História A Loira que apenas EU posso ver - Sorrisos e Risadas

Com o sol já sumindo no horizonte, Natsu voltava em meio à floresta vestindo apenas a bermuda, enquanto carregava Lucy em suas costas.

Natsu – Ela acabou dormindo... – sentia a cabeça da loira pousada em seu ombro –... Chegar logo em casa, antes que ela comece a sentir frio... Fui rasgar a camisa dela... – soltou um leve suspiro ao pensar com uma gota na cabeça.

Enquanto caminhava, um sorriso brotou nos lábios do rosado. A trilha era iluminada pelos últimos raios de sol e as arvores derrubavam suas folhas mais fracas ao ter aquele vento mais frio passando por entre seus galhos. A melodia das cigarras, o ultimo canto dos pássaros e os assobios do vento ao dançar pela floresta apenas deixavam aquele momento ainda mais mágico para Natsu.

Lucy –... Eu te amo... Natsu – murmurou ainda mergulhada em seus sonhos.

Natsu – O que foi isso? Falando enquanto dorme? – soltou uma pequena risada, continuando a seguir em direção a casa.

Algumas horas se passaram até que a loira finalmente despertou. Ao olhar a sua volta, percebeu que estava no quarto em que dormia a pouco mais de uma semana.

Lucy –... Não acredito que peguei no sono – murmurou consigo mesma – Mas também, aquele pervertido insaciável... – soltou um pequeno suspiro – E por que estou coberta apenas por um lençol? Cadê minha roupa? – corou ao se ver nua – Ele me deixou nua? – ficou ainda mais sem graça, mas entendeu que era porque a roupa estava molhada, e logo viu que a porta do quarto havia ficado entreaberta, onde entrava um feixe de luz.

A loira se levantou, enrolou o lençol em seu corpo e então se direcionou ao cômodo de onde vinha a luz. Chegando à cozinha, pode ver Natsu parado em frente a pia, cantarolando enquanto picava alguma coisa.

Lucy – Ele parece mais animado... – pensou com uma gota na cabeça – Tomar um banho... – rapidamente voltou ao quarto para pegar algumas peças de roupa e assim se banhar.

Pouco mais de vinte minutos depois, a loira saiu do banheiro já vestida com uma calça de moletom e uma camisa larga, que até mesmo parecia um vestido.

Lucy – Acho que peguei uma camisa do Natsu por engano... – murmurou ao ver que a mesma ia até a metade de suas coxas –... É... É dele – concluiu ao sentir o cheiro do rosado impregnado na camisa.

A loira então andou até a cozinha, onde viu algumas panelas no fogão. Da mesma forma que antes, Natsu estava de frente para a pia, terminando o preparo do jantar.

Lucy ficou encarando o rosado por alguns instantes, como se o admirasse – Ele realmente parece uma dona de casa... – soltou uma pequena risada, mas que chamou a atenção do garoto.

Natsu – Lucy... Então já acordou – comentou sem se virar – Estou terminando de preparar o jantar, se quiser esperar na sala, quando estiver pronto te chamo – informou, mas não recebeu nenhuma reposta.

A loira andou calmamente até o rosado, parando somente ao ficar a milímetros das costas do mesmo.

Natsu –... Lucy? – meio que se surpreendeu ao sentir os braços da loira contornarem sua cintura em um abraço –... O que foi? – não sabia como reagir, percebendo que a testa de Lucy estava encostada sobre suas costas. Natsu tentava se virar para ver Lucy, mas não conseguia já que a mesma o prendia.

Lucy –... Isso tudo... Está realmente acontecendo? – indagou em um tom mais baixo.

Natsu – Ahn? – não entendeu o que a loira quis dizer com aquilo.

Lucy – Eu não sei explicar, mas... Estar assim com você... O dia de hoje... Parece ter sido o melhor de minha vida – falou apertando ainda mais o abraço.

Natsu –... Pervertida – respondeu calmamente.

Lucy – Não é disso que estou falando! – exclamou sem graça –... É só que... Não sei por que, mas eu realmente estou muito feliz... Estou tão feliz, que estou quase chorando por causa disso – concluiu com um sorriso estampado em sua face ruborizada e com os olhos cheios de lágrimas.

Natsu suspirou ao dar uma leve corada –... Eu... Entendo o que você está dizendo – a respondeu – Apesar de tudo o que passamos, mesmo nos momentos bons, sempre havia algo... Fosse a sua maldição, seu problema em esconder sua relação com o Sting, minha paixão pela Lisanna, nossas pequenas discussões... Até mesmo aquela velha, a avó do Rogue... Espero não vê-la nunca mais... Sempre havia algo para nos preocuparmos...

Lucy – Mas em relação a isso, agora não é diferente... Afinal, meu pai... – foi interrompida.

Natsu – Nesse momento eu realmente sinto que nada pode nos separar, que nada pode nos afastar – explicou – Nem mesmo seu pai... Talvez seja esse o motivo de toda essa felicidade – explicou com um sorriso de canto em sua face – Poder estar com você sem ter que me preocupar com outras coisas...

Lucy corou ainda mais, tornando a apertar o abraço –... Idiota... Deixe pra falar isso daqui a três semanas – comentou em um tom mais baixo completamente sem graça –... Eu te amo tanto... Amo seu jeito desastrado de ser, amo seu cabelo, seus olhos... Amo seu bumbum perfeito...

Natsu – Eh? Meu bumbum? – deu uma leve corada.

Lucy – Amo seus beijos, seus abraços... Amo o calor do seu corpo, amo esse seu cheiro de queimado... Você é a esposa com quem sempre sonhei – brincou, fazendo o rosado soltar uma pequena risada.

Natsu – Sim, você também é o marido dos meus sonhos – soltou uma pequena risada, mas logo percebeu – Eh? Meu cheiro de queimado? – estranhou, mas no mesmo instante pode sentir aquele forte cheiro de queimado, se lembrando – AHHHHHHH! ESTÁ QUEIMANDO! O JANTAR ESTÁ QUEIMANDO! – se lembrou das panelas que havia deixado no fogão.

No mesmo instante a loira se afastou, vendo Natsu correr para desligar o fogo.

Lucy – E-Então? Vamos ficar sem jantar? – perguntou um pouco assustada.

Natsu –... Não – suspirou aliviado – Por sorte, apenas começou a queimar... Da pra aproveitar – concluiu, mas logo o rosado foi tomado por uma pequena raiva – Sabia que isso não ia dar certo! Só sua presença na cozinha quase estragou nossa refeição! – exclamou um pouco indignado.

Lucy – O que? – não pode acreditar naquilo que o rosado havia dito.

Natsu – Saía da minha cozinha! – apontou para a loira sair – Só volte quando o jantar estiver pronto! Se quiser me encher de amor, depois de comermos eu deixo você fazer isso! Mas agora arraste esse seu traseiro azarado pra fora daqui!

Lucy – QUEM É VOCÊ PRA FALAR DE AZAR? – bradou completamente indignada, mas logo depois a loira apenas estalou a língua e então se virou pra deixar o local –... Esposa ingrata!

Natsu – E não comece a usar minhas camisas pra dormir como fazia antes! – exclamou em um tom mais elevado já que a loira já estava na sala.

Lucy – Então pare de rasgar as minhas! – respondeu no mesmo tom.

Após alguns segundos, os dois apenas riram baixo no local em que se encontravam.

Quase uma hora depois, Natsu e Lucy permaneciam sentados no pequeno sofá localizado na sala. Assim que terminaram o jantar e escovaram os dentes, ambos se direcionaram para o cômodo, deixando as luzes apagadas, onde apenas a lâmpada da cozinha concedia uma fraca iluminação para o local. Ambos continuaram ali, conversando por pouco mais de quarenta minutos desde a refeição.

Natsu –... O que pretende fazer amanhã? – perguntou calmamente com a cabeça apoiada sobre a cabeceira do sofá.

Lucy – Não sei... Talvez ir buscar mais alimentos – soltou uma pequena risada ao responder.

O rosado então suspirou, vendo Lucy bem próxima de seu corpo, deitada com a cabeça em seu ombro.

Natsu –... Estava pensando em voltar à lagoa... Continuar de onde paramos – comentou como se não fosse nada de mais.

Lucy – Acho que não... Mas sabe, há outros lugares onde podemos continuar de onde paramos – surpreendeu o rosado – Há um pomar, por exemplo... – brincou com o garoto.

Natsu – A Lucy pervertida voltou? – indagou em um tom surpreso.

Lucy – Vai ver ela nunca se foi... – encarou o rosado com um sorriso pervertido no rosto, provocando o mesmo.

Natsu não sabia como responder àquilo, apenas pode corar, até que o mesmo se tocou –... Você... Você está me zoando né? – estreitou os olhos, e logo pode ver a loira segurar a risada de deboche – Ora sua...

Rapidamente o rosado se virou sobre Lucy, fazendo a mesma se deitar naquele pequeno sofá enquanto ficava sobre ela. Natsu então começou um ataque de cócegas à loira. Os dedos do garoto mexiam freneticamente nas partes sensíveis de Lucy, como seu abdômen, próximo às costelas, a fazendo rir descontroladamente.

Lucy – N-Natsu... P-Pare com isso – ria fortemente.

Apesar de pedir, as risadas gostosas da loira faziam com que Natsu se alegrasse e continuasse com aquela brincadeira. Lucy já estava vermelha e com algumas lágrimas escorrendo por sua face de tanto rir, quando finalmente o rosado resolveu parar.

Lucy –... I... Idiota – falou quase sem ar, percebendo como Natsu a encarava.

Os olhos do garoto o entregavam, praticamente gritando o que o mesmo queria naquele momento. O rosado então pousou gentilmente a mão direita sobre a face de Lucy, se aproximando lentamente da mesma.

A loira não fez outra coisa a não ser corresponder o mesmo, retribuindo o beijo de Natsu ao sentir seus lábios tocarem o dele.

Assim que se conectaram, o ambiente ao redor de ambos pareceu mudar. Foi como se quase todos seus sentidos houvessem sido desligados, intensificando o tato. O toque suave de seus lábios faziam arrepios percorrer por seus corpos, deixando aquele beijo ainda mais desejável para ambos.

Lucy pode sentir o rosado dar um leve apertão em sua cintura com a mão esquerda, mas ao reagir aquilo, acabou derrubando o garoto no chão, caindo sobre o mesmo.

Após se encararem um pouco espantados, apenas riram juntos do que havia acontecido.

Lucy –... Então agora... Sou eu quem estou no comando? – indagou com seu cabelo caindo aos lados da face do rosado, enquanto o encarava com um sorriso travesso.

Natsu – No comando? Você? – viu a loira se aproximar de seus lábios, mas antes que outro beijo se iniciasse, Natsu rolou para o lado, fazendo Lucy voltar a ficar por baixo –... Acho que não! – soltou uma pequena risada.

Lucy – Isso não é justo! – se indignou um pouco.

Natsu – Mas é assim que as coisas são... – sorriu, voltando a se abaixar, se aproximando dos lábios da loira.

Mas a poucos centímetros de outro beijo, Lucy virou o rosto, prendendo a risada.

Lucy – Acho que... Não tem ninguém... No controle então – comentou enquanto se controlava pra não rir, deixando o rosado um pouco irritado.

Natsu –... Eu realmente não queria fazer isso, mas você não me deixa escolhas – suspirou após responder em um tom mais sério.

Lucy – Eh? O que você... – foi interrompida ao sentir Natsu tornar a lhe fazer cócegas –... De... De novo não... – mais uma vez as fortes risadas da loira ecoaram pela casa, enquanto que a mesma tentava sair daquela pequena tortura.

Natsu – Como se sente? Sendo dominada pelo cara mais fracassado desse mundo... – indagou completamente convencido, ouvindo as gargalhadas da garota.

Lucy –... É-É mesmo... Você é... Fraco – se lembrou.

No mesmo instante o rosado foi empurrado pela loira, caindo pra trás.

Lucy – Agora... Agora é minha vez – informou completamente ofegante.

Natsu começou a suar frio ao sentir uma pequena intenção assassina na forma de agir de Lucy.

Natsu –... O-O que você... O-O que você vai fazer? – indagou temeroso ao ver a garota se aproximar.

Lucy –... Me vingar – respondeu com a maldade estampada em sua voz.

A loira então ficou sobre o rosado, deixando o mesmo um pouco apreensivo.

Natsu – O que ela vai fazer? – pensou, mas logo sentiu as mãos de Lucy passarem por dentro de sua camisa e deslizarem sobre seu abdômen –... Você... – corou ao pensar no que não devia.

Lucy então levou as mãos até próximo às costelas do rosado, surpreendendo o mesmo.

Natsu –... Não... Não faça isso! – assim que concluiu foi tomado por uma forte vontade de rir, mas mesmo assim se continha.

Lucy – Vamos! Ria! – bradou ao ver como o garoto estava ficando vermelho, mas mesmo assim não soltava nem mesmo uma pequena risada –... Vamos ver quanto tempo você irá aguentar! – continuou com o ataque de cócegas.

Natsu ainda resistiu por alguns segundos, mas logo seus olhos se encheram de lágrimas e sua boca se abriu em uma forte gargalhada.

Natsu – P-Para... Para com isso... Eu vou... Eu vou realmente... Me molhar! – se contorcia tentando evitar o ataque da loira, mesmo assim não conseguia escapar.

Lucy só parou depois de pouco mais de um minuto, vendo que Natsu parecia não respirar mais.

Lucy – Natsu? – estranhou, já que o garoto olhava para o teto com os olhos meio fechados, sem nem mesmo piscar –... S-Será que exagerei? – começou a se preocupar – Natsu!

Ao perceber o pequeno desespero de Lucy, o rosado começou a rir, surpreendendo à loira.

Lucy –... Você... Me enganou – comentou em meio ao som das risadas de Natsu – Ora seu... – já ia fazer algo com o garoto, mas acabou tendo seus dois punhos segurados pelo mesmo.

Natsu – Não dessa vez! – se levantou sem largar a garota, ficando sentado sobre o tapete com as pernas esticadas e com Lucy sobre elas.

Ambos se encaravam olho no olho. Ao perceber que a loira já estava mais calma, Natsu começou a soltar os punhos da mesma lentamente. Após permanecerem se encarando por alguns instantes, nenhum dos dois pronunciaram uma palavra se quer, mas a loira levou as mãos até a camisa de Natsu, a erguendo lentamente.

Após retira-la com a ajuda do rosado, pode sentir o mesmo abraçar sua cintura. Lucy então pousou as duas mãos sobre a face de Natsu. A loira não conseguia disfarçar aquele olhar apaixonado em sua face enquanto encarava o garoto.

Lucy –... Não é melhor... Irmos para o quarto? – indagou em um tom mais baixo, descendo os olhos para os lábios de Natsu, como se os desejasse.

Natsu –... Não sei se vou... Aguentar chegar até lá – sentiu a loira deslizar o dedo gentilmente no canto de seu lábio inferior, enquanto corria com os dedos da mão esquerda por seus cabelos.

Lucy – Mas... Não tem problema... De ser nesse tapete? – parecia se controlar.

Natsu –... Eu lavo amanhã – assim que a respondeu, teve seus lábios tomados pela loira em um beijo cheio de desejo.

O rosado foi se inclinando lentamente para trás enquanto sentia a língua de Lucy adentrar sua boca, até se deitar novamente no tapete, ficando com a loira sobre seu corpo.