História A Máscara que me esconde - Sakura - Primeira etapa: coração partido

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A Máscara que me esconde: primeira etapa – Coração partido.

Meu nome é Sakura Haruno, tenho dezesseis anos, moro em Konoha uma cidade pequena que não tem muita movimentação, vivo aqui desde meus cinco anos de idade. Eu vim de Tóquio junto com meus pais, minha mãe é médica e meu pai tem sua própria loja de jóias, o sobrenome Haruno é conhecido por ter grandes riquezas, mas, diferente de muitas garotas da minha idade e da minha escola eu não dou a mínima pra tudo isso.

Não vou ser o tipo de pessoa que diz que “dinheiro não trás felicidade", claro que eu amo ter minhas próprias jóias das quais meu pai desenha para mim, meus vestidos e meus belíssimos sapatos de marca. Porém isso tudo não supre alguns de meus desejos, eu gostaria de ganhar algum abraço, ou até mesmo um “parabéns Sakura” e não sempre a mesma frase “da próxima vez faça melhor, faça direito”.

Minha mãe é médica cirurgiã porém ela sempre está presente na minha vida não para me apoiar nas minhas escolhas mas para o contrário, já meu pai está sempre com um sorriso no rosto nunca vejo ele reclamar de nada e é realmente raro quando isso acontece o casamento dos dois é perfeitinho demais, podemos dizer que eles dois se completam mesmo sendo tão diferente um do outro.

Ainda hoje não sei como que de Tóquio eu vim parar em Konoha, mamãe diz que é pela oportunidade de trabalho, muito diferente da cidade que eu nasci aqui é calmo e o encontros festivos do final de semana é em uma sorveteria ou ir ao parque, ou principalmente no "olho de lua" nosso querido karaokê, eu e meus amigos sempre combinamos de ir nos finais de semana, é praticamente uma lei nossa.

Penteio o cabelo e corri apressada para a cozinha, coloco um pouco de suco de laranja em um copo e dois pedaços de torradas na mesa, jogo a primeira torrada para dentro como se não houvesse amanhã e bebo o suco que tem no copo rapidamente, minha mãe apenas me observava.

— atrasada como sempre não é Sakura? – ela pergunta

— Mãe não começa por favor.. – pedi paciente

— Não sei quando você vai aprender a criar suas próprias responsabilidades – isso foi como uma pedra jogada contra mim, eu fazia tudo que ela queria, balé, francês, inglês,italiano e até mesmo um pouco de Português que por algum motivo ela achava importante saber, aula de piano, violino, violão eu era a própria bonequinha que ela brincava que ela podia despentear e pentear novamente.

Saio da cozinha sem respondê-la e ela volta os olhos pro seu tablet balançando a cabeça em negativo levemente

"Merda vou me atrasar" penso enquanto caminho em direção a porta.

Como eu ainda não tenho 18 anos não posso ter meu carro, então meu pai queria que eu fosse para a escola com algum tipo de motorista, porém isso já seria pressão demais pra uma pessoa só. Mebuki sempre dava um jeito de ficar de olho em cada passo que eu dava, eu precisava a cada 30 minutos falar minha localização, aos olhos dela eu era uma pequena e frágil bonequinha de porcelana que poderia quebrar com apenas um toque, eu odiava isso e a um ano atrás depois da grande discussão que tivémos ela parou de ficar no meu pé em relação a isso me deixando um pouco mais “livre”, mesmo que eu saiba que ela só fez isso por duvidar da minha capacidade de rebeldia e ela estava certa, eu gostava de ficar em casa assistindo minhas séries e escutando músicas que era um dos meus hobbys favoritos, gosto de cantar, é algo libertador, a música e o significado dela em cada palavra eu costumo escrever algumas músicas, na maioria das vezes isso acontece depois de alguma discussão com minha mãe ou quando eu chego de algum dia frustrada da escola, resumindo uma música por dia, nunca tive coragem de contar esse meu gosto pra músicas pra ninguém, é algo meu que me representa não algo que minha mãe queria que eu gostasse, na verdade ela nunca deixou eu fazer aulas de música, dessa forma só instrumentos é bom e meu futuro já estaria traçado.

"fazer balé para entrar para uma faculdade incrível com o balé e se uma bailarina profissional" e minha mãe já planejou tudo bastava eu fazer o que ela manda que não haverá problema nenhum, quando não estou escrevendo alguma música e cantando estou me empanturrando de doce e coisas gordurosas, eu era o tipo de pessoa que nunca engordava não importa o tanto que comia, meu cabelo é grande e rosa ele bate na altura da minha cintura que é fina, meus seios não são pequenos e muito menos grandes, são medianos já minhas coxas e bumbum compensavam pelas partes de cima não tão fartas, tenho grandes olhos verdes, eu não acho eles tão bonitos como todo mundo diz. Minha melhor amiga – Ino Yamanaka – compara ele com grandes esmeraldas, Naruto meu vizinho é o melhor amigo homem que eu poderia ter, a gente cultiva uma amizade de longos anos, ele é meu primeiro amigo que fiz em Konoha, é animado e carrega uma felicidade que é incrível se for comparar com a minha, tem olhos extremamente azuis e cabelos loiros igual aos da Ino, também Tenten uma garota de cabelos curtos acima do ombro castanhos assim como seus olhos ela tem uma personalidade bem forte e não leva desaforo para casa, assim como a Temari, a loira já se meteu em uma briga, batendo em uma garota na escola que implicava com Hinata uma de nossas amigas diferente das duas anterior ela é reservada e tímida tem longos cabelos azuis e olhos perolados, já na parte dos meninos temos Gaara um garoto ruivo meio gótico, ele é calado na dele, Neji tem longos cabelos castanhos que vão até a cintura que é de dar inveja nas meninas, ele é do tipo mais observador e Shikamaru nosso pequeno gênio ele é muito inteligente e já ganhou as nacionais de matemática não por que queria e sim na base da ameaça da sua mãe, ele é preguiçoso mais nada que uma Temari zangada pra ele fazer tudo em um pulo, a gente acabou virando grande amigos mesmo cada um tendo uma personalidade forte, Temari e Shikamaru são namorados Ino e Gaara são como ioiôs, vai e volta sempre, não sei quando os dois vão se acertar, Hinata gosta de Naruto que é tapado demais pra perceber e Neji e TenTen é praticamente a mesma coisa só que os dois tem ego muito grande para assumirem que se gostam, eu conheço meus amigos como a palma da minha mão mesmo eles não sabendo nem metade de quem é a verdadeira Sakura pra eles eu sou “Sakura a garota de cabelos rosas uma menina muito alegre tem pais ricos talvez um pouco mimada", mas eu não sou essa garota nem de longe, prefiro fica escondida atrás de uma máscara de garota perfeita rica e feliz, eu gosto de um rapaz sim, na verdade, poderia dizer ser uma paixão não correspondida, Sasori sempre foi o meu sonho a gente é amigos mas nunca passou disso, todas as garotas do colégio gostam dele, cabelo ruivo, olhos da cor castanhos bem claro, pele alva, tão branca quanto a minha, rosto fino e bem definido, o corpo é definido e como previsto o capitão do time de basquete da escola o sonho de qualquer garota do ensino médio mas eu sou desinteressante demais pra alguém se apaixonar por mim, então ficamos na velha e boa amizade, nunca falei dos meus sentimentos em relação a ele, só que meus amigos todos já sabem e creio que já chegou aos seus ouvidos, quando eu era uma garotinha boba acabei contando pra quem não tinha confiança pra esse tipo de coisa, porém ele nunca veio me perguntar sobre o assunto e agradeço isso internamente, a vergonha me faz sentir medo de que a nossa amizade pudesse acabar, o único que sabe quem sou eu e quem é a garota que chora a noite que canta pra esconder a tristeza era meu caderno onde escrevia milhares de música meu confidente fiel de sentimentos e o único que sabe o que tem debaixo dessa máscara e muros que eu criei em torno de mim, é bem mais fácil deixar eles acreditarem que eu sou assim, sempre deu certo os anos escolar estão acabando e já estou no segundo ano do ensino médio depois vem o terceiro, e enfim eu vou para uma faculdade e talvez lá eu me abra, bem longe de meus pais e consiga finalmente voar livre dessa gaiola que continua me prendendo.

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