História A Máscara que me esconde - Sakura - Escolhas

Coloco minha mão na maçaneta da porta da minha casa e sinto como se fosse a última vez que veria aquele lugar, respiro fundo e com o coração na mão abro de uma vez a porta, que passa como um dejavu na minha cabeça, todas as luzes ligadas a uma hora tarde da noite.

— Sakura. – escuto uma voz baixa chama meu nome, quando foco na imagem do meu pai com um olhar triste no rosto.

— Onde estava? - minha mãe fala com um tom autoritário.

— Desculpem o horário.

— Temos que conversar. - os dois falam em uníssono me fazendo concordar com a cabeça.

— Sim, temos. – eles cruzam os olhares surpresos.

— Você vai para o internato daqui dois dias. – Mebuki fala como se fosse um simples comentário e que não valesse o tempo que ela gastava alí.

— Não. – falo simples cruzando os braços na frente do peito, respirando fundo, não queria discutir e nem nada do tipo, estava cansada de confusão.

— Não?

— Não, desculpa mais eu tenho planos a seguir e esse internato não está nele.

— Ah é mesmo? E como seguir esses planos sem nossa ajuda. – minha mãe perguntou com deboche

— Mebuki escute a garota por favor. – meu pai se pronuncia pela segunda vez aquela noite e me deixa até que surpresa, ele sempre seguia o que minha mãe falava.

— Escutar ela? Eu pensei que depois de uma semana nisso ela já teria tirado essas besteiras da cabeça Kizashi.

— Besteiras? Só por que não é importante para você, que se torna uma besteira Mebuki. – falo no mesmo tom que ela usa para se pronunciar comigo, total desprezo e indiferença mesmo que por dentro pedia aos céus para que tudo fosse mais fácil e que o apoio e amor dela um dia existisse por mim.

— Sakura! – meu pai me repreende. — Nos diga o que irá fazer da vida? O que pretende com tudo isso?

— Eu irei para longe de vocês, não precisa se preocupar – ele foca o olhar em mim esperando que eu continuasse. — eu vou embora de konoha. – falo por fim vendo o rosto dos dois tomarem espanto e logo um sorriso triste pequeno se formar no rosto do meu pai.

— Minha flor de cerejeira.. – me arrepio com o apelido de anos atrás. — Estamos te perdendo. – ele faz uma confirmação.

— O que você está fazendo com a vida que eu construí para você Sakura? – minha mãe fala alto — Ingrata! – ela se aproxima levantando a mão para me dar um tapa, quando meu pai a chamou sério, fazendo a mesma para no lugar.

— Exatamente você construiu uma vida que eu não quero, nunca quis, desculpe mamãe, papai. – mantenho a cabeça erguida focando o olhar nos dos dois.

— Não me chame disso. – ela vira o rosto para o lado. — Eu já lhe disse, não sou mais sua mãe.

— Certo, se é isso que quer então prossiga sua vida, você tem o dinheiro que era para sua faculdade, fica com ele para gastar com o que bem entender. – meu pai fala e minha mãe estala a língua na boca em desgosto.

— Mas nunca mais, nunca mais.. – ela repete entredentes. — Ouse pisar nessa casa. – ela vira as costas subindo as escadas em passos duros.

— Não precisa se preocupar, sairei pela manhã. – olho o relógio que marcava 2:30 da madrugada, provavelmente passaria a noite acordada arrumando minhas malas.

— Espero que saiba o que está fazendo Sakura. – meu pai vira em direção a escada subindo para seu quarto.

— Eu também espero – falo em um sussurro

(...)

Já estava com todas as minhas bolsas arrumadas. A maioria das minhas coisa irão ficar, eram muitos sapatos e roupas para levar e já estava com cinco malas, o que já havia extrapolado o nível de coisas que poderia levar, sentei na cama exausta, o relógio marcava 5 da manhã o sol já estava começando a nascer. Deitei e fitei o teto acima de mim que me protegeu de muita chuva e para a cama que me protegeu de muitos dias frios, e eu sempre vou ser grata por tudo o que meus pais fizeram por mim, não era tola para sair como uma mal agradecida, claro estava chateada com minha mãe, muitas coisas que ela fez era tóxico e me deixa esgotada mas ainda era minha mãe e saber se eu estava fazendo o certo em deixar tudo para trás era uma pergunta frequente na minha cabeça.

Olho meu celular e vejo que tem uma notificação no gmail, era do Gold Talent informando que teria que pegar um avião para Tóquio daqui dois dias, pelo menos não teria que ficar em konoha por muito tempo. Já havia falado com Sasuke sobre ter que sair da minha casa no início,eu iria para um hotel mas ele não gostou nem um pouco da ideia de eu ficar sozinha, então daqui 20 minutos ele chegaria com Suigetsu para buscar minhas malas, acho que vou ficar no quarto de hóspedes, o mesmo do dia que acabei desmaiando de febre na chuva.

"Cheguei."

Li a mensagem que ele tinha acabado de me enviar. Peguei duas malas de rodinha e sai puxando até a parte de baixo, fiz duas ida e vinda naquela escada enorme, Sasuke com certeza me ajudaria mas não seria bom minha mãe ver que um garoto estava me ajudando, poderia pensar que estava largando tudo por causa de algum garoto e isso é tudo o que eu não quero que ela pense, diferente de tudo dessa vez, isso é por eu mesma.

"Já estou descendo." escrevi.

Abri a porta e vi Suigetsu que já estava indo apertar a campainha.

— Eae rosada tudo em cima? · ele tira o óculos de sol do rosto, colocando em cima da cabeça, pegando duas malas de rodinha indo em direção ao carro de Sasuke, que por sinal, estava a pouca distância da porta.

— Sakura está tudo bem? – Sasuke apareceu logo depois de Suigetsu sair com as malas.

Ele me observava do pé a cabeça, eu estava com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo, com uma calça moletom preta e uma blusa também moletom da mesma cor da calça devia estar cheia de olheira mas não derramei nenhuma lágrima, na verdade não tinha nenhuma vontade de chorar.

— Sim estou. – digo fitando o chão.

— Tem certeza?

— Sim – afirmo — Eu disse que não precisava disso, só ia ser dois dias até a viagem.

— Vamos logo, já falamos disso. – ele pega as outras duas malas, eu pego a última que era de carregar nos braços mesmo era a mais leve, vou ao seu lado.

— Obrigada Sasuke.

— Bom eu prometi não é? – ele fala olhando o jardim grande da minha casa bom da minha antiga casa.

— É. – falo deixando um sorriso pequeno se forma por lembrar da noite anterior no bar.

Diferente do que eu pensei sair daquela casa foi mais fácil do que eu imaginei. Dei uma última olhada para trás vendo toda a extensão da área, o jardim, a cerca dividindo a casa de Sasori e Naruto da minha, eu não sei onde minha mãe estava nem mesmo meu pai, hoje eu acordei como todos os dias.. com a casa vazia.

— Adeus. – digo e respiro fundo, o frio na barriga é presente.

— Tem certeza do que está fazendo Sakura? – escuto a voz de Suigetsu ao meu lado.

— Você perguntando isso?

— Eu posso parecer um pouco louco – foco minha visão no mesmo — mas Sasuke considera você uma amiga, o que é muito difícil de acontecer, então eu considero você também minha amiga.

— Suigetsu – chamo seu nome, as lágrimas que antes eu segurava já se formavam em volta dos meus olhos.

— Relaxa rosada eu nunca abandono uma amiga. – ele abre um sorriso, me deixa um pouco surpresa, não que eu duvidasse das palavras dele, mas é uma coisa que eu nunca fui de escutar dos meus amigos.

— brigada Suigetsu. - dou a ele um abraço, que o mesmo logo corresponde.

— De alguma forma você tá fazendo bem pro Sasuke, pode não parecer mas ele é todo fudido – ele fala perto do meu ouvido bem baixo, para que o Sasuke não escutasse

— Eu não sei o que ele esconde, mas pretendo descobrir.

— Não sei se é bom revira o passado rosinha, mas vocês dois tão se virando muito bem nesse negócio de amizade.

— O que os dois estão cochichando? - nós dois nos desfazemos do abraço, Suigetsu passa a mão atrás da cabeça e abre um sorriso amarelo.

—Você anda muito curioso Uchiha. – vou em passos lentos passando do seu lado abrindo a porta de trás do carro, sentando no banco de trás, Suigetsu fala alguma coisa com Sasuke e logo em seguida faz o mesmo sentando na frente com um sorriso convencido na cara.

A viagem foi mais calma do que eu imaginei fora algumas brigas dos dois entre deixar a música ligada ou não.

— Suigetsu tira a mão daí! – O moreno fala visivelmente irritado

— Cara você tem que viver mais – Suigetsu fala com uma calma preocupante, o que parece fazer o Uchiha ficar com ainda mais raiva, apertando mais uma vez no botão de desligado.

— Tá bom, chega, coloca no rádio. - digo batendo na mão dos dois e colocando na primeira rádio que achei.

— Mas.. – ele ia argumentar alguma coisa, mas com um só olhar mortal ficou calado, olhou para o Sasuke que segurava uma risada nos lábios, balanço a cabeça em negativo

— E aí rosada já tá escrevendo a sua nova música?

—nova música?

— Ué,você vai ter que apresentar uma música para os jurados, daqui 5 dias.

— Calma, cinco dias? Mas não temos que chegar em Tóquio daqui dois dia? Pensei que teria mais ou menos duas semanas de preparo.

— Isso porque Konoha é mais longe de Tóquio, a viagem vai ser mais demorada – as palavras do garoto de cabelos brancos me deixa mais preocupada do que eu gostaria.

— Você dá conta. – Sasuke fala, mas continua com os olhos focados na estrada, o dia está frio e as nuvens escuras denunciam que vai cair uma chuva mais cedo ou mais tarde.

— Eu realmente espero isso – foco o olhar na janela e os carros passando rápido as primeiras gotas estavam caindo na janela e escorriam calmamente.

— Falando nisso rosada amanhã vamos testar um de seus talentos.

— Testa os meus o que? – ele só poderia estar doido, talentos? Mal tenho um direito, imagina no plural da palavra.

— Eu sou um ótimo investigador rosinha, não duvide da minha capacidade, balé, inglês, francês, milhares tipos de instrumentos achou que ia esconder isso por quanto tempo?

— O-o que, como você descobriu isso? - meus olhos se arregalam com cada palavra, ele parecia saber nitidamente da minha vida, coisa que ninguém deveria saber, olho para o Sasuke e o mesmo não parece surpreso com nada do que é dito ali.

— Você, você falou pra ele não é? – pergunto desconfiada.

— Na verdade eu não tenho nada haver com isso. – ele dá um sorriso de canto — Só não duvidava da sua capacidade.

— Em Tóquio vamos resolver isso tudo, vamos chegar um dia adiantado, se tudo der certo. – eu já estava sentido a falta de ar com toda aquelas informações de uma vez, viagem, os 5 dias para fazer uma música e mostrar o que eu sei fazer? Tóquio tá sendo mais movimentado do que imaginei, nem se quer saímos de Konoha.

- Você tem que relaxar mais. - em um movimento rápido ele aperta o botão para troca de estação colocando em uma música antiga, começando a cantarola sobre a visão de um Sasuke bem zangado, sorri me juntando a ele em algumas partes, percebo que nunca me senti dessa forma quando estava com meus amigos, eu conseguia me senti eu mesma na presença dos dois.

(...)

Quando finalmente chegamos ao estacionamento de Sasuke ele me entrega um boné preto e pede para eu colocar a toca do meu casaco por cima.

— paparazzis? – pergunto

— Depois que ele falou que a música de ontem teve uma "inspiração", o povo do jornal estão loucos para descobrir.

— Sério?

— Bem vinda ao mundo da fama rosada, agora eles acham que Sasuke tá apaixonado ou algo do tipo.

— C-como assim a-apaixonado?

Fico vermelha com a afirmação de Suigetsu, Sasuke já havia falado que a música foi mesmo feita pensando algumas partes em mim, eu tinha entendido a letra de forma diferente?

— Eles não entendem a letra, ou fingem que entendem coisas diferentes. – Sasuke deu de ombros abrindo a porta do carro saindo logo em seguida.

— Mas não tem ninguém aqui fora, porque tanta descrição? – pergunto seguindo Suigetsu.

— Eles sempre ficam escondidos, em algum lugar, você logo logo vai conhecer mais disso tudo. – ele puxa minha mão em direção ao elevador não entendo o motivo, mas olhando pra trás vejo que já vem uma repórter e um câmera logo atrás, apresso os passos entrando no elevador, a cara de decepção da jornalista é visível, quando a porta de metal se fecha subindo para o último andar o qual é dos garotos.

— a gente vai viajar hoje a noite não vamos em cima da hora.

— O que?

Seria de noite? Essa noite? Tudo tá tão rápido, que eu mal tô conseguindo raciocinar, agora pouco eu deixei a casa dos meus pais pra sempre e do nada já estamos deixando konoha.

— Os aviões se formos daqui dois dias vai estar cheio, tanto a primeira classe quando a econômica, muitas pessoas vão levar acompanhantes.

— M-mas como eu vou? Loira? Cabelo rosa? Não planejamos nada de certeza. – falo rápido em um certo desespero que toma conta de mim.

— O que você disse a suas amigas?

— Falei que iria para um internato de balé que minha mãe havia me colocado.

_Certo, não é tão ruim, a gente não precisa te esconder muito, não vai ter quase ninguém no avião e nenhum jornal sabe que eu vou embora hoje a noite vai dá tudo certo. – ele fala me olhando nos olhos, como se passasse confiança e de alguma forma funcionou, saímos do elevador indo em direção ao apartamento de Sasuke.

No silêncio do elevador eu pude pensar um pouco sobre tudo o que tá acontecendo e sim eu estou nervosa com tudo o que tá acontecendo, mas é tão novo e sentir a adrenalina correr nas veias é algo novo para alguém que sequer saía de casa, todos esses anos ao lado da minha família e amigos eu nunca me senti assim, eu me sentia aliviada, feliz, com medo, nervosa para tudo o que pode acontecer a partir de hoje, e acima de tudo eu me sentia leve, como se tudo tivesse pegando o seu devido caminho.

— Seja bem vinda Deplina. – Suigetsu abre a porta me deixando um pouco corada pelo nome que eu ainda não acostumei.

— Eu vou fazer alguma coisa pra comer você vai querer?

— Ah não, eu comi antes de sair.

— Tudo bem então. – ele seguiu em direção a cozinha e Sasuke me mostrou o mesmo quarto onde eu havia dormido aquele dia, enfiei minha malas lá dentro e tirei uma peça de roupa para tomar um banho, peguei um shorts jeans normal e uma blusa de uma banda que eu tinha a bastante tempo que já estava um pouco apertada.

Sasuke

Havia chegado de frente da casa da Sakura, ela não parecia nem um pouco bem, mesmo falando que estava, eu a conhecia mesmo tendo pouco tempo de convivência, era como se eu já a tivesse visto antes de alguma forma ela me atraía, no dia do show não sei o que me deu, aquela música surgiu tão facilmente, e ver ela sorrindo e entendo que era pra ela

tinha de alguma forma esquentado algo dentro de mim, que tinha se apagado a bastante tempo, e ver ela sorrindo novamente e cantando no carro junto a Suigetsu me fez perceber que eu gostava daquele sorriso ali, queria poder vê-lo mais vezes.

Balanço a cabeça tirando tal pensamento da cabeça, só podia estar surtando, já no meu apartamento Sakura havia ido tomar um banho, o caminho tinha sido um pouco longo e percebi que no caminho as nuvens estavam mais fechadas, aquele dia com certeza ia cair uma chuva pesada Suigetsu já havia saído de novo com Juugo provavelmente para algum bar com mais alguma garota, os dois eram praticamente iguais mesmo um sendo mais calado que o outro, provavelmente voltaria de madrugada quase na hora da viagem, não vi quando Sakura saiu do banheiro, só vejo uma garota de cabelos longos e molhados com alguns fios pelo rosto e uma blusa de alguma banda antiga e um shorts jeans e por alguns segundos tudo ficou em câmera lenta, por algum motivo eu senti que estava perdido tão perdido quanto anos atrás.

Sakura

— Sasuke? – chamei, ele parecia perdido em pensamentos balancei a mão na frente do seu rosto trazendo sua atenção de volta para mim.

— hm? – ele pergunta parecendo ter saído de algum pensamento muito antigo.

— tá tudo bem? – pergunto preocupada, colocando a mão sobre sua testa medindo sua temperatura, por conta da mudança de clima, mas ele não estava quente nem nada do tipo.

— Sim, está tudo bem.

— O que você está assistindo? – perguntei passando a mãos nos olhos estava cansada, mas na mesma hora que eu faço a pergunta um raio cai lá fora, fazendo um barulho enorme e tudo em questão de segundos fica escuro, solto um grito meio baixo pelo susto do momento me jogando sobre o sofá.

— Sakura tá tudo bem? – escuto a voz de Sasuke perto,parecendo preocupado, iria fingir que estava tudo bem mas o segundo trovão veio fazendo mais barulho ainda e eu juro por kami que senti aquele apartamento tremer, segurei o braço do mesmo quando achei, o apertando.

— E-eu não gosto de trovão raio ou coisas do tipo, na verdade eu morro de medo – falei rápido demonstrando meu nervosismo.

— Ei calma o Suigetsu saiu, provavelmente só vai voltar na hora da viagem ainda é cedo mas eu sei que você não dormiu. – com certeza nesse momento ele deve estar me encarando só fiz um sim baixo com os lábios, eu realmente não havia dormido, fiquei a noite toda arrumando as malas e quando deitei na cama não consegui fechar os olhos e nem mesmo tirar um cochilo.

— fica aqui eu vou buscar um colchão e alguns travesseiro.

—Não – falo rápido — Quer dizer, por favor, não me deixa aqui no escuro sozinha – eu parecia uma criança, eu poderia ser forte e fingir um sorriso muito bem, mas odiava o escuro e isso era claro como o dia, acho que era um dos meus maiores medos, ficar sozinha sem ninguém, e escuro principalmente com chuva parecia que o mundo estava acabando.

— Tudo bem vamos nós dois. – ele segurou minha mão e eu fui logo atrás, o ajudei a colocar o colchão e algumas almofadas no lugar ele também pegou umas lanternas porque mesmo estando de dia as nuvens escuras no céu fazia parecer que já era de noite.

Deitei no colchão e Sasuke deitou ao meu lado e só naquele momento percebi o quanto estava cansada, deitada ali parecia ser tudo o que precisava, o perfume amadeirado de Sasuke era presente no lugar, me aconcheguei um pouco mais com os lençóis e as almofadas.

— Desculpa por parecer uma criança de 7 anos. – falei deixando um sorriso baixo envergonhado escapa.

— Medo de escuro é da natureza, da chuva. – consigo ver um sorriso surgir no seu rosto — Minha lista só vai crescendo e eu descobrindo mais sobre vocês Haruno.

— Ei. – dou um tapa no seu braço e o mesmo solta uma risada baixa mais gostosa de se ouvir.

- A chuva lava o que já passou - ele da uma pausa vejo seu rosto iluminando pela pouca luz que vinha da janela sem costina. - falta sabe se você vai deixa, ela leva embora. - sinto um aperto com suas palavras, mas eu sabia o que fazer.

— Eu tô com medo. – falo como se estivesse falando da tempestade e dos raios que parecia estar destruindo tudo lá fora.

— Eu sei. – mas como sempre Sasuke parece saber tudo sobre mim, o que eu penso é como se minha armadura não funcionasse com ele, a cada dia ele quebra mais e mais barreiras.

— Eu acho que sei o que eu vou escrever.

— Vai me conta o que tem em mente?

— Não. – deixo uma risada baixa sair _ bom, dessa vez será sobre mim.

— Sobre você?

— Uhum. – fecho os olhos já os sentindo pesados.

— tudo bem, então eu deixo essa com você.

— convencido.

— Irritante. - ele fala de forma meio sonolenta também, sinto uma mão passa em meus cabelos, mas o sono está mais pesado do que eu imaginei, era um sonho ou ainda estava acordada?

— Bom sonhos Sasuke. – falo com a voz baixa quase como um sussurro, Sasuke demora um pouco para responder e quando acho que não vou ter resposta escuto a voz áspera do mesmo.

— Para você também algodão doce.

Deixo um sorriso se formar no meu rosto, fecho os olhos deixando o sono me consumir, me sinto encostar em algo duro e quente, era confortável, não me importei e continuei me entregando cada vez mais ao sono.