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História A mensageira - More than an ordinary addiction


Escrita por: parrillamaguire

Notas do Autor


❤️😘

Capítulo 4 - More than an ordinary addiction


Oi, acho que você nunca me viu por aqui.

 

Sou o tempo.

Aquele mesmo que você vê em novelas, que faz com que os personagens fiquem mais velhos, os livros mais amarelos, os cabelos mais brancos, as almas mais jovens.

Hoje eu vim aqui para contar a vocês o que eu já fiz pela Lana e pelo Sean.

 Vou te contar um segredo, tudo bem? 

 

Sempre conheci os dois, sempre. Desde que eles vieram ao mundo. Vi os dois engatinharem, cambalearem, andarem, crescerem, até chegar onde estão agora. Muito interessante, não?

Mas, como muitos pensam, eu não sou sempre um mar de rosas, um analgésico instantâneo. Posso ser cruel as vezes. O motivo? Guardo para mim mesmo. 

Só gostaria de te dizer que, hoje, quem comanda esse capítulo sou eu. Apreciem!

 

 

 

LANA

Não conseguia contar nos dedos  quantas vezes apertou a tecla de apagar no computador. Simplesmente não conseguia formular uma resposta que fizesse sentido. Nem ela própria sabia se realmente gostaria de voltar a lecionar. 

Estava no meio de uma corda bamba, com, qualquer deslize, pode se romper e ela volta a estaca zero.
           Correção: Não voltaria a nenhuma estaca zero, já morava nela a muito tempo e mal sabia.

Se sentia mal por não conseguir progredir, principalmente por lembrar que há muito tempo tudo pra ela fluía de uma forma tão normal. Tão boa. Aquela universidade era seu jardim de rosas, seu campo minado, tudo o que tinha. E queria sim voltar a trabalhar lá, o problema era a insegurança que ela tinha dela mesma. O medo de vacilar. O medo de desesperadamente esquecer como segurar uma caneta em mãos, como falar em público, como se relacionar com seus alunos. Sua rotina agora poderia ser comparada a um dia simples e pacato de inverno inglês, sem algum tipo de esperança.

Mas aquele e-mail poderia dizer o contrário.

Aquele email pode ser a chance de tudo se tornar diferente. 

E foi isso o que ela fez.

Teve uma idéia.

Iria escrever um email para o diretor da universidade, porém mandaria este para Ginny, e ela por sua fez seria responsável por avaliá-lo. Só depois disso Lana mandaria para seu destinatário correto. 

Ou, tentaria.

Mas isso já é um começo.

Um começo de muitos.

Para esvaziar a cabeça, resolveu sair um pouco e abastecer seu organismo com o líquido que a traz mais felicidade: café.

Caminhou até a Starbucks mais próxima, sua cafeteria favorita. Levou seu bloco de notas e uma caneta qualquer. Afinal, se alguém a visse escrevendo com sua tinta de lula, poderia correr um risco que não estaria preparada.

Um mocha grande foi a sua escolha do dia. Sentou-se em uma das cadeiras com uma mesa na frente, e engatou a escrever palavras sem fim.

Bom, mas quem disse que essas palavras precisam ter algum tipo de sentido?

Ela estava treinando a escrever com uma letra bastão.

Sabem por quê?

Porque ela não quer que a mensageira seja descoberta quando começar a lecionar na universidade.

Viu?

Mais um passo.

Lana soltou um riso baixo, perguntando-se porque estava fazendo aquilo.

Pois é, nem ela estava acreditando que havia começado a sair da famosa "estaca zero".

 

 

SEAN

Nada como um bom capuccino duplo para começar o dia. Estava de partida até o trabalho, mas resolveu passar na Starbucks, já que há muito tempo não dava uma passada lá, e estava um pouco adiantado para o trabalho. Faz o seu pedido, e esperava bela bebida quente em um balcão.

Você deve estar pensando: esta é a hora que eles se encontram, tempo!

Certamente.

- Lana! Sean! - O senhor do balcão avisava que suas bedidas estavam prontas por meio de seus nomes.

- Aqui! - Disseram em uníssono.

Olharam-se.

E sorriram.

O motivo? 

A falta de prática de Sean para colocar o porta copos, para impedir que o liquido queime sua mão. 

- Coloca por baixo, se não derrama.- Ela disse, enquanto colocava o seu.

- Obrigada! -  Não podia olhar para ela e realizar sua nova descoberta (que sempre fizera errado) ao mesmo tempo. Priorizou seu café. No momento que levantou os olhos, a moça de cabelos curtos negros já havia saído da cafeteria.

Sorriu novamente. 

O papel que ela havia escrito palavras - que até então com uma caligrafia não tão boa- fora esquecido no balcão pela mesma. Sentiu que deveria permanecer com ele.

E assim o fez.

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O aviso que o celular estava tocando fez Lana rapidamente apoiar seu papel que estava em uma mão para dar lugar ao aparelho. Era Ginny. Esta provavelmente já havia lido e avaliado o email. A cafeteria estava barulhenta demais, precisava sair de lá.

Deu uma ultima olhada para o homem ao seu lado. Parecia orgulhoso de si mesmo, por ter conseguido realizar uma proeza tão banal, mas que para ele representava uma consquista.

Sorriu.

Percebeu que parecia com ele de certa forma. Apertar um botão de enviar é algo tão fácil, tão diário. Mas para ela era mais um passo.

- Alô?- A morena atendeu o telefone, eufórica.
           - Oi Lana! Recebi seu e-mail. Ginny parecia orgulhosa da amiga do outro lado da linha.

- E ai? O que achou?

- Lana, está simplesmente maravilhoso! Eu estou muito orgulhosa de você meu amor. Todas aquelas palavras do email revelam a sua saudade de dar aulas. Vai sem medo e, lembre-se, que eu estarei sempre aqui com você.

- Obrigada Ginny, vou enviar o email assim que puder.

- Que assim seja. Um beijo meu amor, tenho que voltar.

- Beijo!

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SEAN

- Sean, vamos! Os professores novos já chegaram! -  Estava profundamente concentrado em apreciar em silencio o bilhete que fora encontrado no dia anterior na rua de sua mensageira. Foi disperso de seus pensamentos por Bex. - Pode parar  de idolatrar esse papel por um minuto por favor? - A ruiva estalou os dedos na frente de Sean, que revirou os olhos.

- Tudo bem. Onde eles estão? - Levantou da cadeira de sua sala, para acompanhar a amiga pelos corredores.

- Na sala de convenções. Muitos ainda não confirmaram presença, mas alguns já estão aqui.

- E aquela professora que Robert comentou?

- Nenhum sinal dela. Acho que ele já desistiu. Mas acho que temos assuntos mais importantes pra serem tratados. Vamos? - Já estavam em frente a porta da sala.

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 Depois de algumas horas de avaliações e entrevistas, todos os professores novos foram despensados. Sean e Bex se interessaram por alguns deles, mas o martelo da sentença final deveria ser erguido por Robert.

- Gostei muito daquela Jennifer, de matemática. -  Sean comentava, enquanto ajudava Bex a arrumar as fichas dos professores.

- Profissional ou fisicamente? Eu vi que você gostou dela mesmo! - Bex entrou na gargalhada, e Sean deu um leve soco no braço dela.

- Profissionalmente, se lhe interessa saber. Também gostei do Colin e do Josh, certo? - Ele confirmava os nomes pelas fichas que havia organizado.

- Também gostei. Eles pareciam muito confiantes, Robert gosta disso. - Bex percebeu que Sean havia derrubado as fichas todas no chão, e se prontificou a ajudá-lo.

- Olha só Bex, que ficha antiga. - Ergueu os papeis para que a mulher enxergasse.

- Deixe-me ver. - Ela folheava os papéis com um olhar desconfiado, incerta do que estava lendo. - Sean, qual era a disciplina que aquela professora lecionava?

- A que Robert  disse? Geografia, por quê?

- Porque eu acho que essa é a ficha dela.

Os dois se aproximaram para analisarem juntos todas aquelas informações. De acordo com aquela papelada, ela se chamava "Lana", porém não tinha foto alguma. Apenas seu nome digitado, assinatura e conteúdos profissionais.

 E a caligrafia não era em letra bastão.

Era a letra dela.

A letra de sua mensageira.

- Sean... A caligrafia é igual?

- Eu seria maluco se dissesse que não.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


🙈❤️


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