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História A nerd e o popular - Amourshipping - Pois é, aconteceu...


Escrita por: SceptileXY

Notas do Autor


Oi :)

Bom, como havia dito, aqui está o capítulo! Pois é, eu cumpri com o que disse... Isso é um feito e tanto! Kkkkkkk (rindo pra não chorar...)


×ALERTA: esse capítulo contém uma quantidade excessiva de palavrão, se não for do seu agrado, não leia. Mas aviso, esse capítulo ficou bom pra ca$@&#-*. Obrigado pela atenção.


Boa leitura!

Capítulo 7 - Pois é, aconteceu...


Fanfic / Fanfiction A nerd e o popular - Amourshipping - Pois é, aconteceu...

Serena ON


- Korrina, ei, Korrina... Acorda.

- hã, Serena? O que você quer?

- a gente tem que ir embora. AGORA!

- se acalma menina, ainda são.... Oito e meia da manhã. Por que essa pressa toda?


Afe, por que é tão difícil convencer alguém a acordar cedo? Mas que saco. 

Se a Korrina ao menos soubesse o porquê da minha pressa... Bom, é melhor não comentar sobre isso. 


- Serena? Você ainda não me respondeu.

- ah, esquece. Só levanta logo.


Sai do quarto aonde dormi e corri para as escadas. Assim que adentro a cozinha as lembranças dessa madrugada voltam a me atormentar.


"Que se dane..."


Droga, a porra dessa frase não sai da minha cabeça. Aquele filho da... Arrrgh, só de lembrar daquele maldito beijo eu me sinto tão... tão...


Feliz.


Feliz, é, feliz. Tão feliz que me dói. Dói pensar que uma coisa que eu sonhava me traria tanta dor de cabeça. Eu podia ter recusado, dado um chute no saco dele, sei lá. Mas não fiz. Deixei que ele me beijasse, e por pior que seja adimitir, eu gostei.

Burra, burra, BURRA! Eu sou uma burra. Como pode alguém que me machucou tanto ainda conseguir me trazer tais sensações. Se eu pudesse voltar no tempo com certeza eu o impediria. 

Estúpida; a quem quero enganar? Eu não posso mentir pra mim mesma, isso é errado. Sei que se acontecesse de novo, mesmo com a minha cabeça exigindo um "não", o meu coração e meu corpo lhe dariam um sim.


- EU TE ODEIO... - joguei minha ira toda pra fora. Por alguns segundos era apenas eu e minha tentativa de limpar a alma.

- pra mim não é novidade ser odiado - me viro assustada ao ouvir sua voz. A única pessoa no mundo que não queria ver estava ali, parada na minha frente - bom dia, Serena.


Fico imóvel, sem saber como prosseguir e agir. Já ele parecia sereno; transpirava calmaria. Parece que aquilo não significou nada para ele, como imaginei.


- o que você quer? - indago. Seu olhar neutro e apático dificulta o entendimento do que se passa em sua cabeça. 

- bom, estou atrás de um café. Você fez?


Eu não ouvi isso... 


- tá de zoação comigo Ketchum? - questiono incrédula. Sei que ele é cínico, mas não imaginei que seria tanto.

- eu? Claro que não. Só perguntei se você fez caf... 

- PARA DE BRINCAR COMIGO - esbravejo - o que foi? Vai ficar fingindo que nada aconteceu? Vai negar a si mesmo que ficamos?

- chá de camomila. É ótimo para stress. Vou preparar um pouco pra você! 


Ele me ignorou, caminhando tranquilamente até o armário, como se tudo que eu disse fosse em vão. Já chega disso. Chega de ser feita de otária. 


- ei, ei, calma mulher! Não precisa forçar tanto - brinca novamente enquanto eu o prensava contra parede, sufocando-o pelo colarinho.

- VOCÊ ACHA QUE EU TO BRINCANDO ASH?

- não, lógico que não. Só não entendo essa raiva toda... 


O soltei e me virei, dando as costas a ele. Eu não queria, não queria mesmo, mas não resisti em chorar. Me agachei de frente ao fogão e deixei que as lágrimas escorressem sobre meu rosto. 


- calma Serena, não precisa chorar também - diz se aproximando de mim, apoiando um mão em meu ombro.

- por que você faz isso em? É divertido? - digo secando os rastros - por que me odeia tanto Ash? Por que...


Ele permaneceu em silêncio, enquanto eu apenas questionava mentalmente no que ele pensava, e no porquê de suas ações.


- eu não te odeio garota - disse - olha pra mim... - Ash pega meu braço me levantando sem muita sutileza. Fico cara a cara com ele novamente - eu não sou idiota, e nem covarde. Adimito que ficamos, e sei que fui EU quem te beijou. Então eu pergunto, Grace... por que está tão brava?


O seu jeito de falar foi tão direto e transparente que me deixou sem reação. Não esperava uma resposta assim da parte dele. Percebendo que já o encarava tempo de mais, respondo:


- v-você não devia ter feito aquilo...

- por quê? Não gostou? Porque pra corresponder daquele jeito...

- babaca - me afasto bufando - v-você me forçou contra o chão; eu não tive escolha - digo e em seguida mordo os lábios, sabendo que não era verdade o que eu dizia. 

- ha-ha! Faça-me rir, Serena. Você quis aquele beijo. Eu sei que quis.

- eu não queria merda nenhu... - perco a linha de raciocínio quando ele si aproxima rapidamente, me prensando entre a parede e seus braços, que ficaram um de cada lado do meu corpo. Nossos rostos ficam a centímetros do outro - ...ma. 

- é? Não queria? Então repete, Serena... - sua boca se aproxima do meu ouvido, e com um sussurro leve ele completa: - repete que não quis me beijar...


Instantaneamente todos os pelos do meu corpo arrepiam. Droga, eu queria tanto dar um soco na cara dele... Mas não consigo. Não consigo pois meu corpo entrou em um estado de transe total. 


- e-eu não queria... te beijar... - nego de forma pausada, resistindo a ele ao máximo que eu podia. Vi de canto ele sorrir, mas não era um riso comum, dava pra sentir a malícia em seu rosto. 

- tem certeza? - sua boca alcança meu pescoço, beijando sutilmente o local e depois rastreando com seu nariz. Mais uma vez meu corpo age sozinho e faz com que eu solte um gemido abafado. 

- sim... 

- okay - sua tortura acaba e seu olhar volta a encontrar com o meu. Estou ofegante graças aos dez mil batimentos por segundo e ele parece se divertir com isso - que tal se eu... te beijar de novo?! 


Ele se aproxima lentamente, me olhando com atenção. Sua idéia é me fazer neg-lo, e por que, por que diabos eu não consigo?

Quando sua boca fica bem próxima da minha eu recupero a consciência que tanta me fez falta. Lhe dou um tapa na cara e me afasto em seguida.


- o que você quer, Ash? Ficar com a "esquisitinha", como você mesmo diz, pra depois zoar com seus amiguinhos? - digo raivosa, enquanto o mesmo ainda massageava o lugar do impacto.

- você tem uma esquerda forte em! Devia entrar pro time do colégio - ironiza, não respondendo minha pergunta.

- filho da p... 

- bom dia! 


Interrompo meu xingamento quando vejo Red adentrar a cozinha bocejando. Possivelmente ele acordou com a nossa discussão. 


- b-bom dia, Red - digo envergonhada, lembrando que já ia "ofender" a sua mãe. Olho para Ash, que segurava o riso descriminadamente.

- e aí maninho! Ficou sabendo? - diz Ash.

- sabendo? Sabendo de quê?


O Ketchum mais velho olha e sorri para mim de forma travessa. Não entendi de começo, mas logo captei e comecei a suar frio. Não acredito que ele vai contar o que aconteceu pro Red.


- a Serena ela... - não, não pode ser - ela disse que vai fazer o café da manhã pra gente!


Desgraçado. 


- é sério isso Serena? - questiona o Ketchum mais novo, me fazendo desviar o olhar de ira que eu tinha sobre seu irmão.

- s-sim... É verdade.

- nossa, que legal! Bom, eu vou acordar sua irmã então - diz animado - vai ser legal passar a manhã com vocês - Red sorri para mim e sai, possivelmente indo fazer o que disse. Ele é tão simpático e ingênuo, não sei como é irmão de um selvagem. 


Selvagem que por sinal chorava de tanto rir... 


- você não sabe o quanto eu te odeio, Ash Ketchum.

- pois é, agora eu sei! - suspira recuperando fôlego e completa: - bom, agora eu vou tomar um banho. Espero que seja uma boa cozinheira, Grace!


Passou sorridente por mim e seguiu em direção as escadas, me fazendo xinga-lo de todas as maneiras possíveis em minha mente. 




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- Serena você é demais na cozinha! 

- pois é, minha maninha é prendada! - afirma Korrina. Red concorda com a cabeça e eu sorrio convencida. 


Ambos se deliciavam com o meu café-da-manhã, era engraçado de ver o apetite dos dois. Senti o olhar de Ash cair sobre mim durante toda a refeição. Enquanto os outros dois comiam, ele começa a jogar migalhas de pão na minha cabeça de um modo infantil e irritante. 


- da pra parar idiota - digo baixo, olhando com raiva pro mesmo. Ele faz sinal de rendição e torna a beber seu café.


O resto da refeição foi tranquila, e assim que todos terminaram na mesa eu me prontifiquei em lavar as louças. O que foi difícil, já que Red não queria deixar de modo algum. 


- você já fez muita coisa Serena, deixa que eu lavo depois.

- não Red, não tem problema! - digo sorrindo para o mesmo - e meio que sua casa tá do avesso... - comento olhando a bagunça, principalmente na sala. Red olha ao seu redor e concorda comigo - então deixe que eu te ajude pelo menos nisso.


O Ketchum mais novo visualizou novamente sua casa, relutando em aceitar minha proposta. Red sem dúvida não se aproveita da boa vontade das pessoas, o que não é de todo bom, principalmente nesse caso. 


- vai arrumando a casa com a Korrina. Eu ajudo a Serena com a louça - diz Ash, se aproximando de mim com um sorriso convencido no rosto.

- bom, se você vai ajudar, tudo bem! - concordou sorrindo, saindo em seguida. 

- você lava, eu seco.

- vai se fuder - praguejo, me virando a pia. Começo a lavar os pratos e percebo que seu olhar ainda me secava - perdeu alguma coisa?

- você é sempre tão grossa assim? - questiona.

- grossa? Eu? Não meu querido, eu sou muito simpática se quer saber. Eu só não gosto de parecer gentil com gente duas-caras como você - digo secando um prato e lhe entregando com força. 

- duas caras?! 

- sim, duas caras. Um dia você me chama de esquisita; no outro fica de gracinha comigo e ainda por cima...

- vai Serena, termina... - sorri confiante, já sabendo o final da frase.

- e ainda por cima me beija - completo e meu rosto volta a ruborizar. Visualizo de canto de olho o seu sorrisinho vitorioso.

- sabia que tinha gostado! - diz confiante, me fazendo revirar os olhos e xinga-lo mentalmente. 

- às vezes nem parece que você fez o que fez no passado - de imediato eu fecho os olhos pensando na merda que eu falei. Ash parou de secar alguns talheres e me encarou intrigado. 

- como assim? O que eu fiz no passado? 

- n-nada, você não fez nada... - digo sem firmeza, sabendo que ele não comprou a minha resposta. 


Ash ficou um tempo me encarando, possivelmente esperando uma resposta melhor. Após ver que eu não cederia ele volta a cumprir sua função, ficando agora em total silêncio. Não sei porquê comentei aquilo, acho que por um impulso do momento talvez. Tudo isso vem acontecendo de forma tão "natural" que me pergunto às vezes se ele ao menos se lembra do que fez a mim no passado. As vezes ele seguiu em frente, "amadureceu" e se esqueceu dos fatos de quando criança. Talvez eu tenha ficado presa no meu passado e não dei oportunidade a mim mesma de seguir em frente. Mas é como dizem: "um coração partido a gente leva pra vida toda"; e infelizmente foi isso que aconteceu comigo.






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- muito obrigado pela ajuda meninas! Se não fossem vocês acho que eu estaria ferrado dependendo do meu irmão... - lamenta Red, fazendo eu e Korrina sorrirmos do seu comentário sofrido. 

- não tem problema! Nunca é de mais ajudar um amigo - diz Korrina, abrindo um sorriso largo pro Ketchum. Ele a olha de forma carinhosa; se eu não os conhecesse diria que são namorados. 

- bom, obrigada por tudo Red; mas agora temos que ir. Tchau! - aceno pra ele, puxando minha irmã pelo braço. 

- tchau! - Korrina se despede da mesma forma e ele sorri devolvendo o gesto. 


Levei Korrina pelo braço até que Red fechasse a porta e entrasse. Antes de me distanciar da casa dos Ketchum, eu olho de volta pra residência enquanto caminhava e vejo Ash na janela de seu quarto. Ele me fitava sério, do mesmo modo que ficou agora a pouco. Desviei o olhar e senti meu corpo tremular. Balanacei a cabeça evitando qualquer pensamento e continuei meu caminho. 

Chegando em casa fomos assustadas por minha mãe, que apareceu de supetão na porta.


- e ai meninas, como foi? - pergunta com um leve sorriso. 

- ah foi legalzin - digo inexpressiva. 

- que bom! E como está a minha amiga Délia? Faz tempo que não a vejo... 


Olhei para Korrina e a vi engolir seco. Como não sou lerda, logo entendi a situação. Bem que eu imaginei que minha mãe não deixaria a gente dormir numa casa com dois homens tão facilmente; muito menos ficar em festas até depois da meia noite.


- ela está bem. Muito bem! - minto e Korrina sussurra um "obrigado" pra mim - bom, eu vou subir. Quando o almoço estiver pronto me chamem, por favor. 


Subi as escadas e entrei no meu quarto. Me joguei na cama e comecei a lembrar de tudo que aconteceu desde a madrugada até agora.

Sem dúvida as coisas não serão as mesmas de agora em diante. 





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Flash Back ON - Ash ON


Nosso beijo estava calmo, mas meu corpo pedia por mais. Minha mão foi descendo seu corpo até chegar na sua barriga. Toquei na pele descoberta por conta da sua curta camiseta e a massagiei enquanto aprofundava ao máximo o beijo. Ela estava receosa no começo, mas a todo momento pude sentir sua vontade. Sua ânsia era tanto quanto a minha. Nunca pensei que ficaria tão viciado nos lábios da Grace a ponto de não querer desgrudar mais. Infelizmente, existe uma praga chamada fôlego. Nos separamos devagarmente, olhando de forma intensa para o outro. Eu queria muito beijá-la novamente, meu corpo pedia por mais; porém minha consciência me fez recuar. Me levantei de cima dela e segui calado em direção ao meu quarto. Entrei e me agachei no chão, sorrindo bobamente para o nada. Aquilo foi bom, e sei que vou pensar nisso durante bastante tempo. 








Notas Finais


Galeeeeeeera... Que capítulo foi esse!
Desculpem se estou sendo exagerado, mas, na minha opinião, esse foi o MELHOR CAPÍTULO DA FIC!

E vcs, o que acharam?

Comentem, favoritem, e continuem acompanhando a minha história. Muita coisa ainda tem por vir!


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