1. Spirit Fanfics >
  2. A Love to Remember - Crepúsculo [SEMI-HIATUS] >
  3. Eu não vou desistir.

História A Love to Remember - Crepúsculo [SEMI-HIATUS] - Eu não vou desistir.


Escrita por: Big_by_Wolf

Notas do Autor


Demorou, mas chegou :v

Capítulo 8 - Eu não vou desistir.


♡  ⊹    °     . ˚   𖧷 ·  °     .  ♡  ⊹


“Comprimidos aliviam a dor, mas só o amor alivia o sofrimento.”


— O Amor é Contagioso.


♡  ⊹    °     . ˚   𖧷 ·  °     .  ♡  ⊹


Amber pov:


— Posso entrar? - Escuto a voz do meu pai após batidas na porta e a mesma ser aberta, ergo meu olhar da tela do meu notebook e balanço minha cabeça positivamente, o jantar tinha terminado a um bom tempo e posso dizer que foi um pouco difícil trazer meu pai de volta a “vida”, quase pensamos que teríamos que chamar o senhor Cullen, já que ele poderia ter batido a cabeça na queda.


— O senhor está bem? - Pergunto fechando de forma rápida a aba em que eu escrevia, escuto seu riso baixo enquanto tirava suas pantufas e se sentava ao meu lado na cama.


— Estou, desculpe preocupa-la. - Meu pai dá um pequeno sorriso deixando a palma da sua mão para cima e coloco a minha, logo sentindo seu carinho. - Mas então, meu raio de sol quer sair com um garoto?


— Pai, não é alguém desconhecido.


— Mas isso não muda a minha preocupação de pai, o meu trabalho é ser um pai protetor. - Acabei rindo revirando meus olhos de forma divertida. - Mas eu me preocupo com você, me preocupo onde isso tudo vai parar.


— Como assim? - Perguntei franzindo minha testa enquanto o olhava e o vejo suspirar enquanto me olhava.


— Querida, você já conversou com ele? Falou para o Edward que o tratamento não funciona mais? Eu sei que você pediu para fingirmos que está tudo bem, mas não podemos simplesmente ignorar.


— Eu não… falei nada. - Abaixei meu olhar mexendo nos dedos de sua mão para me distrair. - Eu sei que tenho, sei também que isso pode machucá-lo e eu não quero isso, mas eu realmente tentei afastá-lo, até ele falou que quem deveria escolher isso era ele. - Soltei um riso sem humor sentindo meus olhos marejados. - Eu gosto de estar com ele, uma parte minha ainda quer que ele se afaste, mas a outra quer que ele continue aqui… eu sou uma pessoa ruim por querer que ele continue aqui mais do que quero que se afaste? - Ergo meu olhar sentindo meus olhos ainda marejados, em seguida a mão livre do meu pai para em minha bochecha e a acaricia.


— Você está sentindo essas coisas pela primeira vez, nunca pense que seria alguém ruim apenas por querer algo. - Balancei minha cabeça positivamente e sinto seu indicador tocar a ponta do meu nariz me fazendo dar um pequeno sorriso. - Mas você tem que conversar com ele, me promete que vai fazer isso? - Sabe, eu realmente deveria ter seguido o pedido do meu pai e ter contado para o Edward, mas ao invés disso “preferi” que ele descobrisse sozinho.


— Prometo. - Respondo após piscar algumas vezes por conta da leve ardência.


— Certo, que tal descansar?


— Está bem. - Fecho a tela e entrego o notebook para meu pai, que o coloca ao meu lado na cômoda, me arrumo na cama e meu pai arrumou melhor a coberta sobre mim antes de deixar um beijo em minha testa.


— Boa noite, raio de sol.


— Boa noite, pai. - Sorri e ele sai do meu quarto apagando a luz e deixando a porta encostada, fiquei encarando o teto do meu quarto até que me virei de lado puxando e a apertando em minha mão quando senti a vontade de chorar voltar, respirei fundo tossindo um pouco e limpei com a coberta algumas lágrimas que caíram sem eu perceber, eu tinha que contar, eu tinha que contar… mas não fiz isso.


[…]


— Querida, querida! - Abro meus olhos de forma lenta encontrando minha mãe que tinha seu braço em meu ombro já que ela ficou balançando um pouco meu corpo.


— O apocalipse zumbi começou? - Pergunto sonolenta tirando algumas mechas de cabelo do meu rosto e escuto seu riso.


— Eu preciso sair, eu pedi pra Esme ficar de olho em você.


— Eu posso ficar sozinha.


— Nem pensar, agora coloque uma roupa quente e desça. - Choramingo puxando a coberta e cobrindo a minha cabeça, escuto seu suspiro e em seguida a coberta é puxada do meu corpo me fazendo me encolher. - Vamos, vamos.


— Estou indo.


[…]


— Obrigada por ficar com ela, Esme. - Minha mãe falava enquanto eu estava ao lado de Esme.


— Não tem problema nem um para mim. - Coçava meu olho enquanto soltava um bocejo baixo.


— Caso aconteça qualquer coisa, é só me ligar.


— Vai dar tudo certo Corinne. - Esme soltou um riso baixo e minha mãe a acompanhou antes de deixar um beijo em minha bochecha.


— Se comporta. - Balancei minha cabeça positivamente e não demorou para ela se afastar e descer as escadas enquanto Esme fechava a porta e em seguida colocou seu braço sobre meus ombros e a acompanhei puxando meu cilindro.


— Então querida, como é sua rotina de manhã? Sua mãe me avisou que iria demorar.


— Não precisa fazer nada, Esme. - Digo um tanto envergonhada encolhendo levemente meus ombros quando chegamos à sala.


— Deixe disso querida, pode me falar. - A mesma deixou um beijo no topo da minha cabeça.


— Certo… - Soltei um riso baixo. - Eu acordo e faço minha higiene, assisto algum filme ou mexo no meu notebook enquanto como algo no meu quarto, às vezes também desço pra tomar café com a minha família mas eu passo do horário as vezes.


— Então vou fazer algo para você comer, pode se sentar e se quiser mexer em algo, pode mexer. - Balancei minha cabeça positivamente e Esme se afastou enquanto eu andava até o sofá e me sentei em seguida, deixei o cilindro do meu lado e olhei para frente encontrando um console e alguns jogos, tinha até alguns filmes, cocei minha bochecha e mesmo que Esme tenha falado que eu poderia mexer, me sentia como se estivesse fazendo algo errado, foi então que escutei o barulho de saltos e ao me virar encontrei Rosalie andando até uma das poltronas e se sentando.


— Oi. - Falei de forma baixa e seu olhar se focou em mim enquanto cruzava seus braços. - Então… não deveria estar na escola? Quer dizer, sempre dá pra faltar, né!? - Soltei um riso nervoso quando ela estreitou seu olhar em minha direção. - É melhor eu calar a boca. - Abaixo meu olhar para as minhas mãos e fico mexendo em meus dedos.


— Posso te fazer uma pergunta? - Sua voz acabou me assustando por conta do silêncio que tinha se instalado, ela parecia me olhar com desconfiança e isso era um pouquinho assustador.


— Pode sim. - Balancei minha cabeça positivamente enquanto arrumava a minha cânula.


— Se você tivesse a chance de sobreviver a essa doença, mas isso tivesse um preço, você aceitaria? - Franzi minha testa inclinando minha cabeça para o lado levemente.


— Tipo Voldemort com as Horcrux? - Pergunto e vejo sua expressão ficar confusa. - Ele fez atrocidades para dividir a alma e se tornar imortal.


— Certo, podemos usar isso como exemplo. - Ela revirou levemente seus olhos. - Então, o que você faria?


— Eu não conseguiria machucar alguém para ficar viva, com toda certeza não estou pronta para morrer, mas não conseguiria viver sabendo que vou ver as pessoas que eu amo morrerem enquanto eu vou continuar aqui. - Entrelaço meus dedos soltando um riso sem humor. - Então mesmo que eu tivesse a oportunidade de viver “para sempre”, com certeza eu não aceitaria. - Pode ter sido apenas impressão minha mas eu tive quase certeza que vi um pequeno sorriso surgir em seus lábios.


— A maioria das pessoas aceitariam. - Dou de ombros esticando minhas pernas.


— Todos já estão esperando por isso, todo mundo já está preparado para que eu morra, então isso já é meio que um “consolo”. - Faço aspas com meus dedos e ergo meu olhar para ela, Rosalie ficou em silêncio por um momento antes de quebrá-lo.


— Edward não está.


— Eu sei… - Dou um sorriso triste. - Por isso eu queria afastá-lo mas não consegui, ontem eu até conversei com o meu pai… perguntei se eu era uma pessoa ruim por querer ele comigo, meu pai disse que não… mas… ele ainda vai continuar aqui, algum dia eu posso não acordar mais ou até mesmo parar no hospital de novo e ele receber uma ligação dizendo que eu não resisti. - Passei as pontas de meus dedos por algumas lágrimas que caíram. - Eu não quero que ele sofra, mas sei que isso é inevitável.


— E mesmo assim continua com a mesma resposta para o que eu te perguntei? - Limpo minhas bochechas novamente acabando por rir sem humor e tossir em seguida.


— Sim, ainda continuo… sou uma pessoa ruim por isso?


— Não, você não é. - Seu tom se tornou suave enquanto me olhava e uso as mangas no meu casaco para secar minhas bochechas e arrumo minha cânula enquanto tossia. - Tudo bem?


— Sim… choro e pulmões ruins nem sempre é uma boa combinação. - Soltei um riso fraco e tossi novamente puxando o ar de forma lenta para me acalmar e tento fazer as lágrimas pararem. - Desculpa, eu ando meio chorona. - A vejo balançar a cabeça em negação de forma leve e Esme aparece na sala com uma bandeja e sorrio. - Obrigada, quanta coisa. - Ri de forma baixa e em seguida ela puxa um lenço e se senta ao meu lado secando minhas bochechas.


— Saiba que o Edward vai sempre estar com você. - Minhas bochechas esquentam um pouco enquanto a olhava.


— A senhora ouviu? - A vejo sorrir e dobrar o lenço o deixando sobre seu colo.


— Apenas um pouco, mas não deve se envergonhar, você se preocupa com o meu filho e ele com você, nunca ache que está fazendo algo errado. - Funguei enquanto concordava. - Eu vou arrumar o jardim, qualquer coisa pode me chamar e se quiser mais alguma coisa, pode pegar sem problemas.


— Está bem. - Esme volta a ficar em pé e antes de sair tocou o ombro de Rosalie, abaixo meu olhar para a bandeja e pego o garfo cortando um pedaço de bolo e o levando a minha boca.


— Quanto tempo?


— O que? - Pergunto confusa com a mão livre em frente a minha boca.


— Quanto tempo de vida você ainda tem? - Certo, eu não esperava por esse tipo de pergunta e ainda mais por já saberem que eu “fazia” o tratamento, admito que me senti como se tivesse sido descoberta e isso não foi uma coisa boa, então engoli o resto de bolo antes de falar.


— Eu não sei… o tempo que eu ainda resistir. - Dou de ombros mexendo no bolo em seguida. - Ou o tempo que meus pulmões aguentarem. - O silêncio caiu sobre nós e eu voltei a comer, aquele assunto tinha me deixado extremamente mal, a morte parecia cada vez estar mais perto de mim, pisquei algumas vezes ao sentir meus olhos arderem novamente.


— Amber. - A voz de Rosalie me faz erguer meu olhar e poderia ser apenas impressão minha por estar um tanto chorona demais, mas tive a impressão de vê-la um tanto acanhada. - Que tal um filme?


— É sério? - Pergunto surpresa e a vejo bufar.


— Não vou repetir.


— Qual filme?


— Pode escolher. - Deu de ombros e abri um sorriso animado e a vejo balançar sua cabeça em negação. - Menos isso. - Formei um bico em meus lábios. - Não! - Então faço a minha melhor cara de cachorrinho abandonado. - Já disse não!


[…]


— Termina assim? Ela casando e sendo feliz? - Rosalie perguntou enquanto os créditos do filme da Cinderela subiam e acabei rindo enquanto arrumava a coberta, tínhamos ficado pela sala mesmo e com muita, muita mesmo, insistência assistido a uma animação.


— Termina assim. - Confirmo a vendo revirar seus olhos. - Mas se parar para pensar, a Cinderela saiu ganhando.


— Claro, tem um reino.


— Mas ela não queria isso. - Rosalie me olhou com a sobrancelha erguida.


— Ela estava implorando para a madrasta dela por isso.


— Não, ela apenas queria um belo vestido e uma noitada. - A corrijo e ergo minha mão fechada. - Mas ela ganhou um vestido, uma noitada, um príncipe e um reino. - Falei enquanto erguia cada um de meus dedos, em seguida abaixei minha mão. - Quem saiu no lucro foi ela.


— Eu não tinha parado para pensar dessa forma. - Abro um pequeno sorriso. - Mas deveríamos ter uma continuação do que acontece depois do "viveram felizes para sempre”.


— E tem, se chama pornô. - Rosalie me olhou e acabou soltando um pequeno riso balançando sua cabeça em negação.


— Bom, errada você não está. - Isso era tão estranho, vê-la um pouco relaxada, claro que na verdade ela tinha alívio pelas perguntas que me fez na época, mas eu agradecia por ela ter as feito, isso meio que fez a gente se aproximar e ainda me ajudar a lidar com Edward, foi um momento difícil. - Amber.


— Eu. - Pisco algumas vezes focando meu olhar em sua direção.


— Tudo bem? Você estava com uma expressão estranha. - Soltei um riso baixo dando de ombros.


— Estou bem sim. - Antes que eu falasse mais alguma coisa pude ouvir barulho de carro e não demorou para eu ver Edward entrar com certa rapidez e uma expressão um tanto dura. - Oi. - Assim que falei pude ver seu olhar finalmente se focar em mim e sua expressão suavizou.


— Amber, o que faz aqui?


— Minha mãe teve que sair e pediu para a sua ficar de olho em mim. - Expliquei enquanto arrumava a minha cânula. - Mas estava vendo um filme com a Rosalie. - Seu olhar se dirigiu para a irmã e a expressão de antes voltou por alguns segundos. - Você não deveria estar em aula?


— Não vamos ter os outros períodos. - Respondeu antes de me olhar com um suave sorriso em seus lábios. - Seu irmão está vindo com os meus, acho que ele quer falar com você, que tal ficarmos na porta esperando?


— Por mim tudo bem, quer ficar com a gente Rosalie? - Pergunto virando meu rosto para poder olhá-la e pude ver um sorriso um tanto sarcástico em seus lábios.


— Não, vou deixar apenas o meu querido irmão lhe fazendo companhia, podemos fazer algo a qualquer hora. - Eu tinha a pequena sensação que ambos estavam se provocando de certa forma, mas preferi não me meter


— Por mim, tudo bem. - Retiro a coberta de cima das minhas pernas antes de me levantar. - Onde posso deixar a bandeja e a coberta?


— Eu cuido disso. - Rosalie falou e o clima estranho parecia piorar.


— Está bem, tchau Rosalie.


— Tchau Amber. - Segurei o meu carrinho de oxigênio e o puxei junto comigo não demorando para sentir Edward me envolver com um de seus braços, andamos até a porta que ainda estava aberta e logo paramos.


— Está tudo bem? - Pergunto erguendo meu olhar para ele que ao me olhar fez um pequeno carinho em minha cintura.


— Está sim, então você irá jantar comigo? - Dava pra notar perfeitamente que ele estava fugindo do assunto, mas novamente eu preferi manter para mim.


— Bom, meu pai desmaiou quando falei. - Edward acabou soltando uma gargalhada. - Ei, não ria dele. - O repreendo mesmo tentando segurar a minha risada. - Mas está bem para eles eu sair com você e eu também aceito. - Edward me olhou sorrindo e abaixou um pouco seu rosto para deixar um beijo em minha bochecha.


— Você não imagina como me deixa feliz com essa resposta. - Acabei soltando um riso um tanto envergonhada. - Posso lhe buscar amanhã às oito?


— Pode sim. - Balancei minha cabeça positivamente com um sorriso em meus lábios e o barulho de motor pode ser ouvido, virei meu rosto e pude ver dois carros se aproximando até pararem próximos de nós, Max foi um dos primeiros a descer e colocar a mochila sobre seus ombros.


— Você tem sorte que a mãe me mandou mensagem logo depois que eu te liguei pra dizer que você estava com a Esme. - Fiz uma expressão confusa enquanto o olhava. - Só tem um celular de enfeite.


— Eu me esqueço dele às vezes. - Cocei minha nuca soltando uma risada nervosa.


— Viram só!? - Olhou para os irmãos de Edward que acabaram rindo. - Só por eu ser um ótimo irmão não vou te dar um sermão. - Revirei meus olhos sentindo Edward me apertar contra ele levemente. - A mãe pediu pra avisar que é para nos arrumarmos que vamos para reserva. - O olhar de todos caiu sobre nós e isso foi bastante estranho.


— Mas pra que?


— É aniversário do Seth hoje, então nos convidaram. - Ergui minha sobrancelha enquanto o olhava.


— Assim? De repente nos chamaram para o aniversário dele, sem nem nos avisar alguns dias antes como sempre fizeram?


— Eles devem ter ficado atarefados. - Max deu de ombros e meu semblante se fechou.


— Onde a mãe está? - Meu irmão ficou em silêncio. - Onde ela está, Max?! - O vejo suspirar e arrumar a alça da mochila em seu ombro.


— Ela está ajudando eles a organizar as coisas, mas não fica brava…


— Brava não chega perto do que eu to. - O interrompo enquanto o olhava e sinto Edward me segurar. - Ela quer que eu fique recebendo os olhares de pena deles.


— Não vai ser assim.


— Então por a meses eles não vão lá em casa? Por que a meses não vamos para lá também e de repente agora, bem nesse momento eles querem isso?!


— Talvez só queiram se aproximar. - Dou uma risada sem humor colocando uma mecha atrás da minha orelha.


— Amber, se acalme.


— Não me mande ficar calma, Edward. - Meu tom saiu completamente irritado. - Eu estou morrendo e todo mundo sabe, agora não preciso que eles venham querer recuperar o que já foi perdido.


— Vocês poderiam ir e ficar apenas um pouco, não tem necessidade de ficar até o final. - Alice sugeriu e dava para notar que estava tentando dar uma acalmada nas coisas.


— Alice está certa, podemos falar que você não está se sentindo muito bem. - Estreitei meu olhar em direção ao meu irmão.


— Como não pensei nisso!? Não quero receber olhares de pena e faço o que? Isso mesmo, digo que estou passando mal, meus parabéns Max. - Tento me afastar de Edward mas ele me segura, antes que eu fale alguma coisa, o mesmo se adianta.


— Max, posso falar com a Amber? - Vejo meu irmão resmungar algo que não consigo entender. - Promessa é dívida. - Faço uma expressão confusa ao mesmo tempo que meu irmão dá uma risada.


— Combinado então. - Max falou antes de se afastar e começar a andar em direção a nossa casa, por canto de olho pude ver os irmãos de Edward concordarem levemente com algo antes de se despedirem de mim e andarem para dentro de casa.


— Que porra aconteceu aqui?


— Olha a boca. - Sinto sua mão em minha bochecha e um leve aperto nela. - Vem comigo. - Edward abaixou sua mão e segurou a minha.


— Edward…


— Por favor. - Ele me interrompeu enquanto acariciava minha mão, tinha quase certeza que ele ia tentar me fazer mudar de ideia.


— Tá bom. - Digo um tanto derrotada e saímos de frente de sua casa, andamos até um dos carros e Edward abre a porta para mim, entro no lado do passageiro e com ajuda dele coloco meu cilindro entre meus pés antes de fechar a porta, o vejo dar a volta no carro e entrar enquanto colocava meu cinto. - Edward, seu cinto. - Aviso enquanto o via ligar o carro e escuto seu riso baixo.


— Sim senhora. - Puxou seu cinto e o prendeu antes de dar partida, não demorou muito para sairmos da nossa rua e senti a mão de Edward segurar a minha e entrelaçar nossos dedos. - Sua mão está um pouco mais quente hoje. - Comentou enquanto dirigia e me olhava antes de voltar seu olhar para frente.


— Você acha? - Pergunto levando minha mão livre para cima da sua onde fiz pequenos círculos com meu indicador.


— Acho. - Faço um leve bico em meus lábios. - O que foi? - Perguntou um tanto risonho.


— Não temos mais a mesma temperatura então.


— Hoje não.


— Onde estamos indo?


— Não é muito longe. - Faço uma pequena careta por conta da minha curiosidade, não se pode fazer isso com uma pessoa, penso e noto um pequeno sorriso em seus lábios. Após um longo tempo torturante, perceba como eu conseguia ser dramática, chegamos finalmente ao destino, Edward estacionou atrás de um banco de madeira e desligou o carro após soltar nossas mãos, soltei meu cinto e ele fez o mesmo, abro a porta e coloco o cilindro para fora já encontrando Edward com a mão estendida em minha direção, não tinha percebido que ele tinha saído tão rápido, então segurei sua mão saindo do carro e arrumei o cilindro antes de puxá-lo enquanto a porta era fechada atrás de mim, voltou a entrelaçar nossos dedos e andamos até o banco nos sentando em seguida, a vista era tão linda, dava até para ver um pouco da praia de La Push de onde estávamos, acabei sorrindo um pouco e sinto Edward trocar sua destra pela canhota para segurar minha mão e colocar seu braço sobre meus ombros.


— Vai tentar me convencer de ir? - Pergunto quebrando o silêncio e o vejo sorrir e negar antes de me olhar.


— Com certeza não. - Ergo minha sobrancelha o olhando de volta antes dele desviar o olhar. - Não sou muito fã deles.


— Por que? - Ele dá de ombros e começa a passar seu indicador em meu ombro.


— Não me simpatizei muito.


— Tipo “ódio à primeira vista”?


— Quase isso. - Soltou um riso baixo antes de voltar a me olhar. - Mas qual o real motivo de você não querer ir?


— Você já sabe o motivo.


— Eu sei o motivo da sua raiva e não o verdadeiro. - Bufei baixo e comecei a brincar com o seu polegar.


— Mesmo na minha condição, íamos na casa um dos outros, meus familiares também vinham às vezes mas todo movimento meu parecia que eu iria quebrar e não me deixavam fazer nada, me sufocavam, mas com o pessoal da reserva foi diferente, eles me viram ficar completamente sem ar, me viram ser levada ao hospital e os olhares se tornaram piores, meus pais viram como isso me deixava mal, então tudo foi diminuindo até que não teve mais nada, raramente os vejo e quando isso acontece eles não perguntam sobre mim, perguntam sobre o tratamento. - Soltei sua mão e passei as costas da minha sobre minhas bochechas. - Até quando eu saí do hospital nessa última vez, minha família queria ir comer peixe no Harry, eu disse que não era temporada de pesca dele, mas eu nem faço ideia quando ele vai pescar, apenas falei a primeira coisa que veio apenas para não ter que ir.


— Os olhares sempre vão existir de uma forma ou de outra, não pode abaixar a cabeça para isso, eles te olham mas não tem nem metade da força que você tem, olha por quanta coisa você já passou e precisou fazer para estar aqui, se você quiser ir nesse aniversário vá e tenho certeza que irá se divertir e se não quiser, para mim não vai ter problema nenhum em assistir várias animações com você. - Soltei um riso fraco e sinto seu beijo no topo da minha cabeça. - Você tem total direito de dizer o que quer e o que não quer.


— Então mesmo você não sendo fã deles, acha que eu deveria ir?


— Não vou negar que iria preferir tê-la nos meus braços. - Minhas bochechas se esquentam um pouco e em seguida sinto sua mão em minha bochecha. - Mas se a sua felicidade momentânea é ir a esse aniversário mesmo com todos esses acontecimentos, eu vou estar feliz por você.


— Você é muito perfeitinho.


— Com certeza eu não chego nem perto. - Balancei minha cabeça em negação sorrindo de leve.


— Shiu, apenas minha opinião importa. - O olho de nariz em pé o fazendo rir e deixar um beijo em minha bochecha.


— Mas antes eu tenho uma pergunta muito importante.


— Qual?


— Esse Seth, tem a sua idade? - Apertei meus lábios levemente segurando o riso, mas logo forcei uma tosse antes de falar.


— Ele é mais novo.


— Sem interesse romântico?


— Sem interesse romântico. - Afirmo não conseguindo segurar o riso enquanto o olhava. - Já está com ciúmes?


— Claro que não. - Ele faz uma careta engraçada e acabei rindo. - Os outros têm que sentir ciúmes, pois sou eu que estou ao lado de uma garota incrível, linda e que ainda aceitou sair comigo.


— Você é um palhaço.


— Estou falando sério. - Ri novamente e levei minhas mãos até a minha cânula a tirando. - O que está fazendo?


— Assim consigo limpar minhas bochechas melhor e limpar a minha cânula também, não se preocupe. - Falei calmamente passando a manga em minhas bochechas antes de fazer o mesmo em minha cânula que tinha ficado um pouco molhada, todos os meus movimentos eram observados por Edward, assim que sequei voltei a colocar a cânula em meu nariz e passei por trás das minhas orelhas e puxei o ar antes de soltar pela boca. - Pronto, estava precisando fazer isso. - Ele me olhou de forma questionadora. - Já chorei muito hoje.


— Como assim? - Franziu sua testa e dava para notar uma certa preocupação em sua voz, mas neguei com um pequeno sorriso. - Não vai me contar? - Fiquei em silêncio por um momento sentindo um aperto em meu coração por vê-lo daquela forma, respirei fundo antes de quebrar o silêncio que estava sobre nós.


— Eu vou partir seu coração, Edward Cullen. - Seu olhar vacilou por um momento e foi então que de forma lenta, encostou sua testa contra a minha, acabei fechando meus olhos ao mesmo tempo do que ele.


— Tudo bem… ele já era seu antes mesmo que eu percebesse, você tem o total direito de fazer o que quiser com ele. - Sussurrou para mim e levei minha destra até a sua manga a segurando entre meus dedos. - Mas eu não vou desistir de você, não vou…


Notas Finais


Tivemos o pai da Amber tentando a convencer de contar e viram que não vai ser ela e que Edward que vai descobrir sozinho.

Rosalie já chegou intimidando mas já está encantada pela nossa menina.

Não preocupem que quando chegar na parte da visão do Edward, as coisas que nossa menina não entende, vão ser explicadas.

Amber tem um certo rancor dos lobinhos, ai ai.

Eu te amo Edward maduro, eu te amo.

Espero que não tenha nenhum erro e obrigado por ler ‘-‘)sz

-W


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...