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História A Mad Family - The Final


Escrita por: elkanah

Notas do Autor


Gente!
O ultimo capítulo!
Eu não sei muito o que dizer (eu nunca sei na verdade),
mas como sempre, leiam a vontade.
🖤

Capítulo 46 - The Final


Fanfic / Fanfiction A Mad Family - The Final

5 anos depois...

 

            Um claro feixe de luz insistia em passar por entre minhas cortinas, a claridade incomoda meus olhos, porem não levanto para cobri-lo, apenas viro para o outro lado de minha cama e me cubro sonolenta.

            Percebo um movimento ao meu lado e depois sinto uma carícia em meus cabelos, Clint havia acabado de acordar e como sempre ele mimava com beijos e carinhos pela manhã, e é claro, assim que os sentia eu me acordava e retribuía-os.

“Bom dia” Murmuro, sorrindo e abraçando-o.

“Bom dia Lu” Responde ele, sorrindo de volta para mim “Pronta pra acordar?”

            Balanço minha cabeça em negação, ele me ignora, então sai da cama, caminha até o feixe de luz com os olhos semicerrados por causa da claridade e com um puxão abre ambas as cortinas deixando a luz da manhã entrar. Minha reação é rápida ao puxar as cobertas sobre meus olhos antes de quase ficar cega.

“Pra que isso?!” Questiono irritada.

“Por que hoje é sábado e seu irmão vai vir passar a tarde aqui, e se eu não te acordo você ficaria dormindo até às três da tarde” Ele responde andando até mim e me abraçando “Vem, vamos tomar café”

            Solto as cobertas e olho para ele com mina melhor cara de sono e ele me pega no colo me assustando.

“Vamos tomar café?” Pede ele novamente.

“Você vai me levar até a cozinha no seu colo?” Questiono sorrindo.

“Sim”

“Então vamos”

            O caminho até a cozinha não era longo, os corredores e os lances de escadas não eram muito grandes, porém apenas me deixo levar por Clint enquanto escuto seus passos ecoarem nas escadas.

            Fico deste jeito até ele me colocar no chão. A cozinha estava silenciosa, mas a mesa havia sido arrumada por uma de nossas empregadas, e nela estava tudo o que precisaríamos para um café da manhã comum.

            Nossa vida tem sido normal.

            Nos últimos 5 anos eu e meus amigos continuamos com nossos roubos e ações contra a polícia e de vez em quando até Batman aparecia, mas geralmente nós tínhamos que lutar contra o Asa Noturna, não que eu me importasse, mas era sempre legal ter alguém forte pra combater.

“Lu, você quer café ou chá?” Escuto Clint me chamando, como sempre eu acordo de meus devaneios com a voz dele me chamando.

“Eu?...” Fico atordoada por uns segundos até perceber o que ele havia perguntado “Ah... Eu quero um chá”.

“Ué?” Ele diz colocando a chaleira no fogão e ligando-o “Pensei que você fosse a louca do café”

            Olho para ele para ter certeza se ele não estava brincando comigo, ou se falava sério, percebo que ele estava olhando para mim com um ar curioso e então respondo com um tom de voz um pouco sério:

“Sou, mas é sempre bom dar uma variada nos gostos”

“Você tá paranoica de novo?” Pede ele com um pequeno sorriso dançando em seus lábios.

“Um pouco” Admito olhando para a parede “Desculpa, eu falei que iria parar com as paranoias, mas é tanta coisa acontecendo, desde que eu tinha 12 anos eu era zoada e depois com 16 tudo mudou e eu acho que ainda não me acostumei”

            Clint sorri e anda até mim me abraçando.

“Relaxa, você mudou muito, você não é mais aquela menina de 12 anos que todo mundo zoava por ter um cabelo verde, hoje você é uma mulher incrível, louca, mas incrível”

            Não faço ideia do que deu nele, Clint nem sempre é tão carinhoso assim, geralmente a gente convive como colegas de quarto ou como amigos, mas quando os dois estamos carentes a relação como um casal vale a pena.

            Ficamos assim abraçados por um tempo até a chaleira gritar e Clint me soltar e ir preparar meu chá.

            Sento-me à mesa e pego meu celular, havia uma ligação perdida de Mamãe, resolvo retornar a ligação. O celular fica em modo de espera e depois posso escutar o barulho que se assemelhava com as “risadas” de Bud e Lou.

“Mãe?”

“Oi Lu, o que foi?” Pede Harley com sua voz serena.

“Por que você me ligou mais cedo?”

“Ah, eu só queria saber que horas você queria que eu deixasse Jay aí”

            Posso escutar a voz de Jay ao fundo dizendo algo como “manda um oi pra Lu”.

“Pode deixar ele aqui em uma meia hora se quiser. E manda um oi pra ele também”

“Ok,. Beijo Lucy”

“Beijo Mãe”

            Desligo o telefone e olho para Clint que estava segurando duas xícaras de chá. Pego a minha e beberico-a rapidamente.

“Lucy me lembra de novo porque você vai trazer seu irmão aqui” Pede ele tomando um gole de seu chá.

“Papai pediu pra eu explicar algumas coisas pra ele” Respondo olhando pela janela olhando o grande quintal onde estavam nossos carros.

“Isso tem alguma coisa a ver com toda aquela história de legado da criminalidade?”

“Mais ou menos, na verdade o legado é meu, mas eu vou precisar explicar pra Jay como as coisas vão funcionar se ele escolher o lado criminoso da vida, mas ele não é obrigado a nada” Respondo tomando um grande gole de chá.

“É sério que seu pai não vai obrigar ele a ser um criminoso que nem ele fez com você?”

“É, na verdade ele não me obrigou e nem vai obrigar Jay” Respondo olhando para Clint “Ele nem tem moral pra obrigar a gente, sabe, ele nunca foi um pai muito presente, então ele não tem direito nenhum de obrigar a gente”

            Clint começa a rir e depois leva sua xícara aos lábios, porém ele não parece disposto a inclina-la para poder beber, ele apenas fica parado naquela mesma posição por um tempo, parecia procurar algo para dizer, algum consolo, mas nada foi dito. Após alguns minutos de silêncio ele conclui com um to de voz sereno e sério:

“Bom, isso é algo pessoal Lu, você que sabe o que vai dizer, o que vai fazer e o que acontecerá, mas se você se sente confiante sobre isso, quem sou eu para opinar”

            Olho para ele com uma sobrancelha levantada e uma expressão curiosa, ao perceber que ele estava sério eu seguro uma risada.

“O que deu em você?!” Questiono sem conseguir segurar o riso.

            Clint olha para mim confuso e depois percebe o quão filosófico ele estava parecendo e logo troca sua posição e começa a rir.

“Desculpa, me empolguei” Fala ele com um sorriso super fofo enquanto bagunçava o próprio cabelo.

“Percebi” Comento olhando para meu chá.

            Logo depois o celular de Clint vibra indicando uma que uma mensagem havia chegado.

“É do Nick, ele disse que quer se encontrar comigo, com Chuck e com o resto da gangue” Diz ele após ler a mensagem.

“Tudo bem, mas você já tá indo pra lá?” Questiono terminando por vez meu chá que já estava esfriando.

“É, eu acho que sim” Responde ele desligando o celular “Eu só vou me vestir antes”.

            Então ele beija o topo da minha cabeça e se despede correndo escadas acima até nosso quarto.

            Escuto o som da campainha e olho pela janela, era mamãe que veio para trazer Jay, Clint aparece já vestido e vai atender a porta.

“Oi Harley, oi Jay” Fala ele cumprimentado minha mãe e depois bagunçando o cabelo de Jay “Entrem. A Lucy tá La na cozinha”

            Depois ele sai de casa. E eu vejo Mamãe e Jay se aproximando.

“O que deu com o Clint ele parecia apressado?” Questiona Jay pegando um pão que estava em cima da mesa e passando manteiga nele.

“Oi pra você também, irmãozinho” Falo irônica enquanto ele revira os olhos colocando o pão na boca.

“Tem certeza que é uma boa ideia deixar vocês dois sozinhos na mesma casa?” Pede Harley rindo.

“Mãe! Você não confia em mim?” Pergunto com uma voz inocente.

“Bom...” Começa ela levemente indecisa.

“Mãe!”

“Eu to brincando é claro que eu confio em você, só não confio nos dois juntos, na mesma casa” Fala ela rindo.

“Tá, mas que horas você vai vir me buscar mãe?” Pede Jay terminando sua fatia de pão.

“A noite seu pai vai passar aqui, e Lucy, pelo amor de Deus cuidado com o que você vai dizer hoje, Ok?” Diz Harley já andando até a porta.

“Tá bom mãe. Tchau”

            Meu irmão e eu permanecemos em silêncio até escutar o alto ronco inconfundível que saía do carro de corrida que pertencia à mamãe e papai. Ao vermos que o carro já havia deixado a propriedade, trocamos um rápido olhar, Jay era uma criança inteligente e logo percebe a mensagem que eu transmitia pelos meus olhos verdes que não haviam se desviado de seu rosto.

“Lucy, o que mamãe quis dizer quando pediu para você tomar cuidado com as palavras?” Questiona ele já prevendo uma longa conversa.

            Sorrio percebendo uma leve entonação de ansiedade em sua voz, uma satisfação invade meu peito quando percebo a importância daquela conversa, mas sinto que ele vai ficar ansioso por um tempo, até porque nós temos muito tempo até papai vir aqui para levar Jay para casa.

“Relaxe Jay, a gente resolve isso depois, agora sente e tome café” Falo com a voz mais descontraída possível.

            Jay olha para o chão por um tempo como se estivesse indeciso, provavelmente entre insistir no assunto ou em ignora-lo e se sentar à mesa. No final das contas ele decide sentar-se, muito desconfiado de mim.

“Tá, então o que a gente vai fazer hoje?” Pede ele depois de um tempo preparando um sanduíche.

“Eu estava pensando em ir ao cinema de tarde” Falo me levantando, pegando a chaleira e depositando mais chá em minha xícara.

            E assim fizemos, durante a manhã ficamos em minha casa lendo, jogando e desenhando, logo após nós fomos diretamente para o Shopping onde almoçamos, ficamos quase a tarde toda no cinema e só saímos quando o faltavam apenas 5 minutos para o fechamento do mesmo que estava praticamente vazio.

“Se divertiu hoje?” Peço para Jay quando já estávamos dentro do carro seguindo pelo mesmo caminho por aonde viemos.

“Sim, muito” Responde ele sorrindo contente.

            Ele acompanha o caminho por onde passávamos com os olhos até perceber que eu havia desviado da rota que seguia até então.

“Ah, Lu?” Chama ele olhando para mim.

“Sim” Respondo sem para de olhar para ele.

“Aonde vamos?”

            Sorrio para ele de forma carinhosa e respondo:

“Você vai ver”

            Jay se cala e continua a acompanhar o caminho com o rosto apoiado na janela, fico quieta por uns 3 minutos até estacionar em nosso destino final.

“Chegamos?” Pede Jay já abrindo a porta do carro.

“Sim” Respondo para ele saindo para fora.

            Assim que meus pés tocam a grama molhada respiro fundo inalando o ar do ambiente, que por incrível que pareça era quase limpo, era leve e muito diferente do ar do centro da cidade.

            Como esperava Jay já havia corrido para o ponto mais alto do morro onde estávamos, por incrível que se pareça haviam vários como esse ao redor de Gotham City, este é meu favorito e o mais alto. Eu gosto daqui e não é só porque meus amigos que me mostraram o lugar, mas porque do seu topo era possível ter uma ampla visão da cidade.

“Olha Lu! O céu já está para se por!” Exclama Jay apontando para a linha do horizonte que estava começando a ser manchada por um tom amarelo-avermelhado.

“Eu sei, venho aqui de vez em quando só para assistir” Comento sentando no chão ao lado dele. Ele logo faz o mesmo.

            O olhar que ele tinha ao olhar para minha expressão serena morre e é tomado por preocupação.

“V-você não me trouxe aqui para apreciar a vista” Gagueja ele sem desprender o olhar de mim, eu não respondo, e ele insiste “Não é mesmo?”

            Hesito por um tempo e depois olho para ele com um fraco sorriso.

“Não” Respondo. E ao ver que sua expressão havia passado de preocupada para apreensiva continuo “Jay, papai me mandou aqui para te explicar algumas coisas que ele não saberia como te dizer...”

“Isso é alguma coisa que eu fiz de errado?”

“O que? Não. Você não fez nada de errado” Respondo rindo, o que relaxou um pouco ele.

“Sobre o que é então?” Pede ele me incentivando.

“Jay, você sabe o que papai pensa que nós devemos ser não é?” Falo olhando para o céu que ficava cada vez mais alaranjado.

“Malvados?”

“Sim. É isso o que ele quer” Falo séria, espero para ver o que Jay diria, todavia ele não fala nada e eu continuo “E você sabe como ele fica orgulhoso quando eu ou você fazemos algo contra a os policiais ou Batman, mas eu e ele tivemos uma conversa séria ontem a noite, e me lembrou de algo que ele disse no dia que você nasceu.”

            Jay não tira os olhos de mim, como se implorasse para mim continuar. Fico em silêncio, apenas para ver sua reação, ele parecia realmente desesperado para saber.

“Ele disse que iria deixar você escolher o que será... Um vilão, um dos mocinhos ou algo entre os dois, e ele quer saber o que você escolhe” Conto sem tirar os olhos da vista da cidade.

“Eu...” Começa Jay um pouco confuso.

“Não se preocupe com isso agora, você tem muito tempo para decidir, papai só pediu para eu lhe avisar que não importa o que vai escolher, contando que seja o que você realmente queira” Digo interrompendo-o com um sorriso fraco ainda sem olhar para ele.

            Fico quieta apenas sorrindo para o nada enquanto Jay parecia processar tudo o que eu havia o contado.

“Eu acho... Eu acho que vou ser alguma coisa entre um vilão e um mocinho... Tipo um anti-herói” Comenta ele um pouco incerto.

“Certeza. É isso o que você quer?”

“É, eu acho que sim” Diz ele olhando para o sol que já havia quase desaparecido.

            Ele sorri para o horizonte e eu faço o mesmo, sorrir sem motivo era algo que acontecia muito frequentemente conosco, e era algo bom.

 

            E assim, sorrindo, nós assistimos ao por do sol.


Notas Finais


Eu sei que ficou meloso, mas espero que vocês tenham gostado e que vocês comentem o que acharam =D
...
Sigam o blog que eu criei sobre a Lucy no Tumblr: https://greenhairedprincess.tumblr.com/

PS: O capítulo respondendo perguntas logo vai sair :)


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