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História A Mistura Perfeita - Capítulo 68


Escrita por: C_Mar_

Notas do Autor


✨Vamos aos números: no dia da entrevista, Lucy disse que fazia 1 mês que eles estavam estranhos. Aqui tem essa passagem de tempo, 2 meses. Então passou 3 meses desde o dia "D".✨

Boa leitura!

Capítulo 68 - Capítulo 68


Fanfic / Fanfiction A Mistura Perfeita - Capítulo 68

Por incompetência do governo e dos órgãos responsáveis, o problema com a água estendeu-se mais do que o previsto. Primeiro deram o prazo de uma semana, que pulou para duas, três e de repente, passaram-se dois meses. 

O fato das escolas particulares permanecerem fechadas causou estranheza em Lucy, que questionou o motivo das aulas não voltarem, já que recebem mensalidade e tal, mas Mira explicou que a decisão veio de cima e eles apenas cumprem. O problema é que estão em maio e as aulas não voltaram. Isso dificultou para alguns, mas como tudo na vida: o que é ruim para uns, de certa forma, é bom para outros.

Lucy não conseguiu começar a trabalhar e por isso ainda tem dependido financeiramente de Natsu, mas a situação é diferente, porque agora ela tem um emprego. 

Em compensação, esse atraso serviu para que ela terminar sua reciclagem e mais alguns cursos de aprimoramento. Durante esse último mês, Natsu saía do trabalho, ia direto à sua casa e só aí ela pegava pesado nos estudos. Numa dessas noites, após muito estudar, ela espiou o quarto e sorriu ao notar que as semelhanças entre pai e filha também mostram-se durante o sono. A pose dos dois era a mesma, até a perna estava esticada para o mesmo lado. Lucy ainda sentia-se mal por separá-los, mas sabe que não tem culpa das adversidades da vida.

Ainda por causa desse problema da água, deu tempo de Lucy arrumar um apartamento para ela e Nashi. O imóvel é maior do que o seu atual. Dois quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda. A loira não acreditou na sorte que teve quando Sting ligou e contou sobre ele. No dia seguinte, a mulher insistiu que Natsu a levasse até o lugar e lá foram os três. O medo de alguém alugar o espaço era real, mesmo seu primo garantindo que pediu ao proprietário para segurar o imóvel. Bom, digamos que Lucy já viveu coisas demais para saber que não deve contar com a sorte. Obviamente, ela não tinha os dois depósitos de aluguel que o proprietário exigiu e foi aí que o rosado entrou na jogada. A loira não pediu, detesta pedir coisas a ele, mas Dragneel estava presente quando a negociação aconteceu e ao perceber o desânimo da loira, tomou a frente da situação. Que escolha Heartfilia tinha senão aceitar? Verdade seja dita: ela é muito grata a sua tia Anna por oferecer-lhe abrigo, mas Lucy não sentia-se confortável com a situação. Exatamente por isso, não reclamou quando seu ex/futuro namorado ofereceu o dinheiro. Ela garantiu que pagará cada centavo e Natsu apenas assentiu, não tinha mais o que fazer, sabemos como a mulher é.

Quem não estava nada satisfeita com a casa nova era Nashi, que colocou defeitos em cada canto do imóvel. A janela era alta e grande demais, a cozinha muito pequena, os quartos esquisitos, as paredes tortas, as portas eram feias, a luz solar entrava muito forte nos cômodos, o chão mexia-se quando ela andava, as maçanetas não brilhavam, fazia barulhos estranhos, havia fantasmas e por aí vai. Não era nada igual ao apartamento que sua avó comprou. 

Três semanas após a visita, Nashi ainda reclamava sobre isso. Como ela seria feliz morando na casa de outra pessoa? Era impossível. Não havia sentido nisso, pelo menos não para si. Apesar de no dia da notícia ela ter parecido entender, isso não aconteceu. Depois daquele momento, foram criados diversos pensamentos sobre o assunto e isso fez sua cabeça dar um nó.

A mudança não seria apenas de casa. O parque, a pracinha, as pessoas, as árvores e a roseira na casa perto do mercado, tudo isso irá mudar junto. Como Nashi aceitaria tão fácil? O problema é que ninguém parecia entender suas preocupações. Seus pais pacientemente respondiam todas as suas perguntas, mas não era o suficiente.

Então, após uma "briga" unilateral com sua mãe, a menina parou de falar com a loira. Lucy ficou chocada, pois essa foi a primeira vez que Nashi teve uma atitude desse tipo.

Não precisamos nem citar que a mudança mais impactante é afastar-se de seu pai. Como dito, Nashi criou diversos pensamentos. Por que ele não impedia essa mudança? Se ele as amava da forma que disse, por que não mandava as duas ficarem ali? Por que apenas Nashi queria manter a família unida? Então ela parou de falar com Natsu também. 

A menina rebelou-se e decidiu morar na barraca que ganhou de natal. Ela não queria ver ou falar com ninguém, até essa situação ser resolvida e ela aceitaria apenas se tudo acontecesse do jeito que ela quer.

Com o tempo, a menina sentiu fome e precisou sair para alimentar-se. O banho era diário, mesmo contra sua vontade. Com um chinelo na mão, sua mãe sabia ser muito convincente. No meio disso tudo, Nashi levantou a voz apenas uma vez, no sexto dia de rebeldia, mas foi a última também. Lucy lhe deu um tapa no bumbum e ela não pensou mais em gritar com a loira.

Diariamente, a mais velha ia até a porta de sua casinha e dizia que estava sentindo muitas saudades. Nashi queria sair, abraçar sua mãe e dizer que também sentia muito, mas não o fez. A menina foi forte.

Natsu também aparecia todos os dias e dizia querer ver o lindo sorriso de sua filha, mas Nashi foi forte e não saiu.

Quando saía, ela apenas fazia o que tinha que fazer e depois voltava para dentro da barraca. Era difícil ser forte. Ela queria abraços, beijinhos e carinho, mas ela estava aguentando. As coisas precisavam mudar. Ela decidiu resistir o tempo que fosse preciso.

Nashi tem apenas 4 anos, então as coisas que parecem simples, talvez não sejam tanto assim. Crianças não são bobas, burras ou estúpidas, são apenas crianças. Estão descobrindo o mundo e seu lugar nele. Você pode explicar a situação da melhor forma possível, que ela entenderá apenas no próprio tempo.

E isso foi o que houve com Nashi.

Um dia, depois de muito refletir, ela chegou a conclusão que não conseguiria ganhar de seus pais, e nem precisava, não estavam em uma guerra. A menina precisava apenas dizer o que sente no fundo do seu coração e os dois entenderão. Eles sempre entendem. Nashi não quer desistir do pai e os dois precisam entender isso.

— Você acha que eu devo 'i 'faia com 'eies, 'iuz? – "Luz", esse é o nome do urso. — Mas… e se 'eies não 'entende? – perguntou novamente e virou-se para NaLu. — 'Vedade! Você é 'tão 'espeta! – abraçou seus dois grandes amigos com muita força. — O quê? Você 'qué 'i comigo? 'Caio que pode! Vamos!

Com a decisão tomada, ela abriu o zíper da barraca e saiu engatinhando. Não havia ninguém na sala e ela estranhou na mesma hora. Seus pais sempre estavam ali, esperando pela menina e dando sorrisos em sua direção ou apenas conversando um com o outro.

— Cadê 'eies, 'NaIu?

Será que a odiavam agora?

Será que haviam ido embora sem ela?

Nashi não sabia se isso era verdade, mas parou no meio da sala e chorou em silêncio, abraçada a sua boneca.

Como ficaria sem seus pais?

É por que ela foi uma menina má?

A pequena ouviu um barulho vindo do quarto e andou lentamente até lá, sem soltar NaLu.

Se seus pais foram embora, quem invadiu sua casa? Será que era uma pessoa ruim? Ela sentiu muito medo, mas precisava proteger a casa.

A porta estava entreaberta e ela viu a cabeleira loira de sua mãe. Uma sensação de alívio tomou conta de si. Nashi preparou-se para entrar no quarto, mas parou ao ouvir a voz de seu pai.

— E dessa caixa aqui, vai levar o quê?

— Queria perguntar a Nashi o que ela vai querer levar, mas… – Lucy suspirou.

— Relaxa, a menina não vai ficar naquela barraca 'pra sempre. – como ele sabia? — Ela precisa comer. – disse rindo. — Comilona do jeito que é, não vai aguentar tanto tempo sem comida. – Lucy riu também.

Nashi estava em choque. Ela não é comilona. Essa fala de seu pai, fez nascer um enorme bico nos lábios da menina.

— Ela não é comilona. Sua fome é normal, 'tá? – a loira jogou uma peça de roupa. — Eu só queria que ela visse o lado bom. Acho que ela gostará tanto da escola. – sorriu. — Você viu as dependências. Além disso, só ouvi elogio sobre a professora e a auxiliar de turma.

De onde a menina estava, ela não conseguia ver seu pai, apenas o espaço vazio que fica entre a cama e o rack.

— Eu tenho certeza que vai. Quando Nashi sair daquela barraca, conversaremos mais uma vez e você mostra a ela as fotos que me mostrou.

A pequena perguntou-se sobre essas tais fotos.

— Acha que isso será o suficiente? Nossa filha é muito cabeça dura. – a loira riu e a menina bateu na própria testa. — Decidida e teimosa também.

De repente, Lucy saiu do seu campo de visão.

— Puxou a mãe. – Nashi sorriu orgulhosa, ela gosta de parecer sua mamãe.

Natsu passou passou por seu campo de visão, mas logo sumiu.

— Apenas eu, né? Você não? – ele é, a garotinha sabe disso.

O silêncio tomou conta do ambiente e ela pensou que talvez seus pais estivessem contando um segredo. A menina levantou do chão, respirou fundo e decidiu duas coisas naquele momento: a primeira é que queria saber qual era esse segredo e a segunda, ela precisava falar logo com eles. Abriu lentamente a porta, deu alguns passos temerosos para dentro do cômodo e virou em direção ao armário. 

Nashi abraçou NaLu mais uma vez e sorriu diante da cena que presenciava. Não sabia o que fazer naquele momento, estava tímida e sem entender nada, mas não estranhou aquilo, afinal...

Todo mundo sabe que Lucy e Natsu se beijam toda hora.


Notas Finais


Vocês sabem, né?

Mais um pouquinho sobre a confusão dela.

Obrigada pelos comentários! 🤗


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