História A misteriosa garota da montanha - Prova de amor

24 horas depois 

Um dia se passou, desde a cirurgia de Dulce. O quadro clínico dela era muito grave. Após a longa e delicada cirurgia pela qual ela havia passado, Dulce piorou e os medicamentos já não faziam mais efeito nenhum. Ela desenvolveu uma infecção cirúrgica, que se espalhava lentamente pelo corpo dela. 

- Dulce, melhore logo, meu amor! - Christopher falou para ele mesmo. Estava sentado em uma cadeira desconfortável do hospital. - Nossas meninas e eu precisamos de você. Por favor, recupere logo. - Ele estava com os olhos marejados, quando sente alguém tocar seu ombro. 

- Ucker, teve notícias da Dulce? - May perguntou. 

- Ela piorou, May! - ele respondeu, abraçando-a. - Desenvolveu uma infecção cirúrgica muito grave, que está espalhando como o vento por todo o corpo dela. Eu não sei mais o que fazer. Sinto uma dor tão grande em meu coração. Eu preferia mil vezes estar no lugar dela agora. 

- Calma, Ucker! Estou aqui com você! - disse ela. - Você quase não viu suas filhas, desde que a Dulce deu entrada neste hospital. Você precisa vê-las.

- Eu não posso, Maite! A Dulce precisa muito de mim. Eu não posso sair daqui. - Ucker afirmou. 

- Eu sei que está sendo muito difícil lidar com tudo isso. Mas você deve explicar para elas o que está acontecendo. A Dulce precisa de você, porém, suas filhas também precisam. Vai lá atrás delas. Qualquer notícia que eu tiver, te aviso. - May afirmou. Christopher se despediu dela com um abraço e saiu. Foi até o estacionamento do hospital, pegou seu carro e dirigiu até a casa da Anny. A primeira cena que viu foi suas filhas se divertirem com Anahí na piscina. Ele sorriu ao vê-las alegres. Fazia mais de um dia que não se viam e ele estava muito feliz por ver como se divertiam. 

- Ninguém vai convidar o papai para entrar nesta piscina? - Christopher perguntou. 

- Papai! - elas responderam, abraçando-o. Em poucos segundos, Christopher ficou molhado, pois o abraço das meninas compartilharam a água que tinha na pele delas para as roupas dele. 

- Christopher, que bom que veio. - disse Anny. 

- Depois conversamos, Anahí! - disse ele, reprovando a atitude dela. 

- E a mamãe? Quando volta para casa? - Helena perguntou. 

- Estamos com muitas saudades dela! - disse Heloísa. - Quando podemos visitá-la, papai? - ela perguntou. 

- O mais breve possível! A mamãe ainda precisa ficar um pouquinho mais no hospital! Ela ainda está muito fraca. - Ucker respondeu. Ele conversou um pouco mais com elas e voltou para o hospital. Chegou instantes mais tarde, onde encontrou Maite e Zoraida sentadas. - Tiveram notícias da Dulce? - Ucker perguntou. 

- Ucker, o doutor acabou de sair daqui! O estado dela é muito grave. - May respondeu, chorando em soluços. 

- Eu sabia que não deveria sair daqui! A Dulce precisa de mim.

- Suas filhas precisam de você agora, Christopher! Apesar de estarem com a Anahí, elas precisam do seu carinho, atenção e presença. Não se preocupe com a Dulce. Eu e a May estamos aqui com ela. 

- Obrigado, meninas! Não sei como agradecê-las. - Ucker agradeceu. - Será que eu posso visitá-la? 

- Talvez sim! Só poderá entrar um visitante. - May respondeu. Ucker não disse mais nada e foi até o quarto onde Dulce estava. Por sua sorte, ela estava acordada e não tinha nenhum médico no quarto. 

- Dulce! - disse ele. - Quando vai sair daqui, meu amor? Eu não me sinto bem te vendo nesta cama. Volta para casa, vamos cuidar das nossas filhas juntos. 

- Chris, eu quero... te pedir... um favor! - Dulce respondeu, fitando-o. Christopher estava com os olhos lacrimejados de dor, por ver sua amada doente. 

- Dul, você precisa descansar, meu anjo! Quando estiver melhor, podemos conversar. - Ucker pediu. 

- Chris, me promete que... se acontecer o pior... você vai cuidar das nossas filhas? - Dulce perguntou, com uma voz falha e fraca, enquanto lágrimas escorriam por sua face. - Promete que... que vai... cuidar delas? Se eu morrer, você será pai... e mãe delas! Quero que... que cuide bem... da Lena e... da Helô. Me promete?

- Para de pensar assim, minha linda! Para de... de pensar negativo. - disse ele. - Nós estamos juntos! Eu estarei ao seu lado até o último momento, até o último suspiro. - Christopher pegou na mão dela para passar segurança e para Dulce se sentir protegida. - Eu não quero que pense assim. Você ainda vai passar por cima desta fase ruim que está vivendo. 

- Você é... mara... vilhoso, Chris! Eu te amo e é por... isso que... que confio em você! Só me promete que vai... cuidar das nossas filhas, por.... por favor. Eu não posso... mor... rer sem... sem sua... res... posta. - Dulce insistiu. - Me promete, Christopher Ucker... mann.

- Só se me prometer que... que vai voltar para mim, quando... sair deste... maldito hospital. - Ucker pediu, pausadamente, controlando suas lágrimas. 

- Eu já voltei... pra você desde... desde que... me mudei... para esta ci... cidade. Eu já te perdoei, Chris! Mesmo... mesmo sem perce... ber, estamos juntos. Eu sei... que você... me ama. Eu também... te amo, meu bebê. 

- Então se você... sair deste lugar, quando melhorar, vamos tentar de novo? - Ucker perguntou, esperançoso. Dulce assentiu com a cabeça. 

- Promete cuidar delas, Chris? - ela perguntou novamente.

- Eu prometo cuidar da Helô e da Lena! - ele respondeu. - Prometo sim, meu anjo. - Ucker acariciou os cabelos de Dulce e depositou um beijo lento no rosto dela. - Agora eu vou deixar você descansar um pouco! Não quero ver minha namorada triste e cansada. - ela sorriu.

- Namo... rada? - ela repetiu. - Como assim, Chris? 

- Todo mundo perguntava o que você era minha. Eu respondia que somos namorados. Não me mate, tá? - disse ele, irônico. - Eu estarei aqui se precisar. Agora eu quero que descanse, meu anjo. - Christopher deu um beijo na mão dela e saiu do quarto.