“O Primeiro Dia De Trabalho Na Loja (I).”
Meu dia começou com o som agonizante do despertador ecoando na minha cabeça. De forma quase involuntária, minhas mãos vão a encontro do aparelho, desligando-no. Espero uns 3 minutos deitado na cama, para me recompor. Hoje vai ser meu primeiro dia de trabalho no meu novo emprego. Honestamente, interagir com qualquer pessoa que seja destrói o resto da minha energia omissa, então esse emprego vai ser exaustivo com exatidão.
Eu crio coragem pra levantar e visto algo simples. Preparo um café da manhã célere e começo meu caminho até a loja. Eu não gosto de sair de casa, isso me obriga a ter que interagir com alguém eventualmente, e não sei se tenho mais a coragem de criar intimidade, visto que da última vez os resultados foram tenebrosos…
Após alguns breves minutos, eu chego na loja. Ao adentrar, noto uma garota albina de, eu diria uns 20 anos e uma expressão um tanto quanto sinistra estampada em seu rosto. Pelo uniforme, eu diria que ela será a minha parceira de trabalho. “Ah, você é o novo funcionário que Griff disse. Bem-vindo ao grupo, me chamo Colette!”— a garota esclareceu. “Edgar… bem, o quê que eu devo fazer agora?”
”você poderia me ajudar a repor essas coisas aqui na prateleira?”
”ah.. ok…”
“Só mais uma coisa, tenta terminar isso aí até umas 8:15, a loja abre às 8:30. Agora eu vou te deixar em paz…”
Enquanto eu fazia o que Colette orientou, a garota fazia pequenas pausas no trabalho para escrever em um caderno escarlate repleto de marca-páginas e indicadores, um tanto quanto intrigante… decidi não incomodar, afinal não é problema meu…
Eu terminei a minha parte às 8:05, então eu tinha por volta de 10 minutos vagos. Como Colette havia terminado sua parte também, nada estava sendo feito, até que ela decidiu puxar alguma conversa:
”Então, Edgar, eu nunca vi você por aí.. você mora perto daqui?”
“Sim, só prefiro ficar em casa mesmo…” — Não quero soar como alguém loquaz mas também não quero parecer cínico.
“Hm, entendo. Bem… está afim de fazer alguma coisa?”
“Colette, a loja abre daqui a 5 minutos.” A conversa estava sem rumo, vagarosa. “Ah, ta bom…” seu brilho esmaeceu um pouco.
Depois desse incidente, abrimos a loja e o tempo passou voando, afinal a loja estava bem tumultuada. Quase não deu para eu trocar uma palavra, o que honestamente pra mim foi um tanto quanto aliviador.
Agora já é a hora do almoço. Voltar pra casa e cozinhar alguma coisa levaria muito tempo, mas eu também não conhecia nenhuma lanchonete ou restaurante da região. Colette pareceu notar a minha aflição.
“Olha, eu sei uma lanchonete aqui perto em que a comida é boa e relativamente barata. Se você quiser, pode ir comigo.” — disse a garota.
”Não precisa, Colette.” — repliquei
“Então fique com fome. Sua escolha, Ed.”
Ela tem um ponto. Eu aceno com a cabeça e sigo ela até o lugar. Comemos algo simples e trocamos uma palavra vaga ou outra. Agora vem a segunda parte do turno…
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.