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História A Megera e o Indomado - Confissões


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Boa tarde Senhoras e Senhores.

Capítulo 14 - Confissões


Fanfic / Fanfiction A Megera e o Indomado - Confissões

S A K U R A

— Uau! Que casa enorme.

Admirei impressionada a mansão Uchiha, assim que Sasuke abriu a porta deixando-me entrar. Já havia visto sua casa por fora, era uma mansão de tons escuros e velha que todos achavam ser mal-assombrada, mas por dentro era outra vida.

Nunca pensei que colocaria meus pés aqui um dia, se não fosse para matar Sasuke é claro.

Me virei para o Uchiha que fechava a porta atrás da gente, notando que seu nariz estava vermelho.

— Seu nariz ainda tá sangrando. — alertei, franzindo o cenho.

Sasuke passou a mão pelo local, observando a mancha de sangue e praguejou algo caminhando pela casa até uma grande escadaria rústica.

O acompanhei ainda observando tudo. Minha casa caberia dentro dessa enorme sala, isso eu não tenho dúvidas.

— Será que Sasori quebrou seu nariz? — perguntei, em tom de deboche.

Não posso deixar essa passar.

— Aquele paspalho não tem capacidade de algo assim. — o exibido resmungou.

— Você ainda não me disse porque brigaram.

Andamos por um corredor extenso, havia algumas portas ali. Nada de quadros ou decorações.

— Quer mesmo saber? — Sasuke parou em frente a porta, que suspeito ser seu quarto.

O Uchiha não parecia preocupado em me levar até ali. Quem estaria em perigo nesse momento sou eu não ele. Iria conhecer o covil da cobra, talvez ele me mate e esconda meu corpo.

— Se não quisesse, não estaria perguntando. — revirei os olhos.

Sasuke abriu a porta e entrou no quarto escuro. Ousei o seguir analisando tudo com minha curiosidade, mas não dava pra ver muita coisa.

— Vou abrir essas cortinas. Não vai sair nenhum morcego daqui! Vai?

Ele apenas resmungou alguma coisa, e eu caminhei em direção as cortinas escuras, abrindo todas, fazendo a claridade entrar no quarto.

Era simples e organizado. Sasuke tinha uma cama de casal com cochas escuras no centro do quarto, um guarda-roupa em um canto, uma mesa de estudos próxima à janela, uma estante com alguns cds e discos, uma televisão enorme em uma das paredes e alguns instrumentos musicais como guitarra, baixo e teclado.

Talvez eu tenha um pouco de inveja dele agora.

— Você disse que tinha um ouriço, cadê?

Andei pelo quarto procurando um porco-espinho, mas acho que aquilo era balela de Sasuke.

— Mora nos jardins. — Sasuke respondeu de dentro do banheiro.

— Eu quero ver.

— Vai ficar querendo.

— Não seja mal, deixa eu ver seu porco-espinho.

— Não.

— Qual o nome dele? — perguntei observando o Uchiha sair do banheiro, com o rosto limpo agora.

Evitei não ficar encarando muito. Passo mal só de lembrar o que fizemos mais cedo, meu corpo começa a ter vontade própria e pensamentos impuros invadem minha mente. Eu fico quente como se estivesse com febre e a morte parece mais próxima do que nunca.

Parece um filme de terror.

— É ela. Se você se comportar, posso leva-la para conhecer sua parente. Coloquei seu nome nela. — revirou os olhos com as próprias palavras enquanto caminhava pelo quarto.

— Está brincando? Por que deu meu nome a um porco-espinho?

— Vocês são parecidas. — resmungou, jogando-se em sua cama.

Observei chocada aquele idiota zombar da minha cara. Quem ele pensava que era pra ficar colocando meu nome em seus animais de estimação? Filho da puta.

— Você é ridículo!

— Hunhum. — resmunguei sem interesse.

Me aproximei deixando minha mochila no chão e me sentei na beirada do colchão, o observando deitar e cobrir o rosto com o braço ignorando minha presença.

O combinado era vir até sua casa e esperar seu pai chegar do trabalho. Fugaku já sabia da confusão, a essa altura Tsunade já havia avisado. Nós apenas explicaríamos o que aconteceu e depois eu iria para casa.

— Tsunade lhe deu suspensão? — perguntei admirando o quanto aquele colchão era macio.

A cama dele era enorme e eu senti uma leve inveja agora. Sasuke deve fazer muitas coisas interessantes nessa cama. Os pensamentos impuros voltaram e eu pensei seriamente em ir a igreja.

— Fui suspenso dos próximos jogos, mas isso não é um problema comparado ao que meu pai vai fazer.

— Ele te maltrata?

— Talvez uma humilhação psicológica, sem grana, sem moto, sem sair de casa.

— Isso é bem triste para um filhinho de papai que tem tudo na boca. — revirei os olhos com toda aquela loucura.

Sabia que ele era um baby mimadinho. Deve receber comida na boca pelas empregadas, por isso é tão mal-criado.

— Está enganada, não tenho tudo na boca. Meu pai é bem rígido. — ele resmungou.

— Por que mora com ele então? Por que não ficou com sua mãe?

Agora o baby Uchiha ficou tenso. Ele realmente odeia sua mãe.

— Não quero estar perto de uma traidora egoísta de merda. Meu pai tem seus defeitos, mas ele tem caráter, é um homem bom. — disse amargo.

— Você já tentou ver o lado da sua mãe? — perguntei, interessada.

— Lado? — Sasuke zombou. — Mulheres são falsas, não devemos confiar nelas.

Agora ele me ofendeu.

— Ei eu sou uma mulher, não aceito que fale assim da gente. Só porque sua mãe errou não significa que as outras irão cometer o mesmo erro. — briguei, desejando pegar um abajur que tinha ali e jogar em sua cabeça.

— Elas iludem você com sorrisos doces, fazem você acreditar que estão apaixonadas, e depois te apunhalam pelas costas. — continuou com seus pensamentos egoístas.

— Você já foi corno por acaso? Parece até que já viveu algo assim.

— Não tenho chances disso, não namoro e nem pretendo.

Então era por isso que ele não namorava? Pelo trauma que sua mãe deixou ao trair seu pai. Não posso falar nada sobre isso, porque também não quero um namorado.

— Você está namorando comigo. — lembrei, o ouvindo bufar.

— Se está pretendendo me fazer de corno pela escola é melhor mudar de ideia.

— Só porque eu queria pegar uns carinhas. — lamentei.

— Não vai ficar com ninguém enquanto essa merda não acabar. — disse todo mandão, como se tivesse algum controle sobre mim.

Bufei me deitando ao seu lado, apoiando as mãos abaixo da cabeça. Sasuke não ligava para a reputação, e muito menos para as pessoas da escola, ele só não quer admitir que não quer que sua namorada falsa fique com outro cara.

— Até lá eu fico na seca? Percebi que estou precisando de um homem, entende?

— Que tipo de homem? — ele me olhou com interesse agora.

— Um que não seja insuportável e que não tenha medo de mim, gostaria que tivesse um pouco de inteligência também. Talvez eu comece uma caça pela escola, sempre há a oportunidade de encontrar caras interessantes por aí. Ainda não sou um caso perdido. — comentei pensativa.

Não haviam caras assim na escola, talvez eu devesse invadir a Universidade.

— Ninguém vai ficar com você! — Sasuke afirmou com uma segurança absurda.

— E por que não? — me irritei.

— Todos pensam que você é minha namorada, não acho que nenhum doido seja capaz de tentar paquerar você. — comentou e eu tive que concordar.

Ninguém ousaria fazer nada comigo sabendo que eu estava com Sasuke.

— Que saco, isso é verdade. Joguei pedra na cruz.

— Até parece que é um sacrifício namorar comigo. Você está caidinha megera. — Sasuke ousou debochar da minha cara.

Esse cara não tem medo de morrer.

— Caidinha o seu rabo, ainda não estou louca.

— Você gemeu na minha boca, e estava se esfregando em mim como uma cadela no cio.

Peguei um travesseiro e o joguei na sua cara com força. Quis esfolar aquele babaca.

— Cadela no cio era a forma que você se esfregava em mim, parecia nunca ter visto uma mulher na vida. — retruquei ácida.

— Não precisa fingir, eu sei que você gostou. — as provocações continuaram e eu estava perto de matar alguém.

— Por que eu gostaria do seu beijo? É um babaca idiota, ogro, arrogante, filho da puta, que colou chiclete no meu cabelo.

Sasuke resmungou alguma coisa, me olhando com raiva.

— Quer saber de uma coisa? Esqueça essa merda, não te suporto. E quer saber de uma outra cosia? Eu nunca colei chiclete no seu cabelo. — cuspiu as palavras na minha cara.

— Não se faça de sonso, você lembra muito bem daquele dia. — joguei outro travesseiro na sua cara.

Ele amassou o travesseiro e o jogou no chão, lançando-me um olhar irritado.

— Eu lembro de estar tentado tirar o chiclete que alguém havia colado no cabelo de uma garota burra, e ela se virar e me empurrar começando a chorar e criando um tratado de guerra.

Pisquei os olhos, incrédula, com tamanha barbaridade. Como esse cretino ousou me enganar esse tempo todo? Me sinto uma grande idiota.

— O que? Por que nunca me disse isso antes? Por que não se defendeu na época? Por que entrou na guerra Sasuke? Você está mentindo pra mim.

— Por que você é insuportável. Pense o que quiser, mas não estou mentindo.

— Você nunca colocou chiclete no meu cabelo? Tá falando sério? — grunhi, irritada com tudo aquilo.

Esse babaca me fez de idiota todo esse tempo? Como ele ousa me irritar dessa forma?

— Tenho mais o que fazer. — suspirou, entediado.

— Minha vida foi uma mentira? — exclamei revolta.

— Você leva as coisas muito a sério, megera.

— E tudo que veio depois? Todas as brigas? Porque sempre me provocou e nunca acabou com elas? — o olhei com desconfiança.

— Apesar de ser uma garota insuportável, você me tira do tédio. Aquela escola é uma chatice, não suporto aquelas pessoas.

— Não quero admitir, mas isso eu tenho que concordar com você.

— Quer saber o que aquele babaca ruivo fez? — ele me olhou com interesse agora. —  Estava profanando idiotices contra você.

— O que aquele idiota disse sobre mim? — franzi o cenho, inconformada.

— Estava comentando com os caras que eu estava pegando as sobras dele e outras merdas. Não é a primeira vez que aquele cara comenta de você por aí. É apenas um escroto que merece perder os dentes. — o rancor em sua voz me fez suspirar.

Desejei ter socado o olho bom daquele ruivo babaca. Mas minha revolta por Sasori, era completamente ignorada pela surpresa em saber que o baby Uchiha havia me defendido.

— E só por isso você bateu nele? Sabe quão louco isso é? Nosso namoro é falso Sasuke.

— Só eu posso falar mal de você. Não é esse o trato? — afirmou, olhando em meus olhos em uma intensidade que me deixou zonza.

Por que esse babaca tem que ser tão bonito? Sei lá a forma que de repente ele ficou atraente é estranha.

Ele usou a mesma desculpa que eu dei quando aquela assanhada lhe bateu. Inconscientemente sorri com toda aquela loucura que envolvia nós dois.

O Uchiha se aproximou de mim e quando percebi estava deitada com seu corpo sobre o meu. Eu queria rir de todo aquele absurdo e apenas beijar aquele idiota até meus lábios secarem. Mas meu orgulho não permitia isso, meu orgulho não aceitava o fato de que meu corpo desejava o baby Uchiha.

— O que pensa que está fazendo? — suspirei quando suas mãos apoiaram ao lado da minha cabeça.

Minha mente gritou um alertar que o perigo estava próximo.

Sasuke não disse nada, apenas me observava e realizou meu desejo mudo. O baby Uchiha me beijou.

O beijo dessa vez começou calmo, e torturante, ele estava me provocando e torturando-me ao mesmo tempo. A forma que sua língua brincava com meus lábios era coisa de outro mundo.

Agarrei sua camisa o trazendo para mais perto, sentindo que aquilo não era o suficiente, nem mesmo quando o beijo se tornou faminto, e buscávamos por socorro um no outro.

Incompreensão, vingança, desejo talvez. Não há o que pensar sobre isso.

Empurrei o Uchiha para o lado, ficando por cima dele, sentando em sua cintura. Sasuke precisa saber que quem manda aqui sou eu e não pode me desestabilizar dessa forma. Preciso estar sempre no controle de tudo.

Senti algo endurecer abaixo de mim, e sorri ao imaginar que conseguia excitar aquele idiota. Rebolei só pra provocar, recebendo um aperto forte na bunda.

A ideia de sexo com esse idiota pareceu tentadora. Sasuke sabia como me tocar, e provocar estímulos intensos. Nós não sairíamos de um quarto sem quebrar uma cama.

— Já falei para não me provocar. — me repreendeu, e o aperto em minha bunda intensificou quando ele me trouxe para mais perto.

Estávamos extrapolando todas as linhas de limites possíveis. Eu jogaria tudo para o alto e não pensaria em mais nada a não ser em fazer barbaridades com o baby Uchiha.

— Ou o que? — desafiei.

Eu gostava de brincar com tudo que era ruim pra mim.

Sasuke me jogou de volta na cama, ficando por cima de mim. Sua boca quente agora percorria pelo meu pescoço e orelha arrancando-me suspiros.

Minhas mãos escorregaram para dentro da sua camisa, e eu não me fiz de rogada ao toca-lo inteiro.

Aquele era o maior pecado que eu poderia cometer em minha existência. Talvez por isso seja tão bom.

Sasuke pressionou sua ereção em mim, fazendo-me xingar e querer arrancar suas roupas, eu poderia sentar nele até não sentir mais as pernas, mas precisava fazer toda aquela tensão desaparecer.

Puxei seus cabelos o trazendo para beijar minha boca com sua língua espertinha e gostosa. Sua mão percorreu por baixo da minha blusa, apertando o seio sobre o sutiã.

Se o objetivo dele era me enlouquecer, estava conseguindo.

Voltei a nos girar na cama querendo vencer aquela luta de dominação, sentando em seu quadril e levantei os braços me livrando daquela porcaria de blusa. Os olhos escuros do Uchiha fixaram em meus seios, e eu não estava preparada para tanta luxúria e desejo vindo deles.

Ele poderia me comer com os olhos naquele momento. Mas preferiu usar a boca.

Precisava foder com esse cara ou morreria. Imaginar sua língua em outros lugares do meu corpo, deixava-me tão molhada. Quero que ele arranque minha calcinha e me chupe, até eu gozar em sua boca.

Quero fazer barbaridades e os mais sujos desejos com o cara que odeio.

Eu poderia sentar em seu rosto, ou chupar seu pau enquanto sua boca estava na minha boceta. Sasuke parece ser capaz de realizar todos os meus desejos sujos.

O barulho de alguém no andar debaixo, acabou com nossa brincadeira pecaminosa e suja.

— Meu pai chegou. — Sasuke largou meu seio, olhando-me com frustração.

Resmunguei sentindo uma frustração irritante e lamentei por estar me sentindo mal por isso. Qual era o meu problema?

Eu só queria que ele arrancasse as minhas roupas fora, seria apenas um entretenimento e um bom negócio.

— E se a gente não fizesse barulho? — sugeri vendo seu olhar voltar para meus seios com lentidão.

— Não vou transar com você, tendo chances de ser atrapalhado por Fugaku.

— Então assume que quer possuir meu corpo baby Uchiha? — provoquei abrindo um sorriso cínico, o vendo revirar os olhos. — Pensei que não houvesse nada aqui do seu interesse.

— Quem tem que assumir alguma coisa aqui é você. — ele bufou, rolando para fora da cama.

— Meu ranço por você eu já assumi querido, isso aqui são apenas negócios. — disse em bom som, para que ele entendesse o que estava rolando aqui.

Sasuke pegou minha blusa e jogou na minha cara.

— Tire essa bunda escrota da minha cama agora.

— Vá se ferrar! — cantarolei vestindo minha blusa.

— Vá você. — retrucou de mal-humor.

Nós nos arrumamos e fingimos que não estávamos quase nos comendo a alguns segundos atrás, voltando a nossa costumeira troca de farpas de sempre. Eu deveria ter vergonha na cara de tamanha safadeza, mas ao observar a ereção de Sasuke me divertia por não ser a única enlouquecendo aqui.

Ele também queria fazer barbaridades comigo e com certeza eu vou aproveitar disso.

(...)

Seu pai estava em um escritório no andar debaixo. Sasuke bateu na porta e entrou no local quando o homem resmungou com a voz baixa chamando por sua presença.

Esperei do lado de fora, tentando pensar em como convenceria aquele homem arrogante a deixar seu filho em paz. Não tinha paciência para pessoas assim.

— Foi expulso do time? — a voz fria era dura.

— O treinador me suspendeu dos jogos.

— Posso saber o motivo de ter jogado tudo para alto? Tsunade disso que você espancou um colega. E sabe quem vai pagar os gastos médicos pelo seu ato de rebeldia? Exatamente eu.

— Não foi tudo isso. — Sasuke resmungou. — Apenas um olho roxo, e ele não é meu colega.

Pobre Sasori.

— Apenas um olho roxo? Tá de brincadeira com a minha cara? — Fugaku gritou.

— Não.

— Não vou perguntar outra vez Sasuke! Qual motivo o levou a essa briga?

— Na verdade, o motivo foi eu. — tomei coragem para entrar na sala.

O homem me observou com certa curiosidade, e Sasuke parecia tranquilo, mas estava tenso. Eu sei que ele estava se cagando de medo por dentro, o baby Uchiha era um grande medroso quando se tratava do seu pai.

— Claro que foi. — o deboche em sua voz me irritou. — O que essa garota está fazendo aqui?

— Sasuke estava defendendo a minha honra, foi algo muito bonito da parte dele. — apressei a dizer.

— Algo bonito? Por acaso a senhorita acha bonito assistir garotos idiotas brigando por você? — ironizou.

— Não foi bem assim. — Sasuke bufou.

— Não quero ouvir sua opinião Sasuke. Desde que conheceu essa garota você só se mete em confusões. Não quero você andando com ela. — foi grosso.

Agora ele me insultou legal.

— Isso já é meio complicado porque ele é meu namorado. — debochei, vendo sua testa franzir.

O homem soltou um suspiro parecendo não está acreditando no que estava ouvindo.

— Você me envergonha. — Fugaku olhou para Sasuke com decepção.

Agora ele havia me irritado.

— É vergonha para você um cara defender sua namorada? Você não passa de um arrogante, mente fechada e machista.

— Você é muito mal-educada, não é garota? Pelo visto seu pai não soube cria-la.

— Meu pai me deu educação sim tá? Ele me deu amor, ao contrário de você que joga todas as suas amarguras na cara do seu filho. Olha a sua volta? Onde está sua família? Eles não te suportam não é? — sorri, vendo seu rosto ficar pasmo e apontei para Sasuke. — Está vendo esse cara? Se ele está aqui ainda é porque te admira, e é assim que você retribui? Por favor se você nunca fez algo de errado na escola me atire uma pedra.

Cruzei os braços o observando inconformada, e o homem pareceu envergonhado.

— Eu não saia batendo em pessoas.

— Ata! Você não me engana, tem cara de quem aprontava todas. — retruquei o vendo suspirar.

— Isso não é da sua conta garota. Sasuke não quero você metido em mais nenhuma confusão.

— Não irei. — o baby Uchiha afirmou, olhando de relance para mim.

Entendi agora que eu deveria contribuir com isso.

— Já que está tudo resolvido. Estou indo embora, é aniversário do meu pai. A gente se fala depois baby Uchiha. — forcei um sorriso para Sasuke, que me observava em silêncio, parecendo surpreso.

Me aproximei do baby Uchiha e só para provocar Fugaku, deixei um beijo demorado em sua boca.

Talvez não seja tão ruim assim beija-lo, a ânsia de vômito ainda não veio.

Sasuke segurou meu rosto, querendo aprofundar aquilo, mas o empurrei pra manter a sanidade. Hoje ele já havia me deixado louca demais.

— Até mais sogrinho, foi um prazer conhecer você. Espero nos encontramos mais vezes. — acenei para Fugaku que me encarava com desconfiança.

O deboche fazia parte da minha existência.

— Espero que não! — afirmou.

Fui embora ouvindo os resmungos do rabugento, sentindo os olhos de Sasuke em mim.

(...)

Quando cheguei em casa minha mãe me recebeu com broncas e puxões de orelha pela demora. A sala já estava toda decorada a espera do meu pai, e ela me obrigou a segurar o bolo.

Um coração de papel com uma frase romântica caiu em minha cabeça e eu lê a pequena frase com ânsia.

" Nunca é tarde para se apaixonar. "

Meus pais se amavam essa era a verdade, mesmo minha mãe sendo insuportável, Kizashi via algo especial nela, eles se completavam.

Quando Sasuke me falou hoje a tarde que não acredita em mulheres apaixonadas, eu senti certa pena por ele não ter presenciado o amor dos seus pais, mas sim uma traição de sua mãe.

Talvez se ele tivesse pais iguais aos meus, seus pensamentos fossem diferentes. Não que eu queira acreditar no amor, mas se for como meu pai olha para minha mãe e vice-versa, o sentimento é bonito.

Meu pai fingiu surpresa quando entrou em casa e foi recebido com confetes na cara, e um abraçado empolgado de Mebuki. Ele a rodopiou e lhe deu um beijo apaixonado que me deixou enjoada.

— Parem com essa nojeira, eu estou aqui. — reclamei.

Meu pai veio me abraçar, tomando cuidado para não derrubar o bolo em minhas mãos. E quando nós cantamos parabéns ele apagou todas as velas, fazendo um pedido.

Era uma tradição aqui em casa sempre ter um pedido.

— O que você pediu? — minha mãe deixou um beijo na bochecha dele.

— Pedi que Sakura arrumasse um namorado.

— Pai! — gritei o fazendo rir e minha mãe resmungar que eu não precisava disso.

— Não se estresse, querida, eu sei que você já tem um namorado.

— Por favor, aquele marginal não é o suficiente para Sakura. Ela só está querendo me irritar.

— Eu gosto dele, não chame o garoto de marginal, você não o conhece.

— O jeito que ele se veste é duvidoso.

— Você não pode julgar uma pessoa pela roupa, querida.

— Ainda sim Sakura é demais para ele, falei pra ficar com o irmão mais velho.

Observei os dois conversarem sobre minha vida amorosa, enquanto comia e era ignorada totalmente.

Essa história de namoro falso está deixando todos loucos, principalmente eu mesma. Não sei mais o que pensar sobre Sasuke, ele não colou chiclete no meu cabelo, mas foi insuportável comigo todos esses anos. E agora descubro que ele beija bem e meu corpo tem uma tara pelo seu.

Talvez eu devesse ir a um psicólogo.

Meu celular apitou no bolso, e eu me surpreendi com uma mensagem do baby Uchiha.

"Conseguiu amansar o velho megera, preciso admitir que é boa no que faz."

Sorri como uma idiota, custando acreditar que cheguei a essa situação de ficar animada com a mensagem daquele babaca.

Algo de errado não estava certo em mim. Mas o que me perturbava era:

Sasuke não colou chiclete no meu cabelo! Quem diabos foi então?


Notas Finais


Tô tentando ficar séria aqui, mas não dá, vocês me mata de rir.
Quem não acompanha no instagram segue lá que tá cheio de memes da fanfic, e um bando de doido querendo descobrir a senha do Sasuke.
Insta: CereijinhaFanfics
Outra coisa esqueçam essa senha, não vou falar agora, só se depositarem um pix na minha conta.
Agora comecem a busca pra saber quem colou chiclete na Sakura.
As atualizações são todo sábado.
Até mais ver.


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