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História (a) mar - Eletricidade


Escrita por: fofarmigac

Notas do Autor


aqui ainda é 23h, logo Dia dos Namorados, mas quem se importa?
pra quem é solteira, vai mais um cap <3

Capítulo 28 - Eletricidade


Vera trancou a porta assim que entrou em seu camarim, sentindo seu coração retomar o compasso. Ela fechou os olhos encostada na madeira e inspirou fundo alisando o pescoço notando os pelos arrepiados. Inevitavelmente lambeu os próprios lábios incomodada com a tensão estabelecida entre ela e o ator. Voltou a apertar os olhos tentando conter os pensamentos que lhe tomavam à mente, lutando para expulsá-los de seu sistema de neurônios. Suspirou agora vendo a própria imagem sendo refletida no espelho, os olhos azuis brilhando numa mistura de sensações inconfundíveis, mas sempre mais fortes quando o assunto era Wilson.  

A morena permaneceu daquele jeito por quase 10 minutos sem prestar atenção ao movimento externo, logo sentiu seu estômago reclamar de fome. Ela pensou se deveria comer ali mesmo para evitar contatos tão íntimos com Patrick, mas percebeu que a hora do almoço já havia chegado há minutos, Deve ter saído pra comer, pensou concordando consigo mesma. Procurou por seu vestido e casaco e se trocou sem demora. Optou por sair do camarim interno e pediu à produção que levassem seu almoço ao seu trailer, uma forma de se afastar um pouco mais. Abriu a porta do veículo aliviada por não ter visto ninguém rondando o local, não havia nada além dos equipamentos dispostos ao redor. Ela se acomodou na pequena cadeira no canto de uma das janelas. 

A atriz encarou a forte luz solar invadindo seu espaço, mas não reclamou, aquilo era revigorante. Inspirou fundo sendo atraída às sensações que sempre a dominavam quando se mantinha perto do parceiro, frustrada ela engoliu em seco. Mas que porra, xingou irritada pela situação. O que acontecera fora só um fio de toda a eletricidade que eles eram juntos, toda a energia. E sim, ela queria que ele a tivesse beijado, a sensação de frustração vinha porque sabia que aquilo só não chegou a acontecer porque ela se afastou. Mas não podia culpar somente a si mesma, pois ela também continuava irritada e até magoada, as palavras ditas por Wilson foram duras demais, descontroladas, repulsivas, cheias de cólera, mas havia um pingo de sinceridade ali e era aí que a raiva de Farmiga se instituía de fato, pois ela não sabia onde essa verdade estava. Talvez nas reclamações não confessadas, talvez no fato dela não ser sua mulher. Bufou irritada outra vez, podia sentir as bochechas arderem tamanho o furor dentro de si e no pior momento – como era aquele – Patrick apareceu do lado de fora batendo levemente na porta aberta do veículo. Ela o encarou assustada por ele não ter saído e ainda furiosa com os pensamentos desassossegados que a faziam sentir-se ainda pior. 

“Eu pensei em vir aqui pra saber como você está” ele disse mantendo o olhar fixo ao dela, buscando algum meio de voltar a se aproximar ou ao menos ouvi-la falar, qualquer uma das duas coisas seria bom o suficiente. 

“Eu estou bem” Farmiga manteve o tom seco e observou como a expressão do homem alterou de imediato. 

“Vera, eu” ele falhou, sentindo-se temeroso pelo o que sucederia, mas logo retomou sua postura para não prolongar o desentendimento desastroso. “Eu não quero brigar” confessou num tom baixo, seus olhos demonstrando a sinceridade e tristeza que aquelas palavras carregavam. Farmiga continuou a lhe encarar, sua face sem nenhum vestígio de redenção; diante disso o ator suspirou fundo. “Eu não quero te ver desse jeito, não quero te fazer passar por isso outra vez” ele gesticulava para tentar se expressar melhor, fazia movimentos com a cabeça claramente evidenciando seu nervosismo e aflição. “Eu reconheço que agi como um idiota, foi burrice” 

“Você me machucou, Wilson” ela voltou a interrompê-lo dessa vez usando um tom de voz ainda mais alto, e se colocou de pé com a postura ereta e o nariz um tanto elevado representando um pouco do repúdio que ela sentia naquele momento. 

“É por isso que eu vim aqui... dizer que eu sinto muito” subitamente ele adentrou o trailer da morena para se aproximar, surpreendendo-a com a atitude. “Eu fiz besteira, te coloquei nessa lama toda e te fiz chorar em nome de um orgulho que agora me faz sentir idiota e ordinário” exprimiu seus pensamentos a respeito de si mesmo, sentindo-se envergonhado pelos próprios atos, quase atropelando nas palavras. “Eu agi como um filho da puta que sou e pior, envolvi outras pessoas nessa história pra tentar te forçar a alguma coisa” ele olhou para a parceira querendo acariciar o rosto tão bem moldado, desejando arrancar de dentro dela todos os sentimentos ruins pelos quais ela estivera mergulhada. “Mas eu prometo” Wilson tocou os braços da morena, apertando de leve, sentiu o perfume da atriz se instaurar em suas narinas, a proximidade entre os dois corpos minúscula, tendo consciência que talvez dali a um passo a mais dado seguido de uma permissão, eles poderiam acabar com toda aquela angústia; o ator se perdeu em meio aos próprios devaneios, sendo tomado pelo fascínio Farmiga. 

“O quê?” a mulher perguntou desafiadora, inspirando forte sempre que Patrick falava alguma coisa apenas para matar a saudade que ela sentia dele, não era uma coisa que estava a seu alcance para controlar, na realidade, era o completo oposto. Era ela quem era controlada.  

“Eu prometo não te fazer passar por isso nunca mais, eu juro” Wilson disse voltando a fitá-la nos olhos, retomando ao estágio de conversação. “Eu detestei te ver daquele jeito e pensar que fui eu quem te causou aquilo...” ele tocou as pontas dos dedos no rosto da atriz, deslizando-as levemente. “Tudo isso é...” hesitou antes de encontrar a palavra apropriada, a “menos” confusa. “Tudo isso é complicado” confessou aliviado por ter dito aquilo em voz alta, algo que há anos mantinha em segredo. “Nós dois nos machucamos, mas... se te machuca me quebra em dobro” o ator franziu a testa confuso pelas novas emoções que enfrentara durante a madrugada. “Eu não quero voltar a te machucar porque fazer isso não seria te amar e eu acho que não tô pronto pra tentar não te amar” Patrick se permitiu transparecer o que sentia, sinceridade e confiança eram base para a formação de uma boa relação, qualquer que fosse a natureza desta, ele sabia. 

O homem visualizou seu próprio rosto nos olhos lacrimejantes da atriz, o seu azul favorito brilhando ainda mais. O dia anterior parecia ter sido mais de semanas e isso nem era exagero, ele sentira saudades. Aproximou o rosto do dela tocando seus narizes num beijo clássico esquimó; segurou as mãos da parceira levando-as até seu peito. 

“E não há ninguém que seja capaz de te substituir na minha vida” sussurrou apenas para ela, ainda que ninguém mais pudesse escutá-los. “E mesmo que tivesse, eu não quero”. Ele balançou a cabeça lentamente enfatizando o sinal negativo. "Não quero outra pessoa sentada ao meu lado dando risada porque é a tua gargalhada que consegue me animar, é ela quem começa o meu dia” Wilson apertou as mãos da morena concentrado na imensidão e profundidade do azul claro e intenso. “Não quero ninguém além de você, ninguém” ele disse convicto e sincero, mantendo a conexão com o olhar da parceira. 

Vera suspirou emocionada com tudo o que Patrick dissera, sustentando a tensão que uma simples troca de olhar causava aos dois, e pouco a pouco o desejo de tê-lo consigo voltou a se desenrolar em seu interior, como ela já sabia: não podia controlar. A atriz lambeu os lábios lentamente e engoliu em seco, encarando o parceiro por cima dos cílios alongados, lançando a ele sua melhor jogada. Wilson manteve as mãos na cintura da morena, agora apertando um pouco mais e sentindo a respiração quente da mulher em sua face; ele enrijeceu o maxilar com a proximidade da boca entreaberta da atriz, os olhos convidativos. 

“Tranca a porta” ela ordenou num tom baixo e empurrando levemente o ator, observou o vislumbre transpassar pelo rosto dele. Patrick arqueou a sobrancelha esquerda receoso, mas fez o que a morena mandou. Fechou a porta do trailer e trancou como fora exigido, voltou a encarar a figura da atriz que puxava devagar as cortinas nas pequenas janelas do veículo, o ambiente tornou-se um pouco escuro, mas nada que pudesse incomodar. 

Farmiga avançou em direção ao parceiro sem quebrar o contato visual, parou na frente dele e tocou o homem nos ombros, deslizando as mãos pelos braços fortes e musculosos; com a ponta do indicador ela traçou um caminho a ser percorrido pelo tórax do ator, desejando senti-lo na pele. Suspirou pressionando as mãos contra o peitoral de Wilson observando a camisa, pensando em como aquela peça de roupa não escondia o quanto ele malhava. A atriz umedeceu os lábios e num movimento abrupto segurou o rosto do homem puxando-o para perto de si, de modo que os dois estivessem cara a cara, Patrick se surpreendeu com a atitude da morena, mas aquilo tinha lhe dado acesso ao corpo dela novamente, envolveu-a em seus braços já não sendo capaz de esconder sua excitação pela atriz.  

“Vão nos pegar” ele disse com a voz rouca e baixa, mas ainda temerosa. Vera deu de ombros sem se afastar e direcionou a outra mão para o membro do ator que àquela altura já estava latejando preso à cueca.  

“Vamos nos preocupar com outra coisa” ela sussurrou ofegante e avançou para a boca do ator, lançando o peso de seu corpo para o homem que a agarrou ainda mais forte, afagando as suas costas e logo em seguida pressionando a bunda da mulher contra ele próprio. Vera o beijava fervorosamente, chupando o lábio inferior e depois mordendo, ela explorou a região com sua língua quente e ansiosa, brincando com as terminações nervosas do homem. Ambos suspiravam e gemiam baixo, às vezes se descontrolando demais e deixando que um tom mais elevado tomasse conta do ambiente. Os beijos molhados lhe deixavam ainda mais ofegantes, perdidos diante do prazer que alguns poucos toques lhes proporcionava. 

A atriz brincava com os movimentos fingindo beijar quando não o fazia, apenas para perturbar a mente de Wilson e fazê-lo ficar ainda mais louco por ela. Anos atrás ele dissera que ela estabelecia muito poder sobre os homens e não havia mentido. A morena conhecia a si mesma, era capaz de muitas outras coisas... Num movimento rápido ela o empurrou contra o canto perto da janela, segurando-o no rosto fazendo-o encará-la nos olhos. 

“Você nunca mais vai fazer aquilo comigo” disse entredentes, a respiração ainda ofegante. “Não importa o que aconteça, NUNCA mais, ouviu bem?” o ator acenou positivamente com a cabeça segurando em algum objeto para não perder o equilíbrio, por dentro ele contemplava as atitudes da morena, deliciando-se com as cenas. “E que se foda se você é casado porque EU sou a tua mulher” a atriz falou em tom furioso, mas cheio de luxúria. Wilson sorriu sacana, voltando a apertar a bunda da morena, aproximando os corpos outra vez. 

“Você é a minha mulher” ele disse com a boca perto da dela, enfatizando o pronome possessivo com a voz carregada de sedução e êxtase. Voltou a beijá-la sentindo as mãos da parceira lhe agarrarem pelo pescoço e depois deslizarem sobre suas costas largas. Enfiou a língua na boca dela experimentando – outra vez – a deliciosa sensação quente que ela sempre fora. O ator a puxou ainda mais como se pudesse incorporá-la a ele próprio, gemeu quando ela puxou seu cabelo e quando lambeu seu pescoço, beijou seu queixo e chupou seus lábios outra vez. Não dava pra esperar, ambos se queriam demais...  

Wilson andou pelo ambiente mantendo o corpo da atriz preso ao seu e subitamente a segurou pelos quadris e a fez sentar em uma pequena mesa disposta no canto direito do veículo. Ela gemeu surpresa quando ele abriu suas pernas e arrancou de uma só vez a calcinha que ela usava, deixando-a jogada em algum lugar no chão. O ator se abaixou o suficiente para entrar em contato direto com a vagina exposta, beijando o local e passando a prestar atenção somente nele. A morena gemia cada vez mais descontrolada sentindo os toques em seu ponto mais sensível, jogando a cabeça para trás e para os lados perdida em extrema excitação. Com as próprias pernas ela o manteve ali, saboreando as brincadeiras da sua língua. Mordeu o lábio com força e inclinou a pélvis numa tentativa de aproximar-se ainda mais da boca do ator. Ela sentiu quando ele sorriu lá em baixo, logo depois mordendo levemente o clitóris, fazendo-a se contorcer de dor e prazer. 

“Meu Deus, Wilson” anunciou com a voz embargada de lubricidade, empurrando as mãos contra a “parede” do trailer. “Faz isso agora!” ordenou quase que gritando e como se estivesse apenas esperando Patrick se levantou abaixando a calça e cueca às pressas, mantendo-as sob os joelhos e puxou o corpo de Farmiga em encontro ao seu, afastando o vestido e entrando nela brusca e duramente. Ele a beijou para abafar os gritos e gemidos que ela soltava e em movimentos rápidos e concisos estocou fundo, sorrindo quando ela fechou os olhos perdida em sensações diversas.  

Os dois corpos já eram potencialmente elétricos por si só, quando em contato tornavam-se eletrizados e transferiam o prazer de um ao outro, agindo como verdadeiros condutores. Eles se chocavam entre si em união excepcional e atuavam juntos porque eram de mesmo material, mesmos desejos e sendo feitos de pensamentos conjuntos não poderiam alcançar seu máximo sem que estivessem próximos. Mais uma vez eles provaram do prazer que era estarem unidos.  



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