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História A moleca e O garanhão - Capítulo Onze


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Apareci!
Antes tarde do que nunca, não é mesmo?
Peço que me desculpem pela demora, por favor! Eu tentei postar muito antes, só que não consegui um tempo no meio de tantos trabalhos e provas. Só que, pelo menos por enquanto estou livre de tudo isso, e vou tentar recompensar vocês, prometo!
Obrigada por todos os favoritos, eu amo vocês e fico muito feliz ao ver que a fanfic está crescendo dessa forma. ❤

Capítulo 11 - Capítulo Onze


Capítulo #11 -

POV Alícia -

Eu e Paulo perdemos a primeira aula. Na verdade não foi de propósito que fizemos isso, mas quando resolvemos ir para a sala, a aula provavelmente já devia estar na metade então ficamos onde estávamos, até o segundo período de aula vir.

Eu não sentia nada por ele. Na verdade tinha algum tipo de atração envolvida, mas eu ainda era apaixonada pelo Mário. Só que se o Paulo quisesse me beijar milhares de vezes, eu beijaria, sem problemas, confesso!

Aquela história dele de terminar com a Maria Joaquina não estava me convencendo muito. Até porque ele havia me dito isso semanas atrás, e logo depois já estava beijando a garota. Então o que esperar de um cafajeste desses?

A aula de segunda passou o mais rápido possível, tanto que eu até estranhei quando o sinal da saída bateu.

Agora já era terça feira. Me levantei e segui toda a minha rotina matinal de sempre.

Como minha mãe estava em casa, pode me levar até a escola, então isso me poupou uma grande caminhada.

Entrei no prédio escolar rapidamente, afim de encontrar a Valéria para que ela me contasse todas as novidades sobre ela e o Jaime. Mas quando cheguei no pátio, notei que algo de estranho estava acontecendo.

A maior parte das pessoas segurava uma foto nas mãos. Tanto os desconhecidos, como os da nossa turma.

Alguns pareciam chocados. Outros davam risada e sussurravam com os amigos.

O que será que estava acontecendo?

Antes que eu pudesse ir até os meus amigos, meu braço foi puxado com uma certa brutalidade e eu fui levada até um dos corredores menos movimentados.

- O que foi?

(Paulo) - Qual é o seu problema? Quando eu disse que terminaria com a Maria Joaquina, eu não insinuei que queria que fosse dessa forma. E muito menos pedi a sua ajuda!

- Do que você ta falando? E solta meu braço, ta me machucando!

Guerra soltou meu braço e me estendeu uma das milhares fotos. Tive um certo receio de pegar, mas peguei e olhei, tentando não demonstrar que eu estava com um pouco de medo.

No papel estava impresso a foto que eu havia tirado do Paulo no banheiro se pegando com uma garota. A mesma foto que eu tinha apagado na festa do Jaime.

- Meu Deus! Como isso foi parar na mão de todo mundo e...

(Paulo) - Eu que te pergunto, Alícia! Que porra você fez? Isso vai chegar nos ouvidos do meu pai e eu vou estar fudido. Você é uma mentirosa! Disse que tinha apagado essa porcaria.

- Mas eu apaguei, você mesmo viu! E mesmo que a foto ainda estivesse no meu celular eu jamais faria isso com você! Não é possível que você vai desconfiar de mim, Paulo!

(Paulo) - A única que poderia ter feito isso é você. Até porque só você viu! Eu realmente achei que você fosse diferente, mas na verdade só estava me conquistando pra depois ferrar com a minha vida. Você é... Desprezível.

- Paulo! Me escuta.

(XxXx) - Antes de qualquer coisa, eu só preciso te dar isso.

Me virei na direção da voz e dei de cara com a Maria Joaquina. A mesma estava com o rosto mais vermelho do que nunca, e podíamos ver claramente que ela estava com raiva. Muita raiva.

No segundo seguinte sua mão acertou a bochecha esquerda de Paulo, e o mesmo já ia tentar se explicar, mas ela acertou outro tapa em sua outra bochecha. Em seguida, foi embora.

- Olha, eu te juro que não tenho nada a ver com isso. Eu nunca faria algo contra você, aliás somos amigos e amigos não fazem isso um com o outro.

(Paulo) - Me dá licença, Gusman! Eu quero distância de você.

Então ele me empurrou e saiu andando corredor a fora. Enquanto isso eu fiquei parada no mesmo lugar tentando imaginar quem tinha sido o infeliz que havia espalhado a foto pra todo mundo.

 

***

Se alguém estivesse com a intenção de estudar, o dia certo não era aquele. Nenhum professor conseguiu passar matéria nenhuma porque a única explicação que todos queriam era o porquê que Paulo traía Maria Joaquina.

O mesmo não apareceu em nenhum dos períodos, enquanto Maria Joaquina permaneceu forte o tempo inteiro, demonstrando não estar nem um pouco abalada com aquilo.

O clima estava muito tenso e o que eu mais queria era sair daquela sala.

Assim que o sinal da saída bateu, sai correndo da sala o mais rápido que podia. Não que eu quisesse ir logo pra casa, mas precisava respirar melhor.

Me sentei em uma pequena escadaria que ficava no pátio, e logo Valéria me alcançou e se sentou também.

(Valéria) - Menina! Eu imaginava que você era maldosa, mas dessa forma... Nunca pensei! Arrasou! Eu adorei.

- Do que você ta falando?

(Valéria) - Da foto, oras! Aquela que você me mostrou aquele dia na sua casa.

- Acha mesmo que fui eu quem fiz isso?

(Valéria) - Sim. Aliás, é a única pessoa que pode ser, afinal só você tinha a foto.

- Valéria eu jamais faria isso com o Paulo. Por mais idiota que ele seja, nós somos... amigos! E eu não iria me meter no relacionamento dele dessa forma, a não ser que ele me pedisse e olhe lá! Sem contar que eu acabaria magoando a Maria Joaquina também, e isso não é legal.

(Valéria) - Quem se importa com a Maria Chatonilda, Alícia? Ela é uma pessoa totalmente arrogante, vazia por dentro, sem contar que quase sempre infernizou nossa vida.

- Eu sei que ela é tudo isso, mas não acho que vingança seja uma coisa legal. Enfim, não foi eu quem espalhei essas fotos, e eu jamais faria isso.

(XxXx) - Claro que não foi você! Somente uma pessoa inteligente como eu faria isso. Aliás, eu fiz por uma excelente causa. E se fosse você que tivesse feito, seria por qual?

Me virei calmamente na direção da voz, já imaginando quem seria, e dei de cara com a cabelo água de salsicha.

- Bibi? Não me diga que você que espalhou essas fotos!

(Bibi) - Sim, Alícia! Fui eu! Aliás, deixar o celular jogado no meio de uma festa, ainda por cima desbloqueado não é uma coisa muito inteligente. Achei que você fosse mais esperta.

Como eu pude ser tão otária! No dia da festa do Jaime, eu larguei meu celular sozinho em qualquer lugar para ir dançar com a Valéria, e exatamente naquele momento a Bibi deve ter o pego e vasculhado todas as minhas coisas.

(Valéria) - Como você é idiota, garota! E que amiga você é, hein! Fez tudo isso com a Maria Joaquina, sua best, que coisa feia.

(Bibi) - Eu apenas ajudei ela. Desde o começo eu nunca apoiei esse namoro ridículo dos dois, ele só brincou com os sentimentos dela. Apenas dei uma forcinha para que toda aquela palhaçada acabasse de vez.

Ela falava de uma forma tão sínica e sarcástica, e aquilo me dava tanta raiva. Não sei porque, mas me dava. Tinha até vontade de fazer aquele cabelo dela, literalmente pegar fogo.

Me levantei ficando frente a frente com ela, enquanto Valéria fazia o mesmo, ficando do meu lado. Eu já ia falar, só que mais uma vez naquele dia, Maria Joaquina apareceu e me interrompeu.

(Maria J.) - Bibi? Você? - seus olhos estavam um pouco inchados e eu podia sentir que ela ia começar a chorar a qualquer momento - Eu ouvi tudo que você disse, eu...

(Bibi) - Majo, eu fiz isso pro seu bem.

(Maria J.) - Desde quando me quebrar dessa forma é pro meu bem? Você é minha melhor amiga, mas isso não significa que tenha que se intrometer na minha vida dessa forma. Eu preferia não ter ficado sabendo de nada, eu, eu não merecia isso!

Presenciar uma briga de amigas não era uma das coisas mais legais, só que aquilo estava até que interessante, por mais que eu estivesse meio mal também.

(Valéria) - Não é por nada não, Maria Joaquina, mas você merecia sim! Por pior que o Paulo seja, ele merecia um prêmio nobel por te aturar. Nunca percebeu o quão chata você é? Meio difícil encontrar alguém que goste de você mesmo.

- Valéria, para!

(Valéria) - Até porque, muitos te querem só porque você é rica e tem um corpo escultural, mas querer, desejar é uma coisa. Amar é outra bem diferente, e eu acho que ninguém te ama, nem nunca amou. E tudo isso porque você só pensa em você e acha legal humilhar os outros. Então sim, você merece isso sim!

No mesmo segundo, quando Valéria parou de falar, Maria Joaquina saiu correndo sem falar nada.

- Você ficou maluca? Ela não merecia ouvir nada disso, você piorou a situação dela, Valéria! Minha nossa, o que eu faço com você?

(Valéria) - Ah por favor, Gusman! Ela tinha que ter escutado isso a muito tempo. Só porque ela descobriu que é chifruda, não significa que ela tenha mudado e deixado de ser aquela pessoa esnobe. - pisquei os olhos algumas vezes, depois balancei a cabeça fazendo sinal de negativo e comecei a andar para longe dali - O que vai fazer agora?

- Eu? Eu vou atrás dela!

***

Procurei a Maria Joaquina por um bom tempo. Eu não sabia ao certo o motivo de eu estar tão preocupada com ela, mas simplesmente achei ridícula aquela atitude da Valéria.

O último lugar que eu procuraria seria no vestiário feminino, que ficava pertinho da quadra. Se ela não estivesse lá, não estaria em nenhum outro lugar daquela escola.

Abri a porta devagar e entrei, logo em seguida já era possível ouvir sua voz.

(Maria J.) - Vai embora, Bibi! Eu não quero ouvir nada que vier de você.

- Não é a Bibi, sou eu, Alícia.

Ela virou sua cabeça na minha direção e eu quase me assustei ao ver sua situação. Cabelos bagunçados, rosto totalmente vermelhos com lágrimas e mais lágrimas escorrendo de seus olhos. Eu nunca à tinha visto daquela maneira, tão acabada.

- Será que podemos conversar? - perguntei me aproximando e sentando num banquinho ficando de frente pra ela, que estava sentada no chão.

(Maria J.) - Por que alguém iria querer conversar com uma pessoa tão desprezível como eu?

- Não fala assim, Maria Joaquina. Olha, admito que você nunca foi uma das pessoas mais legais da escola, só que todo mundo tem seu jeito e cabe aos outros aceitar isso ou não. Você não é obrigada a mudar por causa de ninguém.

Ela abriu a boca pra falar, mas logo em seguida fechou de novo.

- Eu sei que tudo aquilo que a Valéria falou doeu. Principalmente hoje que você está assim, tão fragilizada. E sobre o Paulo, bem... Você não tem que se importar com isso. Ta que foi uma coisa horrível, mas existem muitos outros garotos bons que só querem uma chance pra te fazer muito feliz, e você sabe de quem eu estou falando.

(Maria J.) - Ah Gusman, eu já meio que sabia que o Paulo fazia isso comigo, afinal todos sempre diziam que nosso namoro era fachada. Mas eu tentava me iludir dizendo que era só paranoia minha. Eu fiquei tão mal assim, por ver que eu não era só paranoia, é real! O que me doeu mais foi a minha melhor amiga ter feito essas coisas, e ter escutado todas aquelas verdades, porque convenhamos que eu realmente sou um ser humano horrível.

- Sua vida não vai e nem tem que parar por causa disso. Se você acha que é um ser humano horrível, mude! Mas mude por você mesma. Enfim, eu só vim aqui pedir desculpar pelo ocorrido. Pedir desculpas pela Valéria, na verdade. Eu sei que nunca fomos amigas e a coisa tava mais pra inimigas, só que eu nunca odiei você, sempre te admirei. Então não faria sentido eu querer te ver mal.

(Maria J.) - Me desculpa por tudo! Você é tão diferente do que eu imaginava. Nem sei porque eu tenho tanta implicância com você. Aliás, veja só... A garota que eu mais desprezava, me ajudando enquanto deveria estar rindo de mim assim como os outros. Você é demais, Alícia! A partir de hoje eu admiro muito você.

Não consegui dizer nada, apenas sorri. Quem diria que por detrás daquela implicância, arrogância existia um coração.

(Maria J.) - Bom... Amigas então? - ela me estendeu a mão.

 - Amigas então! - estendi a mão também, e demos um leve aperto enquanto trocavamos sorrisos.


Notas Finais


Momento fofura com Alícia e Maria Joaquina pra fechar o capítulo, pq sim.
Até mais! 😘


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