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História A Love to Remember - Crepúsculo [SEMI-HIATUS] - Perda de tempo.


Escrita por: Big_by_Wolf

Notas do Autor


Admito que quase chorei em uma parte desse capítulo 🤡

⚠️NÃO ESQUEÇA DE LER AS NOTAS FINAIS⚠️

Capítulo 4 - Perda de tempo.


♡  ⊹    °     . ˚   𖧷 ·  °     .  ♡ 


“A melhor parte de conhecer as regras é encontrar uma maneira aceitável de quebrá-las.”


— Anne With an E.


♡  ⊹    °     . ˚   𖧷 ·  °     .  ♡  ⊹


Amber pov:

Um novo dia tinha se começado, mais um dia que conseguia acordar e se eu fosse de rezar, com certeza faria todas as orações existentes e até em línguas desconhecidas para mim, mas acho que um “obrigado” sincero era mais do que o suficiente. Bom, eu ainda estava um pouco cansada por conta do jantar de ontem, mas não era nada que me fizesse ficar na cama, mesmo que estivesse na minha… em minha defesa, apenas estou deitada ainda pelo simples fato de estar muito frio e minhas cobertas quentinhas são um lindo convite para que eu continuasse como estou. Mas eu desci para tomar café da manhã com a minha família, um gesto simples que eu sei que eles gostavam de fazer, meu pai já tinha saído para mais um longo dia de trabalho a um bom tempo, assim como meu irmão tinha ido para a escola, minha mãe estava lavando roupa e eu… deitada com meu notebook no meu colo, estava com meu word aberto lendo e relendo várias vezes uma história que tinha escrito, devo admitir que estou a escrevendo a uns bons meses, mas vale cada segundo o problema é que as vezes passo mais tempo pesquisando sobre as coisas que preciso para fazer tudo certo, uma vez me sentei para escrever mas a pesquisa tomou toda a minha tarde, mas tudo bem, valia a pena… eu acho.


— Toc toc. - Ergo meu olhar da tela para a minha porta e franzo minha testa completamente confusa ao encontrar Edward na porta, o vejo segurando uma caixa um pouco grande e um pequeno buquê de flores vermelhas que reconheci serem tulipas.


— O que faz aqui? Deveria estar em aula. - O mesmo sorriu e entrou em meu quarto se aproximando da minha cama, para ser mais exata do lado em que eu estava.


— Deveria. - Ele confirma enquanto sorria de forma leve e estendeu o buquê em minha direção. - São para você. - Pisquei um tanto confusa e encolhi minhas pernas ficando em posição de índio, deixando meu notebook em minha frente e as peguei segurando o sorriso que queria surgir.


— Obrigada. - Agradeço enquanto as olhava e volto meu olhar para ele em seguida. - Ainda não me respondeu o que está fazendo aqui.


— Sua mãe deixou eu subir.


— Não foi isso o que eu quis dizer. - Faço uma breve careta e em seguida, Edward coloca a caixa em minha frente e puxa a cadeira da minha escrivaninha antes de se sentar, folgado, penso o vendo rir.


— Sua mãe pediu para te entregar, quando eu cheguei o carteiro estava deixando com ela. - Arqueei minha sobrancelha deixando o buquê com cuidado ao meu lado e comecei a puxar as fitas sob seu olhar, não demorou muito e estava com a caixa aberta e sorri animada. - O que é?


— Uma pelúcia do tamanho real do Stitch. - Respondo tirando de dentro da caixa enquanto escutava seu riso. - Ei, não ria, Lilo e Stitch é um filme incrível.


— Seus pais sabem que você gasta dinheiro com pelúcias de tamanho real? - Revirei meus olhos enquanto deixava o Stitch sobre o meu colo e o abraçava, que textura maravilhosa.


— Eu gosto de participar de promoções, a penúltima que participei era concorrendo a ele.


— Agora está explicado.


— Mas então, não vai me dizer o que está fazendo aqui? Pois até onde me lembro você começaria as aulas hoje. - O vejo cruzar seus braços enquanto me olhava divertido.


— Eu queria te ver. - Senti meu rosto esquentar e desviei meu olhar. - E não tem problema ganhar alguma falta, às vezes matar aula é saudável.


— Acho isso completamente ridículo.


— O que? Ir à aula? - Meu olhar voltou para Edward e suspirei fraco.


— Vir aqui e até mesmo matar aula, sabe como eu gostaria de estar no seu lugar e poder frequentar as aulas como uma adolescente normal?! - Meu tom acabou sendo um pouco rude, notei sua expressão mudar e seu olhar se direciona para o meu notebook que eu rapidamente o fechei. - Não é para ler. - Edward soltou um riso fraco erguendo suas mãos enquanto se levantava da cadeira e logo as colocou em seus bolsos.


— Você tem algum aplicativo que aceita videochamadas? - O olhei um pouco confusa e arqueei minha sobrancelha novamente.


— Talvez.


— Pode me passar? - O olhei desconfiada, tinha uma grande vontade de perguntar mas tinha certeza que ele não iria me falar o motivo para querer, então mesmo hesitante balancei minha cabeça positivamente e o vejo pegar meu bloco de papel e lápis me entregando em seguida, anotei o meu nome de usuário e o aplicativo que usava, tirei o papel estendo em sua direção e pude sentir seus dedos passarem pela minha mão de forma delicada, por alguma razão sentia que ele tinha feito isso por gosto e ao ver um sorriso discreto surgir em seus lábios, isso apenas confirmou minhas suspeitas. - Bom, depois do seu sermão, irei voltar para escola, ainda tenho alguns períodos sabe, não posso perder aula para vir te visitar né. - Suspirou de forma dramática me fazendo revirar meus olhos, em seguida vejo minha mãe entrando no quarto com uma bandeja em mãos com alguns doces e duas canecas que saiam uma discreta fumaça.


— Oi crianças, trouxe isso para vocês.


— Muita gentileza, senhora Cranston, mas infelizmente já estou de saída. - Seu tom se tornou completamente formal e fiz uma breve careta o olhando. - Irei deixar para outra hora.


— Está bem querido, foi gentil de sua parte vir visitá-la.


— Farei mais vezes se assim permitir. - Balancei minha cabeça em negação esperando que minha mãe me olhasse.


— Claro, será bem-vindo. - Dou um tapa em minha própria testa de leve fechando meus olhos por um momento. - E por favor, me chame de Corinne. - Revirei meus olhos discretamente ao voltar abri-los.


— Claro, tenha um bom dia Corinne. - Edward se virou em minha direção com um sorriso nos lábios. - Até daqui a pouco, senhorita Cranston.


— Eu levo você até a porta. - Minha mãe deixou a bandeja perto de mim antes de pegar apenas uma das canecas e acompanhar Edward, o que ele queria dizer com “daqui a pouco”? Na verdade, por qual razão eu ainda tento entender ele? Isso é um desperdício de pensamentos, pego um pedaço de bolo o comendo, mas de qualquer forma era curioso o modo que ele agia, bufei ao me pegar pensando sobre novamente e demorou apenas um pouco antes da minha mãe voltar até o meu quarto com um sorriso de certa forma travesso.


— Mãe, não!


— Mãe, sim! - Ela abriu um sorriso se aproximando e se sentou na cama ao lado que tinha deixado o buquê e o pegou. - Ele te trouxe flores, vê se isso não é romântico.


— É uma perda de tempo. - Digo pegando um guardanapo e limpando o canto da minha boca e minha mão após deixar o bolo sobre o prato.


— Perda de tempo?! Meu amor, dá para ver claramente que ele está tentando te conquistar, onde isso seria uma perda de tempo? - Seu olhar se tornou confuso e passei a mão sobre meu cabelo o tirando de meu rosto.


— Mãe, eu sei que disse para agirmos como se estivéssemos antes dos exames chegarem, mas isso não dá. - Meu tom era baixo enquanto olhava para a bandeja. - Eu não posso destruir a vida de mais uma pessoa, não posso fingir que algo possa dar certo sendo que posso acabar não acordando amanhã ou posso sobreviver mais uma semana. - Dou de ombros sentindo meus olhos marejar antes de os erguer encontrando a expressão triste no rosto da minha mãe. - Olha tudo o que vocês tiveram que passar e o que vão passar, eu sou praticamente uma bomba relógio e quero diminuir o número de vítimas.


— Meu amor, não imagina como eu tenho medo de não ver mais você perambulando pela casa, jogando videogame ou até mesmo implicando com o Max, mas eu aproveito cada minutinho que você ainda está aqui, infelizmente eu aproveito os dias como se fossem o último. - Um soluço involuntário escapou dos meus lábios. - Eu sei que deve ser difícil para você, mas não deixe o medo te privar de aproveitar a vida.


— Eu só queria ser normal. - Encolhi meus ombros com a voz um pouco rouca sentindo o choro preso em minha garganta enquanto algumas lágrimas perdidas caiam.


— Se eu pudesse tirar isso de você, eu faria meu raio de sol. - Vejo minha mãe soltar o buquê e se sentar ao meu lado me abraçando. - Mas eu não quero vê-la assim, não quero que se afunde nesse quarto, viva... apenas viva. - A abracei acabando por tossir um pouco por sentir uma leve falta de ar e minha mãe passou sua mão em minhas costas quando tossi novamente. - Se deita de lado querida. - Faço o que ela falou e puxei o ar lentamente, soltando pela boca no mesmo ritmo enquanto minha mãe passava sua mão em meu cabelo cantarolando uma música de ninar de forma baixa, fiquei de olhos fechados por um momento para voltar a ficar calma. Ficamos assim por um tempo até que minha mãe deixou um beijo sobre a minha cabeça e deixou a bandeja sobre a cômoda que ficava ao lado da minha cama, ela colocou minha pelúcia em minha estante e pegou a caixa junto do buquê, dizendo que colocaria as flores em um vaso com água e mais tarde o traria para o meu quarto, pedi para deixar meu notebook na cama e assim ela fez, acabei cochilando por alguns minutos e assim que acordei fui usar o banheiro, aproveitando para jogar uma água no meu rosto e arrumei minha cânula enquanto voltava para o quarto e aproveitava para pensar sobre o que minha mãe tinha falado, era difícil aceitar que alguém se aproximasse antes, agora parecia muito pior, tudo parecia que acabaria a qualquer momento e isso era bastante verdade, subi para minha cama novamente e arrumei o cilindro ao meu lado antes de me cobrir, peguei meu notebook e o abri apertando em seguida na tecla enter de forma rápida e logo a tela de descanso tinha saído, coloquei meu cabelo atrás da minha orelha e de repente aparece na minha tela uma chamada de vídeo, não podia ser ele né?! Cocei minha bochecha antes de pegar meus fones e o conectar no notebook antes de aceitar a chamada, demorou apenas alguns segundos por ter que carregar e logo vejo a imagem de Edward com fones de ouvido, ele parecia estar sentado e ao seu fundo vejo apenas uma parede cheia de coisas que não consegui reconhecer muito.


Olá, senhorita Cranston, por um momento achei que não me atenderia. - Sua voz era baixa, mas não muito, deixo a chamada no canto da tela para conseguir mexer em minhas coisas. - Você não está com uma cara muito boa, andou chorando? - Dava para notar um tom preocupado em sua voz e desviei meu olhar.


— Você não deveria estar na aula? - Jogo outra pergunta fingindo que não tinha escutado a sua e escuto seu suspiro.


— Mas eu estou. - Logo a câmera mudou e notei ele estar na sala de aula, podia ver alguns poucos alunos sentados e outros entrando, não demorou e a imagem tinha voltado para Edward. - Você vai participar das aulas comigo.


— Como é?


Você queria participar, então hoje vamos ter aulas juntos. - Minha boca estava entreaberta levemente completamente surpresa. - Eu sei, sou muito criativo. - Revirei meus olhos e estiquei minha mão pegando minha caneca e bebendo um pouco de chocolate quente.


— Eu diria, convencido. - Escuto seu riso baixo e então o vejo cruzar seus braços sobre a mesa.


Vamos ter aula de física, depois história e vamos até almoçar juntos.


— Sabia que você está se tornando…


O cara dos seus sonhos?


— Desculpe, não gosto muito do Freddy Krueger. - Bebo mais um pouco do chocolate o vendo abaixar levemente a cabeça enquanto ria. - Seu professor vai brigar com você por conta do celular, pelas regras da escola não se pode usar um.


Regras são feitas para serem quebradas. - Balancei minha cabeça em negação e coloquei minha caneca sobre a bandeja novamente.


— Por que fica dizendo isso?


— Hm, talvez assim você consiga perceber isso. - Arqueei levemente minha sobrancelha soltando um riso fraco.


— Você tem parafusos a menos.


Assim você machuca o meu coração. - Acabei por rir com o seu drama e em seguida escutei a voz de quem deveria ser o professor, por um momento achei que Edward desligaria a chamada, mas não fez isso, ele apenas arrumou seu celular e prestou atenção na aula, não tanto assim para falar a verdade pois fazia alguma piada ou até mesmo alguma careta para mim com certas falas do professor, até mesmo o imitava e tinha que segurar o riso muitas vezes. Quando a aula terminou, “fomos” para a próxima, ele me mostrou um pouco como estava a escola e até me mostrou o seu armário. Na aula de história eu até respondia algumas perguntas mesmo que a professora não fosse as escutar, Edward me dava olhares orgulhoso pelas minhas respostas certas e isso me fazia ficar um pouco envergonhada, não demorou para chegar o horário de almoço, Edward fez uma salada para ele e minha mãe entrou no quarto com outra bandeja, hoje ela tinha decidido fazer macarrão com almôndegas e uma limonada, agradeci e notei que ela tentou ver a tela do meu notebook e a virei para o outro lado lhe mostrando a língua, coisa que a fez rir enquanto pegava a bandeja de mais cedo, Edward comentava sobre o que estava achando da escola e insistia em dizer que eu acharia tedioso, acabava por rir entre uma garfada e outra, mas então acabei ficando em silêncio por um momento mexendo minha comida até que interrompi sua fala sobre os alunos que ficaram encarando ele e seus irmãos.


— Posso te perguntar uma coisa?


Claro. - Ergui meu olhar para a tela e coloquei uma mecha atrás da minha orelha.


— Por que está fazendo tudo isso? Desde que nos conhecemos na locadora você anda fazendo isso, tentando se aproximar, me dando flores e fazendo isso, por qual razão?


Pois eu quero estar com você, eu me sinto bem quando estou ao seu lado, você conseguiu trazer vida apenas com um breve olhar na minha direção. - Voltei meu olhar para tela o encontrando me observando.


— Isso é uma perda de tempo, você sabe né?


Eu não me importo em perder ele desde que possamos fazer algo juntos. - Passei minha mão em meu cabelo e arrumei minha cânula.


— Eu preciso fazer umas coisas da faculdade, vou ter que desligar. - Edward me deu um sorriso fraco e apenas assentiu. - Tchau. - Digo de forma baixa e em seguida desligo a chamada, tirei a bandeja do meu colo a deixando sobre a cômoda, puxo meus fones e fecho minha tela com certa força enquanto puxava o ar repetidas vezes, deito meu corpo e levo minhas mãos até meu rosto o cobrindo.


Sei que muitos achariam que poderia estar fazendo um completo drama, mas se pensar comigo, se soubesse que poderia morrer em tão pouco tempo, não iria querer que mais pessoas se aproximassem. Queria odiar Edward também por ser tão insistente, mas nem isso eu conseguia fazer.


- - - - - - - - - - - - - - -


Novamente me encontrava em meu quarto, mas dessa vez estava na minha escrivaninha escrevendo a minha história, hoje era sábado e fazia cinco dias que eu não saía direito do quarto, não atendia as chamadas de Edward e tinha pedido para a minha mãe dizer para ele que andava cansada e acabava passando a maior parte do tempo dormindo, ela não achava nada educado isso ainda mais por ele sempre trazer um buquê de tulipas, sempre alguma cor diferente. Meu pai até pensou que Edward tinha feito algo contra mim, mas pelo visto minha mãe tinha explicado e ele até tentou conversar comigo mas cortei o assunto, já meu querido irmão mesmo que parecesse que não gostasse nada de Edward, também achava que eu estava sendo cruel, pelo menos nele eu pude dar um peteleco na testa, me senti até mais leve depois de fazer isso. Escutei batidas na minha porta e salvei a história antes de fechar a aba.


— Entre. - A porta se abriu e assim que olhei fiquei um pouco confusa e surpresa ao ver a mãe de Edward, ao seu lado estava meu pai, já que minha mãe tinha saído junto do Max para irem ao supermercado.


— Esme queria conversar com você, querida. - Meu pai falou e ergui minhas sobrancelhas curiosa. - Vou deixar vocês a vontade, estou lá na sala. - Apenas assenti o vendo sair do quarto enquanto encostava a minha porta, Esme me olhou com um sorriso gentil.


— Olá querida, como está? - Fora a morte iminente?!


— Bem, e a senhora?


— Estou ótima, espero não estar atrapalhando.


— Não, não, por favor se sente. - Como ela andava com elegância, ela estava usando uma saia preta que ia até seus joelhos, saltos de mesma cor, uma blusa que parecia ser de seda verde escuro e um sobretudo preto estava pendurado em seu braço, ela sentou na minha cama cruzando suas pernas e deixando o sobretudo ao seu lado, usei minhas mãos para girar minha cadeira para ficar de frente para ela, estava com as minhas pernas em posição de índio com meu pijama incrível do Ursinho Pooh. - Sobre o que a senhora quer conversar?


— Por favor, me chame por você. - Balancei minha cabeça positivamente mexendo na barra da minha calça. - Eu gostaria de falar sobre o Edward.


— Aconteceu algo?


— Não. - Escutei seu riso baixo e tombei minha cabeça para o lado levemente. - Desde que chegamos, ele não para de falar sobre você, desde o momento em que a viu saindo com seu irmão. - Encolhi levemente os meus ombros. - Mesmo com o pouco tempo, eu já pude ver que você é uma garota de ouro, você realmente trouxe vida para o meu filho, sabia que depois que saímos daqui, ele tocou piano? Eu nem me lembrava da última vez que tinha ouvido tocar.


— Não quer dizer que eu fui o motivo. - Meu tom saiu baixo e Esme segurou minha mão, assim como a de Edward, sua pele era fria mas não poderia dizer muito.


— Minha querida, quando Edward fala sobre você, ele muda completamente. - Sinto seu polegar acariciar a minha mão. - Você faz bem pro meu menino, sei que você deve sentir medo pela sua situação, mas se o deixasse a controlar estaria com 16 anos fazendo faculdade? - Balancei minha cabeça em negação.


— Mas eu não quero que ele sofra se algo acontecer.


— Eu entendo seu lado, mas não acha que ele deveria decidir isso? - Nesse momento eu não sabia o que responder. - Edward sabe que você tem as suas limitações, mas não quer dizer que vai desistir, ele pode ser bem persistente quando quer. - Acabei soltando um riso baixo sendo acompanhada por ela. - Não estou aqui para tentar forçá-la, mas que você pense sobre isso, tudo bem? - Balancei minha cabeça positivamente e sorri de forma fraca.


— Está bem.


— Vou deixá-la descansar. - Esme se levantou soltando minha mão com delicadeza e deixou um beijo sobre a minha testa. - Caso queira ir nos visitar hoje ou até mesmo amanhã, não hesite, Edward comprou um projetor e tenho certeza que vocês se sentiriam em um cinema. - Ela olhou brevemente para o meu projetor e pegou seu sobretudo piscando para mim, acabei ficando boquiaberta com a informação. - Até qualquer hora, querida.


— Até… - Estava ainda surpresa enquanto a via sair do meu quarto, esse garoto é completamente doido, passaram alguns segundos e meu pai apareceu em meu quarto se encostando no batente da porta enquanto cruzava seus braços. - Que foi?


— O que vai fazer?


— Estava ouvindo a conversa?


— Em minha defesa, sou um pai preocupado…


— Enxerido, pode dizer. - Digo de forma zombeteira o vendo rir enquanto me olhava.


— Mas sério querida, você deveria deixar ele decidir, como eu e sua mãe fizemos, poderíamos ter te devolvido pois ainda tenho o recibo. - Revirei meus olhos acabando por rir um pouco alto. - Se quiser ir, eu aviso sua mãe quando chegar, mas nada de ficar menos de dois metros.


— Pai!


— Tudo bem, um metro, esses adolescentes crescem tão rápido. - Colocou a mão sobre seu peito balançando sua cabeça em negação enquanto saia, revirei meus olhos novamente de forma divertida e virei minha cadeira de volta para a minha mesa, apoiei meu queixo em minha mão enquanto pensava, coisa que eu andava fazendo muito ultimamente e ainda bem que eu não era de sentir dor de cabeça pois senão teria que passar os dias a base remédio por tanto forçar a minha mente, bufei de forma baixa e olhei para a minha tela, ai que ódio.


- - - - - - - - - - - - - - - - -


Será que ainda tinha tempo de voltar? Claro que tinha, mas eu já estava na rua e no meio do caminho, tinha tido uma conversa bem séria com os meus pulmões antes de sair de dentro de casa, então agora estava caminhando enquanto puxava o carrinho do cilindro e minha mão livre estava no bolso, usava meu casaco jeans claro, um casaco de moletom cinza, uma blusa de gola branca com várias cabeças da Minnie espalhadas, uma calça jeans preta, meus all star de mesma cor, uma touca preta e meu cabelo estava solto, hoje o dia não estava tão frio e agradecia por isso pois não me cansaria tanto por ter que ficar puxando o ar, então cheguei a “terrível” casa de vidro, subi os degraus e arrumei minha touca antes de bater na porta, não demorou e a porta foi aberta por Esme que tinha um grande sorriso em seus lábios.


— Bem-vinda, querida, entre. - Sorrio levemente passando por ela e olhei em volta um tanto fascinada, tudo era tão bonito e combinava perfeitamente com eles. - Está com sede ou fome?


— Não, eu já comi mas obrigada por perguntar.


— Edward saiu com Emmett e já devem estar voltando. - A olhei com a sobrancelha erguida com uma leve confusão.


— Então não foi ele que pediu para você ir falar comigo? - A vejo rir enquanto balançava sua cabeça em negação.


— Na verdade ele nem deve imaginar isso. - A olhei surpresa, isso era adorável da parte dela. - Estou preparando um bolo para mais tarde, fique a vontade querida, caso queira se sentar à sala fica logo ali.


— Está bem. - Esme se vira e caminha para fora da minha visão, olhei em volta novamente e com calma caminhei pela casa puxando meu cilindro e assim que cheguei na sala encontro uma cabeleira loira lendo uma revista, Esme tinha me deixado sozinha com a loira vilã, ai Deus, calma Amber os filmes da Disney te prepararam para esse momento. - Oi. - Isso, vá com cautela e nada de aceitar maçãs, a vejo erguer seu olhar em minha direção de forma tediosa. - Tá, eu vou me sentar aqui e ficar fingindo que não existo. - Digo puxando meu cilindro até uma poltrona e o deixei ao meu lado antes de me sentar, deixando minhas mãos sobre meu colo entrelaçando meus dedos, o silêncio se instalou enquanto ela lia sua revista, o único barulho que tinha eram das folhas quando ela virava a página, fiquei olhando os vários jogos que tinham na estante.


— Você é assim desde quando? - Acabei me surpreendendo com a sua voz e voltei meu olhar em sua direção, mas ela mantinha seus olhos nas páginas.


— Assim? - Perguntei confusa e me toquei do que ela estava falando. - Entendi, desde que eu tinha 8 anos, começou com um câncer de tireoide estágio 4 e evoluiu para uma metáfase no pulmão, agora carrego isso aqui para todo o lado. - Aponto para o meu cilindro e vejo seu olhar erguer minimamente na minha direção.


— Então você vai morrer. - Aquilo não era uma pergunta, sorri de forma fraca encolhendo levemente meus ombros.


— Algum dia sim, meus pulmões são de araque mas vão durar por um tempo ainda. - Era isso o que eu esperava, para falar a verdade.


— Entendo. - Ela parecia ter ficado pensativa antes de voltar a olhar para sua revista, alguns poucos minutos se passaram antes do barulho de carro se fazer presente, escutei uma risada e logo a porta foi aberta, não demorou muito e Edward junto de Emmett aparecem na sala.


— Senhorita Cranston. - Edward parecia surpreso, mas ao mesmo tempo eufórico e isso era engraçado, pude ver o grande urso um tanto risonho enquanto se aproximava da loira vilã sentando ao seu lado em seguida.


— Oi. - Digo sorrindo levemente e me levantei em seguida enquanto o olhava. - A gente pode conversar?


— Claro, podemos conversar na sala de música. - Assenti e segurei meu carrinho o puxando seguindo seus passos, só esperava que ele entendesse um pouco o meu lado.


Notas Finais


Eu tinha me esquecido de por no primeiro capítulo os atores que representam meus personagens (burra né) então agora vocês podem ver.

Personagens:
Amber Cranston (Kristine Froseth): https://pin.it/6EQ5CzX

Max Cranston (Tom Holland): https://pin.it/3JbvmqY

Andrew Cranston (Tom Hiddleston): https://pin.it/3aixepW

Corinne Cranston (Julia Roberts): https://pin.it/6Ok70Q6

Eu te amo Edward que toma atitude, eu te amo 🥺

Admito que senti pena da nossa menina ;-;

Como será que vai ser essa conversa deles? Hmmm 🧐

Espero que não tenha nem um erro e obrigado por ler ‘-‘)sz

-W


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