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História A Mansão Malfoy. - Preparando-se para o Baile.


Escrita por: firefox1

Capítulo 13 - Preparando-se para o Baile.


Fanfic / Fanfiction A Mansão Malfoy. - Preparando-se para o Baile.

      Harry virou-se primeiro para um lado, depois para o outro, olhando o reflexo no espelho. Atrás dele estavam sentadas a madrasta e a meia-irmã, observando-o. O pai andava de lá para cá pelo corredor, enfiando a cabeça pelo portal de tempos em tempos para ver como as coisas progrediam.
                     — Você está lindo — disse Hermione, olhando para Harry com brilho nos olhos.
                — Ela tem razão — concordou Ninfadora. — Este terno negro com prata combina perfeitamente com seu porte físico. Estou tão satisfeita por  termos decidido comprá-lo.
                — Eu também — admitiu Harry. O terno era magnífico. Feito  sob medida. Deixava o mais alto, com caimento que acentuava seus ombros largos e coxas musculosas. Nada o fazia lembrar a criatura vestida de forma desleixada de dias atrás. Seus cabelos negros  estavam arrumados apesar de ainda ter um leve tom de indomável. Estava mais bonito do que nunca, pensou com um sorriso de satisfação. Lorde Malfoy não o encontraria comum ou desleixado esta noite.
               Este, sabia, era o principal motivo que o fizera aceitar comparecer ao baile de lady Longbottom esta noite. Quando recebeu o convite, dissera secamente ao pai que não iria.
              — Isso é apenas uma manobra para me forçar a encontrar lorde Malfoy de novo, e nada vai me obrigar a isso — dissera ele, ignorando a expressão suplicante de Tiago.

       — Nós não sabemos se é isso o que vai acontecer.
              — E por que outro motivo lady Longbottom teria nos convidado? Obviamente,ela ama muito seu irmão, apesar do fato de ele ser um cretino. Deve esperar que ele seja capaz de me persuadir em uma segunda tentativa. Ou talvez pense que pode me deslumbrar com uma prova da vida reluzente da sociedade londrina, torcendo para que eu me case com ele só para comparecer a festas como essa.
                 — Estou certo de que não foi esse o motivo. Ela gosta de você. Você não disse que gostou dela?

      — Sim. Mas não o bastante para me casar com seu odioso irmão.

      — Vamos, Harry, meu filho, ele era assim tão mau? — perguntou Tiago Potter.

     — Ele foi o homem mais rude e arrogante com o qual tive a infelicidade de conversar. Ele mal me olhou por todo o tempo em que falava. Ficou bem claro que me considerava muito inferior a ele e que fazia o pedido só porque estava desesperado. Se eu tivesse de viver com um homem como esse, um de nós seria encontrado morto em um mês.
               — Talvez estivesse nervoso — Tiago sugeriu. — Pedir a mão de um Homem não é algo comum, mesmo tendo sua família o apoiando. Afinal, ainda é algo novo a aceitação da sociedade ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

     — Nunca vi um homem menos nervoso. Harry não contara ao pai sobre o modo como lorde Malfoy o agarrará e o beijara à força. Não entendia ao certo por quê. Sabia que uma revelação como essa acabaria na hora com os questionamentos e apelos do pai. No entanto, percebeu que estava relutante em dizer isso a ele. Era constrangedor ter sido pego desprevenido.  Não queria criar atrito entre seu pai e o conde. Afinal numa disputa, entre a realeza e a burguesia, a balança penderia para o lado do conde..
         Mas Harry sabia que havia mais do que isso impedindo-o de revelar o comportamento inapropriado de Malfoy. Não sabia ao certo a razão; apenas queria guardar a informação para si. O beijo o deixara confuso e curioso, uma condição à qual não estava acostumado, e relutava em permitir que alguém o percebesse.
           Ele não gostava nem um pouco do homem, exatamente como dissera ao pai.Sentia que poucos minutos na companhia dele o deixariam furioso de novo. O que não revelava, entretanto, era que não conseguia parar de pensar no beijo, que havia algo dentro dele que ansiava com igual intensidade senti-lo mais uma vez. Não queria dizer isso ao pai, claro, mas sabia lá no fundo que estava intrigado com a idéia de encontrar Malfoy mais uma vez.
               Lorde Wiltshire não encontraria um homem desleixado e de óculos aquela noite, pensou e sorriu para si mesmo, dando uma última olhada no espelho antes de se afastar para calçar as luvas. A noite inteira valeria a pena só para ver a expressão no rosto dele.
                  Tiago apareceu no quarto novamente, com luvas em uma das mãos e o relógio de ouro na outra.

      — Hora de ir — disse, depois parou, olhando para o filho.

      — Veja! Terei de lutar para mantê-los afastados hoje à noite, garanto-lhe.

      Harry riu.— Obrigada, pai.— Acredito que estarei conquistando hoje vários corações.

      — Sim, querido — concordou Elizabeth serenamente, de sua poltrona.

     —Achei-o absolutamente magnífico—acrescentou Hermione, suspirando. —Gostaria de poder ir com vocês. Só de pensar em conhecer todas aquelas pessoas... as mais ricas e enaltecidas da sociedade inglesa.
               — As mais falsas e tolas seriam uma descrição melhor — respondeu Harry, e passou a mão carinhosamente nos cabelos castanhos da menina. — Sua hora chegará.

       — Sim, seu irmão cuidará do seu debut — prometeu Tiago. — Assim que estiver estabelecido na sociedade.

      — Pai...

    — Sabe, Tiago, você não deveria pressioná-lo — Ninfadora interveio,delicadamente. — Ele não precisa se casar com lorde Wiltshire. Na verdade, você sabe que eu acho que ele não deveria fazer isso.
                — Eu sei, Dora — disse Harry à madrasta, com um sorriso. — Acredite, não tenho qualquer intenção em concordar em me tornar lord Malfoy.
                 — Acho esse um nome maravilhosamente romântico — disse Hermione, dando outro suspiro de admiração. — Malfoy. Ele soa tão... tão selvagem e exótico.
             — Humm. — Harry disse. — Selvagem e exótico demais para uma pessoa simples como eu, com certeza. Tudo certo, pai, estou pronto.
              — Finalmente. — Ele foi em direção à esposa e inclinou-se para beijá-la no rosto.— Gostaria que fosse conosco, Dora. É uma pena estar perdendo todas essas festas.
                  — Não tem importância. Não estou nem mesmo com vontade de sair hoje. Quero ir à ópera daqui a alguns dias.
               — Tenho certeza de que será mais divertido... e muito menos cansativo —concordou Harry, indo também até a madrasta e beijando-a.
             Ambos saíram, descendo as escadas para a carruagem que os esperava do lado de fora. Tiago ficou estranhamente silencioso no caminho até a mansão Longbottom, olhando pensativo pela janela. Por fim,disse:

        — Sabe, eu não gostaria que você fizesse nada que o tornasse infeliz.

       — Sei disso, pai. — Harry esticou o braço e afagou seu joelho.

     — Talvez Ninfadora esteja certa... Só estou pensando em mim, não em você.  Não é pela mansão que almejo este casamento. Mais sim, pelo desejo que você tenha a mesma felicidade que tenho hoje e tive no passado com sua mãe. Olhou para o filho triste. __ Não quero que você fique sozinho quando eu partir. Acredito que Malfoy não seja a escolha errada, apesar de você achar que sim.

     — Bem, sou bastante capaz de pensar por mim mesmo, e, acredite, você não vai conseguir me coagir a fazer algo que eu não queira. — Ele sorriu. — Com certeza, não acha que me tornei um homem sem vontades e dócil só porque estou longe de minha Pátria?

      Um sorriso se abriu no rosto do pai quando ele girou a cabeça para olhar para o filho.

     — Não, não acho.
              — Então, não há nada com que se preocupar. Sou tão cabeça-dura quanto você,portanto pode discutir comigo o quanto quiser que não conseguirá me desviar do que desejo fazer. Agora, Hermione é outro caso.
             — Hermione! — O pai pareceu surpreso. — Eu nunca tentaria coagir Hermione a fazer nada. Ela, bem, ela o faria só para me satisfazer e então seria totalmente infeliz.

      — Vê? Você sabe que comigo não tem de se preocupar.

      — Você tem razão. — Ele pegou a mão do filho com um sorriso. — É um alívio, para mim, saber que você não leva em consideração nada do que falo.

         Harry riu e apertou a mão dele.



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