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História (a) mar - Contrariando a física


Escrita por: fofarmigac

Notas do Autor


desculpa pelo tamanho do capítulo, mas desse jeito consegui transmitir o que eu queria.

Capítulo 24 - Contrariando a física


“Você acaba comigo” Patrick sussurrou beijando as costas nuas da namorada deitada na cama “puta merda, como que você sempre se supera?!” ele tocou os cabelos da morena fazendo os fios deslizarem por seus dedos suspirando pesado.

“Os créditos são dados só a mim? Faço tudo isso sozinha?” Farmiga se virou ficando com os seios à mostra e encarando Wilson, observando a diversão nos olhos do parceiro “a propósito é sempre bom quando tem nós dois” ele sorriu com a sinceridade da mulher, beijou seus lábios outra vez, um estalo se propagou pelo quarto. Ambos sorriram.

“Você acha que sempre vai ser assim?” ela perguntou respirando calmamente.

“Bom” ele limpou a garganta dando ar de mistério “se sempre for assim você vai me matar, eu já disse que você acaba comigo” e sorriu com a risada de Farmiga sendo puxado pelas mãos da parceira e cobrindo seu corpo de beijos.

 

Vera sorriu com a lembrança em mente. Os jovens & apaixonados & sinceros & irresponsáveis. Eles. A atriz fechou os olhos rapidamente apenas para rever a cena em sua memória. Deu risada outra vez. Ela sentia falta de sorrir daquela maneira, de expressar seus sentimentos sem se dar conta de que era isso que estava fazendo. E sabia que Patrick também sentia, sabia que no seu âmago ambos ansiavam por reviver os momentos de paixão intensa, aqueles que parecem intermináveis e incansáveis. Foi por isso que havia decidido dar de presente a Wilson uma noite para que o fizesse lembrar dos tempos antigos, de quando eles riam e se divertiam feito o casal antigo que eram.

Ela havia preparado tudo. No centro do quarto havia improvisado uma mesa. Sorriu vendo o que havia colocado em cima dela. Patrick definitivamente daria risada. A morena encarou seu reflexo no espelho e notou como tudo dela soava mais vivo, mais bonito. Respirou fundo tentando não perder a calma. Riu de si mesma vendo o quão exagerada era sua situação: nervosa por um encontro como se tivesse voltado aos tempos de colegial.

“Vera” ela ouviu o toc toc, era Wilson. Voltou a arrumar os cabelos, respirou fundo outra vez e finalmente foi abrir a porta.

“Entra” disse baixinho dando passagem para o ator e fechando a porta atrás de si. Virou-se. Patrick a encarou, seus olhos apreciando o corpo de Farmiga moldado pelo vestido preto e longo de alças finas.

“Você tá linda” ele disse sem deixar de prestar atenção na fenda lateral que se revelou ainda maior quando a atriz deu um passo em sua direção.

“Obrigada” ela sussurrou sorrindo sem mostrar os dentes parada em frente ao ator. Ele pôde admirar ainda mais a beleza que só ela carregava, prestou atenção no rosto sem maquiagem, exceto por um pouco de batom nos lábios, mas somente. Vera nem precisava se esforçar para ficar bonita, ela já era assim por natureza. Ele encarou os olhos azuis à sua frente, sorriu se vendo nas pupilas dela.

“Você disse que ia pedir pra gente, mas eu trouxe um vinho tinto também” Patrick ficou bobo quando a atriz sorriu largo mostrando seus dentes perfeitos. Suspirou. Bonita demais.

“Parece que você adivinhou, então” ela disse com a voz divertida e olhando por cima dos ombros de Wilson, ele se virou para entender. Meio que automaticamente o ator abaixou a cabeça sorrindo.

“Você pediu pizza?!” agora ele também falava divertido e até descrente, os dois deram risada “pelo visto eu adivinhei mesmo” Patrick foi até a mesa e deixou o vinho ao lado da caixa de pizza sorrindo sem parar. Estava na cara que aquilo era uma referência às tantas e tantas madrugadas dos dois bêbados se torrando em mussarela e portuguesa depois que assistiam a algum filme nas décadas de 94 e 95.

“Eu acho que dá pra lembrar bem, não é?” Farmiga disse se aproximando, o barulho dos saltos ecoando pelo ambiente.

“Era isso que você estava planejando, então, uma volta ao passado, hein?” Wilson falou vendo-a desfilar até ele.

“Eu até tentei ser mais criativa, mas quando penso em nós dois eu vejo duas pessoas se acabando num bom vinho enquanto riem de piadas bobas e se divertem quando estão juntas” Patrick a encarou sorrindo com a lembrança, o que ela acabara de dizer havia sido dito por ele mesmo anos atrás quando os dois estavam sentados no sofá do novo apartamento, era a primeira semana dos dois morando juntos. 

“Então você me vê magro, mas guloso?” brincou com as palavras ditas por ela fingindo confusão e Vera gargalhou.

“Graças a Deus eu engordei” ela disse elevando os olhos ao teto e fazendo um gesto de prece. Wilson revirou os olhos rindo da morena.

“Acho que nunca me vieram tantas recordações de uma única vez” o ator confessou encarando a mesa. Sua mente foi tomada por diversas imagens dos dois durante os meses que haviam morado juntos. Ele sorriu novamente voltando a admirar os olhos de Farmiga.

O momento era inteiramente deles e para eles. Patrick se aproximou da atriz e a beijou segurando seu rosto com as mãos acariciando as bochechas rosadas. Vera sorriu ainda de olhos fechados recebendo o beijo surpresa e lhe retribuindo delicadamente.

“Vinho?” ela perguntou depois de mais um selinho demorado em seus lábios, o ator fez que sim com a cabeça “eu disse que você tinha adivinhado, mas eu também pedi vinho, então precisamos secar duas garrafas” ela entregou uma das taças cheias e sorriu tomando um gole.

“Pra quem grava cedo amanhã você tá muito tranquila” Wilson a imitou ingerindo o líquido.

“Você também não tá preocupado” ela deu de ombros fingindo irresponsabilidade, ele sorriu dos trejeitos de Farmiga.

“Preciso confessar uma coisa” Patrick disse sentando na cadeira à frente da atriz que ainda se mantinha de pé “eu só vesti calça moletom porque pensei que você também fosse usar a sua” ele a encarou rindo de si mesmo quando Vera deu risada.

“Você pensou que eu não estaria arrumada?” ela ingeriu o resto de vinho movimentando a taça entre seus dedos.

“Você sabe que eu nunca me acostumei com essa tua beleza, Vera” ele se derreteu em elogios encantado com o sorriso na face da morena.

“Em minha defesa hoje eu tentei te impressionar” Wilson sorriu da ironia de que era ouvi-la dizer que se esforçava para impressioná-lo quando ele sempre ficava admirado com tamanha beleza. Ela não precisava fazer esforço para lograr aquilo.

“Você tá linda” ele disse outra vez, sua voz baixa e sincera. Eles voltaram a se encarar, o silêncio pairando no ar e subitamente trazendo a tensão que ambos conheciam e gostavam.

“Você tá com muita fome?” a morena perguntou ansiando por uma resposta negativa. Wilson sorriu mantendo seus olhos atentos nos dela.

“Só se você preferir comer agora” ele depositou a taça em cima da mesa sem quebrar o contato visual.

“Eu tinha pensado em fazermos outra coisa, na verdade” Vera disse erguendo a sobrancelha esquerda, um convite sendo feito.

O ator levantou cortando a pequena distância entre os dois; Wilson segurou firme na cintura da mulher puxando-a para perto de si. Farmiga sorriu suspirando e já sentindo as alterações em seu corpo, a libido tomando conta de tudo.

“Essa ideia me parece muito melhor” ele comentou próximo da boca de Vera apertando seus quadris.

“Eu gosto quando você não hesita” ela disse num sussurro, suas mãos fincando nos cabelos do parceiro.

“Você gosta é de me deixar louco” Patrick falou com a voz rouca avançando para o pescoço exposto da parceira, sugou a região com delicadeza e ali despejou vários beijos; sentiu os pelos dos braços da atriz se arrepiarem quando deslizou suas mãos pelo corpo dela.

“Você já tá louco?” ela gemeu de prazer tentando manter Wilson o mais perto possível, desejando que o princípio da impenetrabilidade não existisse, ansiando por contrariar a física. Ele sorriu beijando o queixo da morena.

“Há anos” ele se declarou outra vez inspirando fundo pra manter o cheiro da mulher em suas narinas “sem roupa” murmurou no ouvido da atriz estabelecendo as regras.

Patrick desfez o pequeno laço nas costas de Farmiga para afrouxar o vestido de tecido fino, ele a beijou novamente sugando seus lábios, depositando ali um pouco da vontade que sempre tinha de tê-la. Ouviu a atriz gemer outra vez enquanto enfiava a língua em sua boca e a puxava pela cintura, sentiu as unhas da mulher sendo cravadas em seus braços arranhando a região. Wilson a agarrou ainda mais forte enfiando a mão por dentro da fenda aberta e apertou a coxa da mulher voltando a lamber seu pescoço.

“Gostosa” disse ao pé do ouvido da morena fazendo-a se arrepiar ainda mais. Patrick sorriu novamente quando seus dedos tocaram a intimidade dela e não encontraram nenhum obstáculo. Vera estava nua. Ele acariciou a região salivando ao pensar em introduzir sua língua ali em baixo, voltou a dar atenção para o vestido que ela ainda usava e lentamente abaixou as alças finas, revelando os seios da morena, mas mantendo a peça presa da cintura pra baixo.

Vera jogou a cabeça para trás ainda apertando seus braços tentando encontrar equilíbrio. Patrick percebeu quando ela quase desfaleceu diante de suas investidas. Lambeu os lábios antes de beijá-la outra vez; o ator deixou que o vestido fosse ao chão se vislumbrando com a pele clara à sua frente; tomando a atriz pela mão ele a ajudou a sair de cima do tecido que havia caído sobre seus pés e voltou a abraçá-la agora completamente nua admirando o quão linda ela era, lembrou-se de todas as vezes que haviam deixado o jantar para depois para apenas apreciarem o tempo juntos – do jeito que tanto amavam. A sensação de nostalgia invadiu seu peito e fez com que ele a desejasse ainda mais. Wilson a tomou em seus braços beijando-a fervorosamente sentindo o sabor do vinho na boca enquanto a explorava; as duas línguas lutando por espaço. Patrick apertou a bunda da mulher fazendo-a sentir a ereção que já havia se instaurado em seu membro desde que ambos estavam próximos. A voz de Farmiga saiu baixa quando ela implorou pelo próximo passo.

Os dois continuaram se beijando enquanto andavam rumo a cama, em momento algum se separando, ainda que houvesse alguns poucos tropeços por conta dos saltos da atriz. De frente para o colchão a morena se afastou para arrancar a camisa que cobria o peitoral do parceiro, jogando-a em algum canto do quarto; fez o mesmo com a calça moletom de Wilson deixando-o apenas de cueca. Vera voltou a se aproximar do ator e tão rápido como o havia deixado seminu ela o jogou sob os lençóis, ficando em pé de frente para ele.

“Vem aqui” ele a chamou extasiado só de vê-la naquele ângulo. Farmiga retirou os sapatos e subiu na cama permitindo que o ator tivesse visão ainda mais privilegiada. Ela andou sob o tecido que cobria o colchão e lentamente sentou sobre as pernas do ator, sua intimidade roçando sobre seu pênis ainda coberto.

Olho no olho a morena começou a rebolar, esfregando sua vagina exposta no tecido da cueca, aumentando a intensidade da fricção a cada movimento. Ela encostou as mãos no peitoral do ator pressionando a região com ainda mais força todas as vezes que voltava a se remexer sob o pênis. Seus seios balançavam devagar, formando um cima e baixo delicioso para a visão de Wilson que não suportou apenas olhar. Ele apertou um dos seios enquanto alternava toques entre a barriga e as coxas da mulher com a ponta de seus dedos.

Vera voltou a jogar a cabeça para trás aumentando o ritmo do atrito estabelecido entre eles; ela gemeu com vontade quando o ator alcançou o seio esquerdo e o mordeu, sugando o mamilo e depois lambendo toda a auréola. A morena sentiu seu corpo alcançando o limite, gemeu ainda mais alto quando voltou a olhar nos olhos do parceiro e o viu perdido entre suas expressões de prazer. Sorriu adorando tê-lo daquela forma, tão entregue debaixo dela. E então veio. Farmiga gozou ainda sentada no ator, seu orgasmo escorreu para o tecido da cueca. Ela sorriu ainda mais largo sentindo a pulsação do membro de Patrick, ansiando por tê-lo dentro de si.

“Puta merda, Vera” ele disse recuperando o fôlego perdido durante o momento erótico “eu já disse que você acaba comigo?!” Wilson ergueu um pouco do próprio corpo para abraçar o de Vera, acariciou as costas da morena adorando a pele dela. A atriz sorriu novamente recordando das lembranças que tivera mais cedo, praticamente as mesmas palavras ditas por ele – outra vez. Ela voltou a se levantar e ficou de pé ao lado da cama, seus dedos ansiosos para remover a única peça de roupa que os separava. Assim foi feito. O membro de Patrick saltou para fora duro e pulsante, ela notou quando ele fez uma careta de dor pelo gesto, sabia o quanto ele havia aguentado. Deu outra risada maliciosa se vangloriando internamente.

“Agooora” ela disse manhosa se arrastando de volta para a cama e sentando sob as pernas do ator “vamos brincar de verdade, Patrick” sorriu porque sabia que todas as vezes que o chamava pelo primeiro nome deixava escapar um pouco do sotaque ucraniano que hora ou outra aparecia em sua voz. Ela segurou nos ombros de Wilson enquanto o deixava penetrá-la para logo erguer o corpo e impedi-lo de terminar o preenchimento. Wilson a encarou perdido em tantas sensações e ao mesmo tempo adorando vê-la em comando; a atriz voltou a se divertir permitindo a entrada da glande e logo depois se afastando, aumentando a tensão do momento. Rindo ela devolveu o olhar ao homem que parecia hipnotizado por sua presença, mas que rapidamente saiu do transe e aproveitou o momento de distração da morena para segurar em sua cintura e preenchê-la por completo.

“AH” Vera gritou de prazer com o movimento rápido e conciso, sentindo o membro de Patrick fundo dentro de si. Ela cravou as unhas nos ombros do parceiro voltando a rebolar em cima dele, reuniu todas as suas forças para conseguir cavalgar, seu corpo ansiando por outro livramento. A morena beijou Wilson chupando seu lábio inferior ao mesmo tempo que ele apertava suas nádegas com vontade, deixando alguma marca ali, ela sabia. Gemeu outra vez aumentando o ritmo da cavalgada, seus seios saltando e de vez em quando tocando o rosto do ator que voltava a lambê-los, chupá-los, mordê-los. Sensações que só ele causava a ela e vice-versa.

“Eu te amo tanto, tanto, tanto” Patrick se declarou com a voz baixa e rouca, ouvindo o barulho que os dois corpos em união faziam, o ritmo frenético sendo cada vez mais aumentado. Parecia até impossível, mas eles definitivamente ultrapassavam os limites do senso comum, do que era rotineiro, ainda que tivessem compartilhado tantos momentos como aquele e ainda assim tão diferentes como aquele.

Entre beijos, chupadas, gemidos e mais algumas cavalgadas ambos chegaram ao ápice do prazer. Os dois em conjunto, perfeita sincronia. Vera repousou a cabeça no pescoço de Wilson expirando seu hálito quente ali e sentindo o odor pós sexo que já estava no corpo dos dois. Ela sorriu em êxtase sentindo os dedos do parceiro tocarem de leve sua pele. Deslizou a mão direita para o rosto do ator prestando atenção em como seus olhos brilhavam ao encará-la. Sentiu-se amada. Não importava como eram suas experiências sexuais, ela sabia que a química que existia entre os dois ajudava bastante para a permanência de tantos desejos, no entanto, o sentimento que os fazia serem atraídos um pelo outro era muito mais profundo, tocava suas almas e corações. Há anos. Repetiu a frase de Wilson em sua mente guardando-a na coleção de tantas declarações.

A atriz sorriu tentando transparecer naquele gesto a alegria infinita que carregava consigo. Beijou o canto da boca do parceiro e depois encostou a ponta de seu nariz na do dele. Patrick suspirou apaixonado mantendo o corpo de Farmiga ainda em cima do seu; desejou que aquela noite nunca terminasse.

“Eu te amo tanto, tanto, tanto” Vera sussurrou mantendo seus narizes se tocando, sentindo seu coração martelar ainda mais forte, quase saindo de seu peito. Ela também notou o pulsar acelerado do ator, sorriu outra vez fechando os olhos enquanto ele depositava beijos em sua face.

Eles continuaram a se beijar, trocando carícias entre si e se prendendo àquela bolha, mas depois de tanto carinho ambos foram vencidos pela fome e se levantaram para comer a pizza já fria na mesa improvisada. E após diversos pedaços ingeridos e muito vinho tomado eles voltaram a pular nos lençóis do hotel, alternando entre beijos, beliscões, chupões e amor. Retornaram à bolha que eles sabiam existir, mas no fundo optavam por não vê-la, apenas para aproveitarem o máximo de quando estavam juntos.

Patrick e Vera adormeceram sussurrando os planos das horas seguintes, preparando o passo a passo das gravações que seriam feitas de manhã. Eles dormiram juntos como na noite anterior, os braços de Wilson envolvendo o corpo de Farmiga ainda mais apertado, protegendo-a de toda e qualquer coisa.

Era bonito demais de se ver, bonito demais ao entender. Eles não podiam contrariar a lei da impenetrabilidade, e, no entanto, faziam. Eram dois corações pulsando em uníssono, dois seres completamente pertencentes ao outro. Bonito demais.


Notas Finais


Princípio da impenetrabilidade da matéria: dois corpos distintos entre si não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo.


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