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História A Mistura Perfeita - Capítulo 94


Escrita por: C_Mar_

Notas do Autor


~Tinha planejado postar antes, mas não deu.

~Eu narrando.

Boa leitura!

Capítulo 94 - Capítulo 94


Fanfic / Fanfiction A Mistura Perfeita - Capítulo 94

Durante a gestação, Lucy teve muitas dúvidas, essas que não compartilhou, nem mesmo com o marido. Entretanto, quinze dias após à saída da maternidade, Mira apareceu na sua casa e varreu sua maior preocupação para longe, isso com apenas uma frase.

"Sei que você deve ter pensado muito sobre isso isso, mas não se preocupe, seu emprego continua sendo seu."

Como Heartfilia ainda estava com os hormônios desestabilizados, ela chorava e sorria ao mesmo tempo. Alívio, era o que a mulher sentia naquele momento.

Passou-se um mês e duas semanas desde que Elijah nasceu e ele recebeu muitas visitas. Duas eram as mais aguardadas, pois foram pessoas que a loira secretamente esperou em outros tempos. Grandine e Igneel levaram presentes, felicitações, elogios e todo aquele paparico de avós. 

A relação entre Lucy e Igneel não era maravilhosa, mas nenhum deles reclamava. O mais velho conseguiu derrubar as barreiras criadas por seu orgulho e estava vivenciando aquele momento, o mesmo que se recusou antes.

O que foi feito, jamais será esquecido.

Naquele momento, o relacionamento entre Heartfilia e sogros não era o ideal, todos sabiam, mas resolveram focar no presente ao invés de olhar para trás. Se algum dia as coisas serão como deveriam ser? Essa era uma resposta que ninguém conhecia.

Natsu, que tinha adiantado suas férias, voltou ao trabalho e Lucy estava sozinha com as duas crianças. Ela não sabia se ficava feliz ou triste com isso. Vejam bem, a loira amava o marido e seus filhos, mas que não era fácil, não era.

"Eu não tenho nada do que reclamar. Me sinto relaxada e também estou curtindo tanto esse momento de paz e tranquilidade. Nós quatro parecemos aquelas famílias dos comerciais de margarina. – era isso que ela queria dizer, mas seria mentira se o fizesse.

A realidade era que Lucy estava a ponto de explodir e jogar Natsu e Nashi pela janela. Manteria apenas Elijah, pois ele ainda não entendia o que acontecia e nem tinha culpa de nada.

Lógico que os hormônios contribuíram para a falta de paciência, mas os dois também. Às vezes pensava em pegar o filho e fugir para seu antigo apartamento. 

Desde que voltaram para casa, Natsu e Nashi pareciam disputar o posto de quem era o mais chato. O que não fazia sentido, pois eles estavam igualmente chatos. Se houvesse um pódio, cada um ganharia uma medalha de ouro.

Natsu queria mimá-los o tempo inteiro e Lucy não tinha nada contra isso. O problema era que existia um certo exagero por parte do marido, algo que ele não percebia. Um exemplo foi quando o rosado perguntou se ela queria que ele lhe desse um banho. Sim, nela e sem segundas intenções. 

"Eu não estou inválida, amor." – foi isso que ela calmamente respondeu.

Entretanto, Lucy estava enganada e Natsu  sabia que errava a mão nos cuidados, mas ainda sentia que era pouco. Na cabeça dele, a loira passou por tanta coisa na gestação, fez tanto esforço para ter o bebê e mal dormia por causa da amamentação, nada mais justo do que mimá-la.

Quanto ao pequeno, Natsu queria pegar a criança no colo toda hora. O bebê não podia soltar um gemido, que ele já estava em cima, perguntando se não precisava levá-lo ao hospital. Heartfilia sabia que era coisa de pai de primeira viagem e achava isso fofo, carinhoso, cuidadoso e amável, mas existiam momentos em que ela respirava fundo para se acalmar. 

Apesar de não parecer, tinha um lado bom na situação. Lucy deixava muitas fraldas sujas para o papai trocar e ele o fazia com muita boa vontade e habilidade. 

Ele queria fazer parte de tudo. 

A única coisa que Natsu ainda não tinha confiança de fazer sozinho era dar banho no bebê. Dragneel tinha medo de deixá-lo escorregar na banheira.

Quanto a Nashi, bom, a menina estava com ciúmes, o que era esperado pelos pais. Durante a gestação, houve muita empolgação e expectativa pelo novo membro da família, mas após o nascimento, a ficha caiu e ela percebeu que teria que dividir os pais e que não era mais a única criança na casa. O menino ganhava todas as atenções.

"Tudo é do bebê e para ele."

A primeira vez que ela teve contato com o sentimento "ciúme", foi quando Natsu entrou em cena há alguns anos e por isso pregava algumas peças no pai, mas a situação era diferente agora. Lucy não conseguia ir ao banheiro sem que menina quisesse entrar junto.

"Mamãe, vamos ter um momento a sós."

Quando viu o berço montado no quarto dos pais e depois soube que o irmãozinho dormiria ali, ela chorou muito, pois queria colocar seu colchão no chão e ficar lá também. 

"Se ele pode, por que eu não posso?" – ela perguntava.

E ouvia sempre a mesma coisa.

"Você pode dormir aqui algumas vezes, mas não todos os dias. Seu irmão é muito pequeno para ficar longe de nós por muito tempo. Ele irá dormir no mesmo quarto que você, mas só daqui a alguns meses." – ela não ficava nada satisfeita com a resposta.

A última coisa que Nashi queria era que um bebê chorão dormisse em seu quarto. Como ela dormiria, se ele não parava de chorar? Mas a menina não era burra e sabia que se não aceitasse o chorão no seu quarto, ele teria que dormir no dos pais.

— Mamãe, vem ver 'deseio comigo. – disse manhosa.

Quando via a filha tão carente, Lucy duvidava se estava conseguindo dividir as atenções entre ela e Elijah. Um bebê demanda muita atenção e era disso que a loira tinha medo, temia acabar negligenciando a filha sem perceber. Entretanto, Heartfilia estava fazendo um bom trabalho, Nashi era quem precisava adaptar-se à nova vida.

"Agora que o chorão dormiu, a mamãe é só minha."

— O que foi, hein? – a mais velha passava os dedos pelo cabelo da filha.

— Nada. – sorriu. — Eu senti saudades de ficar assim. – beijou a coxa da mãe.

Ela estava feliz. O bebê dormia e seu pai não estava, ou seja, a loira era todinha sua.

— Você sabe que eu te amo um montão, né? 

A menina virou para cima e sorriu para a mãe, que tocou o pequeno nariz.

— Mesmo com o bebê? – brincou com os dedos da mais velha.

Era isso que Lucy temia, mas sabia que era inevitável.

— É claro que sim. De onde você tirou isso?

— Você nem vai mais na 'paciia comigo, nem me 'ieva mais 'pa 'escoia e nem faz mais um monte de coisa. Tudo é só 'eie. – um bico surgiu em seus lábios.

Foi a primeira vez que Nashi verbalizou seu descontentamento, ou seja, ela estava sentida.

— Meu amor, não é porque seu irmão nasceu, que eu te ame menos. Eu te amo muito. Meu coração 'tá cheio de amor por você. Minha primeira filha, minha companheira de sempre. Você entrou comigo na igreja, lembra? – a menina assentiu e sorriu, era uma boa recordação. — É só que… – Lucy tentava encontrar as melhores palavras. — Nesse momento, o bebê é muito dependente e precisa de mim 'pra tudo. Sabe por que Elijah chora tanto? Porque é a única forma que seu irmão tem de chamar atenção e nos mostrar que 'tá com fome, dor, sujo ou querendo carinho. – Nashi sentia-se meio boba naquele momento. — Ele não fala, não anda, não vai ao banheiro, não toma banho e não come sozinho. Nós, seu pai e eu, precisamos estar ali 'pra quando ele precisar, porque ele vai precisar de nós.

— Eu sei. – desviou o olhar.

— Não sabe. – Lucy ajudou a menina a sentar no seu colo e beijou o dorso de sua mão direita. — Você acha que nasceu grande assim? Passamos por essa fase também. Você chorando e eu tentando adivinhar o porquê. – elas riram. — Talvez nós duas não estejamos tão grudadinhas agora, mas isso não muda o tamanho do meu amor. Nada nunca mudará isso. O que sinto por você é eterno, entendeu? – a menina assentiu e secou as lágrimas. Lucy deixou um beijinho em seus lábios. — Presta atenção no que direi agora. Se tiver um dia em que ache que eu não 'tô te dando atenção suficiente, você me diz, não guarda aí dentro. – pôs uma mecha atrás da orelha da pequena. — Eu amo você, amo o Elijah e amo seu pai. Tem muito amor dentro de mim 'pra todos vocês e por isso ninguém vai ficar sem.

— Eu também tenho muito amor 'pa você, mamãe. – sorria lindamente.

O momento foi interrompido pelo alto choro e Nashi bufou, descendo do colo da mãe. Lucy soltou um longo suspiro e foi até o quarto. A loira o pegou no colo e ele logo parou de chorar. Ela voltou à sala e sentou onde estava antes.

— Sabe o que eu percebi? – perguntou e Nashi negou, ainda com um bico nos lábios. — Você segurou o Elijah apenas uma vez. Quer fazer isso?

A menina arregalou os olhos, surpresa pela pergunta.

— Não 'queio.

— Por quê?

— E se eu deixar 'eie cair e 'eie 'quebar?

Por algum motivo desconhecido, Nashi achava que se o bebê caísse no chão, ele iria quebrar como uma boneca de porcelana.

— Não vai deixar cair. – sorriu carinhosa. — E eu já disse que ele não é um brinquedo 'pra quebrar dessa forma que você pensa. – riu. — Vem comigo.

A loira mandou que Nashi sentasse no meio da cama e indicou a posição ideal do braço que apoiaria a cabeça, o corpinho seria apoiado nas pernas da menina. Lucy cuidadosamente deitou Elijah neles, o soltando completamente. A mais velha sentou pertinho e fazia carinho na cabeça dos dois.

"Que cena linda." era isso que a loira pensava.

Como se quisesse agradar e conquistar de vez a irmã, ele abriu os olhos em sua direção e sorriu.

— 'Oia. – olhou sorrindo para sua mãe e depois para ele. — Oi.

O menino levantou a mão e Nashi deu aproximou o dedo indicador, que foi logo agarrado pela mãozinha. A menina sorriu mais ainda.

"Ah, meu coração de mãe não aguenta."

— 'Eie 'faiou "oi", né? – Lucy apenas assentiu.

Quando a fome bateu, ele chorou e pelo choro, Lucy sabia o que era. Ela o pegou, encostou na cabeceira e tirou o seio direito, posicionando a auréola na boquinha da filho.

— Mamãe, 'eie gosta de mim? – perguntou sem jeito e Lucy assentiu. — Mesmo eu não gostando 'deie antes?

Era óbvio que Nashi amava Elijah.

— Você não gostava dele?

— Não. – olhou para baixo e depois sorriu para a mãe. — Mas 'agoia eu gosto… só um 'pouquiio. – ela não daria o braço à torcer tão rápido assim.

Nashi sentia-se confusa com aqueles sentimentos. Ela sentia "raiva" do bebê, mas também gostou de segurá-lo e achou legal quando ele lhe disse "oi".

"Ouviu? Eu gosto só um pouquinho de você, seu chorão." – ela pensava, enquanto segurava a mãozinha do irmão.


Notas Finais


Lucy quase explodindo? Que coisa, né?
Nashi ciumenta? Imagina.
Natsu mimando? Quem poderia imaginar? Hehehe

~Eu gosto de deixar claro que mesmo os quatro (NaLu, Igneel e Grandine) convivendo, nada foi esquecido. Todos estão seguindo, cada um com seu peso na consciência, suas cicatrizes e tentando melhorar.

Obrigada pelos comentários!!


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