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História A Melhor Aluna de Severus Snape - Livro 5


Escrita por: Claireloreraphael

Notas do Autor


Oi pessoal! Estão gostando? Críticas são muito bem-vindas! Boa leitura 😘

Capítulo 7 - Livro 5


Fanfic / Fanfiction A Melhor Aluna de Severus Snape - Livro 5

Severus havia perdido o sono por várias e várias noites seguidas. 

Estava cansado, mas alarmado. 

Ele demorou a se apresentar ao Lorde das Trevas e fora severamente punido. 

Mesmo depois de dias, ele sentia dores e fraqueza, subitamente sentia alguns tremores que normalmente passavam em minutos. 

Estava novamente entre Dumbledore e Voldemort, fazendo o bruxo das trevas pensar que era leal a ele e relatar tudo o que acontecia ao diretor de Hogwarts. Manipulava a própria mente para o Lorde ver apenas o que ele poderia ver. 

 

A Ordem da Phoenix havia se juntado novamente, e além de tudo ele teria que fazer parte daquilo também.

 

Dumbledore havia convocado uma reunião e Severus deveria comparecer. 

 

Chegando ao 12 Grimmauld Place, Severus viu o Prédio se abrir e dar espaço visível a casa dos Black. 

Sentiu uma náusea por não ter dormido e nem se alimentado direito, também porque estando lá, estaria na companhia de Sirius e Remo. Sentiu-se mais uma vez sozinho e perdido, fez a raiva se enaltecer, escondendo de si mesmo os primeiros sentimentos. 

A porta da mansão se abriu e ele pode ver o comprido corredor. A mansão era escura e imponente, com papel de parede e móveis pretos rústicos. Assim que colocou o pé na residência, ouviu, vindo da sala principal a sua esquerda, uma melodia.

Entrou na grande sala e viu uma menina ruiva, sentada de costas para ele, tocando piano. Era Aurora. 

Ela não percebera sua presença. 

Tocava Nocturne op. 9 No. 2 de Chopin. 

Pela primeira vez em um bom tempo, Snape se sentiu mais tranquilo. 

Ele se certificou que não tinha mais ninguém na sala, então encostou seu corpo cansado e dolorido em uma das grandes paredes, cruzou os braços e fechou os olhos para admirar a bela música que saia do piano preto fosco. 

 

__.__

 

Quando acabei de tocar, me virei e encontrei o professor Snape de olhos fechados, encostado na parede. 

Ele parecia mais pálido e muito cansado. Seus braços cruzados mostravam seus músculos tensos. 

Me levantei e encostei levemente em seu braço.

-Professor...

Ele rapidamente se alinhou, desencostando o braço de minha mão e ajeitando os cabelos.

-Olá, Andrews. Você toca muito bem.

Ele abaixou o rosto e vi sua expressão ficar séria e suas sobrancelhas se juntarem. Ele tencionou a mandíbula e fechou os punhos.

Coloquei minha mão em seu ombro.

-Tá tudo bem?- Perguntei em um sussurro. Fosse lá o que estivesse acontecendo, o conhecia muito bem para saber que ele não queria que ninguém mais soubesse. 

-É... só... 

Sua respiração ficou mais forte. 

-Quer que eu faça alguma coisa?

-Uma dor... nas costelas...

Ele soltou o ar como se a dor estivesse passado.

-Está tudo bem, menina. 

-Senta aqui!

Eu o ofereci minha mão e ele elegantemente a ignorou e sentou na poltrona que eu havia apontado.

Sentei na mesinha de centro para ficar de frente para ele.

-Há quanto tempo não dorme?

-Não é da sua conta, Andrews- Ele queria mostrar desprezo, mas seu tom de voz o traiu. 

-Há quanto tempo, senhor?

-Quatro dias...

-Por Merlin, Snape.

Ele me olhou sério ainda com dor.

-*Professor* Snape, me desculpe. 

Ele balançou a mão como se aquilo não fosse grande coisa. Jogou sua cabeça para trás e relaxou o corpo. 

-Por que está sentindo dores? Quem fez isso? 

-Andrews... Agora não...

Soltei lentamente o ar do pulmão em protesto e pude ver sua sobrancelha levantar com os olhos agora fechados. 

-Eu não sei se o senhor sabe- Falei sarcasticamente- Mas, existem poções para dormir. Se quiser, eu posso lhe ensinar como preparar algumas.

-Está brincando com o perigo, Andrews.

Eu soltei uma gargalhada que ecoou pela sala.

-Não sabia que o seboso conseguia fazer alguém rir - A voz de Sirius se lançou atrás de nós. 

O olhei com surpresa. Como ele poderia falar assim com alguém? Ele era sempre tão educado comigo e com meus amigos.

No mesmo instante, Snape se levantou com postura, escondendo toda a dor e o cansaço que havia acabado de me transparecer. Como ele conseguia disfarçar? Quais outros sentimentos que ele conseguia ocultar dos outros? Vários, eu tinha certeza disso. 

-É uma pena que você não tenha conseguido ganhar um doce beijo do Dementador naquela noite, eu daria tudo para assistir um cena tão satisfatória como aquela.

O momento estava ficando tenso. Muito tenso.

-Alguém quer um chá? 

Pergunta besta, eu não sabia o que fazer. Foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Senti meu rosto corar.

Sirius me olhou com um sorriso arteiro enquanto Snape continuava sério e imóvel.

Caminhei até o animago. Dei duas batidas em seu ombro e o encarei de perto.

-Você não trata ele assim enquanto eu estiver por perto...Almofadinhas. -Falei o mais doce e sutil que consegui, com os olhos cheio de raiva. 

Sua expressão congelou por me ver irritada pela primeira vez.

Dei uma última olhada para o professor que tinha um leve brilho nos olhos e subi para o quarto onde Mione e Ronny estavam. 

 

Harry chegou. Ele, Hermione e Ronny junto com os gêmeos foram até a escada, usando uma orelha mágica para ouvir a conversa. O gato a comeu e eles estavam reclamando. Pedi passagem e passei por eles. 

-Me sigam!

Fui em direção a porta da sala de jantar onde eles estavam tendo a reunião.

-Aurora, o que está fazendo?- Perguntou Harry sem receber nenhuma resposta.

Dei três toques na porta e abri, meus amigos com expressões perdidas atrás de mim.

-Eu não quero ser desagradável, mas se ninguém aqui percebeu, Harry e nós, seus amigos, estamos relacionados com essa história até o pescoço. Se houver uma guerra, vocês podem ter certeza que estaremos na linha de frente. Agora, vocês vão querer nos integrar do assunto para a nossa própria proteção, ou vão preferir que fiquemos às cegas novamente? 

Todos estavam em silêncio. Sirius tinha um sorriso no rosto e foi o primeiro a se pronunciar.

-A garota tem razão.

-Vocês são só crianças...

-Eu sei, senhora Weasley, mas nesse caso, não temos muita escolha. 

Nos sentamos para jantar e ouvir o que eles tinham a nos dizer. Snape se retirou do cômodo. Ninguém pareceu se importar. 

Fui atrás dele e o chamei quando ele estava prestes a abrir a porta da casa para ir embora.

-Não vai ficar?

-Não!

-Por quê?

-Porque eu tenho coisas melhores para fazer. 

-Vai tomar a poção para o sono? Deveria tomar uma para dor também...

Ele respirou fundo, se virou e caminhou até mim.

-Nunca mais me defenda na frente dos outros, você não sabe o que eu fiz e do que eu fui capaz. Não coloque a mão no fogo por um completo estranho.

-Você não é um completo estranho.

-Sou sim, Andrews. Eu sou um completo estranho para você e para todos nessa casa.

-Não me inclua no julgamento deles. Eu sei que você não é tudo o que se esforça para parecer ser.

-Então você está completamente errada, Andrews. Eu sou muito pior do que isso.

Ele se virou e saiu da casa. 

 

...

 

Umbridge começou a lecionar em Hogwarts. As coisas estavam saindo de controle. 

Harry havia sido torturado, sua mão estava em carne-viva e ele acabara de discutir com Ronny e Mione por quererem que ele contasse a Dumbledore.

Harry estava com raiva, confuso e com medo, eu sabia disso. 

Ele havia subido para seu dormitório e eu o segui.

-Harry?

-O que foi agora?

-Nada - Disse me aproximando lentamente dele- Eu só queria saber se você está bem.

-Tá tudo ótimo, Aurora. Pode voltar para a sala comunal. 

Eu me aproximei mais e coloquei minha mão em sua bochecha.

-Estou aqui Harry - Falei em um sussurro- Estamos juntos nessa, você não está sozinho. Vai ficar tudo bem, meu querido. Nós amamos você. 

Eu o abracei e pude sentir sua respiração se suavizar. 

Dei um beijo em sua bochecha e ele sorriu para mim. 

Assenti em forma de encorajamento e saí.

 

...

 

Bati rapidamente na porta de Snape e já entrei falando: 

-Umbridge é uma velha sádica, maluca, mal amada e idiota. Ela está torturando os alunos em forma de punição e ela nem sequer nos da aula, aquilo é uma lavagem cerebral do ministério, sem contar que ela está interferindo na escola inteira. E aquela risadinha, por Merlin que mulher horrorosa! O Lorde Das Trevas vai retornar e ela nem sequer nos deixa aprender a como nos defender, e também faz questão de desmentir o Harry para todos e na frente de todos. Ela é louca, irresponsável, ridícula e nada nada nada profissional. Ela deveria estar presa!

Respirei pela primeira vez me sentindo meio sonsa.

-Acabou? - Perguntou Snape de sua cadeira.

-Acho que sim...

-Já que ela não ensina, alguém poderia ensinar os alunos... Secretamente. 

-Como quem?

-Quem você acha que seria mais qualificado? Não poderia ser nenhum professor e obviamente ninguém de fora da escola. 

Um brilho passou pelos meus olhos.

-Obrigada, obrigada! Você é um gênio!

Estava saindo da sala quando ele me chamou.

-Andrews, nós nunca tivemos essa conversa, a ideia foi toda sua e... Não beba nada que essa mulher oferecer e pelas barbas de Merlin, não faça nada de errado na aula dela.

-Sim, senhor!

 

 

...

 

Montamos a Armada de Dumbledore. 

Conseguimos tirar Umbridge da escola com a ajuda dos Centauros. 

Harry teve uma visão erronia.Fomos desarmados no Ministério pelos comensais da morte até que os membros da Ordem da Phoenix apareceu. Bellatrix matou o primo, Sirius. Dumbledore e Harry lutaram contra Voldemort e o ministério finalmente reconheceu que o bruxo havia voltado. 

Naquela noite, retornamos a Hogwarts.

 

.... 

 

-Andrews! -Snape foi até mim assim que cheguei na sala comunal da Sonserina. Ele me olhava como se quisesse me analisar- Precisa ver Madame Pomfrey?

-Não, professor-Falei com o tom cansado- Estou apenas com uns arranhões, mas... - Comecei a chorar.-Sirius está morto!

-Eu sei! - ele colocou uma mão no meu ombro. 

-Ele era a única família do Harry.

-Potter tem vocês, vocês são a família dele... Olha pra mim!

Enxuguei as lágrimas e encontrei seus olhos preocupados.

-Preciso saber se está machucada. Se está com alguma dor.

-Não, senhor.

Ele acariciou meu ombro.

-Você vai ficar bem?

-Nós sempre ficamos, não é?! 

-Sim, menina. Nós sempre ficamos...


Notas Finais


♥️


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