KyungSoo caminhou animado para escola, fazia tempo que não dormia tão bem. Entrou na sala antes do professor, e sem precisar correr, sentou ao lado do amigo.
— Bom dia Chan.
— Que isso? Bem humorado e sem sono?
— Meu ano, começa agora — sorriu largo — sabe aquele problema que não me deixava dormir?
— Sim. E aí? A Lua voltou?
— Voltou e levou a marinheira com ela.
— Puxa… — disse triste
— Ué? Que cara é essa?
— Bem, eu … esperava que como meu melhor amigo você me apresentasse as guerreiras.
— E eu teria apresentado, mas quem não quis me conhecer foram elas.
— Ta.
…
A garota com roupa de monge varia o pátio do templo lentamente, enquanto pessoas entravam e saiam fazendo orações. Nayeon olhava entediada, sentada na escada.
— Pare de me olhar desse jeito — Jihyo disse já irritada
— Não estava te olhando. — apoiou o rosto nas mãos
— Eu sei o que está pensando, e você está enganada.
— Estou é? — se levantou com um sorriso sapeca — sempre achei que bolinhos de arroz fossem mais gostosos de manhã, mas se você diz que não. — marte respirou fundo e encostou a vassoura
— Acho que deveria ir comer seus bolinhos agora.
— Sim senhor. — saiu rapidamente.
…
Mercury desceu as escadas do templo o mais rápido que conseguiu, antes que a outra marinheira mudasse de idéia, e seguiu em direção ao colégio. KyungSoo era mais novo que elas, provavelmente estava no colégio. Ouviu o sinal tocar, e ficou olhando, podia sentir a energia dele, era suave e calma, e logo viu o moreno caminhando ao lado de um garoto alto, decidiu os seguir a distância.
— Não tem como ele ser um espião.
— Eu concordo. — Nayeon prendeu o ar e olhou para o lado, vendo Mina ali
— Quer me matar! Achei que era a Jihyo. — pôs a mão no peito respirando
— Mas você sabe que é para manter a distância.
— E não estou fazendo isso?
— Hm… acho que está distorcendo a ideia, não vou dizer para ninguém, mas agora temos que ir.
— Tá bem. — deu uma última olhada para os garotos.
…
Depois da aula, os dois seguiram para a casa do Park, Do não quis jogar o jogo das guerreiras. Jogaram qualquer coisa que tivesse. Mas na hora de ir para casa, o moreno se sentiu estranho, sentiu um vazio no peito. Estava no ponto de ônibus, quando alguém parou ao seu lado. Ele não quis olhar a princípio, mas foi obrigado assim que ouviu a voz.
— Não devia ficar andando sozinho tão tarde. — Jongin disse distraído olhando a rua
— Ah… — subitamente as lembranças voltaram a mente, o beijo que tinham dado, ele tinha se esquecido por completo — é…. — o maior o olhou com um sorriso
— O gato comeu sua língua?
— Não. Eu só… — olhou para frente — não é tão tarde.
— Eu sei que não precisa de proteção, mas posso te acompanhar até a sua casa, só por precaução. E eu queria conversar sobre ontem.
— Ah… tá bem. — Jongin começou a caminhar e Kyung o seguiu, a caminhada seria longa, mas com companhia não tinha problema — então, o que quer falar?
— Que eu gosto de você.
— Hein!? Eu achei que me odiasse, sempre está com a cara fechada, e só me tratava bem quando eu estava como … bem … você sabe, não era exatamente eu.
— Eu sei — riu — é como eu disse, a saia fica muito bem.
— Ah… — o maior virou rápido e Do quase caiu para trás sendo segurado por ele. Os dois se olharam por alguns instantes em silêncio
— Acho… acho que é uma boa hora para dizer, que eu não sou mais uma guerreira.
— Sim, mais um motivo para não te deixar sozinho. — Jongin segurou sua mão e voltou a andar
— É…. Eu… também gosto de você… eu acho… — recebeu um olhar de canto e um sorriso. Seguiram o restante do caminho de mãos dadas. E falando sobre coisas normais, a escola, a faculdade.
…
— Chanyeol! — Do chamou da porta da sala e fez um sinal. O maior negou, não queria perder aula, mas o moreno foi insistente. Até que ele saiu, os dois seguiram para o pátio.
— Achei que você tinha decido não perder mais aula.
— Sim, acontece que isso é mais importante.
— Ta bem. — olhou ao redor, não tinha ninguém ali — voltou a ser guerreira?
— Não, isso não vai mais acontecer, mas… eu… eu não sei como dizer.
— Como assim? Estava indo bem, chamando desesperado, lugar oculto, — riu animado — vai lá Soo pode falar, eu sou seu amigo, não vou achar mais estranho que você de saia.
— Eu estou saindo com o seu primo.
— Ta.. acho que disse cedo demais — riu — como assim? Vocês se odiavam.
— É… que… acho que era outra coisa mesmo.
— Tá… espera — coçou a cabeça confuso — vocês estão saindo tipo namorados?
— É.
— Quer dizer que você gosta de homens?
— Acho que sim. O que foi?
— Que estranho.
— Ah tá, eu de saia era gostosa, agora sou estranho, vá a merda Chanyeol.
— Relaxa, você continua sendo você. Só, que doido. O meu primo ainda -- riu
— Isso é ruim?
— Não, se ele está sendo bacana com você. É melhor que antes, quando nem queria te encarar neh.
— Sim. — suspirou — nossa me sinto bem melhor agora que te contei.
— Então, vamos voltar antes do professor chegar?
— Vamos lá!
…
Os dois correram e conseguiram entrar antes do professor fechar a porta.
— Que bom que decidiram se juntar a nós. — o professor disse com graça
— Desculpe professor. — Do disse se sentando rápido
— Tudo bem, hoje tenho uma notícia que vocês vão gostar. Teremos uma excursão amanhã.
— Aheeeeee!!! — os alunos gritaram animados
— Calma por favor, para os atrasados de plantão, o ônibus vai sair às sete em ponto, nem um minuto a mais.
— Sim senhor. — Chan disse animado
— E onde será o passeio professor?
— Um sítio, a excursão é para conhecer as plantas e animais silvestres. Mas terá almoço e poderão aproveitar a tarde lá, também tem um rio.
— Uhuuuuu.
— E todos precisam trazer a autorização assinada, ou não embarcam no ônibus.
— isso parece muito bom, o que acha Soo?
— Vai ser sim.
….
— Sim, e vamos passar o dia todo lá — Kyung falava sobre a excursão enquanto Jongin arrumava os livros.
— Parece bem divertido — sorriu — e vão voltar tarde?
— Acho que vamos.
— Quer dormir lá em casa?
— Ah? — o moreno levantou os olhos encarando o Kim
— É, o ônibus vai deixar vocês aqui, de noite já, eu te espero e vamos juntos.
— Bem…
— Só se quiser — riu e se voltou para os livros — eu não sou o bicho papão, e você não é uma garotinha. — um arrepio subiu pelas costas do menor
— Sim, eu sei… só… tá bem, eu vou sim. — Jongin pegou mais uns livros e foi até o menor, dando um beijo na sua bochecha
— Prometo me comportar — deu uma piscadinha e seguiu com os livros
— Tá bem, eu… eu vou indo… até — correu sem esperar a resposta. O castanho tirou um pequeno cristal do bolso, ele piscava uma luz azulada. Deixou os livros no balcão e saiu.
…
— Vocês namoram a dois dias e já vai dormir na casa dele? — Chan curvou a sobrancelha, mas não desviou os olhos do jogo de corrida.
— E o que tem isso, seria como dormir na sua casa, não vamos fazer nada.
— Ah tá, o seu namorado te chama para dormir na casa dele, e não vão fazer nada? — riu, acompanhando com o corpo a curva que o carro fazia.
— Ah Chan, eu não sou uma garotinha, se eu não quiser alguma coisa, não vou fazer.
— O que quer dizer, que você já pensou nisso, e se você já pensou nisso, quer dizer que quer fazer.
— De onde você tira essas coisas?
— Só estou dizendo, que se eu namorasse uma guerreira millenium, e eu a chamasse para dormir na minha casa, seria com segundas intenções.
— Mas você… — riu, largando o controle, já tinha perdido a corrida
— Mas eu não namoro uma guerreira millenium né.
— Ah não, nem vem, foram elas que me expulsaram do clube, não eu que te privei desse mundo. Mas você sempre pode ir ao mosteiro e ver a marinheira de marte, e seus olhos de fogo — riu animado
— Sabe que eu acho que vou fazer isso mesmo.
— Muito bem, mas não amanhã, que vamos passear, talvez depois de amanhã.
— Talvez.
— Eu vou indo nessa, porque não posso me atrasar amanhã.
— Ou ficar o dia todo na biblioteca, o que acho que não é mais ruim né — riu, e levou um peteleco do moreno
— Quer parar.
— Tranquilo, até amanhã.
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