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História A Loira que apenas EU posso ver - Escolha


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Nada a declarar ;-;


Qualquer erro me avisem!

Boa leitura a todos!

Capítulo 41 - Escolha


Na manhã fria do dia seguinte, Natsu vestia uma calça de moletom e um agasalho de lã, cobrindo todo o seu corpo, enquanto terminava de arrumar as malas.

Natsu –... Isso não é meu – murmurou para si mesmo – Na verdade, eu só trouxe minhas roupas quando me mudei pra cá... Mas eu poderia pelo menos levar a Tv, só que como vou carrega-la?

O rosado teve seus planos interrompidos ao ouvir o toque da campainha.

Natsu – Quem será? – caminhou até a porta. Ao abrir e ver que era sua menor amiga, Levy, voltou a fechar a porta.

A pequena usou o pé, impedindo que o rosado a evitasse.

Levy – O que está fazendo? – se indignou com a atitude do amigo.

Natsu – Você deveria estar na escola, por que está aqui? – indagou calmamente.

Levy – Me deixe entrar – pediu um pouco mais calma.

Natsu – Não – respondeu no mesmo tom.

Levy –... Por que não? Por acaso está com alguma garota? Está traindo a Lucy? – perguntou seriamente.

Natsu –... Eu não vejo a Lucy há meses – respondeu no mesmo tom, surpreendendo à amiga – Ela sumiu e desde então não a vi nem a ouvi mais – explicou –... Nem mesmo sei se ela ainda está viva.

Levy –... Você sabe que ela e o Sting estão noivos, né? – viu o rosado confirmar com a cabeça – E foi por isso que você não foi atrás dela?

Natsu – Ir atrás? – não entendeu – Do que você está falando? Quando ela sumiu, eu pensei que ela poderia ter acordado... Mas quando fui ao hospital, ela não estava mais lá... Me informaram que ela havia sido transferida, mas não me disseram para onde – explicou – E como eu poderia perguntar ao Sting para onde haviam a levado?

Levy – E por que não perguntou para mim? – indagou.

Natsu – Eu esperei... Esperei para ver se você e os outros comentavam algo sobre ela, assim eu saberia o estado em que ela se encontrava... Se ela acordou ou não, se ela piorou ou se... – não concluiu.

Levy –... Do que está falando? Você apenas fugiu, se escondeu – respondeu com um pouco de repulsa com a ação do amigo.

Os olhos do rosado perderam o brilho, passando a encarar a pequena friamente.

Levy – Me deixe entrar – voltou a pedir.

Natsu – Eu não fugi, muito menos me escondi – continuou impedindo a amiga de adentrar seu apartamento – Vocês também não me disseram nada... Se ela tivesse acordado, qualquer um teria deixado escapar, se ela tivesse morrido, todos teriam ficado tristes... Mas vocês continuaram como sempre... O que acham que pensei? Acreditei... Acredito que o quadro dela não mudou em nada... Me destruiria vê-la sobre uma cama de hospital, inconsciente, sem que eu pudesse fazer nada – falou seriamente – Nem o Sting, que seria o primeiro a contar, me informou sobre algo... – concluiu.

Uma veia saltou sobre a testa da garota – Não acredito que estou perdendo aula, ouvindo você – comentou irritada, surpreendendo o amigo – Acho incrível como você parece saber das coisas sendo que ficou por mais de três semanas sem ir para a escola e também sem atender o celular... O que esperava? Que ficássemos falando sobre um mesmo assunto por mais de meses?

Natsu –... Onde você está tentando chegar? – desconfiou, mas não recebeu uma resposta –... Quer entrar? – finalmente abriu a porta por completo.

Levy – Vem comigo – o chamou já voltando para o elevador.

Natsu – Espera eu me trocar! – pediu.

Levy – Não! – exclamou, dando o troco no amigo.

O rosado nada pode fazer além de seguir a pequena vestido daquela forma mesmo.

Natsu – Para onde vamos? – indagou enquanto o elevador descia.

Levy – Para o hospital – respondeu calmamente.

Natsu –... Você está doente? – não entendeu.

Levy –... Não, estamos indo curar sua idiotice – soltou um longo suspiro.

Os dois caminharam calmamente em direção ao hospital enquanto o rosado enchia a pequena de perguntas, mas não recebia nenhuma resposta. Ao finalmente chegarem no edifício, Natsu voltou a indagar.

Natsu – Eu realmente preciso saber o porquê de eu estar no hospital em que a doutora Aries trabalha, ainda mais vestindo calça de moletom e blusa de lã – comentou um pouco revoltado pela falta de respostas.

Levy – Cale a boca, apenas me siga – respondeu calmamente.

Natsu seguiu a pequena até o terceiro andar do hospital, mas ao ver a amiga adentrar um dos quartos daquela ala, parou em frente à porta.

Levy – O que está fazendo? Vem! – chamou pelo garoto.

Natsu –... Q-Quem está nesse quarto? – perguntou desconfiando da resposta.

Levy – Vem e você verá – o respondeu.

Natsu – É-É a Lucy quem está ali... Ela só foi transferida de uma ala para a outra do hospital, eu deveria ter pensado nisso, mas... Se ela ainda estiver em coma, eu não irei aguentar... Se ela tiver acordado e não se lembrar de mim, eu não irei aguentar... Se ela ainda se lembrar de mim e não quiser mais se relacionar comigo... Não irei aguentar – pensou completamente nervoso –... E-Eu vou ao banheiro – informou ao se virar para que pudesse sair dali.

Levy – AH, VAI FUGIR DE NOVO! – gritou correndo atrás do amigo, sendo repreendida pelas enfermeiras.

A pequena pulou sobre o rosado, o derrubando. Poucos minutos depois já tentava empurrar o amigo para dentro do quarto.

Natsu – E-Espera, eu não estou preparado – informou sem conseguir disfarçar seu nervosismo.

Levy – Apenas entre ai! – continuou empurrando.

Natsu – Ah... – sentiu Levy parar, mas logo ouviu aquela voz que parecia tão doce em seus ouvidos.

– Levy? – mencionou o nome da menina em um tom sonolento – O que faz aqui? E a escola?

Natsu deu apenas mais uns passos para frente, vendo aquela garota de cabelos loiros que tanto lhe fez falta durante os últimos meses. Seus olhos ganharam um leve brilho e suas bochechas um forte rubor ao ver Lucy sentada sobre a cama, com as pernas cobertas e os cabelos despenteados, mas nenhuma palavra saiu de sua boca.

Levy – Lucy, você já acordou? – estranhou.

Lucy –... Culpa do seu grito – bocejou e se espreguiçou –... Pode pentear meu cabelo? – pediu gentilmente.

Levy pegou o pente que estava guardado com algumas outras coisas da loira e logo se sentou ao lado da amiga, começando a pentear os cabelos de Lucy.

Levy –... Está tudo bem com você? – percebeu certo brilho nos olhos da amiga enquanto a mesma encarava o rosado.

Natsu e Lucy se encaravam, mas nada diziam.

Levy – Que dia você vai poder ir pra casa? – voltou a fazer perguntas.

Lucy –... Hoje provavelmente – respondeu calmamente sem desviar os olhos do rosado –... Levy... Quem é esse garoto?

Assim que a pergunta foi concluída, os olhos de Natsu ficaram opacos e seus ouvidos pareceram ter sido tampados, já que não conseguia ouvir mais nada ao seu redor.

Levy – O que? Não se conhecem? – estranhou.

Lucy – Não... Nunca vi um garoto com cabelos tão... Exóticos – respondeu normalmente.

As lagrimas inundaram os olhos de Natsu, mas o mesmo se controlou para não chorar ali, na frente das meninas.

Natsu –... E-Eu... E-Eu preciso ir agora – informou.

As garotas apenas viram o rosado sair rapidamente do local, mas voltar na mesma velocidade.

Natsu andou até o lado de Lucy, estendendo a mão para a mesma – F-Foi um prazer... Te conhecer – comentou com os olhos vermelhos, já quase não conseguindo se controlar mais.

A loira levantou a mão, segurando a do rosado, não o deixando no vácuo.

Mas no mesmo instante, Natsu e Levy viram Lucy segurar a risada.

Natsu/Levy – Eh? – não entenderam.

Lucy – V-Você... Tinha que ter visto a sua cara – soltou uma forte gargalhada – Parecia... Parecia que ia chorar – continuou rindo.

Natsu – Lucy... Você... Se lembra de mim? – indagou surpreso.

Lucy – Claro que sim! Rejeitado-kun – continuou a gargalhar, mas logo sua risada cessou ao ver as lágrimas escorrerem pela face ruborizada do rosado –... Por que está choran... – foi interrompida ao ser abraçada de repente pelo garoto.

Natsu – Estou tão feliz! – apertou ainda mais o abraço, fazendo com que Levy se afastasse um pouco – Eu... Senti tanto medo quando você sumiu... Eu... Senti tanta saudades – falou em meio ao choro – Eu... Te amo tanto.

De longe, Levy viu a amiga retribuir o abraço timidamente, com a face completamente corada.

Mas não demorou muito para que Natsu se separasse do abraço –... Por que não me avisou que havia acordado? Você poderia ter falado pra Levy me dizer – indagou um pouco mais sério.

Lucy – Se lembra de que eu passava o tempo todo dormindo? Enquanto eu dormia lá, era por que eu estava acordando aqui... Eu acreditava que eram sonhos, mas na verdade era eu despertando – explicou – E quando finalmente acordei de vez, eu tive que fazer vários exames, sem falar na recuperação já que fiquei por quase um ano desacordada... E também... Eu estava muuuuuito magra, não queria que me visse daquela forma...

Natsu – Que egoísta! – exclamou, surpreendendo a loira – Você sabe pelo que eu passei por não ter nenhuma noticia sua?

Lucy – Você procurou por noticias pelo menos? – perguntou no mesmo tom, fazendo o rosado se calar – Não foi você quem disse que quando eu acordasse, viria atrás de mim? Mesmo se eu não me lembrasse de você?

Natsu corou – V-Você também disse que viria atrás de mim para nos casarmos! – exclamou, fazendo a loira ser tomada pela vermelhidão.

Lucy – N-Não me lembro de nada disso – desviou os olhos ao mentir.

Mas Natsu não fez mais nada, apenas voltou a se aproximar da garota, chamando a atenção da mesma.

Lucy então sentiu o rosado levar a mão até sua nuca, entrelaçando os dedos em seus cabelos e encostando a testa dele na sua – O-O que está fazendo? – indagou em um tom mais baixo ainda corada ao ver Natsu tão próximo e com os olhos fechados.

Natsu – Queria tanto que nossos problemas tivessem sido resolvidos no momento em que você acordou – respondeu no mesmo tom da loira, surpreendendo a garota –... Mas e agora? O que pretende fazer? Vai continuar a obedecer ao seu pai e se casar com o Sting? Ou vai desafia-lo pela primeira vez e ficar comigo? – voltou a se afastar ao perguntar.

Levy – Acho melhor eu sair... – fez que iria deixar os dois a sós, mas voltou para onde estava – MAS QUERO MUITO OUVIR O QUE ELES VÃO FAZER!

Lucy – Eu... Eu... Eu... – apertou fortemente os lençóis que cobriam suas pernas, empalidecendo.

Natsu – Tem medo do seu pai? – indagou seriamente.

Lucy – NÃO! – exclamou.

Natsu – Então o que? – queria saber o motivo de hesitação da loira.

Lucy – É o Sting... Ele ficou aqui, ao meu lado, por todo esse tempo... Ele tem vindo me ver todos os dias... Ele tem sido tão gentil – deu uma leve corada.

Natsu –... Então não há porque hesitar... Escolha a ele, case-se com ele – respondeu seriamente, pronto para se levantar, quando teve sua camisa segurada pela garota.

Lucy – Não fale assim! – exclamou – Você sabe que eu... Te amo – falou a ultima parte em um tom mais tímido, fazendo o rosado voltar a se sentar.

Levy – Quem é essa garota? – se perguntou surpresa – A Lucy tímida que conheço nunca que faria isso!

Lucy – O Sting também é seu amigo, certo? – viu Natsu confirmar com a cabeça – Você sabe que ele também me ama... E talvez até mais que você...

Natsu se emburrou –... Quem disse?

Lucy – Você me conhece não faz nem um ano... Ele me conhece desde criança, quanto você acha que ele me ama para ter mantido esse sentimento até hoje? – explicou.

Natsu – Lamento, não posso admitir isso... Se eu disser pra mim mesmo que o que sinto por você é menor do que o que o Sting sente por ti, então não haverá razão para ficar contigo... Pois também acreditarei que ele a fará mais feliz do que eu – respondeu – E sim... Ele é meu melhor amigo, também não quero que ele sofra... Mas também não quero lhe perder.

Lucy – E como fazer para não machuca-lo? – abaixou a cabeça ao indagar.

Levy –... Diga a ele o que sente, seja direta – se intrometeu – Você quer ficar com esse fracassado, certo? – perguntou ao apontar para Natsu, provocando o amigo, vendo a loira confirmar com a cabeça – Então, uma morte rápida é melhor do que você ir o matando aos poucos, aumentando o sofrimento dele – explicou.

Lucy – M-Mesmo assim! Como vou fazer com meu pai? Mesmo que eu o contrarie, ele tem muito poder... – falou sem muitas esperanças.

O silêncio se instalou no local por alguns segundos, mas logo a voz do rosado foi ouvida.

Natsu –... Lucy, eu estou indo embora – informou.

Lucy – Mas... Você acabou de chegar – não entendeu o que garoto quis dizer.

Natsu – Não, não do hospital... Se lembra da promessa que eu havia feito com meu pai? – surpreendeu à loira – Então... Dentro de alguns dias eu estarei voltando para o interior... E é bem longe daqui – abriu um sorriso sem graça – Escolha uma das duas opções que eu lhe dei entre esses dias... A decisão é sua, seja o que for irei aceitar e... Lhe apoiar – soltou um longo suspiro – Mesmo que venha a me machucar... – pensou, mas logo voltou a se aproximar da garota, ficando com os lábios próximos ao ouvido da mesma – Se você não conseguir se decidir entre essas duas opções, eu lhe dou uma terceira... – sussurrou.

Lucy – Q-Qual? – perguntou seriamente, atiçando a curiosidade de Levy, que não conseguia ouvir a nada que o rosado falava.

Natsu – Fuja comigo – fez os olhos de Lucy se arregalarem – Vamos fugir juntos, sem que ninguém saiba... Vamos viver como fazíamos no apartamento... Eu, você e até mesmo a Wendy se você quiser... Vamos ser felizes juntos.

Ao ouvir tais palavras, Lucy travou no lugar, mas seus olhos ganharam um leve brilho enquanto suas bochechas ganharam um forte rubor.

Mas logo o momento foi interrompido ao ouvirem uma voz máscula, voz essa que era bem conhecida pelos dois.

– O que está acontecendo? – indagou seriamente – Natsu? O que faz aqui? – viu o rosado tão próximo de Lucy.

Levy – Vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda – se afastou ainda mais.

Lucy então viu quem era – S-Sting, por que está aqui? – perguntou surpresa ao ver o loiro com um buquê de rosas amarelas em sua mão

Natsu se afastou rapidamente de Lucy, vendo o amigo o encarar um pouco desconfiado.

Sting –... Vocês dois... Já se conheciam? – estranhou.

Lucy –... A-A Levy nos a-apresentou – respondeu com um sorriso sem graça em sua face – Mas o que faz aqui? E as aulas? – tentava se recompor do susto.

Sting –... Saí mais cedo e vim com a doutora Aries – explicou ao se aproximar enquanto Natsu se afastava no mesmo compasso – Trouxe essas rosas amarelas... – sorriu ao coloca-las no vaso que ficava ao lado da cama, substituindo as flores do dia anterior – Elas irão dar uma cor a mais no local... Espero que goste – comentou gentilmente.

Lucy – Obrigada – sorriu.

Sting – Mas... Há quanto tempos vocês se conhecem? – encarou a loira e logo depois o rosado.

Lucy – Apenas algumas horas – voltou a sorrir sem graça ao mentir, percebendo o olhar decepcionado de Natsu em sua direção.

Sting – Entendi... Então agora vocês são amigos? – sorriu ao perguntar.

Lucy – C-Com certe... – foi interrompida.

Natsu – Não – chamou a atenção de todos – A Lucy mentiu para você Sting – espantou a loira e deixou o garoto confuso, enquanto Levy apenas assistia a tudo.

Lucy – E-Espera, Natsu... – novamente foi interrompida.

Natsu – Sting, eu e a Lucy não somos amigos... Não somos APENAS amigos – deu ênfase na palavra.

Sting –... O que você está tentando dizer Natsu? – estreitou os olhos.

Natsu – Sting... Eu... Eu amo a Lucy – finalmente disse, deixando o loiro estático enquanto a garota somente abaixou a cabeça sem saber o que fazer –... E tenho certeza de que ela me ama também.

Sting apenas encarava Natsu seriamente, mas seus olhos nem mesmo piscavam enquanto fitavam o amigo.


Notas Finais


até o próximo ;-;


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