Pov Soni
Eu estava pronta para sair ( blusa regata preta, saia e short legue preto sem esquecer do sobre tudo preto de gorro ).
Só faltava a ultima mala, mas Fêh me atrapalha.
- Tem certeza? E se for muito perigoso?
- Eu sou uma policial, vou ficar bem. - e a abraço.
- Sei que disse que iria sozinha, mas... Eu...
- Fernanda, não vai me dizer que...
- Se eu pedi para uma amiga minha te levar? É eu pedi. - olho para ela rindo.
- Quando que ia me avisar?
- Quando fosse hora de ir. - terminando a frase ouvimos uma buzina de carro - ela deve ter chegado.
- Ai, Fêh, o que eu vou fazer com você?
- Me agradecer por te ajudar.
- Se quer me ajudar mesmo, leva aquela mala ali. - digo rindo e vamos para o carro.
Chegamos e colocamos as malas no bagageiro.
- Então, Soni, essa é a Jenifer, uma amiga minha do trabalho que hoje vai ser sua motorista.
- Olá, prazer. - era uma mulher de cabelo preto, curto, meio cacheado e amarrado.
- Prazer. - digo meio tímida, mas não demonstro.
Elas estavam conversando até se tocarem que eu tenho tempo e estava esperando.
Jenifer entrou e eu fui me despedir da Fêh e Victor:
- Tchau, Soni. Cuidado, tá?
- Eu não tenho mais seis anos. - digo e entro no carro.
- Eu sei. - ela fecha a porta e fica me observando da janela junta de Victor.
O carro começa a andar e quando menos esperava, já não dá mais para vê-los.
- Parece que vocês se dão muito bem.
- É... É sim. - eu não estava a fim de falar com alguém. Fiquei olhando pela janela e ela tentava puxar assunto.
- Quantos anos tu tens?
- Vou completar dezesseis.
- Então tu tens uma idade boa para curtir, sei que tu vais encontrar algum garoto bonito lá. - minha única ação foi colocar o gorro.
~x~ três horas depois
- Chegamos, querida. - avisa. Ainda bem. Fico enjoada dentro de carros. <droga de transito>.
Descemos do carro e pegamos minhas malas com dificuldade. Terminando de pegar vamos à recepção:
- Olá, boa tarde, como posso ajuda-las?
- Meu nome é Soni Yakamura, preciso saber qual é o meu quarto e minha classe.
- Ah, claro. Só um momento - ela digita no computador. - Achei. Bloco B, quarto 54. E sua classe é o primeiro B.
- Obrigada. - agradeço e pego minha chave junto com as quatro malas.
Depois de me despedir da Jenifer vou para o meu quarto. Confesso que estava meio perdida.
Estava prestes a entrar no meu suposto prédio, quando...
- Arg!! - esbarro em alguém sem querer.
- Ei, cuidado por onde anda! - um garoto de moletom azul grita.
- Nossa, desculpe-me amassar o moletom da mocinha.
- Como disse? Você sabe com quem está falando?
- E você?! Sabe com quem está falando? Me respeite, moleque, eu não sou os seus amiguinhos. - e entro furiosa.
Encontro meu quarto e entro. Um quarto bem grande com duas camas; dois armários; uma TV; estante; frigobar; varanda... Nossa.
- Isso é um quarto de internato ou um hotel? - comento sozinha.
Vou para a cama desocupada que logo ao lado estava a varanda. <Bonita vista> Penso.
~x~
Se passa um tempo e eu continuo a arrumar minhas coisas. Então a porta abre:
- Olá? Senhorita Soni? Oh! Espero não estar te atrapalhando. - era a diretora.
- De maneira nenhuma. Já estava quase acabando.
- Entendo. Ah, Soni, eu sempre dou algo para os alunos que vão começar os anos letivos conosco. E esse é o seu. - chega um garoto de cabelo loiro e olhos castanhos com uma bolsa que guardava... - uma guitarra.
- Nossa, mas como sabe que eu sei tocar?
- A Fernanda me falou.
- Muito obrigada mesmo. Como posso retribuir?
- Com nada, é um presente. Não se preocupe. Vamos, Breno. - e saíram
Eu estava bem confusa, mas me organizei perfeitamente. Eu fui me deitar para descansar, já que a viajem foi de três horas.
Não demorou muito e eu senti fome. Me levantei, peguei meu sobre tudo e saí.
Mas quando ia saindo:
- Arg! - uma garota esbarra em mim.
- Desculpa, a culpa foi minha, é que minhas amigas me chamaram e eu ... - ela para de falar e olha para mim.
- Err... Tá tudo bem, a culpa também foi minha... - ela não parava de me olhar - ... Você está bem?
- O quê? Ah, sim. Desculpe. Me chamo Larissa.
- Prazer, meu nome é Soni. - falo e coloco meu gorro. Ela sai correndo e eu caminho até a lanchonete que fica entre o bloco B e D.
Chegando lá vejo umas pessoas em grupos conversando, zoando e outras pegando comida.
Saí andando, peguei meu lanche e fui me sentar em uma mesa meio afastada do povo.
Enquanto eu "almoçava", percebi que estava sendo observada. Quando olhei para o lado ví a Larissa e mais duas garotas me olhando.
Me senti desconfortável e puxei um pouco mais o gorro continuando a comer.
Ao acabar, ouvi Larissa me chamando:
- Soni, vem aqui! - meio que fingi que não era comigo.
Então ela e suas amigas se aproximaram de mim.
- Ahm... Oi...
- Oi, Soni. Eu estava te chamando para ficar conosco.
- Bem... É que eu não me dou bem em um grupo desse, gente. - respondo.
- Não se preocupe, nós não somos de assustar. Somos legais e gentis. - diz a garota de cabelos loiros cacheados, que também usa óculos - eu me chamo Mariane.
- Isso é verdade, não precisa ser tímida, só tome cuidado com a Lary (risadas). - garota de cabelo liso cor de mel.
- Evelyn! - resmunda Larissa.
- Como a Lary já falou, me chamo Evelyn. Mais uma coisa, queremos ser suas amigas.
- Amigas..? - pergunto receosa.
- É, amigas. Fale sobre você, de que escola escola veio, etc - Larissa.
- E-eu não gosto de falar de mim... E eu nunca tive amigas... Dessas de escola.
- Então vem e se junta com a gente. - Evelyn é muito atenciosa. Larissa é bem agitada e Mariane muito quieta.
Sério gente, eu nunca tive amigos pois os outros alunos tinham medo de mim:
F. B. On.
Chego na escola, e como sempre, os outros ficavam longe de mim. Eles tinham medo de mim. Mas também, uma garota de cabelos naturais de cores preta e branca é difícil não ser alvo de preconceito.
Vou para o meu canto e escrevo no meu diário como todos os dias.
Chega uma garota perto de mim.
- S-soni, a Jessica quer f-falar com você. - não parava de gaguejar.
- Que é? - pergunto.
- Meu pai tem um número de uma casa de terror para você. - fala Jessica e ambas saíram correndo rindo.
F. B. Off.
Ficamos conversando por um tempão e finalmente eu tirei o meu gorro.
- Nossa, Soni. Seu cabelo é lindo pintado desse jeito. - dez Mariane.
- Obrigada pelo elogio, mas eu não uso tintura no meu cabelo. Ele é natural. - dizendo isso, elas ficaram surpresas.
- Soni, por favor, mentir não. Depois vai dizer que não usa lentes. - Larissa.
- E por que usaria? - digo.
- Como que que o seu cabelo e os olhos são naturais? Eu não entendo. - Mariane.
- Calma, ninguém entende. Nem médicos nem ninguém. - digo, mas a verdade é que tem uma pessoa que entende sim ( suspiro ). Continuando.
Ficamos conversando mais um pouco. Foi quando as meninas me chamam para me mostrarem o internato, e eu fui.
- Ali é a piscina com a churrasqueira.
- Ali é o salão de festa, que a propósito terá uma bela baladona daqui uma semana antes das aulas começarem.
- Os prédios são organizados com seis andares e 60 quartos em cada prédio. E seguindo a rua após sair, irão encontrar a escola.
- Há pessoas que repetiram de ano e outras, como você, que chegaram hoje pela primeira vez.
- O local é mesmo bonito. - comento com um sorriso.
- Gente, ela sorriu! Que milagre!
- Para, Larissa. Vai irritar a menina. - Evelyn.
- Irritar não, assustar - Mariane.
- Tudo bem, gente. Eu não tenho medo de nada. - ficamos andando até Evelyn perguntar:
- Ah, Soni, quantos anos você tem?
- Err... Quinze, por quê?
- Você já foi debutante?
-... Não. Tem mais, vou completar dezesseis logo. - paro e penso no que vou fazer como todos os anos - ... E vocês? Quantos anos tem?
- Evelyn e eu temos dezessete; Larissa repetiu o sexto ano e ano passado, agora está com dezoito.
- Entendi... Bem, é só isso que há aqui?
- Não! Tem um local especial ali ao lado da escola, vem! - e saíram correndo.
- Espera! - saio atrás delas.
Quando as alcanço, encontro um jardim imenso com uma fonte e uma grande árvore; dava até para escalar.
F. B. On.
Estava subindo na árvore quando sua voz me chama:
- Querida, por favor desça dai.
- Mas..., olha aquela lua.
- É verdade, Soni, é muito bonita.
- Minha querida, toma cuidado...
F. B. Off.
- Eai? O que acha?
- Isso é tão... Calmo, bonito, grande... Eu estou sem palavras.
- Nós sabemos, é mesmo lindo. - comenta Evelyn.
Ficamos embaixo da árvore conversando e conhecendo mais cada local do internato. Também conhecendo mais as meninas.
Chegou uma hora em que não tinha mais assunto e cada uma foi para seu quarto.
Quando abro a porta...
Até o próximo capítulo.
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