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História A Megera e o Indomado - Brigas


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Boa noite gente, apareci fora de hora, mas estou aproveitando cada tempo que tenho para escrever.
Boa leitura.

Capítulo 10 - Brigas


Fanfic / Fanfiction A Megera e o Indomado - Brigas

S A K U R A

Sempre fui uma garota "danadinha" desde a infância, por isso já estava acostumada a levar bronca quando fazia algo errado, e receber as indignações da minha mãe por causa de uma suspensão não era assustador agora.

Sasuke e eu nos encontrávamos sentados no banco de espera em frente a diretoria, onde nossos pais estavam recebendo a versão de Tsunade sobre nossa brincadeira de mal gosto. Fazia trinta minutos que eles estavam lá dentro, e apesar de ser uma cena repetitiva, fazia um bom tempo que nossos pais foram chamados na escola.

— Espero que esteja satisfeita. — O Uchiha murmurou de mau-humor.

Passei a língua nos lábios o observando a alguns metros de distância. Sasuke estava devidamente vestido agora, mas isso não muda o fato deu ter sua visão completamente nu em minha mente. Era uma imagem difícil de se apagar fazendo-me sentir uma babaca agora. Ele havia pegado pesado e só agora me dei conta de que o baby Uchiha poderia estar excitado por mim, o que tornava as coisas mais difíceis ainda, mas ideia era interessante.

— Não acho necessário tudo isso. — resmunguei. — Antes que coloque a culpa em mim, foi você quem decidiu andar de toalha por aí.

— Não seja cínica, você roubou minhas roupas.

Claro que ele colocaria a culpa em mim, a pobre Sakura não tinha paz.

— E veio atrás de mim por quê? Pegava uma roupa emprestada com o bando de macho que tinha naquele vestiário. — bufei.

— Você nem deveria estar naquele vestiário se quer saber. — acusou, olhando-me com repreensão.

— E você não deveria postar fotos minhas por toda a escola.

— Talvez você não devesse me fazer andar com uma faixa ridícula na testa.

— Quem começou com isso no jardim de infância? — o lembrei.

Sasuke franziu o cenho em desagrado, parecendo estar controlando o estresse.

— Puta que pariu garota, essa vingança nunca vai ter fim?

— Você faz a merda eu revido, então você revida de novo e eu não deixo barato. Isso nunca vai ter fim enquanto um de nós não desistir e assumir a derrota.

— Esse alguém não será eu. — respondeu orgulhoso.

— Então se prepare para me aturar até o fim da sua vida, quando você estiver na porra de uma asilo eu estarei lá colocando pimenta na sua maldita sopa. — forcei um sorriso cínico.

Consigo nos imaginar à alguns anos no futuro brigando com nossas bengalas. Sasuke era um carma que eu carregaria por toda vida.

— Você é doente. — o babaca bufou.

Dei de ombros não me importando e fomos impedidos de continuar com aquilo pelo barulho da porta.

O pai de Sasuke saiu da sala lançando um olhar frio em direção ao filho, que parecia querer desaparecer dali. Esse homem parecia cruel, agora entendo porque o baby Uchiha tem medo dele.

— Vamos embora! — o Uchiha mais velho ordenou.

— Ainda tenho aula hoje. — Sasuke tentou retrucar.

O homem não gostou de ser contrariado.

— Você vai pra casa comigo, se quisesse realmente estudar não estaria me fazendo perder o meu tempo vindo até aqui.

— Foi um acidente.

— Não me interessa, você não é mais nenhuma criança pra continuar com as infantilidades com essa menina. — dessa vez Fugaku lançou-me um olhar de descaso, colocando a culpa de tudo em mim.

Não gostei desse homem, ele era insignificante.

Sasuke respirou fundo e se levantou seguindo o pai, deixando-me sozinha para trás. Os observei até que sumissem pelo corredor, me perguntando o quão ferrado o baby Uchiha estava agora.

Talvez eu tenha ficado com um pouquinho de pena dele, mas só talvez.

— Suspensa por ficar de safadeza na escola. — minha mãe deu a bronca ao sair da sala.

Já estava pronta para suportar uma hora de sermão.

— Não foi safadeza, foi um acidente. — expliquei.

— Tinha um garoto pelado em cima de você Sakura. O que está acontecendo com os adolescentes desse mundo, só pensam em fornicação?

Seu linguajar me fez rir.

— Em minha defesa, não estava pensando em safadeza. — menti, porque infelizmente meus pensamentos não eram nada puros.

Tinha um cara pelado a minha frente, claro que meu corpo não obedeceria minha mente e reagiria.

Se antes eu odiava Sasuke, agora não sei distinguir algo que seja pior que ódio. Como esse babaca ousa roubar meus pensamentos sem ser convidado?

Maldito.

(...)

Mebuki me colocou de castigo durante toda a suspensão, eu não podia ir para lugar algum, e muito menos sair do quarto, estava sendo uma prisioneira em minha própria casa. Nem mesmo Sai poderia me visitar, fiquei sabendo das fofocas sobre seu encontro com Ino pelo celular.

Pelo que o garoto me disse, tudo havia ocorrido bem e Ino havia sido perfeita e agora ele estava mais apaixonado ainda. Eu não sabia se chorava ou ria daquela situação deprimente.

Mebuki sabia ser cruel, mas não me importava porque passava todo o tempo lendo. Minha escrivaninha estava coberta de pilhas de livros de todos os tipos, eram minha salvação nesse momento.

Ao fim da tarde estava concentrada em minha habitual leitura, quando meu celular apitou com uma mensagem de Karin.

" Estamos com saudades de você, Sasuke não fala nada. Venha para Suna hoje, a gente vai tocar"

Claro que Sasuke não falava de mim, e aposto que não queria me ver hoje, mas eu não me importava com ele.

Mordi os lábios me perguntando como faria para fugir desse castelo, me sinto a própria Rapunzel, se meus cabelos fossem longos poderia jogá-los pela janela e usá-los como cordas.

Minha janela não era tão alta, talvez se eu amarrasse alguns lençóis conseguisse escapar dessa torre.

A ideia de fugir daqui era interessante, e com certeza eu faria isso.

— Trouxe um sanduíche pra você. — meu pai bateu na porta e eu pedi para que entrasse.

— Não deveria estar trabalhando? — perguntei quando ele se aproximou com um sanduíche e um copo de suco.

— Sai mais cedo hoje. Como está se sentindo?

— Uma prisioneira. — resmunguei aceitando a comida o vendo se sentar na beirada do colchão.

— Sua mãe só quer o melhor para você, por que não tenta fazer coisas de garotas com ela? Talvez assim vocês se aproximam mais e se entender melhor.

— Acho que não sou uma garota.

— Vamos lá, não seria tão ruim.

— Meus gostos não são os mesmo que os dela, ela nem sabe do que gosto. Mebuki quer que eu seja a garota certinha que vá para igreja e cante no coral e, seja uma boneca sem voz.

— Tudo bem, mas um dia vocês precisarão se entender. — ele se levantou da cama, caminhando em direção a porta.

— Pai, eu vou sair hoje a noite, vou pular a janela se for preciso. — avisei, o parando.

— Devo me preocupar? — arqueou uma sobrancelha.

— Só vou ver uns amigos tocarem.

— Quer que eu distraia a fera?

— Sim. — sorri com aquela ideia.

O velho era meu cúmplice contra Mebuki.

— O Uchiha estará lá?

— Provavelmente. — revirei os olhos, não entendendo porque ele está falando de Sasuke agora.

— Tudo bem, se algo acontecer com você, confio nele para te resgatar. — deu de ombros, deixando-me confusa.

Às vezes meu pai tinha umas ideias loucas.

— Como pode dizer algo assim? É por causa dele que estou suspensa.

— Conheço a minha filha e sei que tudo que faz são pelos seus próprios meios. — Kizashi sorriu e saiu do quarto, não me deixando contesta-lo.

Resmunguei abrindo um sorriso enquanto voltava para os meus livros.

Ao menos alguém aqui me conhece.

(...)

Eu não precisei pular a janela, meu pai distraiu minha mãe no quarto e foi tempo o suficiente para eu fugir de casa. Quando estava longe da prisão dirigindo nos limites da velocidade, senti uma sensação de felicidade e liberdade.

Foram três dias trancada em casa e isso era um absurdo para alguém como eu. O plano de hoje era apenas assistir a banda, ficar um pouco no bar e ir embora antes que minha mãe percebesse minha ausência.

Mebuki não era burra afinal, mas meu pai era muito bom com distrações.

Quando cheguei ao bar a banda já estava tocando, o local estava cheio então eu apenas acenei para Orochimaru e me sentei em uma das mesas vazias que dificilmente encontrei. Não estava nos meus planos beber algo, afinal não tinha dinheiro para gastar, então eu ficaria quietinha aqui apenas assistindo.

Karin estava linda animando todos com seu charme e voz sensual. Os caras faziam filas para elogia-la e Suigetsu não parecia preocupado quanto a isso, o cara era uma animação ambulante e no momento da apresentação apenas a bateria atraia sua atenção.

O baby Uchiha estava lá também, com toda sua seriedade de sempre, fingindo que ninguém ali existia, apenas o instrumento em suas mãos. Me pergunto se ele havia recebido um castigo também, seu pai parecia bem bravo na escola, mas se ele estava aqui então estava tudo bem.

Por que estava preocupada com esse babaca? Não vim aqui para ver Sasuke, então espero que ele se exploda.

Curtir todo a apresentação e quando acabou Karin me encontrou e veio se sentar comigo enquanto seu horário de expediente não começava. Suigetsu me cumprimentou juntamente com Juugo antes de sumirem e se juntarem a Sasuke em um jogo de sinuca.

O babaca do Uchiha nem ousou se aproximar de mim, apesar de tê-lo pegado me encarando com sua costumeira cara de bosta.

Como eu não tinha medo de cara feia, fazia o meu melhor em desafiá-lo em um jogo de encarar no qual éramos muito bons nisso.

— Por que você e Sasuke estão se comendo com os olhos, mas não ousam falar nada? — Karin perguntou depois de alguns minutos conversando.

Porque não nos suportamos, e eu estava com raiva de ter a sua imagem nua e crua na minha mente o tempo todo.

Filho da puta.

— Fomos suspensos da escola por uma semana, ele deve estar querendo colocar a culpa em mim. — resmunguei, encarando a ruiva.

— O que aprontaram?

— Eu não fiz nada, o babaca lá que resolver dar um Show de nudismo.

— Sasuke ficou pelado na escola? — ela gargalhou.

— Ao vivo e a cores.

— Deve ter sido interessante.

— Não vi nada de mais. — dei de ombros, emburrada.

Não havia como apagar aquela cena da mente.

Karin continuou a rir, balançando a cabeça, resmungando algo sobre eu ser uma grande mentirosa.

Conversamos por um bom tempo, e ao continuar com meu jogo de provocações com Sasuke observei uma garota ruiva se aproximar dele tentando chamar sua atenção, com sorrisinhos e olhares indiscretos.

— Quem é aquela garota lá? — perguntei observando aquela cena ridícula.

A garota era jovem, vestia uma mini saia e um cropeed preto, seus cabelos eram lisos e longos.

— Tayuya, uma das fãs da banda, ela andava com Sasuke às vezes, antes dele dispensar ela. — Karin deu de ombros.

Então essa era Tayuya. Não me parece nada diferente das garotas da nossa escola. O que diabos Sasuke viu nela?

— O baby Uchiha não é virgem? — fingi estar surpresa.

Não consigo imaginar Sasuke com alguma garota, ele é tão intocável que não ficaria surpresa se ele ainda fosse virgem, mas parece que o cara faz as safadezas dele as escondidas.

— Se ele é virgem eu não sei, mas mulherada aqui costuma rasgar as roupas dele, não tem como resistir a tentação se ele continuar de boca fechada. Quem resiste a um cara desses? Até eu no início fiquei caidinha, antes de descobrir que ele era um ignorante de merda é claro. — Karin cochichou.

Observei a garota ruiva continuar a tagarelar no ouvido de Sasuke, tentando toca-lo enquanto ele se afastava. Ela resmungou alguma coisa e eu vi o momento certo que a expressão dele se fechou e cuspiu poucas palavras para a garota, que aposto terem sido cruéis pela expressão horrorizada que ela fez.

Nos minutos seguintes o barulho de um tapa ecoo por todo local, atraindo a atenção de todas. A garota ousou dar um tapa na cara do Uchiha, que parecia querer matar alguém naquele momento.

O tapa doeu em mim, e eu nunca me senti tão revoltada assim antes. Que porra é essa? Quem essa garota pensa que é pra bater no meu saco de pancadas? Só eu posso bater nesse babaca.

Não pensei muito quando me levantei, caminhando completamente revoltada em direção a eles.

Quando cheguei perto dos dois, a garota que era uns bons centímetros menor que eu me olhou confusa, enquanto Sasuke parecia querer desaparecer dali.

— Escuta aqui garota, eu não conheço você e nem pretendo, mas você acabou de bater no meu saco de pancadas e acho melhor isso não se repetir, procurei outro babaca pra você porque esse já tem dona. — apontei o dedo no meio da sua cara, vendo seus olhos castanhos se arregalarem.

— Quem é você? — ela perguntou espantada.

Vou dar um desconto porque ela não me conhecia, mas a vontade de devolver aquele tapa só aumentava.

— Não vai querer me conhecer, mantenha distância dele se quiser continuar com esse cabelo falsificado na cabeça. Estou avisando para essa merda não se repetir outra vez.

— Você é louca?

— Vá procurar outro babaca pra você. — apontei para qualquer lugar longe daqui e ouvindo resmungar e se afastar.

Ela não compraria uma briga comigo agora, garota inteligente.

Observei a garota ir embora rebolando, e bufei de raiva encarando o Uchiha que me observava com cara de tacho, e direcionei todo meu ódio a ele.

— Quem você pensa que é pra deixar essa perua bater em você? — dei um tapa em seu braço.

O fato dele dar moral para outras garotas era irritante, e ainda tinha a audácia de deixar ela tocar nele quando não fazia isso com ninguém.

— Que porra você tá fazendo Sakura?

— Você é intocável lembra? Da próxima vez que deixar alguém bater você, eu mesma te espancou depois.

— Queria que eu batesse em uma garota?

— Se ela bateu em você é porque deu liberdade. O Sasuke que eu conheço não dá chance para as pessoas se aproximarem.

— Qual o sentido dessa merda? Fui eu quem levou um tapa aqui. — ele estava revoltado agora.

— Só eu posso bater em você otário. — cuspi irritada, lhe dando as costas antes de cometer um assassinato.

Só então percebi que seus amigos estavam a nossa volta e Suigetsu ria de mim, mas fiz questão de ignora-lo.

Sai do bar procurando ar puro e uma maneira de aliviar a raiva, quando eu não conseguia olhar na cara daquele imbecil sem sentir vontade de lhe dar uns murros. Quando me perguntam porque odeio Sasuke, a reposta é que ele é um babaca mal-amado, estrupício de merda.

No entanto, a verdade é que desde que eramos criança eu sentia que ele era parecido comigo, e o fato dele ser tão frio e calculista me irritava, sua forma de não demonstrar sentimentos era invejável, Sasuke era seco, uma pedra de gelo inacessível. Então ele abriu espaço pra mim, mesmo que para nos odiarmos eu era a única pessoa na escola que tinha acesso a esse cara, e a sensação de ver outra garota tendo esse mesmo espaço era estranha.

Me sentia de alguma forma traída.

— Quer companhia gata? — uma cara que estava fumando um cigarro do outro lado se aproximou.

Antes que eu pudesse pensar sobre o assunto, a porta abriu outra vez e Sasuke apareceu respondeu por mim.

— Vaza. — mandou para o homem, sem tirar os olhos de mim.

O cara resmungou e saiu a procura de outra pessoa para fumar com ele.

— Me deixa em paz. — reclamei para o Uchiha quando ele estava perto demais de mim.

— O que foi aquilo? — cruzou os braços esperando por uma resposta.

— TPM, fico fora de mim em dias assim.

— Está de TPM todos os dias então?

— Vá se foder.

— Vá você, eu não sabia que tinha uma dona agora. — debochou.

Como ele não sabia que podia tretar só comigo? A gente tá nessa desde o jardim de infância e agora ele quer me trocar por outra? Que falta de consideração do caralho.

— Não sabe o quanto odeio você e minha vontade agora é de dar na sua cara, então vaza daqui e me deixa em paz. — respirei fundo, tentando assusta-lo, mas o babaca não tinha medo de mim.

Sasuke me analisava de uma forma estranha e cautelosa, até tirar suas próprias conclusões do que estava acontecendo.

— Você está com ciúmes. — afirmou olhando-me incrédulo.

Sim, eu estava com ciúmes desse estrupício, porque sou a única garota que ele pode odiar e infernizar sua vida.

— Não estou. — rangi os dentes, inconformada.

Que humilhação.

— Está, e a questão agora é, por quê megera? — ele parecia estar se divertindo com sua sedução.

— Não seja babaca, só estava revoltada com sua falta de respeito.

— Falta de respeito? Procure uma desculpa melhor, você estava enlouquecendo porque Tayuya me deu um tapa.

— Deveria me agradecer por não ter deixado você apanhar mais. — revirei os olhos.

— Sei lidar com meus problemas, não preciso de uma mãe.

— Como se eu quisesse ser sua mãe, tenho pena dela por ter que aturar você. — retruquei e no mesmo instante me lembrei que Sasuke tinha problemas com a mãe.

Eles não moravam juntos, com certeza ela não o aturava. E pela postura rígida do Uchiha eu percebi realmente que peguei pesado, até mesmo para ele.

— Eu não quis dizer isso, me desculpa. — murmurei rapidamente, realmente arrependida.

Sua expressão estava séria e ele parecia cansado de discutir.

— Está se desculpando por ser você? Uma megera?

— Eu também sei quando passo dos limites. — murmurei.

— Você não tem limites Sakura, a prova disso são todas as loucuras que faz. — jogou na cara, olhando-me com raiva.

— Loucuras que eu faço? Você quer que eu liste tudo que já fez contra mim? Vá se ferrar Sasuke e me deixa em paz. — passei por ele voltando para dentro do bar, furiosa.

Furiosa por uma bobeira e pela existência desse cara insuportável. Se eu começasse a ignora-lo talvez tudo fosse mais fácil.

— Paga uma bebida pra mim, estou sem dinheiro. — pedi para Sugetsu quando cheguei ao balcão onde ele estava sentando.

Ele deu de ombros pedindo para Orochimaru me servir e colocar na conta. Era desse tipo de pessoa que eu gostava, que não tinha medo de gastar.

— Não ouse pagar nada de álcool pra ela. — Sasuke apareceu ao lado do amigo que riu de nervoso pra mim.

— Qual a porra do seu problema? — enfrentei o babaca.

— Você não vai sair daqui bêbada outra vez. — ele afirmou achando que mandava em alguma coisa aqui.

— Eu vou sair do jeito que eu quiser, vou me divertir e fazer tudo que me der vontade. — retruquei rindo da sua expressão séria. — Vou até subir naquele palco e fazer meu próprio Show. — apontei para o palco que havia alguns instrumentos musicais.

É claro que eu estava blefando, gostava de cantar e sabia tocar alguma coisa, mas isso era apenas algo que eu guardava para mim, se um dia eu mostrar as pessoas estarei completamente bêbada.

— Faça o quiser, mas nenhum álcool vai passar pela sua boca hoje. — Sasuke repetiu, como se tivesse algum controle sobre mim.

— Quem vai me impedir? Você?

— Pode ser eu, ou sua mãe que iria adorar saber onde a filhinha sem noção dela está.

Mas que filho da puta odioso.

— Você é um babaca imprestável.

— Isso é tudo que consegue dizer? — me desafiou deixando-me com mais raiva ainda.

— Odeio você.

— Por que toda essa raiva? Se for por causa de Tayuya ela e Sasuke nem estão juntos. — Suigetsu se intrometeu na briga.

— O Chihuahua está com ciúmes. — o babaca do Uchiha ousou zombar da minha cara, fazendo seus amigos rirem.

Eu estava fervendo de raiva e não suportava que zombassem de mim.

— Mulher ciumenta é um perigo. — o ficante da Karin continuou a debochar.

— Seu ego está muito inflado dragãozinho, é claro que eu não perderia meu tempo sentindo alguma coisa por você, a não ser ódio. — retruquei sarcástica roubando a bebida de Suigetsu, olhando desafiadoramente para Sasuke enquanto bebia cada gole.

— Cansei de tentar entender o que diabos vocês têm. — Suigetsu se levantou, se afastando da gente.

Ninguém ligava para o que ele pensava.

— Só acho uma falta de respeito da sua parte, querer odiar outra garota a não ser eu, quero ser a única que lhe tira totalmente do sério. — continue a expor meus pensamentos para Sasuke, que parecia bastante interessado naquela conversa.

— Você está em primeira posição nessa merda, não se preocupe.

Sorri satisfeita, me aproximando daquele babaca que me queimava com seus olhos escuros.

— Que ótimo, eu não queria me preocupar em ser uma cadela filha da puta com você. — debochei passando a mão pela sua camisa escura.

Grande erro. Toques deveriam ser proibidos entre nós, talvez eu estimule essa nova regra ou a qualquer dia desses faríamos mais do que no matarmos.

Em meu momento de distração Sasuke arrancou o copo das minhas mãos, e virou na própria boca, como uma criança má que roubava o doce da outra e comia a sua frente. Eu sabia o quanto ele podia ser cruel em querer me desapontar, e não podia fazer nada naquele momento a não ser observá-lo de mãos atadas.

— Desistiu de chorar como uma criança? — perguntou depois de tomar toda a bebida que eu havia roubado.

— Entendi que não vou conseguir beber nada nessa porcaria hoje, mas minha raiva continua a mesma então é melhor você desaparecer da minha frente. — cuspi com raiva e ele não demorou a me obedecer.

— Se prepare para a volta a escola, irei entrar na sua brincadeira. — o Uchiha bateu o copo no balcão ao meu lado e me deu as costas, deixando-me pensativa para trás.

O que ele queria dizer com isso?

— Que química interessante.

Olhei para Orochimaru que assistia tudo em silêncio, me lançando um sorrisinho tranquina.

— Nós queremos nos matar quase sempre. Acredite, não há nenhuma química aqui. — suspirei puxando uma cadeira para me sentar.

— De onde veio todo esse ódio?

— Sasuke colocou chiclete no meu cabelo no jardim de infância. — resmunguei ouvindo a risada do homem.

— Só isso?

— Como assim só isso? O que é engraçado?

— Ando observando vocês e a cada momento que estão juntos parece que irão se atracarem, mas não para matarem um ao outro, se é que me entende. — o homem zombou ainda rindo sobre chicletes e me deixou resmungando sozinha.

A audácia desse homem era impressionante. Orochimaru não sabe de nada, tudo que sinto pelo babaca Uchiha é ódio e nada mais, além de um acordo que preciso ganhar a qualquer custo.

Sasuke não sairia ganhando desse jogo.


Notas Finais


É o cão e gato que fala.
Sem data pronta pro próximo capítulo, mas esse fim de semana não terá, apenas adiantei esse porque não postei sábado passado.
Até mais.


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