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História A MELHOR PARTE DE MIM. - A EXPOSIÇÃO POLÊMICA.


Escrita por: MikkanUchiha

Capítulo 2 - A EXPOSIÇÃO POLÊMICA.


Fanfic / Fanfiction A MELHOR PARTE DE MIM. - A EXPOSIÇÃO POLÊMICA.

Minha mãe não está vendo isso agora, o que é ótimo. Ela ia surtar. Eu vim á exposição da Sakura hoje porque prometi, sei como isso é importante para ela. Para mim também é. Eu desejo tudo de bom para a minha amiga, exatamente como sei que ela deseja para mim. Nos últimos três anos, Saky tem estado presente para me consolar, para beber comigo, para reclamar da vida, ao meu lado é até mesmo para me ajudar a pagar o aluguel, me oferecendo trabalho quando precisei, Bom, isso tudo, e o fato de que foi ela quem tirou a fotografia que estou olhando agora. Uma foto do meu corpo semi-nu.

Posar nu não era algo que eu tenha sonhado em fazer profissionalmente, nado disso, mas foi um jeito de conseguir pagar os empréstimos da faculdade. Recentemente, venho recebendo de outros fotógrafos. Saky disse para eu estar preparado, que teriam ainda mais interesse depois da exposição: “ As pessoas vão perguntar sobre a modelo. É fato, Naruto. ” Essa é minha Saky sempre otimista.

Dei um gole no champanhe e fiquei analisando a imagem gigante pendurada na parede da galeria. Meu retrato tinha sido ampliado e impresso em lona, especialmente para p exposição. O efeito era um pouco perturbador, mas mesmo assim era óbvio que Saky tinha talento. Para uma filha de refugiados que começaram a vida com uma mão na frente e outra atrás aqui na Inglaterra, ela sabia como tirar um retrato.

_ Aí está meu garoto!- Saky passou os braços  ao redor dos meus ombros e apoiou o queixo no alto da minha cabeça.- Está demais, não acha?

_ Tudo o que você faz fica ótimo, Saky. Virei para encará-lo.- E, então, vendeu alguma coisa?

Não, deixa eu refazer a perguntar. Quantos você vendeu?

_ Três, por enquanto, e eu acho que que esse aqui vai sair já, já.- Saky piscou, apontando para o meu quadro.- Disfarça, mas você está vendo aquele cara alto, de terno cinza, cabelo preto? Ele veio perguntar. Parece que ficou muito impressionado com o homem semi-nu na foto. Não duvido nada que vá bater uma assim que tiver a tela toda para ele. Como você se sente, Naruto? Um riquinho desses tocando uma punheta e olhando para você.

_ Cala a boca!- Revirei os olhos.- Isso é nojento. Não fica me falando essas coisas ou eu não mais pegar esses trabalhos.

Balancei a cabeça.

_ Sorte sua que eu te amo, Naruto Uzumaki.

Saky  dizia as maiores grosserias de uma maneira que sempre parecia fina e educada. Devia ser o sotaque britânico.

_ Mas é verdade- disse Saky me dando um beijo no rosto.- Você sabe disso. Aquele cara não parou de olhar desde que entrou aqui. E ele com certeza é gay!

Fui me afastando dele.

_ Acredita em mim, se ele não fosse gay, eu já tinha me oferecido para chupá-lo ali na outra sala. Ele é gostoso pra cacete!

_ Você vai para o inferno, você sabe né?- Olhei casualmente para o lado e dei uma checada no comprador.

Saky estava certa: ele exaltava sensualidade, das solas de couro dos sapatos até as pontas dos cabelos escuros. Alto, musculoso, confiante é rico. Não podia falar nada sobre os olhos, porque ele estava conversando com a dona da galeria. Sobre o meu quadro, talvez? Difícil dizer, mas não importava. Mesmo que ele o comprasse, nunca mais o veria.

_ Eu tinha razão, né? Saky me viu olhando para o cara e fez uma cosquinha na minha cintura.

_ Sobre a punheta? Nunca, Saky!- Balancei a cabeça, devagar.- Ele é bonito demais para precisar usar as mãos, devagar.- Ele é bonito demais para precisar usar as mãos quando quiser ter um orgasmo.

E foi aí que aquele homem lindo se virou para mim. O olhar me queimou através do salão, quase como se ele tivesse ouvido o que eu tinha acabado de dizer a Saky. Mas isso era impossível. Ou será que não? Ele ficou me encarando, até que desviei o olhar. De jeito nenhum conseguia competir com aquele nível de intensidade, ou o que quer que fosse aquilo vinha lá de onde ele estava. Imediatamente, tive vontade de fugir dali. Questão de segurança!

Dei mais um gole no champanhe e terminei a taça.

_ Tenho que ir agora. A exposição está maravilhosa!- Abracei minha amiga inteira e continuei, sorrindo:- Você vai ficar famosa no mundo inteiro. Daqui a 50 anos!

Saky ficou rindo enquanto eu me dirigia á saída.

_ Liga pra mim, querido!

Acenei sem virar para atrás e fui embora. A rua estava movimentada para uma noite no meio da semana. O dia dos namorados estavam chegando e já tinham transformado a cidade num enorme aglomerado de gente. Levaria anos para conseguir pegar um táxi. Será que valia a pena andar até a estação do metrô?  Se eu pegasse o metrô, ainda teria que caminhar mais uns dois quarteirões até o apartamento, no escuro. Mamãe diria não, é claro. Mas, de qualquer jeito, ela estava em casa no Japão, exatamente onde eu não queria estar. Dane-se. Comecei a andar.

_ É uma péssima ideia, Naruto. Não se arrisque. Deixa que eu te dou uma carona.

Congelei na calçada. Sabia quem estava falando comigo mesmo sem nunca ter ouvido a voz dele. Virei devagar para encarar aqueles mesmos olhos que me fritaram na galeria.

_ Não te conheço- respondi.

Ele sorriu enviesado, levantando mais um dos lados da boca. Apontou para o carro parado no meio-fio, um Range Rover. Tipo de carro que só ingleses cheios da granas que podem ser dar o luxo. Não que só os ingleses tivesse dado pinta de rico antes... Definitivamente, não era para o meu bico.

Engoli em seco. Os olhos dele era ônixs, muito escuro e profundos.

_ E ainda assim você me chama pelo meu nome e espera que eu entre num carro com você? Você é maluco?

Ele andou em minha direção e estendeu a mão:

Sasuke Uchiha.

Olhei finalmente para a mão dele, tão elegante, com o punho branco da camisa aparecendo debaixo da manga cinza do paletó de grife.

_ Como você sabe o meu nome?

_ Há menos de 15 minutos, comprei um quadro chamado O repouso de Naruto na Galeria, pagando por ele uma bela quantia de dinheiro. E tenho quase 100% de certeza de que não tenho problemas mentais. Soa mais politicamente correto do que maluco, não acha? – Ele manteve a mão estendida.

Estendi a minha pele e ele a segurou. Será mesmo? Ou será que enlouqueci, apertado a mão do estranho que havia acabado de comprar uma foto gigante do meu corpo semi-nu? Sasuke  tinha um aperto de mão firme. E quente também. Teria sido imaginação minha, ou ele me puxou um pouquinho mais para perto? Ou talvez o louco fosse eu, porque os meus pés não se moveram um centímetro sequer. Mas aqueles olhos ônixs estavam perto de mim do que há um minuto, e eu podia sentir a colônia que ele usava. Cheirar tão divinamente assim estando na Terra tinha que ser pecado.

_ Naruto Uzumaki- falei.

Ele soltou minha mão.

_ Agora nós nos conhecemos- disse ele, apontando primeiro para mim e depois para ele:- Naruto, Sasuke.

E fez um sinal com a cabeça indicando o Range Rover.

_ Agora você vai me deixar te levar para casa?

Engoli em seco mais uma vez.

_ Por que você insiste?

_ Porque não quero que nada aconteça com você? Porque é perigoso para um homem andar á noite no centro, com sua beleza?  - Ele me olhou de alto a baixo.- Especialmente um assim como você.

E sorriu daquele jeito enviesado, para o mesmo lado de novo.

_ São tantas razões, moço.

_ E se não for seguro ir com você?

Levantou uma sobrancelha e olhou para mim.

_ Eu ainda não sei nada sobre você, nem mesmo se Sasuke Uchiha é o seu nome de verdade.- continuei.

Será que ele me deu uma daquelas olhadas?

_ É um bom argumento. Mas fácil de derrubar.- Enfiou a mão no bolso do paletó e puxou a carteira de motorista com o nome de Sasuke Uchiha impresso nela. Em seguida, me entregou um cartão de visitas com o mesmo nome e Uchiha Security International, Ltda. Gravando em baixo relevo no papel creme.

_ Você pode ficar com esse.- Ele sorriu de novo.- Eu sou ocupado demais no meu trabalho. Não tenho tempo de manter o hobby de serial killler, te garanto.

_ Boa, senhor Uchiha!- Ri, e botei o cartão no bolso.- Tudo bem. Você pode me levar para casa.

Ele levantou a sobrancelha outra vez, e eu ganhei mais um sorriso.

Disfarcei o incômodo do duplo sentido de “casa” naquela frase e tentei me concentrar em como teria sido desconfortável andar até no metrô nesse frio e na sorte que era ter aparecido aquela carona.

Decidido, Sasuke encostou levemente a mão nas minhas costas- naquela curvinha quase na cintura- e me guiou pela calçada.

_ Por aqui.

Sasuke me ajudou a entrar no carro e deu a volta, deslizando para o banco atrás do volante, sutil como uma pantera.

Olhou para mim e inclinou a cabeça.

_ Onde o senhor Naruto mora?

Rua Chelsea, em Kensington.

Franziu a testa e virou o rosto para olhar o trânsito antes de entrar com o carro na pista,

_ Você é Japonês?

O quê? Ele não gosta de Japoneses?

_ Estou aqui com uma bolsa da Universidade de Londres. Pós-graduação- expliquei, sem entender por que senti a necessidade de contar isso a ele.

_ E o trabalho de modelo?

No segundo em que ele fez essa pergunta, a tensão sexual aumentou. Dei uma pausa antes de responder. Sabia exatamente o que ele estava fazendo-me imaginando pelado no quadro. E por mais constrangedor que pudesse ser, simplesmente abrir a boca e disse:

_ Hum, posei para uma amiga minha, a fotógrafa, Sakura Haruno. Ela me pediu, e isso ajuda a pagar as contas, sabe?

_ Não exatamente, mas adorei o seu retrato, Senhor Uzumaki.- Ele manteve os olhos no trânsito.

O comentário me incomodou. Quem era ele para julgar o que eu faço para me sustentar?

_ Bom, a minha multinacional nunca deu tão certo como a sua, senhor Uchiha. Não tive outra opção senão trabalhar como modelo. Realmente prefiro dormir numa cama, em vez de um banco de praça. E gosto de ter aquecedor. Os invernos são de arrepiar!- O deboche na minha voz era bem óbvio.

_ Pela minha experiência, posso te dizer que várias coisas aqui são de arrepiar.

O jeito que ele disse “arrepiar” fez meu sangue ferver e ativou todas as minhas fantasias. Eu posso não ter um monte de experiência na cama, mas minha imaginação não sofre nem um pouquinho por falto de uso.

_ A gente concorda em alguma coisa, pelo menos.- Levei as mãos á cabeça e massageei a testa. A imagem do pau de Sasuke e a palavra “arrepio” dividindo o mesmo espaço no meu cérebro eram demais para mim.

_ Dor de cabeça

_ É, como você sabe?

Diminuímos a velocidade para passar num cruzamento e ele olhou para mim, os olhos passando indo do meu colo para o meu rosto num ritmo lento e marcado.

_ Só impressão. Você não jantou, bebeu aquele champanhe na galeria, e como já está tarde, seu corpo começa a protestar.- Levantou A sobrancelha de novo.- Acertei?

Engoli em seco, desejando desesperadamente um copo d’ água. Bingo, senhor Uchiha. Você me lê como uma fotonovela. Quem quer que seja, você é bom.

_ Só preciso de duas aspirinas e água. Vou ficar bem.

Sasuke balançou a cabeça em reprovação.

_ Quando foi a última vez em que você comeu, Naruto?

_ Estamos nos chamando pelos nomes agora, sem senhores?- Ele me olhou de um jeito que tive certeza de que estava zangando comigo.- Tomei café da tarde, ok?

Vou preparar alguma coisa quando chegar em casa.

Olhei para janela. O sinal deve ter aberto, porque voltamos a nos mover. O único som era do corpo dele, acompanhado cada curva que o carro fazia. Era um barulho sexy demais para se ignorar. Não resistir a uma olhadinha. De perfil, Sasuke tinha um nariz perfeito. Ele era mesmo muito bonito.

Agindo como se eu não tivesse sentada ali a meio metro, Sasuke seguiu dirigindo. Ele parecia conhecer bem a cidade, porque não me perguntou o caminho sequer uma vez.

Continuava sentido aquele perfume e o cheiro estava me deixando tonto. Precisava sair do carro.

Sasuke fez um movimento brusco e estacionou numa vaga.

_ Fica aqui, não vou demorar nem um minuto.- A voz dele soava um pouco tensa. Bem mais do que um pouco, aliás. Tudo era meio tenso com ele. E autoritário. Como se ele dissesse o que fazer e ninguém ousasse discordar.

Com o terno que eu vestia com a combinação de couro e a temperatura do carro era uma combinação bem agradável. Pelo menos em coisa o Sasuke estava certo: eu não teria aguentado caminhar até o metrô. E ali estava eu, pegando carona com um estranho que já tinha me visto semi-nu, que agora saia da loja de conveniência com um saquinho na mão e um sorriso enigmático no rosto. A situação toda era esquisita demais.

_ O que você comprou na loja?

Ele meteu uma garrafa de água na minha mão e rasgou uma cartela de aspirina. Entendi a ordem e obedeci, sem nem ligar para o fato de ele me ver engolindo comprimidos. A água desceu em menos de um minuto. Em seguida, ele botou uma barrinha de proteínas no meu colo.

_ Agora come.- A voz dele tinha novamente aquele tom de não-brincar-comigo, mas acrescentou: - Por favor.

Suspirei e abri a barrinha de chocolate branco. O estalido do papel do embrulho preencheu o silêncio do carro. Dei uma mordida e mastiguei devagar. Era deliciosa. Realmente eu precisava do que ele tinha para me dar. Desesperadamente.

_ Obrigado- sussurrei, todo emocionado de repente, com aquela vontade de chorar surgindo. Segurei firme, do melhor jeito que pude, e mantive a cabeça baixa.

_ O prazer é meu- respondeu calmamente.- Todo mundo precisava do básico, Naruto. Comida, água... cama.

Cama. A tensão sexual estava de volta, ou talvez nunca tivesse sumido, Sasuke tinha um dom perverso de fazer até a palavra mais inocente soar como sexo- sexo quente, suado, enlouquecedor, daquele tipo que você fica lembrando por muito tempo. Ele ficou ali sentado ao meu lado e não deu ré no carro até que eu terminasse o último pedaço da barra de proteínas.

_ Qual é o seu endereço- perguntou?

_ Franklin Connor, 21.

Saímos do estacionamento, voltamos para a rua e, cada giro dos pneus, eu ficava mais perto do meu apartamento. Recostei-me no banco de couro macio e fechei os olhos. Meu telefone vibrou dentro da bolsa. Pesquei-o lá de dentro e vi a mensagem da Saky: Já está em casa?

Respondi com um: Estou chegando. X) e fechei os olhos de novo. A dor de cabeça estava começando a passar e era a primeira vez em horas que eu conseguia relaxar. Acho que a exaustão tomou conta, porque se pudesse evitar, jamais teria me permitido pegar no sono no carro de Sasuke Uchiha.

 



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