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História A Loira que apenas EU posso ver - Happy, o Urso e o Peixe


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


'-' Espero que gostem... Boa leitura a todos!

Capítulo 49 - Happy, o Urso e o Peixe


Pouco mais de trinta minutos depois, Lucy percebeu que pareciam estar na zona rural da cidade, bem afastada do centro, onde a casa de Igneel se localizava.

Lucy – Para onde estamos indo? – indagou já mais calma, sentada entre Natsu e o pai do mesmo.

Natsu – Para o lugar em que eu havia planejado lhe levar desde o inicio – informou.

Lucy – E que lugar é esse? Uma fazenda? – estranhou.

Natsu –... Quase isso – soltou uma risada sem graça.

Igneel – É uma casa velha localizada em uma floresta – explicou, surpreendendo a loira.

Não demorou muito para que Lucy visse a tal floresta mais ao fundo no horizonte.

Lucy –... É seguro lá? – perguntou insegura.

Natsu – Depende com quem você esteja... – a respondeu – Por exemplo, com meu pai, quase morri lá – fez o homem soltar um longo suspiro.

Lucy – Eh? – se assustou ainda mais – Então... Eu com você... Serei apagada da face desse planeta!

Natsu – NÃO EXAGERA! – se indignou – Ainda bem... Parece que ela já não está mais preocupada com o pai dela...

Dez minutos depois, a caminhonete já passava pelo caminho estreito em meio á floresta.

Lucy – As árvores aqui são bem altas... – quase não conseguia ver o topo das mesmas – Mas talvez aqui, o meu pai realmente não nos ache...

Ao chegarem a uma parte mais aberta no meio daquela floresta, os três avistaram a casa que pertencera ao avô de Grandine.

Lucy – Oh – se surpreendeu – Não era bem como eu imaginava – viu que não era uma casa caindo aos pedaços, e que apesar de parecer toda feita de madeira, permanecia em bom estado.

Natsu – É pequena, mas está em bom estado – abriu um sorriso de canto – A minha mãe tem a mantido preservada, sempre paga alguém pra limpa-la ou concerta-la – explicou – Essa casa é especial para ela.

Lucy – Entendi... – desceu da caminhonete, seguindo os outros dois.

Natsu – Por acaso você achou que seria algo tipo... Mal-assombrado? – indagou com um sorriso cínico no rosto, fazendo a loira dar uma leve corada.

Igneel – Não vão entrar? – indagou já na porta da casa, vendo os outros dois mais afastados.

Natsu – Já estamos indo! – pegou a mão de Lucy, a puxando em direção a casa.

Já dentro do local, a loira olhava tudo minuciosamente – É realmente simples, mas bem cuidada... Não tem forro... – via os telhados e as madeiras que os segurava – E não é toda feita de madeira... Óbvio, é rebocada por dentro... Mas o piso é madeira pura... E está bem polida... A sala não é muito grande, não tem televisão... – pensou com uma gota na cabeça – Tem eletricidade aqui? – percebeu.

Natsu – Tem um gerador nos fundos – explicou – Mas não usaremos muitos... Se acostume – informou calmamente, caminhando em direção à cozinha.

Igneel já estava em frente ao armário, vendo o que havia no mesmo –... Como pensei... Não há muitos mantimentos, apenas alguns não perecíveis – informou.

Natsu – Isso é meio óbvio – suspirou.

Lucy – Então como vamos fazer? – apareceu logo depois na pequena cozinha.

Igneel – Tentarei trazer mantimentos e outras coisas para vocês... Se Jude e a policia não ficar no meu pé – a respondeu.

Natsu –... Ainda tem a vara de pescar e a arma? – indagou calmamente, espantando a loira.

Lucy – ARMA? – se surpreendeu.

Igneel – Sim... Vocês podem pescar e caçar qualquer coisa... – o respondeu.

Lucy – EM QUE ANO ESTAMOS? – já não conseguia acompanhar a conversa.

Igneel – No guarda-roupa também tem as roupas de cama... Estão guardadas dentro de um plástico, então estão limpas – informou.

Natsu – Entendi... Obrigado pai – agradeceu, o abraçando logo em seguida.

Minutos depois, da porta da casa, Lucy e Natsu puderam ver Igneel partir, deixando os dois ali sozinhos.

Lucy –... E agora? O que fazemos? – indagou após um breve suspiro.

Natsu – Agora vivemos como na época de nossos tataravós – soltou uma pequena risada – Você cuida da casa e eu vou arrumar algo para comermos essa noite – falou já voltando para dentro do local.

Lucy – Eh? – logo seguiu o garoto – Como assim cuidar da casa? – não entendeu direito.

Natsu – Limpar... Tirar o pó, passar pano, cozinhar, lavar louça... – explicou.

Lucy – Cozinhar? Eu? – estranhou, vendo Natsu se sentar sobre o sofá na pequena sala – Tem certeza?

Natsu –... Bem, pelo menos a salada poderemos comer – soltou uma pequena risada.

Lucy – E como assim você vai arrumar algo para comermos? No armário não tem o suficiente? – se sentou ao lado do rosado.

Natsu – Sim, mas seria bom se economizássemos... Não sabemos quando meu pai vai voltar aqui – explicou.

Lucy – Mas você? Que não é bom em nada? – ainda não podia acreditar – Isso não vai dar certo.

Natsu – Pegar frutas e pescar não deve ser tão difícil assim! – exclamou um pouco indignado com a desconfiança da garota.

Lucy – E você sabe preparar o peixe? Limpa-lo e tudo mais? – indagou seriamente.

Natsu –... Você que vai fazer isso – respondeu calmamente, surpreendendo à loira.

Lucy – O QUE? – viu Natsu se levantar e andar em direção à cozinha, onde havia uma porta que dava acesso aos fundos da casa –... Eu mal consigo fazer uma salada, e você quer que eu faça peixes?

Natsu – É sempre tempo de aprender Lucy – soltou uma pequena risada.

A loira então viu que os fundos da casa não era nada de mais. O local possuía apenas um pequeno espaço e logo atrás a mata fechada.

Lucy – É a arma... – viu a mesma bem guardada – Não é perigosa? Por que eles têm isso aqui? – viu que o rosado parecia procurar as coisas para pescar –... Vai me deixar sozinha aqui?

Natsu se virou para a garota, a encarando por alguns segundos –... Está com medo?

Lucy corou – C-Claro que não!

Natsu – Então...

Lucy – Mas eu... Não quero ficar sozinha – explicou.

Natsu pareceu pensar por alguns segundos –... Eu prometo não demorar muito... Só pegar algumas frutas e pescar alguns peixes – comentou calmamente –... Eu também preciso pensar um pouco.

Lucy –... Está bem – soltou um leve suspiro.

Natsu – Enquanto isso dê uma limpada na casa – pediu – A mulher que faz a limpeza não vem a uma semana... Foi o que meu pai disse.

Lucy –... Eh? – viu o garoto voltar para dentro de casa já com os equipamentos necessários – Limpar casa... COMO FAÇO ISSO? – se perguntou já vendo Natsu sair pela porta da frente, caminhando em direção a uma pequena trilha –... Pelo visto não sou apenas eu quem precisa ficar um pouco sozinha... Colocar os pensamentos no lugar – murmurou fechando a porta e voltando para a sala novamente.

Ao se sentar no sofá, a mente da garota foi invadida por diversos pensamentos.

Lucy – Se o plano do Natsu for ficarmos escondidos aqui até eu completar minha maioridade, então teremos que aguentar mais ou menos por um mês – pensou seriamente – Mas será que conseguimos sobreviver até lá? – tornou a suspirar –... Meu pai... Realmente veio atrás de mim... Claro, ele não quer perder os negócios dele...

Após alguns instantes pensando em um completo silêncio, a loira se levantou rapidamente.

Lucy – Vamos agir como uma dona de casa! – falou mais empolgada – Primeiro irei tirar as roupas das malas e guarda-las no guarda-roupa! – pegou as malas e as levou em direção ao quarto.

Ao chegar no cômodo, viu que o mesmo era simples, assim como todo o restante da casa.

Lucy – Uma cama de casal... – deu uma leve corada – Nós vamos dormir nela essa noite... POR QUE ESTOU FICANDO SEM GRAÇA? – fechou a porta, andando até o guarda-roupas de tamanho médio – É de madeira pura... – se referiu ao móvel a sua frente – Está bem conservado... – se sentou sobre o chão, abrindo as gavetas e as malas –... Vou ter que limpa-las, senão vai sujar as roupas – murmurou consigo mesma ao ver as gavetas empoeiradas –... Mas limpo com o que? – olhava ao redor, a procura de um pedaço de pano – Ah... Aquilo deve servir – viu algo azul e felpudo escondido no guarda-roupa, levando a mão até o mesmo, mas assim que o apertou, sentiu algo arranhar sua mão – Kyaaaah – pulou para trás com o susto – O-O que foi isso?

Não demorou muito e a loira pode ver o que era, se aliviando –... U-Um gato... – mas estranhou – Azul?

Horas depois, na beira da lagoa que havia em meio à floresta, Natsu permanecia imóvel com sua vara de pescar em mãos. Lágrimas pareciam brotar de seus olhos, como se estivesse prestes a chorar.

Natsu – Droga... Não há peixes aqui? – se perguntou completamente indignado – Não peguei nenhum ainda... E já fazem horas... Isso mais estressa do que relaxa... Peixes, pelo menos mordam a isca, por favor... – abaixou a cabeça, mas logo em seguida a ergueu novamente – EU SOU UM FRACASSO ATÉ PRA ISSO? – não podia acreditar – Até mesmo as frutas! Não consegui subir nas arvores para pega-las! Mas que droga!

Lentamente o rosado foi se acalmando.

Natsu – Por cerca de um mês... Esse é o tempo para que possamos voltar à nossa vida normal – pensou seriamente – Eu realmente espero que não nos achem aqui... Mas pensar que Jude está a menos de uma hora de distancia de nós... Sou uma negação até mesmo para conseguir algo para comer em uma floresta que tem de tudo... E a Lucy... Tenho certeza que não conseguirá realizar os serviços básicos de uma dona de casa... – suspirou – Pai... O senhor podia voltar ainda hoje com os mantimentos – murmurou consigo mesmo – Ah... – no mesmo momento sentiu algo balançar a vara de pescar – Fisgou! – puxou com força, erguendo o pequeno peixe.

Os olhos do rosado ganharam um leve brilho enquanto suas bochechas receberam um tom ruborizado, talvez devido à alegria por finalmente ter pego um peixe, mesmo sendo tão pequeno.

Natsu – Isso só pode ser sinal de boa sorte! – exclamou mais animado, mas logo em seguida pode ouvir o mato em suas costas se mexer – Hum? – estranhou.

Ao se virar, o garoto empalideceu por completo. Seus olhos se arregalaram ao ver aquilo que chamará sua atenção.

Natsu –... U-Um... Urso? – não sabia como reagir – O que faço? Me finjo de morto? Não... Ai vou morrer de verdade... Ele está um pouco distante, talvez se eu sair discretamente... – se levantou lentamente, saindo com a vara e o peixe em mãos – Ele está me encarando? – viu que os olhos do animal o seguiam – Não... Ele quer isso! – viu o peixe em sua mão, e logo o rosado foi tomado pela raiva sem motivo algum – VOCÊ NÃO O TERÁ! ESSE PEIXE É MEU! É A PROVA DE QUE NÃO SOU CEM POR CENTO FRACASSADO! – correu rapidamente para longe, mas logo atrás dele estava o urso, que corria tão rápido quanto ele.

Enquanto isso, Lucy estava deitada sobre a cama de casal, com o gato azul sobre seu corpo.

Lucy –... Qual é o seu nome? – indagou calmamente enquanto acariciava o felino – Será que posso lhe dar um? – no mesmo instante ouviu o miar do felino, parecendo mais que ele havia concordado – Miado dele parece um Aye... Como se falasse... – logo voltou a falar com o bichano – Deixa eu ver... Natsu e eu estamos aqui, pois estamos atrás da felicidade, que acreditamos que iremos encontrar apenas estando um com o outro, então... Como eu te encontrei, que tal... Happy? – mais uma vez ouviu o miado do gato – Então está decidido, será Happy! – soltou uma pequena risada –... Me pergunto o que o Natsu está fazendo agora... Será que ele conseguiu algo? Eu só terminei de guardar as roupas e estou aqui, cheia de preguiça – suspirou – Bom... Provavelmente ele não conseguirá nada, então eu posso usar isso como desculpas... Mas... Será que ele está se esforçando pelo menos?

Naquele mesmo segundo o rosado se segurava no topo de uma arvore como se sua vida dependesse daquilo, e dependia, já que o urso tentava subir para pega-lo.

Natsu – Urso maldito! – exclamou já chorando, não pela ferida que o animal havia causado em seu peito com as garras, nem pela mordida em sua mão, mas sim por ter perdido o peixe para o mesmo – Além de comer o peixe que suei tanto para pegar... Agora quer me comer também? Me fez até mesmo subir nessa árvore sem eu ver... Mas pro seu azar, eu não sou comida de urso! – concluiu – Pelo menos ele não pode me pegar aqui em cima... – teve seus pensamentos interrompidos ao ver o animal escalar a arvore – DROGA!


Notas Finais


até o próximo!


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