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História A maldição do reino. - Visitas dos demônios do passado.


Escrita por: pyromanic

Notas do Autor


Oii meus amores! Meu deus... Eu preciso dizer algo sobre o surto que foi o capítulo anterior, vocês me deixaram de boca aberta!! Acho que também ninguém esperava que aquilo fosse acontecer, logo após o que aconteceu no capítulo onze, não é? Enfim, eu não achava que poderia haver momento melhor para acontecer o primeiro beijo deles e bom preparados para as consequências de atitudes impulsivas? Vamos lá!

E para quem estava querendo saber o que Charles estava pensando. Bom, mesmo que não seja através dos olhos dele, nosso principe vai deixar seus sentimentos as claras.

Obrigada Lara, como sempre.
Boa leitura. ♡

Personagens:
Príncipe Charles Park - Chanyeol.
Princesa Aya Park - Joohyun.
Guarda Oh Philipe - Sehun
Stylesocial Kim Jonathan (Joah) - Jongin.
Aldeão Cédric Byun - Baekhyun.
Partipante Joshua Kim - Jongdae.
Os outros personagens são originais

Capítulo 13 - Visitas dos demônios do passado.


Fanfic / Fanfiction A maldição do reino. - Visitas dos demônios do passado.

A maldição do Reino.

Décimo Terceiro Capítulo. — Visitas dos demônios do passado.

Reino de Angelia, Castelo de Cordeles

Ainda podia sentir sua cabeça girando, mas não era pelas bebidas ingeridas na noite passada.

Era por um tipo de droga ainda pior, chamada Príncipe Charles Park, sucessor do trono de Angelia.

Não conseguiu tranquilizar sua mente durante a madrugada, bastava fechar seus olhos para a imagem de Charles rondando com Joshua vir à tona em sua mente. Os dois homens encantando todo mundo com tamanha dramaticidade, para as escuras se entregarem aos mais luxuosos prazeres, algo que Cédric teve o desprazer de descobrir. A mão do príncipe correndo por todo aquele corpo, enquanto o homem murmurava diversas palavras em agrado em seu ouvido, porém os olhos verdes brilhavam em sua direção, como se o desejo dele fosse que estivesse no lugar de seu colega, como se fosse o seu corpo que ele desejasse explorar e tocar das formas mais perversas possível.

As esmeraldas brilhando em fogo vivo que tinha sido a última coisa que viu antes de ir se deitar e que não o deixava descansar.

Não pensou com clareza, mas sentia que agia demais com sua mente não se deixando levar pelos impulsos e por aquela noite com tantas coisas acontecendo quis provar o gosto da rebeldia. E, infelizmente, sentia que ele um dos mais prazerosos sabores que já degustou.

Precisava apenas subir as escadas e ir direto para seu quarto, depois de passar tanto tempo pensando no encontro que teve com os dois homens. Mas seu peito se enchia de raiva. Não conseguia não pensar no assunto, deixar de lado, porque a todo instante a imagem do que estava perdendo por sua teimosia aparecia em sua mente, como um alerta para aproveitar o que tanto desejava. Sentia que era algo que devia a si mesmo depois de tantos anos sendo uma pessoa respeitosa e que não se deixou levar pelos prazeres da vida, ele merecia errar pelo menos uma vez. Era esse o seu pensamento quando abandonou a porta de seus aposentos e rumou em direção ao último cômodo do corredor de seu quarto. Mas tudo mudou quando o avistou, quando apenas o encontrou parado com as roupas bagunçadas e o olhar exausto, nem parecia que tinha sido alguém que aproveitou uma noite inteira. Porém Charles ainda era o Charles que conhecia e não precisou de muito para as esmeraldas acenderem em sua direção. Foi o combustível que seu corpo precisava para se recuperar e ir em sua direção o agarrando com força, com toda a raiva que sentiu por semanas inteiras.

O motivo pela sua mente inquieta, pelo ódio em suas vidas, pelo seu mau humor e por se afastar de seus amigos. Estava entregando-se ao que se recusou desde o primeiro momento quando seu olhar sobre o príncipe mudou, estava deixando-se levar pelo pior dos crimes que poderia cometer. Mas não se arrependia, nem mesmo no dia seguinte, com a mente mais sã e com a consciência martelando a cada segundo em seus pensamentos, não sentia-se arrependido, porque havia sido bom.

Foi como um alívio, como se todo o peso de seu coração finalmente encontrasse algum apoio e pudesse compartilhar daqueles pensamentos como alguém, em um toque sentiu toda a leveza dominar seu corpo.

O pequeno contato quando apenas o puxou sem saber muito bem o que estava fazendo e apenas colocou sua boca sobre a dele, foi o suficiente para tudo mudar completamente. E como se não bastasse, quando finalmente Charles deu-se por conta do que acontecia e puxou sua cintura para poderem aprofundar o contato foi como se estivesse colocando seus pés pela primeira vez no paraíso. Sentiu toda a emoção tomar conta de seu coração e um frio gostoso percorrendo sua barriga quando as línguas se chocaram pela primeira vez, de um modo como se seus pés estivessem saído do chão e começando a flutuar.

Mas não ficou calmo daquela forma, porque nenhum dos dois homens eram calmos, tudo entre eles era uma competição e o beijo não poderia ser diferente. Uma batalha se iniciou, onde as suas línguas eram as armas para saber quem mandava e quem conduzia o ritmo das coisas. Charles com certeza tinha mais experiência, passou anos se aventurando pelas bocas alheias, enquanto Cédric ao menos sabia o que estava fazendo sendo um novato no assunto, mas pelos suspiros que o príncipe lhe dava durante os intervalos imaginava que seguia o caminho correto.

O tempo novamente pareceu parar para observar os dois em uma tentativa inútil de se entenderem e o que era para ser apenas um beijo impensado tornou-se alguns que trocaram até Cédric retomar a consciência.

E quando aconteceu foi terrível.

O choque apoderou-se do seu corpo junto com o susto que o fez empurrar o príncipe para longe do seu corpo. Estava estático olhando para aquele rapaz que agora encontrava-se em uma bagunça maior, pelo o que ele próprio havia feito. Seus olhos perderam a cor e tornaram-se escuros, Charles sabia o que ele faria, como ele o trataria com o ódio e repugnância de sempre, porém daquela vez o príncipe não lhe daria uma piada de mau gosto, ele apenas o olhar com uma certa decepção, enquanto corria para longe daquele cômodo.

Quando encontrou-se sozinho fechou a porta e a trancou, como se todos os acontecimentos fossem ficar para fora de seu quarto, porém eles não iriam. Estavam ali presos junto a ele, novamente enchendo a sua cabeça, de cada pequeno detalhe.

Não se lembra quantas horas passou sentado no chão tentando não pensar no assunto ou quando finalmente tomou forças para mudar suas roupas e ir se deitar, apenas conseguia lembrar que sua noite fora bem turbulenta e que acordou diversas vezes com o barulho da chuva contra sua janela o relembrando a cada segundo do que aconteceu perto da madrugada.

Estava sentado no estofado vermelho do segundo salão, a sala que sempre ficava a procura de algum conforto. Daria tudo para ter os conselhos sábios de Philipe naquele momento ou o humor ácido de Joah, gostaria bastante de ter a atenção caridosa de Aya, mas não gostaria de ver Joshua, mesmo sendo íntimos sentia que ainda não estava pronto para encontrá-lo. Philipe e Joah continuavam desaparecidos  a princesa não saia de seu quarto junto com seu noivo, sentia falta, mas estava feliz por ela finalmente estar aproveitando o seu tempo.

Sua única companhia estava sendo a chuva do lado externo e a xícara de chá que encontrava-se fria devido a sua falta de atenção que estava toda focada nos filmes das cenas da noite anterior que passavam em modo repetitivo em sua cabeça.

Sentiu o outro lado do sofá afundar e tomou um susto com outra presença perto, mas logo seu coração se confortou com um carinho tremendo vendo quem era sua nova companhia. Como tinha sentido falta daquelas cores vibrantes inundando seus olhos e principalmente daquele sorriso radiante.

— Joah. — O cumprimentou com uma verdadeira emoção em sua fala, parecia que fazia semanas que não conversavam direito. — Me desculpa. — pediu de forma sincera, sentia mesmo por ter se afastado dele sem nenhuma razão plausível.

— Tudo bem, peço desculpas também por ter sido tão grosso e não ter te compreendido.

— Mas eu não podia ter me afastado assim, não do modo como eu fiz. Eu apenas… Estava muito confuso e ainda estou… A minha mente não me deixa respirar por nenhum segundo sem se preencher com tanta informação, as vezes sinto que estou enlouquecendo.

— Agora você quer me dizer o que está havendo? Ou ainda está muito cedo? Podemos conversar sobre qualquer coisa para nos distrair…

— Quero me distrair. — pediu como se estivesse em apuros, vendo o sorriso de seu amigo se abrir. — Me conta quem era o rapaz da noite passada.

— Curioso! — brincou com ele apoiando sua cabeça em seu braço olhando para o amigo com um olhar carinhoso. — Antigo colega de profissão. O seu nome é Yan e ele nasceu em Paquaia*, ou seja, ele é de um lugar bem distante e tem uma cultura totalmente diferente, mas vive em Angelia a décadas e ele é muito legal e divertido, saímos algumas vezes apenas para aproveitar, nada demais e ontem eu precisava aliviar o estresse do meu corpo.

— E aliviou? — A pergunta veio carregada de malícia, onde Joah ergueu as sobrancelhas pela primeira vez, assim invertendo os papéis.

— Não imagina como. — respondeu com um sorriso malicioso que surgiu em seus lábios. — Minha noite foi muito boa e terrivelmente prazerosa, era disso que eu precisava de um homem que sabe o que está fazendo.

Ele, Aya e Joah tiveram noites bastante picantes, estava imaginando se Philipe não tinha desaparecido para aproveitar da mesma forma com algum dos participantes que tinham interesse em sua pessoa.

— Porém não sei se foi uma boa ideia. — prosseguiu o assunto, sem precisar que o amigo perguntasse nada, ele também precisava conversar sobre seus pensamentos. — Estamos trabalhando bem próximos visto que ele é estilista do Joshua e acho que não será legal encontrá-los pelos corredores.

— Por que?

— Tenho medo dele passar a nutrir sentimentos e passar a me cortejar para algo mais.

— E você não quer… Casar? — Nunca conversaram abertamente sobre o assunto e mesmo que Joah parecesse um galanteador nato, ainda não sabia quais eram seus planos para o seu futuro amoroso.

— Ah eu queria, mas isso mudou a muito tempo. Eu tive meus romances, mas eles sempre se quebravam no meio, foquei em minha carreira e esqueci disso, apenas fui me lembrar de como são as convenções românticas agora.

— E não acha que seria o momento ideal para retomar a ideia?

— Olha só você falando sobre isso, por favor devolva o meu amigo! — comentou brincando, conseguindo um tapa leve no braço de Cédric. — Talvez seja sim, mas eu não creio que seja com ele.

Iria responder com algo que o incentivasse, parecia que ele se dava muito bem com o rapaz em questão e sabia que Joah merecia viver um romance digno de um livro, com uma pitada alta de comédia como a sua personalidade pedia, talvez com uma ajuda sua tudo começasse a se encaixar para ele encontrar naquele homem o romance que se perdeu. Mas não conseguiu dizer nada porque uma outra pessoa entrou no salão no momento, outra pessoa que fez seu coração querer transbordar de emoção.

Philipe como usual carregava aquela expressão serena em seu rosto, enquanto adentrava o cômodo mirando os olhos apenas em sua direção.

— Estava à sua procura. — Foi o que disse antes de tomar o lugar ao seu lado que permanecia vazio. — Sinto muito ter sumido ontem.

— Eu fiquei preocupado com você, aconteceu alguma coisa?

— Apenas precisava esfriar a cabeça, não se preocupe comigo.

— O que você passou a noite inteira fazendo, enquanto um baile acontecia? — Joah perguntou com evidente curiosidade, algo que também estava percorrendo as veias de Cédric.

Pela primeira vez os olhos escuros de seu amigo direcionaram ao rapaz que permanecia às suas costas, um olhar muito frio que o fez engolir seco e sentiu Joah estremecer atrás de si.

— Não tinha outras coisas com que se preocupar, como se jogar na cama do primeiro homem que lhe desse um pouco de atenção? — Fatalmente certeiro. Não foi apenas Joah que ficou afetado com sua resposta, Cédric também se ofendeu, não gostou de suas palavras, mas Philipe não parecia se incomodar.

— O que é isso? Inveja por eu ser desejado?

— Desejado? Desde o outro baile está tentando chamar a atenção dos homens nobres e apenas um amigo seu do passado resolveu conceder os seus desejos. Você se entregou de bandeja a primeira elogio que lhe apareceu.

— Não diga o que não sabe. — Cerrou os dentes, Joah pareceu prestes a explodir e sabia que os frangalhos que atingiram por está entre o fogo cruzado. — Sabe o que admiro nele? A coragem dele. Algo que falta bastante nos homens desse castelo.

— Eu beijei o Charles! — Sua voz saiu mais alta do que deveria e quando notou o que fez sua mão foi direto aos seus lábios, como se fosse capaz de reverter o efeito, mas o estrago já tinha sido feito. Nunca pensou que veria seus amigos brigando, mesmo Joah pareceu ser o mais nervoso, Philipe sempre demonstrou bastante plenitude jamais pensou que fosse ouvi-lo dizer palavras tão ácidas e grosseiras.

Alcançou seu objetivo porque ambos pararam a discussão para olhá-lo que agora se afundava no estofado com a vergonha que sentia pelo o que havia gritado para o mundo ouvir.

Joah ergueu as sobrancelhas olhando agora para Philipe, suas expressões não estavam mais irritadas, agora estampava um ar de vitória.

— Eu te disse. — Como se fosse uma comemoração, respondeu olhando para o guarda que ainda encontrava-se confuso. — Eu sempre soube.

— Mas Charles não me contou nada. — Foi a resposta frustrada que o outro amigo deu que intrigou Cédric.

— Vocês estavam especulando sobre isso?

— Não nos julgue, você desapareceu e a gente começou a pensar o que poderia ter te afetado tanto. — Joah explicou agora direcionando para si aqueles olhos cor de rosa. — Mas é óbvio que apenas uma pessoa dentro desse castelo é capaz de mexer com você dessa forma.

— Vocês estão enganados, não foi o que aconteceu! — respondeu bravo, não gostando do que seus dois amigos estavam sugerindo. — Na verdade… Ficou um clima estranho entre a gente em um dia que chovia muito e nenhum de nós dois conseguimos dormir, ele insinuou diversas coisas sobre mim! E ainda… — Respirou fundo antes de prosseguir porque colocando em palavras parecia mais ridículo. — Ele não quis me beijar e debochou de mim.

— Foi por isso que ficou tão irritadinho? O Charles sabe mesmo como brincar com alguém. — Joah respondeu colocando a mão sobre a boca enquanto dava risada, Philipe o acompanhou. — E o que você fez depois?

— Ontem eu fiz todas as insinuações que ele tinha me dito e o beijei. — respondeu notando como era infantil o modo como agia, mas ainda não sabia como reagir de um modo diferentes.

— E como foi? — Seu amigo mais caloroso perguntou quando o ar de brincadeira sumiu, parecia verdadeiramente curioso.

— Bom, muito bom alias. E eu não sinto mais raiva ou qualquer outro sentimento assim… Me sinto leve.

— Isso é muito bom, Cédric. — Philipe o encorajou dando batidinhas em sua perna. — Você merece um descanso.

— Onde isso pode ser bom? Como isso pode ser algo bom? Vocês lembram do ódio que eu sentia por ele quando cheguei aqui e a obrigação de vocês dois era jamais deixar algo assim acontecer.

— Para de ser cabeça dura! — Joah pediu enquanto suspirava querendo se acalmar. — Quando você chegou aqui, você não era essa pessoa que é hoje. Você mudou e muito, precisa aceitar isso de uma vez!

— Vocês não entendem…

— O Charles ontem não estava com o Joshua? — Philipe perguntou para Cédric que foi o único que ficou até o final do baile. Não conseguiu evitar, suas bochechas tornaram-se rosadas e novamente afundou-se no sofá.

— Estou amando essa história! — O estilista comentou animado batendo palmas, enquanto Cédric apenas desejava encerrar o assunto.

— Todas as cenas que aconteceram ontem, ainda não parecem reais.

Estava prestes a continuar sua história, porém novamente a porta do salão foi aberta pela terceira vez e agora trazendo mais três pessoas. Joshua estava com aquele sorriso amigável enorme em seu rosto, mas Cédric sabia o motivo de ele estar tão sorridente daquela forma e logo sua expressão fechou ao encontrar aqueles olhos brilhando. À sua direita estava o rapaz com quem Joah passou sua noite, novamente usando roupas escuras e quentes e com uma expressão também bastante amigável, viu seus olhos cintilarem quando encontrou-se com os de Joah que no primeiro instante assustou-se com a chegada repentina. E seus braços cruzavam-se com os do príncipe, o homem que mantinha uma expressão fechada em seu rosto e apenas os cumprimentou de leve.

— Eu te disse que estavam por aqui. — O rapaz mais baixo comentou enquanto se aproximava do outro trio. — Estão sempre por aqui.

Cédric olhou para os braços entrelaçados e depois para o rosto do príncipe que o observava, mas suas expressões como sempre não diziam nada.

— Estava à sua procura. — Yan disse em direção de Joah sentando-se ao seu lado que estava livre. O homem parecia realmente bem alegre em recebê-lo e agora compreendia o que seu amigo tinha comentando na conversa anterior, provavelmente convivendo tão próximos, algo além do contato físico poderia ocorrer entre eles.

Mas já não sabia se tinha acertado em incentivá-lo a dar continuidade ao romance, visto que durante cada passo do homem, o guarda o observou como se fosse um inimigo pronto para receber uma flechada em um campo de batalha aberto.

Joshua sentou-se à frente de Philipe deixando Charles bem a sua, causando um impacto ainda maior porque ao olhar dentro de seus olhos via o quanto o príncipe provavelmente estava incomodando com suas reações desde que tudo o que ocorreu.

O clima dentro daquele cômodo grande, estava péssimo, tão sufocante que parecia que tinha diminuído de tamanho. E o único que não parecia notar, era o rapaz de cabelos castanhos que continuava a conversa, como se fosse uma grande reunião de amigos. Mas o olhar apreensivo que Joah trocava com Yan demonstrava o grande desconforto que sentia, enquanto Philipe acompanhava toda a conversa com uma expressão que Cédric não conseguia traduzir, porque ele mesmo sentia-se perdido com a troca de olhares que tinha com o príncipe quando sua atenção se desviava do homem ao seu lado.

— Gostaria de saber se deseja ir comigo ao teatro hoje? — Yan fez uma pergunta para Joah que soou em tom alto, após o silêncio que Joshua finalmente os beneficiou.

Todos sabiam que Joah amava teatro, principalmente por conta dos visuais vivos e da caracterização que fazia parte de algo que corria entre suas veias. Também porque o rapaz amava uma boa história, adorava acompanhar uma trama, principalmente uma que não precisaria do cansaço da leitura para se aventurar, era o convite perfeito para tentar conquistá-lo.

— Eu adoraria. — Sua resposta não veio cheia de emoção, parecia que não sabia o que estava fazendo ao acatar o seu convite, mas mesmo assim precisava tentar algo novo.

Charles riu sem humor algum com a resposta que foi dada pelo seu amigo, atraindo a atenção dele para o príncipe que fez um sinal negativo com a cabeça. A única coisa que Philipe fez foi levantar-se do estofado, sendo o primeiro corajoso a sair do cômodo e tomar outro rumo.

Sentia-se preocupado com o comportamento estranho que seu amigo estava tendo, não era de ser usual agir de tal forma e usando sua preocupação como desculpa pediu licença para se retirar do ambiente também. Quando finalmente se viu diante do corredor vasto, o ar voltou a percorrer seu pulmão e todo o nervosismo se esvaiu de seu corpo, sabia que precisava conversar com Charles, mas não sabia como fazer e não gostaria de pensar no assunto no momento, não quando finalmente obteve a sua paz.

Continuou andando pelo corredor em busca de seu amigo porque precisava ajudar alguém já que não conseguia ajudar a si próprio.

Quando passou pela cozinha do palácio sentiu dois braços fortes o puxarem pela cintura e uma raiva enorme atingiu seu corpo, não imaginava quem teria tamanha audácia para tocá-lo com tanta intimidade, nem mesmo Charles ousaria a dar um passo tão avante daquele modo.

Estava pronto para xingar a pessoa com todos os nomes possíveis, mas assim que virou-se encontrou dois pares de olhos castanhos que aqueceram seu coração, principalmente pelo modo como sorria. Não disse nada, apenas foi em sua direção o abraçando de um modo forte, sentindo aquele corpo pequeno e musculoso contra o seu, não os corpos altos que se acostumou diante da corte. O cheiro dele invadiu suas narinas, um banho de plantas castas, o cheiro da Aldeia da Pedra. Tão familiar, era como estar dentro de seu lar. Não queria soltar e ele também não, por isso o contato se prolongou por tanto tempo, até que se separaram, mas ainda manteve-se dentro de seus braços olhando para o rosto que o acompanhou por uma vida inteira. Ainda era o mesmo Dominic, o mesmo rapaz que deixou na uma expressão de dor na estrada a meses atrás.

Já fazia meses.

Meses desde que deixou a sua aldeia.

Não tinha visto o tempo passar ou se dado conta do que havia abandonado para trás.

— O que está fazendo aqui? — Após a emoção do momento conseguiu perguntar, sua presença dentro do lugar com certeza era algo que estava o intrigando.

— Eu trouxe um carregamento de flores para o castelo e eu… vim atrás de você. Eu precisava de te ver.

— Dom, você não pode fazer isso! Sabe o que irá acontecer caso lhe peguem?

— Eu sei, mas eu queria te ver… Faz tanto tempo.

— Você conseguiu um emprego. — comentou notando o que ele havia lhe dito durante a conversa, estava entregando flores para os nobres que moravam perto da Aldeia das Pedras provavelmente, era um bom emprego, ficou feliz por ele ter encontrado algo e não dando continuidade ao que faziam.

— Sim e estou saindo da casa de meus pais, como nós dois planejamos no passado. — No passado. Tão distante que nem se recordava daquelas promessas.

Em uma conversa sobre o futuro combinaram de morarem juntos, até seu amigo encontrar alguém que o amasse para a construção de sua própria família, enquanto Cédric viveria do modo que escolheu sem a sua família mas agora seus planos tinham mudado de maneira brusca.

Ficou em silêncio ainda não estava pronto para dizer suas descobertas e como via o mundo algo, como era ambicioso e como queria trajar seu futuro em algum pedaço de terra mais próxima do castelo, não queria se afastar de todos daquele modo, queria se manter por perto. Mas jamais iria encontrar as palavras certas para revelar seu novo desejo, ao seu antigo amigo.

— Olha para você. — Dominic disse admirando o seu visual, ele continuava o mesmo, mas Cédric com certeza não era mais o mesmo homem. — Poderia dizer que é um duque.

— Não exagere, por favor.

— Não é exagero… Você realmente se aparenta como um deles. — comentou mais uma vez o observando, não estava gostando daquilo. — Mas poxa, você está tão… Bonito.

— Obrigado. — respondeu um pouco constrangido, como a sua fala veio carregada por um sentimento que ambos ignoraram por tanto tempo. — Você está ótimo.

— Não seja modesto, não estou nada comparado a você. — Repetiu novamente parecendo deslumbrado com o que tinha encontrado. — Mas estou feliz em vê-lo assim, pensei que a corte pudesse tê-lo mudado de alguma forma. — E mudou, o mudou bruscamente, mas jamais iria deixá-lo perceber.

— Eu ainda sou o mesmo rapaz que deixou a Aldeia por pura obrigação. — Uma mentira que saiu de seus lábios como se não fosse nada, mais uma vez mostrando como se adaptou rápido à nobreza. — Ainda sou o seu melhor amigo. — Não porque a todo instante que estava dentro daquele castelo suas únicas preocupações eram Joah e Philipe que tornaram-se quase seus irmãos em questão de pouco tempo.

— E aquela dança? — Questionou com evidente tom de preocupação, não o julgava pelo o que poderia estar passando em sua mente. — Você foi o primeiro a dançar com ele e preciso dizer que foi algo bonito de se acompanhar através da televisão, a nossa aldeia vibrou bastante quando ocorreu, todos estão torcendo por você até mesmo a sua família, acho que sou o único que não o deseja mais aqui.

— Foi fingimento, Dom. — respondeu com um gosto amargo preenchendo seu paladar, gostaria de acreditar em suas próprias mentiras. — Eu precisava de algum modo chamar a atenção dos políticos da corte e qual maneira melhor se não dançar com o supremo do país?

— Ardiloso. — Parecia contente com o que havia dito. Mas não, ele não era ardiloso porque o plano jamais foi seu, não conseguiria pensar daquele modo de agir se não fosse o rei da trama que o tivesse envolvido em algo assim. Durante aquela dança, tentava pensar com a mente, enquanto agia com o coração, era seu em mais pura forma, sem trapaças e mentiras.

Dominic continuou olhando como se pudesse captar cada detalhe de seu rosto e fotografar em sua mente, devido a proximidade começou a se sentir constrangido, não gostava quando o amigo lhe lançava aquele olhar, porque sabia exatamente o seu significado.

Sentia que ele estava prestes a dizer alguma coisa capaz de mudar todo o seu rumo e tudo que estava vivenciando dentro daquele castelo, seu companheiro estava prestes a destruir todo o restante de sua experiência dentro de Cordeles, até que outra voz ressurgiu bem de trás de sua pessoa.

— O que está fazendo aqui? — A presença marcante, os passos pesados e a voz grossa e grave ressou pelo cômodo onde apenas os dois habitava, não gostaria de mostrar a Dominic o quanto tinha se enfraquecido perante ao príncipe, porém o mesmo tremeu dentro de seus braços ao ser flagrado, jamais tinha o visto em pessoa e sabia como a figura de Charles era impactante no primeiro contato. — Não é permitido conversar com os participantes.

— Ele é um amigo meu. — explicou-se antes de permitir que Dominic o respondesse qualquer coisa, não queria que seu amigo sofresse consequências graves pelos seus atos.

— Não lhe perguntei nada. — Frio e seco, exatamente como era o príncipe de Angelia em sua mente. Dominic jamais poderia imaginar que Cédric teria se encantado por alguém com aquela personalidade.

— Desculpe, majestade, estou de saída. — Curvou-se diante do príncipe que não demonstrou qualquer emoção com o ato, era mais do que comum o mundo estar diante de seus pés. — Espero que consiga se livrar de tudo isso logo, Cédric. — Ousou dizer antes de sair, mesmo com o príncipe dentro daquele cômodo, como ele não iria se deixar intimidar pela realeza.

Seu amigo levantou-se e saiu andando pelos corredores até a porta dos fundos, jamais poderia sair pela porta da frente como qualquer outro, era aquela a sua realidade a qual tinha se esquecido durante tanto tempo.

Sentiu-se triste por tê-lo visto partir tão rápido, ainda tinha perguntas para fazer principalmente sobre o bem estar de sua família, mas Dominic não estava mais ao seu lado, apenas o príncipe que permanecia do mesmo modo, com aquela expressão sólida em seu rosto.

— Você finge muito bem, realmente um ótimo ator. — comentou olhando para Cédric, após longos minutos em silêncio, onde ficaram apenas olhando. — Mas ainda não sei para qual de nós dois você está mentindo.

Como uma lança indo direto em seu peito foi a resposta que o acertou em cheio, sentiu a dor das palavras o atingirem e uma dor tomar conta de seu corpo. Mentir para seu amigo de infância pareceu fácil perante ao príncipe achar que as vivências compartilhadas entre os dois não passaram de ilusão, aquilo verdadeiramente o machucou, mas também não poderia condená-lo por pesar daquela forma.

O homem saiu do cômodo com aquela frieza que pareceu o atingir desde a manhã e o deixou completamente sozinho, mais uma vez para pensar em tudo que ocorria nesse momento de sua vida.

Após o almoço buscou a presença do guarda por todos os corredores, mas aparentemente Philipe estava apreciando novamente um tempo só. Joah foi visto sentado próximo a varanda alta do segundo andar, apreciando a chuva ao lado do novo rapaz que parecia deslumbrado com suas histórias.

 Sentia ainda um nervoso perante ao que ocorreu pela manhã, encontrar Dominic foi como um golpe direto para seu rosto. Era relembrar de sua origem, de sua aldeia e do que era antes de pisar naquele Castelo. Sua amizade mais profunda e duradoura, o único que parecia capaz de compreendê-lo, quando todos os outros lhe julgavam. E seria para aquela vida, aquele conforto que deveria retornar, aliás que já deveria ter voltado, com certeza não pensou que passaria tanto tempo preso dentro de Cordeles, mas agora já não possuía vontade alguma de sair.

Não queria retornar para a sua casa e viver sua vida antiga e já sabia que o roubo não era mais uma hipótese, não iria infringir a lei novamente correndo um grande risco de acabar apanhado e morto.

Ser capturado por um guarda real parecia agora um pesadelo, podia ver um dos rostos conhecidos o pegando durante um roubo de um comerciante rico no centro da cidade. Conseguia enxergar a sua imagem na prisão, vazia e oca, sem qualquer rastro de vida beirando seus olhos, suas roupas voltando a serem sujas e seu cabelo desgrenhado, não teria Joah para ajudá-lo ter uma melhor imagem de si mesmo. Após dias, os guardas iriam lhe buscar e o responsável por ele era seu amigo, Philipe o puxaria pelo braço para caminhar por aqueles corredores longo e no final estaria o rei Jordan lhe lançando aquele olhar frio, ao seu lado seu filho que carregava o mesmo olhar sombrio sobre suas orbes. Mas ninguém sentiria nada, porque ninguém se conhecia. Philipe não choraria com a sua morte, porque não seriam amigos, ele seria apenas mais uma pessoa causando confusão no reino e Charles, não lutaria para salvá-lo porque ele não seria ninguém e o príncipe também não seria ninguém para ele.

E mesmo no leito de morte, não abaixaria a cabeça, mostraria que era forte diante a realeza e morreria com honra, algo que Jordan iria apreciar, mas que Charles iria achar pura tolice.

Aya não estaria ali em prantos para não deixar que nada acontecesse, nenhum deles iria se importar, ninguém a não ser sua família que choraria por dias pensando onde foram que erraram para deixar algo daquele  acontecer com um dos seus. Mas aquele seria o seu fim, era o caminho que estava destinado, porque jamais teria entrado no castelo e conhecido cada uma daquelas pessoas, mas tudo parecia tão terrível, não queria desapegar de quem conheceu e nem de quem era agora. Precisava aceitar que existia outro Cédric, uma nova versão sua que amava diversas pessoas da corte e que estava disposto a ter uma vida digna, sem tantos desafios e com dias de paz.

Balançou a cabeça, como se tivesse acabado de ter um pesadelo terrível, algo que sabia que poderia estar acontecendo consigo, caso não fosse os deuses brincando com a vida dos meros mortais.

Foi em direção ao andar inferior, caminhando até a sala de treinamento porque precisava eliminar a energia que persistia em correr pelo seu sangue a todo vapor, seria um ótimo jeito de colocar seus pensamentos em ordens. Mas infelizmente ela não estava vazia, outra pessoa parecia ter tido o mesmo pensamentos que os seus.

— Está ocupada. — Charles disse sem se virar, mas o príncipe sabia que era Cédric que ousava entrar no cômodo, pois o próprio não saiu com sua fala. — Procure por outro lugar.

— Não há outro lugar, está chovendo do lado exterior. — Foi o que escolheu responder, mesmo finalmente parecendo que os céus estavam dando um trégua e apenas uma garoa fina caía, ainda preferia treinar no ambiente interno.

— Tudo bem. Eu procuro por outro. — respondeu jogando as adagas que usava anteriormente no chão, causando um barulho alto devido a altura de seu corpo.

Sua tentativa de atravessar a sala falhou porque o homem baixo o puxou pelo braço o impedindo de concluir sua ação. Agora ambos estavam com os corpos bem próximos, com aqueles olhares mostrando que havia muitas coisas a serem ditas, mas que nenhum sabia como externar, porque iria causar uma enorme destruição.

— O que eu lhe fiz para te deixar tão nervoso? — A questão veio de modo sincero, sabia que algo estava o chateando, mas não podia culpá-lo, não quando logo ele era a pessoa mais estressada dentro daquela castelo.

— Como você pode me perguntar isso? — Sua voz não se alterou, mesmo com tudo Charles não perdia o controle. — Não nota o modo como age com as pessoas, Cédric? Você sempre me tratou com uma grande insignificância e eu sempre  achei que fosse por conta do que você acredita e mesmo me irritando bastante, eu passei a não me importar. Mas eu sou o príncipe. Você não deveria agir comigo assim, porém com o passar do tempo eu pensei que algo fosse mudar, era o que eu esperava, principalmente depois de ontem, eu sabia que nada mudaria, porque você é uma pessoa irredutível. Eu sabia que você estava apenas me usando, porque você pode me odiar, mas eu sei que sou o único capaz de realizar seus desejos, eu pensei que não fosse me afetar ser usado dessa forma, mas… afetou. E o pior foi descobrir o motivo pelo qual você me rejeita de tal forma.

— E qual o motivo? — Com um enorme temor perguntou sentindo-se estremecer a cada segundo.

— Você jamais teve olhos para o Philipe, não foi?

— Pensei que suas insinuações vinham pelo o que ele lhe dizia.

— Não. — afirmou em um tom terrivelmente sério. — Eu sempre soube que ele jamais o desejou, mas eu dizia para lhe causar provocações, eu queria descobrir o que lhe atraía.

— E o que você descobriu? — Novamente sentiu um medo devido ao caminho que aquela conversa se seguia, mas queria saber tudo que se passava na mente de Charles.

— Você me rejeitou por um aldeão! — Foi a primeira vez que ouviu a sua voz se alterar, não conseguiu evitar de engolir seco enquanto olhava para aqueles olhos verdes que estavam trêmulos. — Por um homem que não significa nada! E nem é porque você gosta dele.

— Não foi assim… — Tentou enfrentá-lo, mas sua voz saiu um por um fio, não tinha forças para ir contra a sua ira.

— Você me usou para se aliviar do medo, da dor e da sua mente que não lhe deixa em paz. Mas você se culpa por conta de alguém que você nem mesmo gosta.

— Charles…

— Porque você é um covarde! — esbravejou contra ele olhando direto em seus olhos com as palavras saindo de seu lábios como se fosse lanças.

— Não ouse!

— Você tem medo, Cédric. — Usou o mesmo tom para continuar jogando as palavras contra a sua pessoa, a fim de atingi-lo como sentia que foi. — Você julga a todos, mas notou os seus atos?

— Pare. — pediu colocando a mão contra seu peito para tentar impedir que ele continuasse dizendo palavras que não queria ouvir.

— Você tem medo de se afeiçoar pela nobreza. — concluiu por fim, não sentindo nada quando Cédric o implorava para parar. — De gostar de nossos hobbies, da nossa música, do nosso estilo de vida. Seu maior medo sempre foi tornar-se um de nós, porque você sempre se julgou maior do que todos nós! Mas olhe para você, Cédric!

— Não comece! — Cédric disse nervoso, se aproximando ainda mais do príncipe que não ousou se mover. — Você não pode continuar dizendo essas coisas!

— Você tem medo de se tornar o seu irmão. — Por fim disse terminando de quebrar o outro homem por inteiro que se desmanchou em lágrimas naquele instante. — Porque ele o abandonou e você não quer abandonar nem a si mesmo e nem quem você ama. Porque você não o ama, mas sente que lhe deve algo.

— Você não entende!

— Realmente, não dá para entendê-lo

— Você não me conhece! — gritou no rosto de Charles, enchendo-se novamente da raiva que pensou ter se separado do seu corpo. — Você não sabe sobre o que está falando.

— Eu o conheço muito bem. É isso que o assusta. — Novamente seu tom ficou ameno, enquanto Cédric começava a chorar, queria atingi-lo como o próprio estava fazendo, mas não tinha forças. — Estava na hora de lhe dizer algumas verdades.

O baque das palavras ainda era sentido por cada pequeno poro de corpo, sentia-se triste a todo momento, porque Charles havia descoberto o que mais lhe machucava e usou aquilo sem dó para atingi-lo em cheio. Mas mesmo com a raiva percorrendo o seu corpo, quando sentia a proximidade dos dois, não era capaz de evitar o desejo que sentia por aquele homem que estava fazendo seu peito sangrar, mas sabia que ele apenas fazia aquilo, porque o apunhalou primeiro.

Vendo como seu olhar havia mudado a mão dele foi delicadamente para o seu rosto, mirando o seu igual. Seu polegar percorria a extensão de seu maxilar em um carinho singelo, sabia que ele ponderava sobre o que poderia fazer agora, porque o próximo passo poderia ser fatal para a relação conturbada de ambos.

— Não ouse. — Cédric disse puxando a mão dele que ousou se afastar, assustando Charles com a fala determinada. — Não ouse se afastar.

Já não escorria mais lágrimas de seus olhos, mas eles continuavam mortais devido ao seu peito inflamado que pedia por um socorro de tamanha agonia diante daquela discussão que estava tendo.

Puxou o outro homem com força pela farda que ele usava e novamente, sem deixá-lo pensar muito o beijou profundamente, sem qualquer trecho para delicadeza, precisava sentir aquela adrenalina do contato dele para poder pensar em qualquer coisa que não fosse a turbulência de sua vida.

Charles não lhe negou nada, ele lhe devia aquele momento de fraqueza,  precisava que o mundo voltasse a parar, para não pensar em cada palavra que tinha acabado de escutar e o príncipe era o único capaz de controlar o tempo.

E o mundo parou quando a mão do príncipe atingiu a sua cintura e ele lhe empurrou contra parede que o fez arfar em aprovação. A sua mão deixou a sua roupa e direcionou aos seus cabelos, em busca de tentar colar ainda mais seus corpos e aprofundar o beijo que ocorria de modo ofegante.

Era desesperador ver a cena acontecendo, pois era uma fuga de ambos, em busca de um conforto que fosse capaz de apagar aquela chama que havia se incendiado em torno deles.


Notas Finais


• Parquia um reino fictício como Angelia, porém se localiza na Ásia, em um pedaço do que um dia foi a China.

BOM EU QUERO MUITO SABER O QUE VOCÊS ACHAM DE TUDO O QUE ROLOU

É GENTE EU AVISEI QUE A TEMPORADA DE TEMPESTADE DENTRO DE ANGELIA SERIAM CAPÍTULOS TENSOS E COM MUITA COISA ACONTECENDO.
Mas vamos por partes... Dominic surgindo do nada e no pior momento durante a história... Dá pra acreditar? Não havia um momento pior para ele resolver ressurgir, principalmente para deixar Cedric ainda mais pilhado. Agora será ainda mais dificil para ele colocar os pensamentos em ordem.

Eu preciso comentar sobre essa discussão!!!!!! Charles notando e pontuando tudo que Cédric não demonstrou durante DOZE CAPÍTULOS. Gente o meu principe é muito inteligente!!! Vocês não souberam disso em outro momento, porque a fanfic se passa pela visão do Cédric e ele jamais admitiria que não se deixava levar pelo Charles, por achar que deve algo a Dominic devido ao que sentiu quando seu irmão mais velho o deixou. Faz parte da minha construção de personagem e espero que vocês tenham gostado dessa revelação e de como ela surgiu durante a história. ♡

Philipe agindo com grosseira e ainda sumindo mais vez!!! Possuem teorias? Adoraria ouvi-las, mesmo que todo mundo ja saiba porque ele está se comportando tão mal.

Não esqueçam de deixar seus comentários por aqui ou na nossa hashtag amrfanfic. Até sábado. ♡


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