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História A Morte do Ego - Único


Escrita por: yutarockstar

Notas do Autor


Olá~ essa é uma one-shot baseada na música Ego Death do Ty Dolla $ign.
eu tive essa ideia estranha voltando do mercado ksksk não conseguia parar de pensar nessa música e eu queria muito escrever alguma coisa que fizesse jus a emoção que ela passa, e como eu adoro songfics aqui estamos
já aviso que tem algumas palavras/frases em inglês. três pra ser mais exata
hoho aproveite

Capítulo 1 - Único


Após um término feio como havia sido o seu último, Lee Taeyong não estava em seu melhor estado. Esse poderia ou não ser o motivo que o levou a sair de madrugada, decidido a ficar completamente doido. Esquecer o próprio nome era como uma preliminar, Taeyong precisava de bem mais para tirar a sensação de impotência que Jung Jaehyun havia deixado em si no momento em que lhe virou as costas. 

O colega da faculdade, Ten, o prometeu que cada segundo da noite valeria a pena enquanto eles andavam pelas ruas já escuras e relativamente vazias, em um pequeno grupo de meio estranhos, meio amigos, todos com o mesmo destino a farra. Todos estavam com frio porque as roupas de festa não aqueciam o suficiente; todos estavam alheios a como quatro inconsequentes não formam um confiável. 

Taeyong e Ten conheciam esses outros dois caras que costumava ver quando saíam para se divertir. Era o único momento em que se aproximavam e se adoravam de verdade, agiam com intimidade demasiada e se livravam de qualquer sensibilidade ou timidez antes de se afastarem por semanas e se contentarem com cumprimentos vazios ao se encontrarem por acaso e sóbrios. Wong Yukhei era um homem alto demais, simpático e esquecido, ótimo para se ter nos melhores momentos e sabem os Deuses como era nos momentos inoportunos, porque ele nunca estava. Mark Lee, novo demais e uma incógnita, costumava sair com Ten e Taeyong quando tinha tempo e felizmente estava disponível na noite em que Taeyong precisava absurdamente esquecer tudo que vivera com seu ex-namorado, marcando sua presença fútil em mais um evento tão importante na vida de um daqueles quatro estranhos. Mark não falava uma única palavra em coreano e não fazia a mínima questão de aprender, ele simplesmente ignorava todos que não falavam com ele em sua língua nativa. 

A noite de Lee Taeyong então começa ao lado de um colega, três estrangeiros, esse garoto o qual a mínima comunicação entre os dois está fora de questão. 

 

Quando se é jovem em uma festa que começa depois da meia-noite, modos e etiqueta são palavras que subitamente nunca existiram. Taeyong sabe disso e concorda plenamente assim que passa pela porta da frente da casa de uma mulher que não o conhece. Ele conta com a sorte quando anda cegamente até a primeira pessoa que pode lhe oferecer álcool, e parece que sempre soube o caminho certo porque a primeira coisa que colocam em sua mão quando para um pouco é um copo de shot, tequila entornando em seus dedos finos. Lee levanta a cabeça e vira como se fosse alguém que sabe o que faz. Seus amigos de festa estão a alguns passos e flashs de luzes coloridas de si, falando com outras pessoas, mas Taeyong não sente como se tivesse tanto tempo assim então ele vira mais três shots de tequila. A mesma pessoa que lhe ofereceu bebida segundos atrás deposita um limão entre seus lábios, arde, e alguém balança sua cabeça enquanto ele escuta risadinhas antes de começar a rir também. 

Wong Yukhei tem um braço ao redor dos ombros de Mark Lee quando Taeyong enfim vai até eles, alto o suficiente para alguém que está começando da melhor forma. Lee prefere esperar a bebida se apossar de um espaço em seu corpo antes de mandar uma nova para dentro. 

“Ele é um completo babaca. Odeio pessoas tão egocêntricas que acabam criando uma própria órbita ao redor de si mesmas.” Ten grita sobre a música alta, correndo os dedos no cabelo preto antes de levar um cigarro aos lábios. 

Taeyong percebe no mesmo instante que chegou no meio do assunto, então fica calado até que possa entender sobre que tipo de merda os três estão falando dessa vez. O garoto loiro que não fala sua língua está balbuciando frases em inglês do seu lado agora, ele olha para Mark de relance e se pergunta no que ele pensa a maior parte do tempo. Yukhei dá uma risadinha. 

“Imagine, o direito de ter a própria órbita como se você fosse grande como um planeta.” Ele ri mais alto, no entanto Ten parece sério demais sobre o que acabara de falar, tragando seu cigarro que empesteia os cabelos e roupas de todos eles com cheiro de tabaco. 

Nonsense.” Mark resmunga, abanando a fumaça que Ten joga neles propositalmente dessa vez. 

“Fumante mórbido filho da puta.” É a primeira coisa que Taeyong diz, provocando um sorriso travesso na face do colega. “Sobre o que estão falando?” 

Antes que possa ser respondido o outro homem termina o que restara do cigarro em um único trago, jogando a bituca em um vaso de flores artificiais em cima da mesa de centro da sala. Ten tira um cigarro que ele mesmo preparou e enrolou mais cedo do bolso da jaqueta e um isqueiro das calças. Taeyong assiste a tudo meio zonzo, já sentindo falta de algo amargo ou doce demais escorregando na língua. Yukhei suspira vidrado em cada movimento de Ten e passa sua bebida para Taeyong, lhe dando o copo quase cheio de vodca e suco, as pedras de gelo se chocando quando Taeyong aceita. 

“Cara, eu odeio suco de uva. Acho que ninguém mistura isso com álcool nenhum.” Reclama, mas dá outro gole longo na bebida. O pescoço de Taeyong fica exposto e seus cabelos tingidos de vermelho caem para trás sempre que o faz. 

“E o que você acha que é o vinho?” 

“Estávamos falando do seu ex.” Ten interrompe com a resposta que o amigo precisava. Pedaço de paraíso já aceso entre os lábios, ele puxa e então passa. 

Lee faz uma careta com a menção de Jaehyun. Põe a língua para fora como se sentisse repulsa, mas não tem nada a ver com o suco de uva que tanto odeia. 

“Eu adoro essa música.” Desvia do assunto, distraído com o copo de bebida que agora está quase pela metade e a batida de ‘Ego Death’ que vibra em seu corpo como se ele mesmo fosse uma caixa de som. Tudo indica que essa noite irá correr estupidamente bem. “Ele era um idiota. Mas, devo admitir que não era tão ruim quanto misturar suco de uva e vodca.” 

“Isso é bom. Nós vamos nos divertir pra caralho hoje se você manter esse mindset.” Yukhei mostra um sorriso cheio de dentes. 

Lee Taeyong sorri de volta antes de terminar sua bebida de uma vez. Ele olha bem os outros e repara como as pálpebras de Wong estão preguiçosas agora, é engraçado para caralho na sua visão então ele ri. Ten parece feliz quando o vê assim, e de alguma forma isso indica para o eu mais profundo de Taeyong que está tudo certo, tudo parece estar onde deveria estar e ser como deveria ser. Ele bagunça os cabelos loiros de Mark que agora está fumando ao seu lado, não precisa de um motivo para tocar o garoto o qual não deve saber mais que o nome, sobrenome e que é maior de idade. 

“Cara, agora eu meio que preciso de alguma coisa para beber.” Ten diz, olhando ao redor brevemente. “Ou alguém que beije bem.” 

Eles riem, Mark Lee quase se engasga com fumaça e xinga Ten em inglês mil vezes pois a culpa é exclusivamente dele. 

“Eu vou ver se consigo experimentar um de cada no bar da... qual o nome da dona da festa? Enfim, não importa.” Taeyong afirma risonho enquanto tira a blusa de botões com estampa de onça de dentro da barra da calça; de repente está calor e o frio que sentira na rua meia hora atrás parece irracional. “Eu encontro vocês mais tarde. Quem sabe aí eu fumo, então não acabem com tudo.” 

“Okay, TY.” 

Taeyong é do tipo independente, não precisa estar a todo tempo na companhia de uma pessoa conhecida em festas ou qualquer outro ambiente no dia a dia; acostumado a dar conta de muita coisa sem pedir ajuda, habituado a misturar bebidas alcoólicas sem sentir a urgência de colocar tudo para fora no fim da noite. E então, ele dá o primeiro perdido em seus amigos – é mais que duas da madrugada e tudo ao redor parece especial, ele está naquele estágio em que ama a maioria das pessoas exatamente porque não as conhece. Provavelmente Ten, Mark e Yukhei estão altos como o Empire State em qualquer canto da casa. O cabelo vermelho de Taeyong pode atrair a atenção de qualquer um quando ele está jogando a cabeça para trás, bebendo e então chacoalhando. Falta pouco para a preliminar se concretizar e ele ri bastante antes de aceitar uma cerveja e parar em uma roda de pessoas que ele provavelmente conhece, apenas não se lembra no momento, o chamando para dançar. Taeyong grita “sim”, indo gastar um pouco da energia acumulada em tantas partes do corpo que talvez por isso ele já não sinta mais nada quando seus olhos desfocam e a mente esvazia por milésimos de segundos. 

É uma dessas noites em que tudo corre estupidamente bem. Velocidade sobre-humana se apossando de cada movimento não conscientemente programado, mas ao confiar em nada além das próprias emoções, o corpo parecia estar e não estar, e ser capaz de muito mais fazia total sentido. 

Mais horas se passaram com Taeyong beijando bordas de copos cada vez mais entusiasmado. Em algum momento se reencontrou com Yukhei e ele sussurrou um aviso no pé de seu ouvido que foi válido por um total de cinco minutos, o tempo que Lee Taeyong levou para esquecer. A preliminar foi atingida e já se parecia com um orgasmo; ele esqueceu como se chamava e aonde estava. Após gastar energia o suficiente caiu em um sofá confortável como o colo do Diabo, rindo sem razões e conhecendo o oposto de pensar, algo que o jovem adulto jamais seria capaz de definir. Suas pernas estavam dormentes dentro daquela calça apertada e quente. O mundo parecia acontecer ao seu redor e girar sem parar. Taeyong arregalou os olhos e esfregou o rosto vezes demais tentando voltar ao normal, mas era impossível. 

“Merdamerdamerda.” 

Taeyong duvidava que poderiam existir coisas na vida tão extravagantes e intensas quanto se perder em si mesmo ou de si mesmo. Ele sequer notou o pó róseo flutuando no fundo do copo iluminado do último cara que roubou a bebida – um copo que piscava colorido parecia grandioso demais para se ignorar naquele momento. E, extravagante como se perder de si mesmo era a definição que deveria aceitar como sua após aquele último drink.  

A música estava alta demais e mesmo assim não parecia suficiente. Taeyong só conseguia pensar em como tudo era intenso, como receber um fora por mensagem de texto era intenso. Aquilo fodeu com Taeyong por uns dias, machucou seu ego e o colocou para baixo, e o pior era precisar se colocar para cima novamente sozinho. Jung Jaehyun não passava de um arrogante autocentrado e mesmo assim poderia fazer Taeyong perder a cabeça sem que ele precisasse recorrer a uma noitada. Ele e seus melhores amigos o consideravam um enorme narcisista, mas quando Jaehyun foi embora, o único que teve o ego assassinado foi Lee Taeyong.  

Uma coisa muito feia estava prestes a acontecer quando Yukhei finalmente encontra Taeyong, tão travado que sequer o escuta. Taeyong havia perdido completamente a cabeça e se distanciado de seu senso de si mesmo. Isso não é mais sobre seu ex. 

Ele se torna um inominável enquanto Wong Yukhei o arrasta para fora da festa e eles são acompanhados por Ten e Mark, parando no meio do asfalto e Taeyong simplesmente se senta no chão da rua. O homem de cabelo vermelho está muito fodido e não tem a mais vaga noção do fato, nem mesmo quando Ten o faz beber água e põe M&M’s em sua boca. Mark Lee está de braços cruzados resmungando baixinho, um pouco atrás dos dois mais velhos que cuidam de Taeyong. Ele não parece muito paciente ou disposto a ajudar o pobre bêbado que tem o olhar perdido em algum lugar do universo e ao mesmo tempo fixado no rosto de Yukhei. Aos olhos de Mark ele parece acordado, mas não tanto, talvez precise de um empurrãozinho para chegar mais perto da tão almejada consciência que deve estar tentando retomar.  

As pálpebras de Taeyong ameaçam fechar como cortinas no fim de um show. Ten geme frustrado em resposta e Yukhei não faz a mínima ideia do que se passa com Lee. Para Mark, no entanto, aquele puto não deveria ousar dormir após colocar todos eles naquele tipo de situação. O estrangeiro loiro se aproxima deles e ninguém está preparado para impedir o ato pouco pensado de um adolescente. É tudo veloz e intenso quando o som do estalo da mão de Mark na face de Taeyong ecoa pelas ruas vazias e em seguida seus punhos fecham ao redor da gola da camisa desabotoada dele. 

Wake the fuck up! You tripping!” 


Notas Finais


só pra constar o taeyong sobrevive a essa noite de muitas emoções <3


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