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História A Marca Negra - Polieric (as aventuras de poliana) - O falso é verdadeiro


Escrita por: RavenaDean

Notas do Autor


Olha o capitulo novooo, capítulo novooo, três por um reaaal

Não, não!! Ai eu vou a falência não é mesmo
:)

Capítulo 29 - O falso é verdadeiro


O dia se passara extremamente rápido desde a conversa que Poliana teve com Hugo e Raquel. Logo após aquele simples encontro, Poliana não fez nada durante o seu dia, apenas se alongou. Já Raquel e Hugo, se organizavam para deixarem tudo pronto. Aquilo rendeu uma boa parte do dia de ambos. Enquanto Hugo fazia de tudo para puxar sinal da base dos E.N até a escola e pensar em uma desculpa para enrolar os D.S e R.F — fingir que teria um compromisso com seu tio do outro lado da cidade —, Raquel entrou na base dos E.N para pegar armas e as escutas, e convencer todos que não poderia estar presente na base já que teria que teria que prestar depoimento sobre Poliana e ajudar nas buscas, já que ela não poderia dar a entender que “sabia onde Poliana estava” e qual seu objetivo. Fingiu uma irritabilidade para todos, oque fez com que ninguém tivesse dúvidas.

Agora já era uma em ponto da manhã, e quando Poliana — já vestida de Noturna — chegara em frente a escola, os seus dois infiltrados já estavam à sua espera.

—Pelo menos vocês são pontuais. — Poliana salta de sua moto. —Vocês já fizeram tudo oque eu disse, ou deixaram tudo para agora? Gostei da roupa, Raquel

—Obrigada. — Raquel dá um sorriso meio torto. —Eu consegui enrolar os E.N dizendo que tinha que ajudar nas suas buscas para não desconfiarem que eu sabia qual era seu objetivo. Eles acreditaram fácil nisso e ainda pediram para eu ficar de olho para ver se eu te encontrava. Consegui pegar essas três armas junto de algumas munições e esses canivetes. E é claro, as escutas.

—Achei que a polícia só começaria as buscas depois de quarenta e oito horas do desaparecimento — diz Poliana 

—Relaxa, eu disse que as buscas não seriam feitas pela polícia, mas sim pela própria família

—E eu disse para os Diabos do Sul que sairia com o meu tio para o outro lado da cidade, eles nem ligaram. E já deixei quase tudo pronto na escola, só falta ligar tudo e colocar as escutas em vocês duas.

—Perfeito. E como fazemos com as imagens dos Diabos do Sul e das Rosas de Fogo? E outra, como você não vai estar lá, quem vai ficar no seu lugar? — Poliana questiona

—Quem ficará no meu lugar eu não sei, mas eu desliguei as câmeras, ou seja, eles não vão poder acessar as imagens desde a hora que eu desliguei até a hora que eles as religarem. Aproveitei para excluir as imagens de quando nos encontramos mais cedo. E não podemos descartar a chance deles aparecerem também, já que eles tem um pequeno alarme que avisa quando algo pode estar acontecendo. Embora eles consigam saber se tem algo acontecendo, as imagens só voltarão a ser salvas quando eles religarem as câmeras.

—Não tem como tudo sair perfeito. — diz Poliana. —Bom, vamos entrar na escola para ligarmos as imagens e colocarmos as escutas.

Os dois assentiram e logo foram em direção a escola. Entrar não era a parte difícil, mas sim desviar das câmeras, das quais Hugo teria que dar um jeito depois. 

Assim que entraram e desviaram da maioria das câmeras, chegaram a sala de informática. O cetap que Hugo havia montado era realmente ótimo: organizou cinco computadores para serem suas câmeras e projetava todo o mapa da região. Qualquer coisa que os Escorpiões Negros estivessem planejando, com certeza daria errado.

—Confesso que não estava esperando isso tudo. — Poliana solta uma leve risada. —Gostei do que fez, e acho que eles não tem chance alguma.

—Disso você pode ter certeza. — Hugo sorri. —Só precisamos que coloquem as escutas e pronto. Tudo feito.

—Onde estão as escutas?

—Estão comigo. — Raquel tira de sua bolsa as escutas e as dá para Hugo

Hugo logo colocou nas duas e organizou tudo de um modo que não pudessem falhar de modo algum, e é claro que elas testaram para terem total certeza.

—Aparentemente, tudo está funcionando de forma perfeita. — diz Hugo

—Ótimo

—Poliana, até agora você não explicou direito oque eu vou fazer. — diz Raquel

—Bom, você vai ficar escondida, atrás de alguma coisa, e vai vigiar as minhas costas e responder oque o Hugo falar. — explica Poliana. —Se eles planejarem fazer qualquer coisa contra mim, você quem vai intervir e me ajudar. E eu tenho quase certeza que isso realmente vai acontecer

—Tudo bem. — Raquel suspirou sem nem ao menos saber se aquele suspiro era de alívio ou de preocupação

—Vocês já podem ir e se posicionarem. — diz Hugo

—Nós já vamos. — Poliana caminha até a porta mas para em seguida. —E Hugo, não se esqueça de ficar de olho em possíveis rastreadores colocados em mim, na Raquel e nos E.N

—Não se preocupa.

Raquel foi junto na moto de Poliana rumo ao parque. Raquel ficaria em um dos lados do parque, já Poliana ficaria a uma quadra de distância do parque em um beco escondido, apenas esperando o momento em que os Escorpiões Negros chegariam.


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Todos já se encontravam na base preparando tudo para o encontro que teriam com Noturna. Mesmo sendo um “simples encontro”, eles estavam se preparando mais do que o habitual, não sabiam qual seria a reação de Poliana com aquele falso ataque então queriam estar preparados. Filipa era a mais nervosa de todos, estava uma completa pilha de nervos e não parava de andar em círculo por toda a base. Por mais que seu irmão, namorado e amigos tentassem acalmá-la, era inútil, pois ela só voltaria a seu estado normal quando terminasse aquele encontro e já estivesse em segurança na base.

—Precisamos só colocar nossas escutas. — Filipa diz. —João, pega ali na gaveta.

João correu até a gaveta e abriu, e acabou por estranhar muito a quantidade de escutas que tinham,

—Filipa, tem alguma coisa errada. — João se aproximou e viu que atraia todos os olhares. —Não temos seis escutas, temos apenas quatro

—Como assim? — Filipa correu até a gaveta e tentou achar as duas que faltavam. —Tá, isso é estranho! E nem tem como alguem ter pegado já que nunca as usamos. Mas vamos esquecer isso, nossa preocupação de agora é de quem serão as duas pessoas sem as escutas.

—Eu posso ficar sem. — diz Jefferson.

—Eu também. — diz Luigi

—Tudo bem, os outros coloquem as escutas. — Filipa foi até Yasmin para colocar a sua. —Partiremos logo em seguida, já está perto de dar duas da manhã.

—Confesso que não estou tão seguro quanto ver a Poliana. — João diz levemente envergonhado. —E principalmente em vê-la como Noturna.

—João, se você quiser, pode desistir. — Filipa tenta consolá-lo

—Não, eu não vou desistir agora. — João suspira. —Eu tenho que ir e a ver com meus próprios olhos

—Só não vai desmaiar, João. — brinca Kessya. —O nervosismo está estampado em seu rosto

—Eu só estou perdendo para a Filipa. — João ri. —Ela não parou quieta desde que chegamos a base

Filipa não respondeu a brincadeira dos amigos, permaneceu quieta em seu canto, mergulhada em seus pensamentos; e os outros apenas pararam com as brincadeiras e permaneceram em completo silêncio.

Após um tempo naquele profundo silêncio, todos se encontravam completamente equipados e prontos. A única coisa que os deixavam aflitos era o tipo de abordagem que seria usada por Poliana.

—Já podemos ir. — Filipa e os outros iam em direção da entrada do bunker. —Não se esqueçam de ficarem atentos a qualquer ligação da Raquel, alguma aparição da Poliana na base, e nas câmeras para nos alertarem de qualquer coisa.

—Fica tranquila, qualquer coisa suspeita que acontecer, nós vamos avisar. — Brenda a tranquiliza.

—Confiamos em vocês. — Yasmin sorri.

—Igualmente.

Os seis logo se encontravam fora do bunker, não tinham a mínima ideia se estavam ou não preparados para encontrarem sua antiga aliada, principalmente depois que ela descobrir que tudo não se passou de algo para chamar sua atenção. Além da raiva, não queriam lidar com o deboche de Noturna, que deve ter ficado muito mais afiado desde seu último encontro na joalheria.

Dos seis, Filipa era a única que não ia no carro de Vinícius, mas sim de moto. Mesmo não tendo tanta certeza se devia dirigir, não havia lugares suficientes no carro para ela.

Filipa podia sentir seu corpo inteiro ficar cada vez mais tenso a cada segundo que se passava, algo dentro dela dizia que aquilo não seria nada parecido com uma simples conversa totalmente pacífica. Mas sim com algo muito mais violento e sanguinário do qual ela não podia nem imaginar.

Em um determinado momento, engoliu em seco, só de pensar que Poliana tinha coragem de atirar nela — mesmo sabendo da habilidade de cura — e que ela não tinha tanta coragem quanto imaginava ter para atirar em Poliana.

Do que adiantava ter medo agora? Ela já se encontrava na metade do caminho, e aquele seu plano, já não tinha mais volta.


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Noturna já esperava algo acontecer a mais de meia hora, de vez em quando podia ouvir a impaciência de Hugo ou o nervosismo de D.L pela sua escuta. Devia ser a única a não esboçar nenhum desses sinais, mas tinha algo que ela já estava começando a ter, tédio.

—Hugo, eu acho que não definimos a maneira de como devemos te chamar. — diz Noturna seguido de um bocejo

—Me chamem da maneira como preferirem. — ele diz. —Podem me chamar de H, eu não tenho muita criatividade para nomes

—Eu consegui perceber. — responde Noturna. —Até agora você não viu nada de suspeito?

—Pelas redondezas não, mas posso ampliar o radar.

—Eu nem vou perguntar o motivo de você não ter feito isso antes. — Noturna revira os olhos. —Olha isso logo

Noturna pode ouvir uma leve resmungada vinda de H, mas preferiu relevar. Depois de um minuto, voltou a ouvir sua voz:

—Eles estão a caminho! Chegam em aproximadamente meia hora

—Perfeito. Ouviu D.L?

—Ouvi sim, pode deixar que já estou de vigia

—Ótimo.

—Noturna, eu acho que tem algo errado. — diz H. —Eles estão usando escutas e as câmeras daqui estão falhando muito

—Já deveríamos ter imaginado que viriam grampeados. — Noturna suspira e leva sua mão a testa. —Tente fortalecer o nosso sinal e enfraquecer o deles, devem estar usando as câmeras e os radares também. E não deixe na cara que tem outra pessoa roubando o sinal deles.

—Tudo bem.

E assim, todos pararam de falar, não podiam chamar atenção. Aquela meia hora se passou mais lenta e entediante que a aula da Agatha — que agora se encontrava suspensa —, em determinado momento, Noturna pode ouvir alguns roncos de H. Apenas balançou a cabeça de forma negativa e o acordou, claro que ele tentou dar uma desculpa, mas não deu certo, D.L ficou do lado de Noturna e também deu uma leve bronca no garoto.

Passado meia hora, Noturna que também estava quase por dormir de tanto tédio que sentia, finalmente pode ouvir tanto a voz de H quanto a de D.L:

—Eles chegaram! — disseram em uníssono

—Estão em um carro e uma moto. — diz H

—Filipa deve estar de moto. D.L, quem são as pessoas que vem? — pergunta Noturna

—Filipa, João, Mirela, Vinicius, Jefferson e Luigi

—Tudo bem, isso é bom. — diz Noturna. —Não posso ir agora, tenho que esperar de cinco a dez minutos e depois ir voando até o parque. D.L fique de olho neles, e H dê um jeito de parar as câmeras dos Escorpiões Negros, eles vão saber que estamos aqui antes do horário.

—Posso tentar fazer isso de forma discreta, congelarei as demais câmeras para conseguirem ver apenas os aliados e acharem que não há nenhum movimento. Quando você for, deixarei tudo normal.

—Ok, vou esperar o tempo necessário

Noturna deixou que sete minutos se passassem para que finalmente pudesse ir; no exato momento que H disse que já voltou às câmeras ao normal, Noturna saiu de seu esconderijo o mais rápido que conseguiu, e foi rumo ao parque.

Desceu da moto a uma distância considerável do local que estavam os Escorpiões Negros, e foi caminhando até eles, que ainda não haviam se dado conta que ela já havia chegado.

—Em breve ela vai chegar, não se distraiam e nem abaixem a guarda. — Fulmine diz meio que como um sussurro

—A guarda de vocês já é abaixada, não tem como mudar isso senhora Fulmine. — Noturna aparece em meio as folhas de árvores. —Oh meu deus! Isso não é um ataque dos Mascarados, fui completamente enganada. 

—Você sabia disso não é? — questiona Fulmine

—Eu? Mas é claro que não. — Noturna ri. —Mas então, me chamaram aqui para que?

—Só queremos conversar. — Vind se aproximou das duas

—Ata — Noturna ri. —Podem começar então

—Por que você fugiu? — Fulmine pergunta

—Ah Fulmine, fazer essa pergunta é a mesma coisa que me perguntar se eu sou ou não a Poliana. — diz Noturna. —Mas, eu sou sim, como todos vocês já sabem

—Não vou perguntar de novo, por que você fugiu?

—Está aprendendo a brincar não é — Noturna ri. —Vamos dizer que eu precisava me proteger, não ando me comportando direito sabe

—Oque você fez? — Belarra se aproximou. —Oque fez de tão grave para ter que fugir?

—Olá Belarra, ou devo te chamar de Mirela? — ela pergunta de forma irônica. —Bem, não importa como devo de chamar. Mas, eu não fiz nada demais, foi só um pequeno acidente entre mim e a Luísa.

—Oque fez?!

—Ah sem essa, ela que é muito dramática. Eu só mostrei um canivete para ela, eu não ia fazer nada, pelo menos é oque eu acho

—Você perdeu a cabeça mesmo. Como você pode fazer isso com a sua própria tia e dizer isso na maior tranquilidade. Como se não fosse nada — Fulmine se aproximava mais de Noturna

—Você aparenta ser bem corajosa para se aproximar de mim, Fulmine. — Noturna brinca. —Mas você não é, nunca foi, e nunca será. Você quer provar aos outros que é uma boa líder, mas todos aqui sabemos que você é péssima para esse cargo.

—Não, eu não sou... 

—É sim. Não minta para si mesma, todos os ataques que tiveram desde que assumiu a liderança, foram falhos. Não se iluda, Fulmine. Nenhum deles gosta de você na liderança, só não querem lhe dizer para não te chatearem.

—Você.. não, isso não é verdade

—Você é fraca, Filipa! Não consegue ver a verdade. Eles não são seus amigos, só querem estar do seu lado por causa dos seus poderes. Veja onde eu cheguei, e acorde Filipa, ao lado desses perdedores você nunca conseguirá nada. Se bem que nem sozinha deve chegar muito longe. Experimente sair dos Escorpiões Negros para ver oque acontecerá em seguida, virará a principal vilã para eles, afinal, todos tem inveja daqueles que tem. Eu sinto pena de você.

Um leve silêncio se instalou pelo parque, e apenas uma coisa era possível ouvir: o leve choro de Filipa

—Você… tem razão…

—Bem, eu acho que já posso ir. Fiz o meu trabalho. 

Noturna vira de costas para ir até sua moto, mas ouve um barulho muito familiar vindo detrás dela. Todos — exceto Fulmine — tinham suas armas apontadas para Noturna. e eles não pareciam nem um pouco contentes.

—Fique parada, Poliana! — Glacier grita. —Vire-se com as mãos para cima

—Perdeu o medo, Vinicius? — Noturna ri. —Bem corajoso.

—Você é baixa, Poliana! — Vind exclama. —Está tentando fazer com que a Filipa vá para seu lado e desista de nós. Quem você se tornou Poliana? Alguém fria e que não se importa com nada e nem ninguém além de si mesma. Se esqueceu por completo das pessoas que lhe ajudaram, não se lembra nem mesmo do Eric, ele que fez você sair daquela vida que levava, porque ele nunca desistiu de você! E agora você acha que está no direito de tentar acabar com oque vocês dois construíram e compartilharam conosco? Saiba que você não está. A partir do momento que você saiu deste grupo, você o entregou a Filipa, ela é a responsável por todo o grupo, e ao contrário de você, ela sim tem sido uma boa líder. Então, eu espero que nunca mais tente fazer nada com ela!

Poliana que mordia seu lábio inferior, ela estava gostando do que estava causando, não podia negar. O ponto fraco do vice-líder era a líder, se acontecesse algo com a líder — por um mísero acaso. —, o vice-líder também ficaria fora de jogada. Ela que segurava uma boa parte de seu riso, logo o deixou escapar, fazendo com que todos os outros a olhassem de modo confuso.

—Belas palavras João. Confesso que não esperava ouvi-las de você. — Noturna continuava rindo. —Pelo menos eu descobri seu ponto fraco. Se bem que eu já devia ter imaginado que era esse.

—Poliana… por que você não volta ao normal? — Filipa ainda tinha a voz fraca. —Para...ver o Eric acordar..?

As palavras de Filipa tiraram o sorriso que Poliana tinha em seu rosto. Ela que antes era ofuscada pela escuridão, se aproximou de Filipa bem lentamente de modo que ela pudesse ver a coloração de seus olhos. E isso, fez Filipa se arrepender profundamente das palavras que havia dito

—Ele nunca vai acordar.

Aquela frase calou Filipa por completo, o medo que ela tinha daquela frase era imensurável. Se por aquela frase Poliana admitira que matara Eric, aquele ser não devia nem mais ser chamado de Poliana. 

Poliana olhava fixo para dentro dos olhos de Filipa, a fim de amedrontá-la. E aquilo realmente estava funcionando. Mesmo com a máscara e sob a luz do luar, era possível ver sua pele se empalidecer de forma muito rápida, e poucas lágrimas se formarem abaixo de seus olhos. Ela, de repente pode ouvir um ar desesperado vindo de algum lugar, e esse não era de ninguém que se encontrava no mesmo ambiente que ela

—Já era!! Vocês precisam sair daí! Um novo ataque começou no mesmo museu de antes! — disse H

—Não tem como, Noturna está cercada de armas. Um passo que ela der e ela morre! — exclama D.L

—Os relógios deles vão acionar em um minuto! — alerta H. —Se vocês duas não forem logo eles vão chegar antes.

—Calma. Noturna eu estou te esperando na sua moto. Sai daí agora!

Noturna continuava encarando Filipa, tentava de todas as formas pensar em como poderia sair de lá. Mesmo achando que nenhum deles tinha coragem de atirar, ela não estava nenhum pouco a fim de arriscar.

Mas uma ideia se passou por sua cabeça, na mesma hora tirou seu olhar de Filipa e pôs em algo além dos outros que estavam atrás. Começou a recuar de forma bem lenta, e trocou sua expressão convencida por uma completamente aterrorizada. Suas mãos que antes se encontravam perto de sua cabeça, agora se estavam muito mais altas.

Os outros que perceberam o desespero repentino de sua refém, olharam para trás na mesma hora, e isso foi tempo mais que suficiente para Noturna sair da mira de todas as armas e correr. Ao se virarem, ela já não estava mais lá, e Fulmine logo voltou a tomar controle da situação

—Ela fugiu! — exclama Fulmine. —Era óbvio que ela não se assustaria daquele jeito. Se fosse a polícia iria ser presa rindo de suas caras

—Oque fazemos agora? — pergunta Strom

—Fulmine? — a voz de Brenda pode ser ouvida pela escuta. —Tem alguma coisa acontecendo. As câmeras estão travando muito e não dá para ver quase nada.

—Isso é estranho, essas câmeras nunca travaram. — responde Fulmine

—O pior é que eu não consigo ver para onde a Poliana foi. — diz Nyanja. —Se o Jefferson tivesse aqui!

—Strom!! — Fulmine grita em sua direção. —As câmeras não estão funcionando direito! Nyanja não consegue ver para onde ela foi

—Droga! Não tem como isso ter acontecido, nós checamos tudo antes de sairmos! 

Fulmine olhava de um lado ao outro, procurando qualquer sinal de Noturna pela mata. Logo pode sentir algo vibrando em seu pulso, e isso, explicava perfeitamente o porquê de Noturna ter saído correndo.

—Para o carro agora!! — Fulmine começou a correr, e todos os outros a seguiram completamente confusos. —Um novo ataque começou no mesmo museu, foi por isso que ela saiu correndo. Noturna está na nossa frente de novo!


Noturna foi direto para onde ela sabia estar sua moto, e lá, D.L já estava a sua espera, e ela já sabia exatamente oque fazer quanto a isso

—Você não vai comigo! — Noturna puxa D.L pelo braço até outro lugar. —Você vai no porta malas deles. Fulmine está de moto e vai me alcançar, uma de nós duas pode cair da moto e eu não quero que você esteja comigo caso eu seja essa pessoa for eu. Você vai estar mais segura lá, e assim que eles chegarem lá você sai.

—Tudo bem. Toma cuidado. — D.L diz indo em direção ao carro de Glacier

—Eu vou. — Noturna pula em cima de sua moto e vai rumo ao local

    

Os seis logo chegaram ao local onde estava a moto de Fulmine e o carro de Glacier. Todos se jogaram em seus veículos e foram em direção do local indicado.

Noturna estava na frente, e essa era a única coisa da qual eles conseguiam pensar. Todos suavam frio e mal conseguiam se concentrar no que faziam. Um ataque acontecera em um dia do qual não podia acontecer nenhum. O falso ataque que eles planejaram acabou se tornando verdadeiro. E agora eles corriam contra o tempo.

Tinham que chegar no local antes de Noturna, e principalmente, antes do ataque dos Mascarados terminar. 

Fulmine que ia na frente, nem ligava para a velocidade da qual estava; já conseguia ver Noturna a sua frente, e agora tinha que alcançá-la. Noturna também se encontrava em alta velocidade, ela sabia que Fulmine estava na sua cola e já imaginava que isso iria acontecer. Ambas estavam correndo contra o tempo e queriam chegar uma antes da outra, e isso só as fazia acelerarem cada vez mais. 

Estavam lado a lado, Noturna tentava derrubar Fulmine, mas não conseguia. A velocidade era tanta que se uma das duas caíssem iriam desmaiar na mesma hora, e isso só colocava mais tensão em ambas. 

—Vire à direita!! — orienta H

—Não! Isso é entre mim e ela, não me atrapalha

—Isso é um atalho! Você vai ter a chance de fazer algo com ela depois, mas vira a direita!!

Noturna reclamou mas obedeceu, odiava ter que concordar mas ele tinha razão, ela teria outra chance para acabar com fulmine

—Vai seguindo reto. — diz H. —E eu não queria falar nada, mas eu acho melhor você se apressar, as Rosas de Fogo e os Diabos do Sul estão chegando no local

—Droga! Quem vai chegar primeiro? Eu, escorpiões ou rosas e diabos?

—Todos chegarão exatamente ao mesmo tempo. — H diz tenso. — Você vai ter que chegar atirando

—Quais deles estão vindo?

—Me parece que são Ester e Paola, Luca e Jerry.

—Eu vou dar um jeito. Continue me guiando

H continuou guiando Noturna até ela chegar no museu, e assim que chegou, pode ver todos os outros chegando. Mal havia parado sua moto, quando já pulou dela e sacou sua arma. Seus tiros eram trocados diretamente com as Rosas de Fogo e os Diabos do Sul, ela e os Escorpiões Negros não se atacavam, uniam forças diretamente contra os D.S e R.F.

—D.L eu preciso que saia. — Noturna sussurra. —Vamos entrar agora

Um baque é ouvido aos fundos. O porta malas do carro de Glacier é aberto de uma só vez fazendo com que todos se voltassem para ver D.L saindo. Fulmine olhou para Noturna que deu um sorriso para ela

Noturna e D.L se jogaram por uma das janelas e entraram, e nisso os outros também entraram, pois foi possível ouvir um grande som de vidro sendo quebrado e tiros sendo dados.

Não se separaram para procurarem os Mascarados, seguiam juntas enquanto ouviam as orientações de H.

Passos e tiros eram ouvidos, e as duas seguiam tudo oque H às dizia para fazer. Tinham que desviar dos E.N, R.F, D.S e chegar até o local onde estavam os Mascarados. Andavam por todo o local escutando tiros e mais tiros sendo dados e nenhuma das duas parava ou se agachava , continuavam firmemente. Noturna sabia oque eles queriam, sabia bem. Queriam aquilo que não conseguiram antes, aquilo que ela tirou deles.

Correram até a sala, e por sorte — ou azar— os Escorpiões Negros também chegaram, no mesmo momento que elas. Noturna estava certa, os Mascarados realmente estavam lá, sem armas e com uma expressão um tanto quanto curiosa

—Vocês chegaram! Estavamos lhes esperando.

Noturna e D.L tinham suas armas em mãos direcionadas para os Mascarados, andavam em círculos em volta do grupo. Já os escorpiões, no momento em que deveriam ter tirado suas armas, foram cercados pelos Diabos do Sul e Rosas de Fogo, ficando impossibilitados de realizarem qualquer ação.

—Não vamos precisar de armas. — diz Rei de uma forma muito estranha. —Noturna minha cara, você parece muito estressada. Vez passada você parecia muito mais calma

—Não tente usar os meus próprios jogos, Rei! — exclama Noturna. —Você definitivamente não tem nenhuma noção do que está fazendo

—Eu poderia lhe dizer a mesma coisa. — debocha Rei. —Vamos lá Noturna, atire em algum de nós

—Noturna não atire!! — grita Fulmine. —Não caia nesse jogo.

—Esse jogo é meu, sei oque ele está fazendo!!

—E nós não lhe conhecemos. — Caveira aponta para D.L —Qual o problema Noturna? Não conseguiu dar conta não é

—Cala a boca Verônica!

—Ela sabe brincar. — Azul ri. —Atire Noturna, atire

—Noturna, atira! — H disse. —A polícia acabou de chegar e vai entrar. Faça oque ele quer ou então todos vocês serão pegos!! 

O som dos policiais entrando não era possível de se ouvir; estavam usando uma estratégia. Noturna olhava de um lado a outro, não queria lhes dar oque queriam. Precisava apenas puxar o gatilho, mas algo a dizia para não fazer aquilo.

Algo chamou sua atenção, de canto de olho, pode ver alguém encapuzado logo atrás das Rosas de Fogo, era impossível ver seu rosto. Algo nela era extremamente familiar, sabia que conhecia aquela pessoa encapuzada de algum lugar. E realmente conhecia, aquela pessoa a fez sentir uma leve queimação no local onde sua marca ficava, e foi aquela queimação que a fez atirar, e errar seu tiro. Ela acertou algo de vidro que se estilhaçou no mesmo instante; era a tal caixa. Aquele era o plano desde o início, ela iria entregar as flores e o colar aos Mascarados, tinha que ser ela.

O som de vidro quebrando se misturou com o som de todos gritando para ela não fazer aquilo; não tinha volta, ela fizera aquilo e agora não tinha mais volta. Os Mascarados estavam expostos as flores e não tinha como mudar isso.

—Você é tola, Noturna. — Rei tinha as flores em suas mãos. —Mas eu não posso deixar de te agradecer.

Uma gargalhada pode ser ouvida vinda de todos os Mascarados, mas Noturna não ouvia as reclamações dos outros e muito menos prestava atenção no que havia acabado de fazer. Seus olhos percorriam toda a área a procura da tal pessoa encapuzada, mas nada pode encontrar, ela havia sumido.

Ao contrário de Noturna, Fulmine não tirou seus olhos da situação por nenhum momento, agora ela sabia qual era o objeto que poderia estar causando aquilo em Poliana. Não foi de todo mal ter acontecido um ataque.

Rei estava a ponto de cheirar aquelas flores, todos — exceto Noturna. — prestavam total atenção, sem nem ao menos saber se deveriam se preocupar ou não com aquela atitude.

As flores foram cheiradas, e o sorriso que Rei tinha em seu rosto se desvaneceu, se tornando uma expressão confusa e irritada. As flores não tinham mais cheiro, ele não sentiu nenhuma energia percorrer pelo seu corpo, e não sentiu medo do colar.

Somente uma pessoa naquela sala pode sentir tudo aquilo, e esse alguém era Noturna, seu olhar foi atraído até as flores no momento em que sentiu seu cheiro. E um medo foi colocado sobre a garota no momento em que pôs seu olhar sobre o colar. 

—Eu não sinto o cheiro. — Rei sussurrou. —Tem algo errado!

—Me dá isso! — Caveira tirou as flores de Rei. —Isso é impossível!

—Rei, essas flores não tem nenhum cheiro. — diz Azul. —Nenhum de nós está sentindo

—Qual o problema, Mascarados? — pergunta Vulkan. —O plano de vocês deu errado?

O barulho de armas sendo carregadas pode ser ouvido por todos os lados, a polícia estava cercando todos, apenas um dos lados tinha escapatória, o lado onde Noturna e D.L estavam. Ao olhar para trás, Noturna viu a mesma figura encapuzada. 

—No chão! No chão!

Os policiais gritavam, e aos poucos todos obedeciam, aquele era definitivamente o fim da linha para todos os presentes. Apenas uma pessoa ainda faltava obedecer aquelas ordens, e esse alguém era Noturna, que ainda tinha seu olhar fixo no local onde a encapuzada estava aparecendo. Seus olhos percorriam toda a sala enquanto ela ouvia ordens para que se abaixasse.

—Abaixe se!! Agora!

—Noturna, abaixa logo. — alertou H.  —Não há como escapar, estão cercando todo o perímetro. Se você não abaixar será morta!

Uma forte energia pairou sobre o corpo e os olhos de Noturna. Era como se uma luz interior acendesse sobre suas íris, seus olhos ficaram de um vermelho vivo jamais visto. Seu olhar foi de uma ponta a outra dos policiais, e a cada um que ela colocava seus olhos, caíram desmaiados, um a um.

A única pessoa em pé era Noturna, e todos os policiais se encontravam caídos. Todos a olhavam aterrorizados com o ato. E um dos grupos sabia bem oque estava acontecendo. Era ela, a única pessoa capaz de sentir o cheiro das flores.

Viu de relance novamente a criatura encapuzada, e dessa vez, ela não ficaria parada. Deixou todos para trás e correu até a criatura. Fulmine ao ver o ato da garota, tirou sua arma da cintura e foi atrás da garota. E era claro, que uma das Rosas de Fogo também não ficaria parada, tinha que ir atrás das duas.

Todos os restantes se olharam esperando alguma reação, e realmente teriam. Os Mascarados correram até a saída oposta da qual as três garotas saíram. Mas alguém estava bem atenta, D.L segurou um deles pelo pulso e não a deixou sair; era Caveira. D.L estava prendendo Caveira.

—Me solta sua cópia da Noturna!! — ela tentou gritar para que os outros a ouvissem mas não adiantou. Fora deixada para trás.

—Não mesmo. — D.L golpeou Caveira com sua arma bem em sua nuca, a fazendo desmaiar no chão. 

E agora, uma pequena troca de tiros fora iniciada, mas não seria tão longa, pois todos queriam sair dali o mais rápido possível. A única capturada da noite fora Caveira.


Noturna corria atrás da encapuzada que também tentava fugir, sabia que atrás dela havia duas pessoas. Por olhar um pouco para trás que perdeu a encapuzada de vista, parando assim em uma sala sem saída, onde acabou sendo alcançada pelas duas garotas.

—Oque você está fazendo?! — questiona Fulmine a Noturna. —Oque fez com aqueles policiais?

—Eu não fiz nada, Fulmine. — Noturna revira os olhos. —Não viaja!

—Que bonitinho! — brinca Rosa sacando sua arma. —As duas rivais conversando como se não fosse nada!

Fulmine e Noturna também sacaram suas armas, e agora as três se encaravam enquanto andavam em círculos, apenas a espera que alguém comece a atacar.

—Quem é você?! — questiona Fulmine.

—Quem vocês acham que eu sou, Poliana e Filipa? — a Rosa disse e as duas lhe lançaram um olhar surpreso. —Vamos, somos apenas três conhecidas se encarando.

—Ester. — Noturna diz

—Muito bem. — Ester deu um chute na arma que Noturna tinha em mãos

Noturna estava desarmada, e tanto Fulmine quanto Rosa estavam a cercando. A arma de Fulmine também foi jogada ao chão por Rosa, assim como Fulmine também foi lançada contra uma parede pela mesma. Era entre Rosa e Noturna agora, Rosa perdeu sua arma fácil, e agora a briga era no soco entre as duas. Não era possível definir qual das duas estava em vantagem, mas ambas já tinham seus rostos cobertos por sangue.

Mas uma surpresa aconteceu, Fulmine se levantava atordoada do chão, sua visão estava fraca, e mal conseguia ver oque tinha a sua frente; mas conseguiu chegar até sua arma que fora jogada no chão. Tinha dificuldades em andar e segurava sua arma de forma torta, caminhava até onde ouvia as duas brigando, segurou sua arma de modo mais firme e atirou.

Um grito familiar foi ouvido, e esse não era de Rosa. O tiro foi direto na barriga de Poliana, e esse, era fatal. O grito fez Fulmine recuperar sua visão e sentidos, e assim ela viu oque havia feito.

O tiro foi a oportunidade perfeita que Rosa teve para fugir. Noturna caiu no chão, e Fulmine foi até ela com lágrimas em seus olhos.

—Poliana!! Me desculpa, por favor…!

—Por poucos segundos, eu achei que estaria ao meu lado.

Não, não iria morrer esta noite. Todas as suas cicatrizes foram fechadas, e isso, não foi obra de Fulmine. Estava tão aterrorizada que não pensou em usar sua habilidade, aquilo fora obra de Noturna. Em poucos segundos, ela já se encontrava de pé novamente, sem nenhum resquício que levasse alguém pensar que já estivera coberta de sangue.

—Como fez isso? — Fulmine questiona. —Não foi eu, e a sua habilidade não é essa!!

Noturna tirou seu bracelete direito, e lá, não havia nada que pudesse indicar sua marca. Não há tinha mais, e Fulmine logo entendeu oque ela queria dizer, tanto que foi isso que Noturna disse em seguida.

—Não sou mais como você. — diz Noturna. —Eu não sou mais uma escorpiã, e não tenho a minha habilidade. Não deveria ter feito aquilo Fulmine, porque eu vou voltar, e não terei nenhum pouco de pena por você e pelos outros. Adeus, Fulmine!

Noturna saiu correndo, deixando Fulmine sozinha. Ela demorou a entender oque estava acontecendo. Tinha que correr para sair, antes que fosse capturada, mas tinha que pegar algo antes, um papel, e então finalmente saiu do Museu para encontrar seus aliados, que já estavam desesperados a sua espera.

—Fulmine!! — Vind correu até ela. —Ficou louca? Oque aconteceu?

—Eu atirei nela. Eu atirei na Poliana. — Fulmine não media a altura de suas palavras, chorava e não conseguia parar. —Ela se curou sozinha, eu não pensei oque fazer na hora. E ela não é mais uma escorpiã, não tem mais sua marca e habilidade!

—Vamos para a base, agora!!

Fulmine não ia dirigindo, quem ia em sua moto era João. Por mais que não soubesse dirigir muito bem, não podia deixar sua namorada dirigir no estado do qual se encontrava. Uma chuva começou a cair por São Paulo, e aquela se parecia com o humor de Noturna, cada raio era mais forte e assustador que o outro. Fulmine sentia que aqueles raios eram como se Noturna tentasse falar com ela e por medo nela, e isso estava funcionando. Seu choro e medo aumentaram. Não devia ter atirado, a própria Noturna havia dito que por poucos segundos teve alguma confiança nele, e agora tinha que alertar e proteger seus amigos da vingança prometida pela mais nova ameaça que tinham, Noturna, que agora, estava mais irritada que nunca. Se fora capaz de derrubar policiais com apenas seu olhar, faria muito pior com eles, e teriam que estar preparados.

Mas os Escorpiões Negros tinham uma pequena vantagem, sabiam oque estava causando aquilo em Poliana, sabiam a profecia, e o papel pego por Fulmine, dizia exatamente qual era a lenda das flores.

Estavam próximos do fim.


Notas Finais


Calma!! Respira e expira, faz isso três vezes
Fez?
Muito bom

Já já chegamos ao fim, estamos bem perto mesmo, então calma!!
E eu não esqueci do Eric, ta ok
:)


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