ele estava praticamente em paz.

Curiosamente essa paz fora concedida à ele graças a uma garota forasteira com o rosto de sua Bella, mas que para ele era agora a face de um anjo vingador.

Mandy Campbell e sua família eram caçadores.

Eles caçavam e matavam monstros, aberrações como os Cullens, como os bruxos ingleses que vieram a Forks.

Aberrações como Edward e seu namoradinho, Harry alguma-coisa.

Em questão de horas, todos aqueles desgraçados iriam desaparecer da face da Terra, iriam ter exatamente o que mereciam desde o início.

Aquilo não iria trazer Bella de volta à vida, lógico, mas pelo menos era uma forma dela e dele serem vingados: os maus iriam finalmente pagar por seus pecados.

Suas preces, em fim, foram atendidas.

Tudo iria ficar bem.


Notas Finais


Então gente, papo sério agora: eu sou universitário, e estou no penúltimo semestre da facul. E obviamente estou sendo atolado de trabalhos, tenho que escrever meu TCC e também estudar para minha OAB... Enfim, estou fudido kkkkk

Em consequência disso, minhas atualizações serão menos frequentes, em especial 'A Little Wicked', pois é uma fic muito mais densa e que me exige mais para escrever. Não vou abandonar jamais, pois tenho como missão dar um final digno que vocês merecem.

Muito obrigado a todos que leem, pelos favoritos, muito obrigado pelo carinho e atenção que recebo aqui nesse site por meio de seus comentários.
Eu AMO ler o que vocês escrevem <3

Caso queiram, me sigam no Twitter! - https://twitter.com/muffin_paradise
Ou me perguntem alguma coisa (nem sei pq tenho isso, pq ninguem me pergunta nada mesmo kkkkk) - https://curiouscat.qa/muffin_paradise

PS: Não sei se sabem, mas tenho uma nova fic Hedric no universo ABO, super fluff-e-hot no qual comecei...Acho que irão gostar também :P
https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-lion-and-the-badger-20275129

FUI!!!


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