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História A Madrasta - I Want You. But You Want Me?


Escrita por: AnaSykes-

Notas do Autor


Heeeey, desculpa a demora mas aí está um novo capítulo... com uma novidadezinha, que pode agradar e desagradar algumas pessoas, rs. Boa leitura, espero que curtam! :)

Capítulo 45 - I Want You. But You Want Me?


Fanfic / Fanfiction A Madrasta - I Want You. But You Want Me?

Justin Bieber

19\10\2017

 

Irado é a palavra que me define.

Na verdade, ultimamente essa é a principal e a melhor palavra que tem me definido, não tenho sentido outros sentimentos ao não ser raiva e ódio de tudo e todos. Principalmente se esse alguém for Charlotte, meu pai e Scarlett.

Desde que descobri o interesse de Charlotte, que ela casou comigo por conveniência e que meu pai armou meu casamento. não hesitei antes de pedir o divórcio, a primeira que fiz desde então foi pedir aos meus advogados para prepararam toda a papelada e bastava a assinatura de Charlotte para que todo aquele inferno acabasse e eu pudesse tentar ser feliz sem carregar a porra de um peso nas minhas costas. Mas hoje pela manhã quando iríamos assinar, a infeliz foi incapaz de assinar a merda do papel, ela simplesmente rasgou os papéis bem na minha cara e se negou a aceitar nossa separação. Charlotte fez um show e tanto, mostrou que poderia ser uma ótima atriz caso tivesse uma chance porque ficou aos prantos em minha frente enquanto perdia pelo amor de Deus para não nos separarmos, dizia que me amava mais do que a ela mesma, pedia para que eu desse uma segunda chance a ela e que ficasse tanto ao seu lado, quanto da "nossa" filha. Charlotte fez o maior drama, me envergonhou na frente dos nossos advogados e quem mais estivesse presente na sala, a minha única vontade foi de sacar uma arma e matar ela, entretanto, como não existia uma arma por perto, para a felicidade dela, a minha vontade foi de socar a cara de Clarke porém não o fiz porque ainda não atingi esse nível de covardia.

Não consegui impedir que a desgraçada corresse da sala e sumisse, pois a mesma não responde minhas mensagens e muito menos minhas ligações. Não faço ideia do paradeiro dela, pela tarde quando procurei por meu pai para saber sobre a norinha dele, o mesmo se recusava a contar (ele dizia não saber, porém era óbvio que sabia sim o lugar em que a desgraçada se escondia) e apoiava Charlotte no que fazia e por causa disso brigamos mais uma vez, quase saímos na porrada por causa dessa vadia e isso só não aconteceu porque Ryan impediu. Deixei bem claro par ao meu pai que acharei Charlotte até no inferno se precisar e a faria assinar esses papéis, nem que fosse amarrada e amordaçada. Essa palhaça iria aparecer e eu sei o jeito certinho de atraí-la, aliás já fiz a armadilha e não deu uma semana para essa vadia aparecer na minha porta arrependida do que fez pedindo misericórdia quando bloqueei a conta bancária dela. Sem dinheiro, a infeliz seria o quê? Nada!

E como se não fosse o suficiente já estar estressado com a palhaçada de Charlotte, Scarlett ainda me aparece na casa do Ryan, para a festa de aniversário da Kétlyn , com o ex namorado dela e meu sócio Christopher Pine. Eles estavam juntos? Desde quando? Esse muquirana não é casado? Por que estou me importando com isso? Pouco importa para Scarlett se o cara é casado, exemplo disso sou eu, ela não ligava para esse importante detalhe, a verdade é que ela só se importa consigo mesma e sua boceta.

Desde que ela esteja gozando, tudo está bem e nada mais importa.

— Por que Ryan e você convidaram Scarlett mesmo, hein? — questionei Kétlyn, ao pegá-la sozinha na cozinha preparando um drink.

A morena vestia uma calça jeans branca apertada que parecia dar um volume a mais para suas pernas torneadas e até mesmo para sua bunda, foi mais forte que eu e fui incapaz de não reparar mesmo sabendo que é errado por ela ser a namorada do meu melhor amigo, uma camisa caída no ombro de cor preta com a estampa de um dedo do meio (a cara dela mesmo)e tênis.

— Somos todos amigos, ué. — semicerrei os olhos, ela riu dando de ombros. — Não estou mentindo. Nós somos amigas, ora. Mas além disso, Ryan e eu a convidamos com a intenção de tentar fazer com que vocês se acertassem.

— Não adianta apressar as coisas.

— No ritmo que você está, quase parando, não vão mesmo fazer as pazes.

— Eu não posso passar por cima de mim por causa dela, Kétlyn. Tenho sentimentos e se ela não respeitou isso, eu respeito!

— Por que você é tão difícil, hein? — a morena apertou minhas bochechas, fiz careta afastando suas mãos do meu rosto com um leve tapa. — Scarlett mentiu para o seu bem.

— Eu entendi o porque dela ter me afastado e respeito.

— Hum… é mesmo? Porque não é o que parece. — ignorei seu deboche.

— Mas não aceito o fato dela ter me mantido longe do meu filho durante todo esse tempo. A maldita da sua amiguinha não se importou em me contar a verdade e se não fosse pelo acidente de Jaxon, talvez não descobriria nunca que ele é meu filho e não meu irmão como ela costumava me fazer acreditar.

— Como assim você nunca descobriria? Está com amnésia, ou o quê? Justin, você fez um teste de DNA e foi covarde por não conseguir ver a porra do resultado sendo que você estava com a resposta perto de você a meses. E para encerrar esse assunto antes que a gente discuta bem no dia do meu aniversário, tenho só uma perguntinha para te fazer e eu espero que você pense bastante antes de me responder e se caso não tenha uma boa resposta em mente, fique quieto. Okay? — assenti, dando de ombros. — Se Scarlett tivesse te contado tudo antes, o que exatamente você iria fazer em relação ao Jaxon? Contar toda a verdade para seu pai sobre você e ela? — me questionou e o sorriso divertido que nasceu em sua boca quando simplesmente não consegui responder sua pergunta, me irritou.

Eu poderia passar a noite inteira ali pensando e repensando em respostas para dar a morena, talvez dias, entretanto, não conseguiria respondê-la porque, em meu ponto de vista, não existe uma resposta para essa pergunta e também porque eu realmente não sei o que faria caso Scarlett tivesse sido verdadeira comigo desde o começo.

— Como eu pensei, você não tem respostas. — gabou-se, sorrindo convencida e jogando o grande cabelo negro para o lado. A mais nova comemorou ao provar de seu drink e ele, aparentemente, deveria estar bom.

Não entendo essa garota, por mais que tivessem barman’s ela, além de garçons pela grande festa que Ryan deu a ela, a mais nova estava na cozinha preparando sua própria bebida.

Estranha, é de fato o nome do meio de Kétlyn.

— No que isso ajuda?

— Ajuda em te fazer pensar e a perceber que mesmo que Scarlett tivesse te contado a verdade desde o ínicio, você do mesmo jeito ficaria de mãos atadas, ou seja, nada poderia fazer em relação ao seu filho. Do mesmo jeito teria que vê-lo sendo criado pelo seu pai, mas teria a consciência de que Jaxon é teu filho e faria tudo que hoje está fazendo com ele do mesmo jeito. E sabe, Justin… usar a cabeça as vezes faz bem! -— me provocou, risonha e bagunçou meu cabelo.

Kétlyn tinha razão, mas jamais irei admitir isso em voz alta e muito menos na frente dela.

— Ainda não estou pronto para perdoar ela. — lamentei.

— Tudo tem seu tempo, Justin. E quando for para ser, será…

— Sinto que há um “mas” nessa frase.

— Não existia, mas já que tocou no assunto… — murmurou, aproximando-se mais do meu corpo e começou a falar como se me contasse um tipo de segredo. — Se eu fosse você e graças a deus não sou porque deus me livre ter uma vida tão fodida quanto a sua, meu amigo. — ela benzeu-se diversas vezes, ri de sua palhaçada e novamente voltei a concordar mentalmente com a mais nova. — Mas caso eu tivesse a infelicidade de ser você, Justin, faria esforço para esquecer o passado e seguir olhando para o presente, porque esse Chris é um pedaço de mau caminho e ela pode muito bem dar um jeito de te jogar para escanteio. Para ser sincera… — mediu-me de cima a baixo, pensativa. Olhei-me para ter certeza se havia algo de errado comigo. — Até eu faria isso! Aquele homem é um Deus Grego.

— Você é minha amiga, deveria me dar forças e preferir á mim, do que aquele paspalho, Kétlyn! — falei indignado, a morena ergueu as mãos em forma de rendição.

— Me desculpe, babe, mas não sou cega, né? - continuou me provocando e beijou o próprio ombro, convencida. — Você é lindo e isso ninguém pode falar. É cheiroso, é simpático, mas não é Christopher Pine.

Revirei os olhos bufando e cruzei os braços enquanto observava atento, pela janela da cozinha, Christian e Scarlett dançando de forma engraçada a música “Wild Thoughts” do Dj Khaled, um DJ gordinho que conseguia ser mais patético dançando que Ryan Butler, a bela Rihanna e Bryce Tyler. A ruiva parecia feliz com a presença dele, estava se divertindo com Pine, o sorriso não saia de seu rosto de jeito algum e ele também não estava diferente dela.

A felicidade dela por estar com ele, me irritava e não era pouco. E o que eu poderia fazer? Nada, mas pretendia.

— E o namoro?

— Vai bem… acabou de começar também.

— Ryan está te tratando bem?

— Bem até demais. E ainda não transamos só pra ficar claro!

— Ainda está nesse doce? Corajoso ele… — murmurei, admirado pela coragem e eficiência da morena em conseguir enrolar Ryan por tanto tempo sem se deixar pelo charme do meu amigo.

— Seus conselhos foram eficientes. Parabéns! — fez uma reverência para mim, ri.

— Pode beijar minha mão também. Ou os meus pés, você decide! — me gabei e gargalhei ao notar sua expressão de nojo fitando meus sapatos. — Não começa! — a cortei antes que ela começasse a zoar meus pés, encarando-a seriamente. — Eu sei que é feio, mas não precisa ficar esculachando o coitado sempre!

— Também sei que sou baixinha mas não precisa ficar jogando na minha cara sempre.

— Sabe que faço isso porque te amo, não é? — a agarrei pelo pescoço, abraçando-a como se fosse um homem e cocei sua cabeça com meu punho fechado.

— Seu filho da puta! — disse irritada, socando-me ao se soltar. — Sobrou um pouco, quer? — ofereceu mostrando o objeto onde ela havia preparado sua bebida de cor vermelha. Assenti dando de ombros e logo aceitei o copo quando a mais nova me entregou.

— Puta que pariu! Que negócio forte da porra, Kétlyn! Quer ficar doidona? — a questionei, chocado. O gosto do morango havia evaporado, quase não era percebido, sentia-se mais o gosto do rum e nem um pouco adocicado. — É mojito de morango, ou mojito de rum? Era mais fácil beber o rum puro. — terminei de uma vez o drink.

— Você que é fraco pra bebida, Justin! Bichinha.

— Fraco nada! — para comprovar, peguei a garrafa de rum e dei um longo gole na bebida no gargalo mesmo. Fiquei enjoado pelo forte cheiro e tonto por ter bebido rápido demais, mas não demonstrei para a morena ou ela começaria a tirar sarro da minha cara. — Você que faz propaganda enganosa. Da próxima vez manera no rum! Ou simplesmente deixe para um profissional fazer! — debochei dela e fugi ao ver que ela me bateria, a maluca pegou a garrafa e tentou me molhar com o líquido transparente.

— Agora é só riscar o fósforo! —  o sorriso doentio em sua boca me assustou e procurei me manter o mais afastado dela. Kétlyn estava bebendo algo forte, poderia estar ficando alterada e não era nada confiável ficar perto de gente fraca com bebida.

— Louca!

— O que estão fazendo aqui? Tem uma festa lá fora seus putos! — Chaz apareceu de repente, completamente bêbado juntamente com Ryan e jogou-se em cima de mim, me abraçando. Butler tinha agarrado Kétlyn e estava aos beijos com ela, cena detestável essa que não sou obrigado a presenciar. — Tem tanta mulher gostosa lá fora, dude.

— É mesmo? Interessante!

— Tem uma que é amiga da gostosa que estou querendo traçar, o problema é que ela não quer deixar a amiga sozinha, por que você não ajuda esse teu velho amigo aqui, hm? — franzi o cenho confuso.

— Não dá conta sozinho da moça? — debochei, ele me empurrou.

— Um ménage seria bom, mas essa noite estou afim de algo á dois e se tiver uma terceira pessoa, tem que ser mulher. É obrigatório!

— São as regras da noite! — declarei, dando um tapa em seu peito e isso o desequilibrou para o meu espanto. Nossa, Charles está tão ruim assim a este ponto?

— Exatamente, dude. As regras da noite! — garantiu, me abraçando. — Mas tem tanta mulher gostosa aqui que eu fico até em dúvida de quem foder primeiro!

— Charles, poupe meus ouvidos, por favor. — Kétlyn disse encarando o moreno com repulsa. — Fale menos e faça mais! — e saiu puxando Ryan pela mão para a saída da cozinha.

— Ouviram a moça, né? Ajam logo, antes que a noite acabe!

— A noite é uma criança, rapaz! — pisquei para o loiro.

— Quer uma motivação pra me ajudar? Descobri que as duas gostosas são modelos da Victoria Secret, dude. Vai perder essa, não né?

— Modelo é? Me leve até ela e quem sabe até o final da noite, não nos divertimos com as duas… ao mesmo tempo! — sorri maliciosamente, Chaz comemorou e quase caiu ao ficar pulando feito louco.

Somers bêbado sempre me proporciona boas risadas.

Logo me levou até as duas amigas que estavam sentadas nas espreguiçadeiras a beira da piscina conversando animadamente. O amigo de infância de Ryan que apenas suporto e sou simpático por obrigação e consideração ao próprio Ryan, estava por ali, cercando-as.

Cody Christian, era o tipo de cara que se achava o melhor em tudo e adorava uma competição.

Caso eu estivesse presente no mesmo lugar que o mesmo, por algum motivo, o ego dele duplicava de tamanho e a competitividade dele também, estava sempre me desafiando e querendo me superar em tudo quanto é coisa, ele parece criança.

Ás vezes tenho a impressão de que Cody quer ser eu, porém me lembro que ele sempre tenta estar a dois passos de mim, contudo, nunca consegue. Ryan não suporta o fato de que consigo aprender as coisas apenas observando os outros fazerem e ao invés de copiar o que foi feito, tento fazer melhor que eles e consigo. É o caso do skate, antigamente na época do ensino médio, Cody fazia parte do time de basquete e a maioria dos garotos andavam de skate, até mesmo para poder se amostrar pras garotas, líderes de torcida e eu não sabia andar, não tinha interesse, porém por ser tão provocado pelo amigo de Ryan tomei raiva e decidi aprender apenas para esfregar na cara dele que conseguia sim andar naquela merda e ainda por cima ser melhor que ele. E quando aprendi apenas observando os garotos, o babaca ficou sem chão porque perdeu o título de “reizinho das manobras” para mim, o que deixou Christian muito bravo.

— E aí, Bieber. — Cody me comprimentou, simpático. Fizemos um high-five e um breve abraço. — Parou de malhar é? Tá ficando gordinho. — brincou, apertando as dobras da minha barriga, o empurrei de perto dando uma fraca risada. — Tem que ficar assim… grande que nem o papai aqui! — se exibiu, mostrando os músculos o que chamou a atenção das duas mulheres. Sua camiseta estava apertada em seu corpo, o que o deixava com um ar de gay.

Acho isso uma palhaçada. Se a pessoa quer tanto exibir os músculos para todo mundo, ou usa uma regata, ou simplesmente não use uma blusa.

— Não vivo só de músculos, Cody. Seu rato de acadêmia! - dei um tapa em sua nuca.

— O papinho está bom, mas preciso apresentar você aquelas preciosidades. — bruscamente fui puxado por Chaz para perto das mulheres. — Então, meninas, esse aqui é meu amigo Justin Bieber ao qual me referi! — o moreno disse animado.

You so fuckin' precious when you smile…

Hit it from the back and drive you wild...

O destino agiu certinho quando o DJ da festa resolveu tocar: MINE de Bazzi com uma batida tão gostosa, quanto o sorriso que a loira lançou quando nossos olhares se encontraram, e uma letra tão significativa para aquele momento.

 

Girl, I lose myself up in those e-e-e-e-eyes...

I just had to let you know you're mine...

E os olhos dela? Meu deus! É um absurdo eles serem tão lindos. Pareciam duas esmeraldas de tão belos e preciosos, eram do tamanho certo, pouco puxado e íris esverdeadas, brilhantes e que beiravam quase o cinza.

Acho que me apaixonei!

Hands on your body, I don't wanna waste no time...

Feels like forever even if forever's tonight...

Just lay with me, waste this night away with me...

You're mine, I can't look away, I just gotta say...

— Prazer, Justin! Me chamo Romee Strijd. — ela se apresentou, apertando minha mão tão delicadamente que fiquei com medo de apertar demais e acabar quebrando. A loira se aproximou e beijou meu rosto, fiz o mesmo com ela.

— Romee? De casa, não? — fiz piada com a pronúncia, a loira riu revirando os lindos olhos que possui. — Me desculpe, eu não poderia ter perdido a oportunidade.

— Estou acostumada com piadinhas, mas essa foi tão ruim… — implicou.

— A sua pronúncia foi diferente da minha. Percebo que não é americana, nem britânica, ou canadense como eu. — me aproximei de seu ouvido para falar quando a mesma reclamou que não conseguia ouvir pelo volume alto da música.

O perfume dela era tão fascinante quanto ela.

— Sou holandesa. - respondeu sorrindo amigavelmente. Parecia sentir orgulho de tal cidadania.

— Estou surpreso com a beleza holandesa, estão de parabéns. — ela riu, notei que ficou tímida ao desviou o olhar para o seu copo ao beber sua bebida.

— Os canadenses também não estão atrás… — ela sussurrou em meu ouvido e ao me fitar possuía um sorriso travesso na boca, ri abobalhado.

A beleza dessa mulher estava me deixando bobo, céus pareço um garoto virgem.

 

[...]

 

Continuamos conversando, a conversa fluía tão fácil entre nós dois que era inacreditável.

Ramee não era nada vulgar, ou fresca, fútil ou outras centenas de coisas que não suporto em uma mulher. Sua companhia era completamente agradável e boa, não quero saber de outra coisa ao não ser ficar perto dessa mulher nem que fosse só para conversarmos durante a noite toda.

Após o parabéns de Kétlyn ter acabado, Ryan ter feito um discurso que deixou a namorada envergonhada e eu também pelo mesmo não estar em uma situação normal, e ainda por cima ter tido vários jatos de champagne para todo canto, Ramee pediu licença e se retirou para ir ao banheiro retocar a maquiagem, ela se comprometeu em nos trazer cervejas. Porém estava demorando para voltar e isso me preocupava, ou se perdeu pelo caminho, ou então achou algo mais interessante para fazer do que conversar com um cara chato como eu. Estive casado por dois anos, namorei há três, perdi a manha de flertar. Demorei um tempo para aprender e colocar em prática toda a sacanagem que aprendi com Ryan durante o tempo em que estudamos juntos na faculdade, e quando finalmente aprendi, me apareceu Charlotte e o resto todos já sabemos.

Chaz quase me matou com seu olhar quando precisei interromper ele e amiga de Romee, para perguntar se ela sabia do paradeiro da loira, contudo, a mulher linda de pele negra de nada sabia e logo voltou a se atacar com meu amigo.

Entrei na casa de Ryan e parti em direção do banheiro, primeiro procurei pelo primeiro andar e depois fui para o segundo andar ao não encontrá-la. E talvez fosse melhor se eu tivesse esperado por ela no meu lugarzinho, sem pressa e afobação, porque não foi nada legal vê-la de conversinha com Cody. Na verdade, observando melhor a cena: O moreno metido estava cercando a loira no corredor vazio, a prensando contra a porta do banheiro querendo um beijo e ela se negava a fazer tal coisa.

— HEY! CODY! — automaticamente minha voz engrossou, até eu me assustei, imagine Cody e Romee? — Deixe ela em paz!

— Fica na sua, Justin. — falou seriamente. — Estamos nos entendendo, não é gatinha? — o sorriso nojento que Cody lançou para a loira deixou perceptível o desconforto dela com o moreno.

Respirei fundo, mantendo a calma porém ela foi para o ralo quando novamente ele tentou beijá-la a força e foi rejeitado. Foi nesse momento em que perdi a paciência e decidi tomar a rédea da situação, rapidamente me aproximei de Cody e lhe dei um forte empurrão que o fez imediatamente afastar-se de Ramee, que suspirou aliviada mas logo ficou tensa novamente receosa de uma provável briga.

Mantive a loira atrás do meu corpo quando Cody se aproximou perigosamente de mim e retribui seu olhar sério e bravo. Até parece que eu teria medo dele e dos seus músculos.

— Não quero brigar, Cody. Então dê meia volta e volta para festa! - aconselhei.

— Cheguei primeiro nela, Bieber. Eu a vi primeiro! — revirei os olhos com sua infantilidade.

— Isso não é corrida! Não é competição, seu animal!

— Você me atrapalhou, porque sabia que ia perder. Deixe Romee decidir com quem quer ficar, tem medo da resposta?

— Não tenho medo da resposta, mas tenho certeza que contigo não é depois do que vi aqui. É desse jeito que você conquista as mulheres? Coitada delas! — lamentei, debochadamente. — Mas se você faz tanta questão de saber a resposta dela, tudo bem. Romee, quem você prefere? O cavalo do Cody? Ou eu? — a questionei, fitando-a sério.

— Seja inteligente, gatinha. Ele tem pau pequeno! — sorriu maldoso, forcei uma risada e o empurrei de perto de mim, ele devolveu o empurrão e ficamos nessa por um tempo enquanto Remee nos fitava de olhos arregalados.

— Sendo assim… — ela deu uma pausa, Cody ficou cheio de expectativa e eu indignado de pensar que ela acreditou na mentira desse idiota. — Prefiro o pau pequeno ao invés do excesso de músculos! — sorriu divertida e gargalhei da expressão pasma de Cody, era impagável ver sua cara de derrota, pois como sempre ele estava perdendo pra mim.

Os tempos mudaram, mas ao mesmo tempo… nada mudou.

Cody me fitou bravo de punhos cerrados, disse algo que não entendi para Romee e nos deu as costas, se retirando dali pisando forte. Romee e eu nos entreolhamos e começamos a rir como se não houvesse o amanhã.

— Obrigada, Justin! — disse grata por eu ter a salvado de uma encrenca.

— Cody é louco, mas é uma boa pessoa. Mesmo sendo insuportável na maior parte do tempo!

— Percebi…

— Pois é… — murmurei, fitando com interesse a loira de cima á baixo e mordi os lábios confirmando mais uma vez na noite o quão linda ela é. — Então… — me aproximei dela e a mesma recuou, propositalmente, alguns passos até encostar com as costas na parede musgo. Permaneci em sua frente e segurei em sua cintura, a puxei para mim e colei nossos corpos, ela arfou. — Quer dizer que me preferiu? Achei que falou aquilo apenas para dispensar ele...

— Não curto homens muito musculosos.

— Entendo… — fitei sua boca, estava ansioso para beijá-la.

— E você? - abraçou meu pescoço.

— Não gosto de homens. Somente de mulheres! — ela riu jogando a cabeça para trás, agi rápido e roubei um selinho dela, o que a deixou surpresa. — Tô doido pra dar beijo nessa sua boca, Romee… — praticamente supliquei, simplesmente não conseguia deixar de olhar para aquela região de seu rosto marcado por um forte batom rosa.

— E o que está esperando para fazer isso? — disse reprovadora, fitando-me com uma expressão desafiadora e ao encarar seus olhos com mais atenção havia um pingo de diversão, misturada a expectativa e ansiedade, como os meus deveriam estar agora.

— Passou da hora, né? —  rocei nossas bocas, aumentando ainda mais a tensão entre a gente. As unhas dela apertaram minha nuca, procurando um contato maior e melhor, e mordi seu lábio inferior.

— Há muito tempo. —  disse e então, uniu nossas bocas de uma vez.

Nos beijamos e um misto de sensações se apossaram de mim. Eu poderia ouvir fogos de artifício em minha cabeça pelo bom momento vivido esta noite, não poderia estar mais feliz e satisfeito por estar dando um dos melhores beijos da minha vida.

E que beijo, meus amigos. Que boca, que mulher maravilhosa!

 

[...]
 

O beijo de Romee era tão bom que por bons minutos me fez esquecer dos meus problemas, na verdade a loira conseguiu a proeza de me fazer esquecer até meu próprio nome com a boca maravilhosa que possui. Que lábios! O encaixe de nossas bocas foi perfeito, não é sempre que isso acontece, então tem que aproveitar. Não fizemos outra coisa ao não ser se beijar depois do nosso primeiro beijo, eu não reclamava quando ela me beijava e ela muito menos quando eu procurava fazer o mesmo minutos depois de separarmos nossas bocas. Estava bom desse jeito, pra quê mudar?

— Posso abusar um pouquinho de você? — perguntou, após depois de muito tempo pararmos de nos beijar, brincando com a minha orelha. A loira estava sentada em meu colo e parecia bastante confortável com isso apesar de ter espaço suficiente para ela na espreguiçadeira.

— Você pode fazer o que quiser comigo essa noite. Basta querer! — ela riu roucamente e me deu um demorado selinho, segurei seu rosto e invadi sua boca com minha língua, querendo sentir mais uma vez a pressão da boca dela na minha e seu gosto. — Mas diga o que quer e farei!

— Estou com sede. Beijar da sede, sabe? — brincou.

— Pior que também estou, mas a preguiça de levantar é maior. — falei desanimado fazendo careta e encostei minhas costas na espreguiçadeira. — Quer água?

— Pode ser, mas prefiro um drinkzinho. Que tal?

— Pode ser qualquer um? — ela assentiu. — Okay, vou pegar. — trocamos um rápido beijo e me levantei, caminhando em direção ao bar que ficava do outro lado da piscina.

Tive problemas para chegar lá, pois, haviam vários corpos se locomovendo junto comigo, ou dançando, ou parados conversando, mas assim que consegui não perdi tempo antes de pedir as bebidas ao barman e enquanto as bebidas não ficavam prontas, algo que demoraria em torno de oito minutos, pedi um uísque duplo que não tardou a me ser entregue.

Ryan está de parabéns pela festa e pelos convidados da mesma, principalmente Ramee Strijd. A minha atração principal da noite, mas o que não faltava era mulher bonita presente na casa de Butler, na verdade nunca faltou. Ele sempre foi o rei das festinhas, o rei dos contatos, o loiro conhece muita gente, é impressionante.

Voltei a colocar o copo em minha boca e dei um razoável gole do líquido marrom, tão gostoso e forte, gelado por causa dos vários cubinhos de gelo. Continuei observando o movimento da festa super animada em plena três da manhã, ninguém parecia afim de ir embora, pois todos se divertiam, ninguém ali estava parado com cara de desânimo. No começo da festa, assim que cheguei e dei de cara com Scarlett e Christopher, tive vontade de ir embora na mesma hora mas fui obrigado a ficar pelo mais novo casal vinte e toda a animação que até então não tinha vindo, porque inicialmente eu não viria para a festa de Kétlyn, mesmo sabendo que iria deixá-la chateada por ser seu aniversário, mas acontece que até então eu não estava com cabeça para isso, e vim com a intenção de ficar por uma hora e meia, depois inventar uma desculpa qualquer e ir embora para minha casa com a única intenção de deitar em minha cama e dormir até meu corpo não aguentar mais. Entretanto não esperava encontrar com uma pessoa que me fizesse mudar de ideia aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, portanto a minha animação agora existe cem por cento por tem nome e sobrenome.

Falando em demônios, avistei Christopher entrando na casa de Ryan e estava sozinho, Scarlett não estava por perto, procurei com o olhar algum sinal da mulher de cabelos ruivos e não obtive sucesso. Aliás, eu não a vi pelo resto da noite desde do beijo dela com Christopher no meio da pista de dança, montada em frente a piscina, que vi da cozinha e a propósito agradeci bastante por não ter cruzado com ela desde então.

Quando estava preparado para beber novamente do meu uísque, me deram um forte tapa nas costas que fez com que a bebida escapasse do copo e molhasse um pouco da minha camisa de manga longa e por ser branca ficou marcada. Me virei bravo, pronto para gritar com a pessoa e lhe dar um soco caso fosse um homem, contudo, perdi a voz ao dar de cara com Scarlett parada atrás de mim com a maldade estampada nos olhos azuis e o sorriso provocativo na boca.

— Foi mal! — fingiu estar arrependida, bem sarcástica. Semicerrei os olhos, virei o resto da bebida em minha boca e com força depositei o copo sob a bancada do bar, descontando ali minha raiva. — Se não tivesse tão distraído isso não teria acontecido. — comentou, debochada.

— Agora a culpa é minha? Qual o seu problema?! — questionei seriamente, ela deu de ombros e ficou em minha frente, no meio das minhas pernas para minha surpresa. Engoli em seco com sua aproximação e recuei meu rosto, temendo qualquer tipo de contato que ela poderia tentar. O olhar de Scarlett deixava-me intrigado, afinal por quê ela estava me analisando tanto. — Que é? — segurei suas mãos que repousavam em cada uma das minhas coxas.

— Onde está sua amiguinha?

Agora entendi o porquê de seu olhar estar fumegante por mais que a ruiva tentasse não transparecer isso em seu rosto, ela estava claramente irritada e enciumada.

— Amiguinha? — me fiz de desentendido cruzando os braços, estufando o peito e retribuí seu olhar sério com petulância.

— Não precisa esconder ela de mim.

— Não estou escondendo ninguém. — dei de ombros, rindo fracamente. — Ao contrário de você não gosto de ficar me exibindo publicamente. — fui direto e ela soltou uma risadinha, se aproximou mais e por pouco não nos beijamos, se eu não tivesse tido o reflexo de me afastar dela.

— Ao contrário de você não escondo que tenho alguém. Christopher e eu estamos juntos, ah e felizes! — ela informou, sem rodeios. Assenti indiferente a notícia, eu estava surpreso por isso realmente estar acontecendo mas não era uma novidade.

Se eu não tivesse visto o beijo e apenas achasse que eles eram amigos, que estavam se reencontrando após estarem um tempo sem se ver, e ela tivesse me contado agora que estão tendo um “casinho” é muito provável que eu teria dado um chilique, um bom ataque de ciúmes.

— Felizmente, sua vida não me interessa, Scarlett. — falei friamente, a ruiva não se abalou.

— Pensei que fôssemos amigos.

— Faz tempo que essa palavra entre eu e você não significa nada.

— Não podemos ser amigos nem pelo Jaxon?

— Podemos e devemos manter uma relação saudável por nosso filho. Porém ser amigos é forçar a barra demais! — fiz careta em desaprovação.

—  Escute, o teu rancor e o teu orgulho conseguem falar mais alto pelo que sente por mim? — me questionou e sua mão foi de encontro ao ao meu pescoço, ela puxou carinhosamente o pouco cabelo que havia em minha nuca. Respirei fundo, não me deixando levar por ela e nem pelo charme que a ruiva possuía naturalmente.

— Não consigo sentir mais nada por você ao não ser decepção, mágoa e raiva.

— É tão difícil de compreender?

— Já entendi tudo, mas não sou capaz de aceitar. É um filho, é o meu filho ao qual não pude ver crescer, Scarlett!

— Não seja hipócrita! — Scarlett exclamou, revoltada. Franzi o cenho confuso. — Quando Jaxon estava perto de nascer, a primeira coisa que pedi ao seu pai é que ele te transferisse para uma faculdade aqui em Miami, que voltasse a morar conosco para que você pudesse conviver com ele desde do seus primeiros dias de vida. E sabe o que você fez? Se negou a voltar, disse que estava muito bem onde estava e que não pretendia voltar a ficar perto da sua família, na verdade de mim, tão cedo. Quando ele nasceu, queria tanto que você conhecesse ele, que visse seu rostinho ao nascer e que estivesse presente em sua vida nem que fosse pela porra da internet. Mas sabe o que você fez de novo, Justin? Deu as costas, não quis saber, não se dava nem ao menos o trabalho de comparecer nas festinhas de aniversário do garoto pelo seu orgulho ser maior que a sua cabeça!

— Está me julgando por algo que eu não sabia?

— Se na época você achava que ele era seu irmão, por quê não o amou na mesma intensidade? Esse amor todo é falso, ou o quê? É apenas uma forma de me castigar por ter mentido pra você? Quer me fazer pagar por todas as vezes que te fiz sofrer? Eu não mereço estar passando por algo que não fiz apenas pensando em mim! — ela dizia exaltada, gesticulando e me estapeou, rapidamente segurei seus pulsos. — Não coloque a culpa apenas em mim porque se você tivesse sido só um pouquinho inteligente iria perceber que Jaxon é seu filho e pouparia tudo isso aqui. Então por que você não foi capaz de demonstrar um pingo de amor por ele? Mesmo que na época fosse seu irmão, por que não quis saber dele? Você o ignorou por anos e agora fica se fazendo de bonzinho? Vá pra porra, Justin! Jaxon é só uma criança, seu imbecil!

— PORQUE EU NÃO PODIA! — gritei, explodindo com ela por todas as suas acusações que agora me machucavam. Acabei chamando a atenção das pessoas ao nosso redor porque escolhi o melhor momento para gritar, logo quando a música havia terminado para o início de outra, e quando o dj voltar a tocar uma nova música o pessoal que estava em nossa volta voltou a distrair-se. — Eu não podia ter qualquer contato com ele, não queria!

— Por quê? - magoada, ela me questionou.

— Porque toda vez que me lembrava da existência dele, me recordava que foi por causa do próprio que nos separamos. Sentia raiva de Jaxon, raiva de você por ter deixado meu pai te engravidar, sentia inveja do meu pai por ter sido ele e não eu! Simplesmente não podia me dar ao luxo de querer saber nada sobre o garoto! — desabafei algo que há tempos eu guardava apenas para mim, algo que jamais Scarlett imaginava, já que a mesma fitava-me surpresa.

Respirei fundo quando a ruiva me deu um forte tapa no rosto e aceitei de bom grado, porque no fim eu também tenho uma parcela de culpa nessa história.

— Você é tão ridículo, mal e tosco quanto o seu pai. Você é um néscio, Justin!

— Não fale isso, Scarlett… — murmurei entristecido.

— Jaxon sofreu todo esse tempo nas mãos do seu pai e acabo de descobrir que não foi apenas por minha causa. Me condenei por todo esse tempo, me sentia uma péssima mãe por deixá-lo ouvir coisas horríveis de Jeremy, mas você também foi tão culpado quanto eu! — a ruiva voltou a desferir tapas em meu peitoral e meus braços, não a impedi porque mereço e reconheço isso de cabeça erguida. — Descontou em uma criança inocente suas frustrações. Descontou a raiva que sentia de mim nele… estou com nojo de você, Justin!

— Eu não posso mandar nos meus sentimentos!

— Pode sim! — ela disse firme apontando o dedo indicador em meu rosto. — Porque quando a gente ama de verdade, nós perdoamos. Passamos por cima do que cremos para dar outra chance e por mais que tal pessoa não mereça, a gente se esforça!

— Me desculpe. — falei sincero, verdadeiramente arrependido do que fiz no passado.

Porque no final das costas eu me prejudiquei também, perdi os melhores momentos do meu filho quando pequeno por infantilidade minha. Mas é isso que o orgulho, rancor, mágoa e todos os sentimentos ruins fazem com a gente, eles servem apenas para estragar, atrapalhar tudo. Não acrescentam em nada, só prejudicam e muitas das vezes á nós mesmos.

— Não deve desculpas pra mim e sim ao nosso filho porque nesses sete anos, Jaxon só te viu uma vez e não é necessário que eu diga quando, certo? — debochou, referindo-se ao fato da minha volta.

— Onde você vai? — perguntei, segurando rapidamente seu braço ao ver que ela se afastava. A ruiva franziu o cenho, querendo saber se aquela informação era mesmo da minha conta e permaneci a fitando querendo uma resposta.

— Vou procurar por Christopher.

— Sério? — fiz careta, ela assentiu mostrando que não estava brincando e deu de ombros.

— Muito.

— E nós dois?

— O que, que tem? — disse confusa, engoli em seco e me aproximei mais da mulher mais velha.

— Não quer… érr... conversar?

— Sobre...?

— A gente. — apontei para nós dois e acariciei seu rosto, fitando sua boca tão convidativa. Os olhos azuis dela vacilaram e também fitaram minha boca, tão perdida quanto eu naquele momento.

Fiquei um bom tempo envolvido no clima que havia pintado entre a gente, estava sedendo para beijá-la outra vez, sentir mais uma vez em minha vida o gosto de sua boca e me enlouquecer com o beijo mágico que Scarlett possui. E por um ato impulsivo tentei beijá-la, mas Scarlett me impediu ao repousar as mãos em meu peito e me afastar de si.

— E, por acaso, ainda existe “a gente” Justin?

— Claro, basta a gente querer. — acariciei com a ponta dos dedos a boca fina e delicada da ruiva, pressionando carinhosamente para sentir melhor a textura deles.

— Mas eu quero. E te quero muito! — fechei os olhos, apreciando, o carinho que ela me proporcionava com as unhas na lateral do meu pescoço me roubando arrepios.

— Ótimo! — sorri satisfeito e novamente tentei beijá-la, contudo, não consegui por ser impedido de novo pela minha madrasta.

Eu quero você. Mas e você… me quer?

E então, como se nada tivesse acontecido, Scarlett depositou um demorado beijo em minha bochecha e sumiu no meio da multidão ao se afastar, após não me deixar responder sua pergunta que faço questão de responder com todas as palavras.

Se Scarlett soubesse o quanto quero ela pra mim de novo e o quanto luto para passar por cima do meu orgulho, não teria ido embora correndo daqui. Por alguns segundos fui capaz de esquecer tudo e estava realmente disposto a voltar com ela, mas agora vendo daqui, ela aos beijos com Pine... essa vontade sumiu do meu corpo e só consigo sentir raiva de novo dessa maldita.

Scarlett não quis ouvir o que eu tinha para lhe dizer e me trocou por Christopher, eu também poderia muito bem trocá-la por Ramee e não pensarei duas vezes antes de fazer isso, porque se ela pode se divertir, obviamente, também posso.

Direitos iguais!

Encontrei Ramee e assim que a vi, a agarrei. No começo ela ficou um pouco assustada com minha atitude, mas logo correspondeu ao beijo e ficou tudo certo.

— As bebidas, onde estão? — disse confusa, procurando-as. Apontei para a mesinha ali perto e a mesma sorriu, pegando seu copo com um líquido azul e sugou o canudo bebendo uma boa quantidade. — Uma delícia!

— Quem? Eu? — brinquei, ela jogou a cabeça para trás gargalhando e fitou-me com um brilho divertido nos olhos.

— Me referia a bebida…

— Ah, sim… pensei que fosse eu!

— No caso, preciso te experimentar primeiro para saber se é uma delícia ou não… — mordeu os lábios em um meio sorriso.

— Experimentou o meu beijo para tirar algumas conclusões… — me aproximei e abracei sua cintura.

— Isso é, mas ainda sim… é pouco! — mandou-me uma piscadela, sorrindo sacana.

— Ok… e que tal se fossemos embora daqui? Vamos para minha casa? — propus a loira enquanto beijava seu pescoço, ela soltou um gritinho e soltou-se dos meus braços.

— Sua casa? — disse surpresa e pareceu acanhada com a minha proposta, sorri nervoso.

— Desculpa, foi grosseiro, não é? — lamentei constrangido, como sou burro.

— Rápido demais…. — murmurou, voltando a beber. Baguncei meu cabelo, irritado comigo mesmo e desviei o olhar, sem graça de olhá-la. — Eu imaginava que conheceria sua casa depois do segundo encontro. — sua voz possuía um tom brincalhão, sua expressão beirava o infantil por estar tão travessa, e por isso voltei a encarar a loira surpreso.

— Quer dizer que você quer sair comigo? — segurei em sua cintura e lhe roubei um selinho, ela abraçou meu pescoço.

— Se você me convidar, não irei negar. — mandou-me uma “indireta”, fingindo uma expressão inocente e gargalhei.

Mesmo conhecendo Romee há apenas algumas horas, ela me parecia ser uma ótima pessoa. Espero não estar enganado!

— Que tal irmos para minha casa e lá decidimos se vale á pena ou não te convidar para um encontro? —  insinuei, tentando provocá-la ao morder seu queixo.

— Na verdade, quem irá avaliar se vale, ou não a pena sair contigo, sou eu. Vai que a mercadoria não é isso tudo que aparenta ser… vai que o Cody tinha razão ao me contar certas coisas sobre você?

— Vai que o brinquedo não funciona, não é? — brinquei, ela riu dando-me um leve empurrão. — Vamos? Ou prefere ficar por aqui mesmo? Oh, não precisamos fazer nada, nadinha de nada, Ramee! — ela riu da minha forma exagerada.

— Não? — disse desconfiada, sorri tímido.

— Peço uma pizza e podemos passar a madrugada toda conversando, ou podemos dormir. De qualquer jeito está de bom tamanho!

— Pizza de pepperoni. — lambeu os lábios com uma expressão sonhadora, ri assentindo.

— Pode ser. — a loira comemorou e pulou em meus braços, beijando-me. Apertei sua cintura, levantando-a alguns centímetros do chão e consequentemente acabamos intensificando mais o beijo, deixando-o voluptuoso.

— Vão para um quarto! — a voz de Kétlyn soou ao meu lado, tinha que ser ela mesmo, insuportável toda vida. Entreabri o olho e a vi  passando com Ryan, ambos riam de mim com expressões maliciosas, mostrei o dedo do meio para o casal.

Romee e eu partimos o beijo, passei meu braço ao redor do seu ombro enquanto ela abraçava minha cintura e caminhamos assim até a saída da casa de Ryan, á procura do meu carro estacionado na rua deserta e que só não estava silenciosa por causa de todo o barulho da festa. Acabei, sem querer, encontrando com Scarlett e Christopher no caminho, ambos também estavam indo embora.

— Já assistiu La Casa de Papel? — perguntei curioso, evitando olhar para o outro lado da rua. Foquei meus olhos apenas na loira, absurdamente linda, abraçada em mim.

— Estou no penúltimo episódio. — disse ela.

— Estou no último, mas por você posso assistir de novo sem problema algum. — dei o meu melhor sorriso charmoso enquanto abria a porta do meu Jaguar para Romee poder entrar.

— Que homem cavalheiro! - elogiou, em tom brincalhão.  — Obrigada pela gentileza, irei adorar passar o resto da madrugada maratonando La Casa de Papel ao seu lado. É uma honra! - continuou brincando em tom irônico e antes da mesma entrar no carro, deu-me um selinho demorado.

Fechei a porta e encontrei o olhar de Scarlett, bastante irritado, sob mim. Christopher ao me ver acenou simpático, e sem vontade alguma retribui apenas por educação. Sorri provocadoramente para Scarlett e pisquei para a ruiva enquanto dava a volta no carro para entrar no mesmo girando despreocupadamente a chave do veículo em meu dedo enquanto assobiava o ritmo da música que tocava na festa: Mi Gente, J Balvin. Dei partida no carro e para provocar ainda mais Scarlett, ao passar ao lado deles, buzinei para o casalzinho de merda e não pude deixar de rir da expressão de fúria claramente exposta no rosto da ruiva, saber que ela sentia ciúmes me deixou completamente satisfeito.

Ganhei minha noite. Duas vezes!
 

Scarlett Bieber

 

Não quer entrar? — Christopher propôs galanteador, assim que estacionei meu carro em frente ao hotel em que ele escolheu para passar sua estadia durante os próximos dois dias. — Tá, tudo bem, Let?

— Sim. Por quê?

— Você está um pouquinho, só um pouquinho mesmo aérea. — ele disse brincalhão, fitando-me curioso com a cabeça tombada para o lado. Sorri fracamente e levei minha mão ao seu rosto, acariciando sua barba grande. — Isso é por causa do Bieber?

— E se for? Algum problema?

— Todos, né? Enquanto ele está se divertindo com moça lá, você está pensando nele.

— Quem disse? Ele pode ter a levado para a casa dela.

— E ela com certeza o convidou para entrar. Fodendo é a palavra que define bem aqueles dois nesse exato momento! — Christian continuou me provocando, ele ateou mais gasolina em um fogo que eu lutava para apagar. — Não consegui ver o rosto dela, mas mesmo de longe… deveria ser bem bonita para conseguir fisgar seu menininho!

Estava com raiva de Justin por saber que ele é um idiota egoísta com um orgulho maior que o pau dele e por estar sentindo ciúmes, essa porra ardia em meu peito de uma forma sufocante e humilhante. Talvez gritar me ajuda-se, mas o que resolveria meu problema mesmo seria descobrir seu paradeiro e arrancá-lo do meio das pernas daquela loira aguada as forças.

— Está tão na cara assim? — falei desapontada comigo mesmo e desliguei o carro, apoiando minha cabeça no volante.

— Se você se esforçar mais um pouquinho… talvez consiga esconder sua raiva.

— Chris, eu…

— Fique comigo esta noite, Scarlett. — a voz de Christopher estava rouca, propositalmente, pois era assim que o loiro sempre fez quando queria seduzir uma mulher e tê-la em sua cama. Pine sempre foi um cafajeste de carteirinha, porém, era um cafajeste adorável que qualquer mulher adoraria se aventurar nem que fosse por apenas um minuto. — Me deixe te fazer relaxar, está precisando… — sussurrou em meu ouvido, a mão dele passeava livremente pelas minhas costas nuas por causa do decote de meu vestido branco. — Não vale a pena estar assim por causa dele!

— E valeria por sua causa? — rapidamente o loiro negou, rimos. — Você sabe de toda a história e sabe que tenho motivos de sobra, então não fique me julgando.

Quando Christopher e eu nos encontramos há um mês atrás, resolvi contar toda a história entre Justin e eu sem nenhuma mentira no meio, contei tudo. Obviamente, como era de se esperar, Christopher ficou chocado e me chamou de louca por eu ter desvirtuado o meu enteado, na época menor de idade, mas me achou corajosa por ter mantido um caso com o filho do meu marido por tantos anos e ainda por cima ter engravidado do mesmo.

— Mesmo sabendo dessa história absurda ainda acho que você deve esquecer e deixar pra lá. Nossa noite foi tão boa para você deixá-la ser uma merda no final, não estrague por pouca coisa!

— Não é pouca coisa, é Justin Bieber.

— Sei que você é apaixonada por ele, mas estão separados, certo? — assenti, dando de ombros. — Vim até Miami para nos divertimos ao seu pedido. Porra, deixei a minha esposa para vir ficar contigo, Let, e estou esperando essa diversão começar desde que entramos nesse carro. Enquanto você está aí se lamentando como se não houvesse o amanhã, se afogando nos ciúmes e na raiva, Justin nem deve lembrar que você existe já que está muito ocupado com a boceta da loirinha. Então, pelo amor de deus, pare de pensar tanto nesse cara e me deixe te distrair, me dê um pouco de espaço para te ajudar a esquecer ele por pelo menos alguns dias! — exclamou irritado, estava sem paciência.

Christopher tem razão, ele só queria me ajudar e eu só estava o atrapalhando. A verdade era que eu precisava mesmo era gozar para aliviar toda a tensão presente em meu corpo e para gozar, preciso de sexo e precisava ser dos bons, e no momento, felizmente, apenas o loiro barbudo ao meu lado seria capaz de me oferecer um delicioso orgasmo.

Entramos em seu quarto aos tropeços por nos beijarmos com certo desespero. Christopher pegou-me no colo e logo enrosquei minhas pernas em torno de sua cintura, foi impossível não sentir sua ereção quando o mesmo deitou por cima de mim na cama do seu quarto. Pine não costumava enrolar em nada em sua vida e até no sexo ele era direto, a melhor parte em transar com o mais velho é que o mesmo não economizava em seu repertório e não apenas se satisfazia, ele procurava fazer com que suas parceiras de cama também chegassem ao orgasmo e por isso era tão famosinho, querido e adorado pelas mulheres na época da faculdade.

Se não fosse casado continuaria sendo disputado. Pena que a esposa dele assim que provou do doce proibido quis logo casar, não perdeu tempo antes de prendê-lo com ela com uma algema pequeninha em seu dedo e não a julgo, pois no lugar dela faria a mesma coisa. Não perderia mesmo a chance de ser casada com um homem tão gostoso e bom de cama como Christopher, seria feliz todos os dias, tardes, noites e madrugadas. Aliás, ele deixou de usar a aliança ao estar comigo, o objeto de ouro amarelo e tão importante na vida de um casal ficava guardado em sua mala, Chris só voltava a usá-la ao ir embora porque, segundo ele, por mais que adorasse a minha companhia e gostasse do que fazíamos sentia-se mal por trair a pessoa que ele diz “amar”.

O significado de amor hoje em dia é tão esquisito que chega a ser assustador.

Christopher passeava com a mão pelo meu tronco enquanto sua boca estava muito ocupada com a minha em um beijo voluptuoso entregando o quanto nos desejamos e precisávamos um do outro o mais rápido possível. Suas mãos pararam nas alças do meu sutiã e sem o menor cuidado, ele arrebentou o tecido rendado de cor roxa, interrompeu nosso beijo para admirar meus seios e o sorriso safado em sua boca sumiu quando o loiro começou a chupar e mordiscar-lo enquanto puxava o outro com os dedos. Eu ofegava, contorcendo-me embaixo dele já que havia outra parte do meu corpo que precisava ainda mais de atenção, e embrenhava minhas mãos em seu cabelo.

Logo Pine desceu com seus beijos até meu ventre até chegar, finalmente em minha intimidade completamente pulsante e molhada, desesperada por um mísero toque seu e que fosse de preferência de sua língua. Seus olhos verdes me fitavam com desejo, mas seu olhar não ficou por muito tempo em meu rosto pois assim que ele livrou-se da minha calcinha, deixando-me nua por completo enquanto ele continuava vestindo sua cueca azul marinho, passou a fitar com admiração minha intimidade e sorriu pervertidamente, para logo em seguida começar a me provocar com a ponta da língua.

— Quero que fique tão excitada quanto eu, Scarlett. — a voz dele soou abafada. Revirei os olhos quando Christopher penetrou dois dedos dentro de mim com violência e rapidez, alternando os movimentos com sua língua.

— Mais do que já estou… é impossível. — falei com dificuldades, falar e controlar a respiração ao mesmo tempo era difícil quando se estava em situações delicadas como essas.

Ao estar perto de alcançar meu orgasmo, inesperadamente ele parou e soltei um gemido que foi mais parecido com o chorinho de um cachorro e com isso Christopher riu de mim, divertindo-se com a situação.

— Controle-se! - ordenou e gritei com a leve mordida que o loiro deixou em meu clitóris totalmente inchado.

O homem, medianamente musculoso, voltou a me chupar após dar uma pequena pausa de segundos para que eu não acabasse com a brincadeira. Christopher costumava fazer isso para prolongar o orgasmo, deixando-o mais prazeroso e delicioso de se atingir. Cada movimento de seus dedos dentro de mim eram lentos, deixando-me inexplicavelmente mais excitada e insana, e precisos e era notório que seu único objeto era o de me provocar e levar-me ao limite. Minhas mãos estavam repousadas em sua cabeça, ocupadas em puxar seu cabelo e pressionar sua cabeça no lugar mais sensível do meu corpo, já que meu quadril mexia-se praticamente por livre e espontânea vontade contra sua boca em busca de nada mais, nada menos que o meu orgasmo.

— Chega, por favor… — gemi, mais uma vez, suplicando pelo mais velho. — Não aguento mais!

— Sabe o que tem de fazer, Let. — disse Christopher simplesmente, diminuindo ainda mais a velocidade de seus dedos dentro de mim e sua língua acompanhou.

Respirei fundo, fazendo o que eu geralmente detestava fazer mas que por esse maldito homem mordia minha língua, esquecia o meu controle na cama e fazia suas vontades. Depois dele, Justin foi o segundo o homem que conseguia ter esse poder sobre mim, Jeremy era bom, mas procurava apenas pelo próprio prazer porém por ser uma boa foda eu acabava gozando também.

— Me fode, Christopher! — praticamente gritei, exasperada.

Ele parou seus movimentos com a boca e tiros os dedos de mim, aproximou-se mais e voltou a ficar por cima de mim, e quando o moreno repousou seus dedos sob meus lábios e os colocou em minha boca, os chupei com avidez e ele soltou um baixo gemido satisfeito com a cena vista. Christopher pôs-se de joelhos no meio das minhas pernas, após me beijar, e pegou o preservativo em sua carteira e o desenrolou em seu pau pulsante molhado de pré-gozo, que não era tão grande, porém, estava na média dos homens americanos, mas compeensava bastante no quesito grossura.

Christopher me penetrou lentamente e começou a se movimentar dentro de mim. O que começou até calmo e provocante, agora era insano de tão enlouquecedor e prazeroso, ele não media esforços para aquela foda ser boa, sabia cada detalhe que me agradava em uma foda e me satisfazia com vontade. Era doloroso, pecaminoso, mas era extremamente gostoso o jeito que Christopher me fodia com força, rapidez e sensualidade. E nos beijávamos com violência e durante nossos beijos confusos, escapavam diversos gemidos de ambas partes.

Tínhamos os corpos suados e até mesmo cansados, mas isso era totalmente insignificante comparado ao prazer que sentíamos e não parariamos até estarmos completamente satisfeitos. E por incrível que pareça nenhum pensamento rondava em minha cabeça ao não ser que fosse exclusivamente voltado para Christopher, nada mais existia, era apenas eu, ele e nossos inúmeros desejos inacabados.

O moreno avisou-me que estava próximo de seu ápice e ao me olhar, sorri brevemente para ele assentindo e tentando apenas com o olhar lhe informar que não precisava se preocupar com isso pois eu também estava perto de gozar. Um gemido alto de alívio e pura satisfação saiu do fundo da garganta do homem mais velho e ele escondeu o rosto na curva de meu pescoço, chupando-o com força enquanto sentia os últimos segundos de prazer ao estar gozando juntamente comigo.

Ele rolou para o lado, após ter se recuperado do orgasmo intenso que tivemos, e retirou a camisinha, soltando-a no chão mesmo e nos cobriu com o fino lençol branco. Após alguns segundos assimilando tudo que havia acontecido durante toda essa noite, o encarei rindo, desacredita que estive prestes há minutos atrás em recusar uma foda com Christopher Pine. Graças a deus ele me mostrou que estou louca e me convenceu de que não era uma boa ideia recusar algo tão bom que é: Transar com ele, mas acima de tudo poder desfrutar de sua boa companhia.

— Essa foi, sem dúvida, a melhor transa que tivemos, Scarlett. — Christopher declarou, ofegante, e apertou minha coxa que estava por cima de sua cintura.

— Acho que aquela na cozinha da sua mãe ainda foi melhor…

— Ou aquela no meu carro no estacionamento do shopping. — nos fitamos intensamente, ambos com a felicidade explodindo dentro da gente, e rimos. — Todas foram ótimas, mas essa entrou para o meu top 3.

— Você sabe brincar direitinho, Chris. — falei contra sua boca, puxando sua barba e o beijei calmamente. - Se não fosse filhinho de papai e agora empresário, poderia ter se jogado de cabeça na carreira de ator pornô.

— Porra, com certeza. Sexo todo dia com mulheres diferentes.. que maravilha!

— Garoto de programa também seria uma boa.

— Sim, mas eu seria garoto de programa de luxo porque não sou trouxa. Foder é bom pra caralho, mas dinheiro também é bom e todo mundo gosta!

— Pois, você teria uma vida perfeita, não é?

— Claro…

— Amanheceu… - murmurei ao me sentar na cama e fitar a janela do quarto, vendo que a noite já era dia e que o sol timidamente iria começar a aparecer para todos. — Tenho que ir embora! — avisei e ele fez um bico, dei-lhe vários selinhos e comecei a procurar por minhas roupas espalhadas pelo luxuoso quarto de hotel.

— Jeremy está em casa? — perguntou vestindo a cueca.

— Não, mas pode chegar e não quero problemas. E também preciso descansar um pouco, o jogo de Jaxon é daqui a cinco horas!

— Posso ir nesse jogo contigo? — franzi o cenho, o fitando intrigada. — Quero conhecer seus filhos.

— Já te mostrei foto deles, Chris.

— Pessoalmente, Scarlett. — revirou os olhos, continuei o encarando desconfiada. — Por que esse olhar, hein?

— Sabe que Justin irá estar lá, não é?

— E daí?

— Justin é pai do Jaxon. — o moreno cruzou os braços e continuou me fitando entediado, desinteressado com a importância do pai de meu filho. —  Não é uma boa ideia que você esteja lá, Chris!

— Tudo bem então, vou ficar por aqui mesmo. Se mudar de ideia, me liga e manda o endereço que estarei lá! — falou ajudando-me a fechar o vestido.

Despedi-me rapidamente de Christopher com um beijo que não chegou a durar nem um minuto e fui embora, às pressas para minha casa.

Não mudaria de ideia quanto á convidá-lo para o jogo de basquete da escola de Jaxon pois se Christopher aparecesse por lá, é bem capaz de Justin achar que estou o confrontando por causa de ontem e isso não poderia em hipótese alguma passar por sua cabeça. Não nos entendemos por nossa relacionamento confuso e extremamente complicado, não suportaria brigarmos também por causa do nosso único entendimento em comum: Nosso filho.


Notas Finais


Pois é... Scarlett que comece a se cuidar agora, haha. Parece que o feitiço pode virar contra o feiticeiro, e parece que alguém ficou incomodada ao ver o Justin tentando seguir em frente. Jamais deixaria ele chupando o dedo enquanto ela tá se divertindo com o Christopher, kkk!
E viram, certo? A culpada não é somente a Scarlett por ter escondido a paternidade do Jaxon, pois ela fez a parte dea ao tentar uma aproximação entre Jaxon e o Justin porém ele foi quem não quis desde o início por ser o idiota de sempre.

Enfim, tenham um bom final de semana e espero que tenham curtido o capítulo, e essa novidade, rs. Até breve! 😊❤


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