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História A Neve Que Cai Em Nossos Rostos - Capítulo 28 - A Viagem - Dia 3


Escrita por: lunapuccinelli

Capítulo 29 - Capítulo 28 - A Viagem - Dia 3


Fanfic / Fanfiction A Neve Que Cai Em Nossos Rostos - Capítulo 28 - A Viagem - Dia 3

-O que vamos fazer hoje? - Falo enquanto saio do refeitório. Estou com Caio e Diogo.

Antes dos meninos chegarem Alice terminou o café dela e saiu para esquiar com as garotas que estamos dividindo o chalé. Bernardo e Adam foram os últimos a chegar por isso ainda estão comendo. 

-Não podemos ir nas pistas de esqui hoje, por causa da confusão de ontem - Diogo fala enquanto cruzamos a recepção e começamos a subir uma escada - Então temos duas opções, ir para sala de jogo ou fazer alguma atividade do hotel - terminamos de subir a escada e vamos para uma sala.

A sala de jogos tinha uma mesa de pingue-pongue, duas de sinuca, duas de pimbolim e uma normal com vários jogos de tabuleiro em cima. Tem dois sofás na sala, um virado para as mesas de pimbolim e pingue-pongue e outro na frente das duas mesas de sinuca.

-Acho que vocês já decidiram então... - Percorro a sala, somos os primeiros a chegar - o que vocês querem jogar? 

- Sinuca - Caio fala - Tenho uma revanche para vencer - Ele diz olhando para Diogo, que em resposta sorri.

-Cara, aceita. Eu sou o rei da sinuca - Diogo pega um taco.

-Vocês se importam se eu ler? - Me jogo no sofá e abro o livro.

Eles respondem que não e logo estou concentrada na história do meu livro, vejo quando Adam e Bernardo chegam na sala e começam a jogar pimbolim. Conforme o tempo vai passando as pessoas vão chegando e a sala começa a ter vida. Paro de ler uma hora e só fico olhando as pessoas jogando, Bernardo está jogando pingue-pongue com uma menina que eu não conheço e Adam, Caio e Diogo estão jogando sinuca.

-Oi! - Uma garota vem falar comigo, ela é baixa e seus cabelos vão até altura do ombro, ele é praticamente todo castanho claro mas o castanho vira roxo em um degrade maravilhoso - Nos vamos jogar porco quer participar? - Dou de ombros e sorrio. 

- Por que não? - Fecho o livro, me levanto e vou até a mesa.

Descubro que o nome da garota é Isabelle e o nome de seus amigos era Renato e Luísa, descubro também que ou eu tenho muita sorte ou eu sou muito boa, sou eu que abaixa as cartas praticamente em todas as partidas e quando não sou que abaixo sou a primeira a perceber.

-Então Vitória, me diz o que você faz para ganhar todas? - Renato que já está com PORC na testa me pergunta ao mesmo tempo que passa uma carta.

-Cara é só você prestar atenção - Luísa responde rindo, ela está com PO escrito na testa. Escolho uma carta e passo para ela.

-E aí? - Caio puxa uma cadeira e senta do meu lado.

- Quer jogar? - Renato pergunta para Caio.

-Agora não obrigada - Ele responde.

-Tudo bem - Renato responde e não percebe Isabelle abaixando as cartas, eu e Luísa abaixamos - Ah velho! De novo - Rindo da reação de Renato, Isabelle pega a caneta e termina de escrever porco na testa do garoto.

-Diga oinc - Tirando ma foto de Renato, Luísa ri ainda mais quando ele obedece.

-Cansou de sinuca? - Pergunto para Caio rindo um pouco.

-É o Diogo tem algum truque só pode - Ele fala rindo também.

-Ou habilidade! - Grita Diogo do outro lado da sala.

Rindo um pouco pergunto.

-Que horas são?

-São... Humm - Ele olha no seu relógio - 10:15

-Quer ficar andando até o horário do almoço?

-Pode ser.

Deixo meu livro no sofá e peço para os meninos cuidarem para mim, vou até a porta, estendo minha mão e Caio pega e coloca nossa mãos em seu bolso. Saindo da recepção começamos a andar pelos cominhos que estão sem neve.

-É só por hoje que vocês estão banidos de esquiar?

-Graças a Deus sim - Dou uma risada.

- Eu não sei o que você e Lice gostam tanto em esquiar.

-Por que você patina? - Ele para de andar e fica de frente para mim.

-Porque... - Poderia falar como amo o vento frio na minha cara, que me dá uma sensação de liberdade, ou como é a satisfação em meu coração quando realizo um salto perfeitamente ou como acho que respiro melhor quando estou com os meus patins, mas no final respondo - Porque é o que o meu coração diz para eu fazer.

-É praticamente a mesma coisa para Alice - Ele diz.

-E você?

-Bom... essa seria a minha resposta para o hóquei mas para o esquí é porque quando você está descendo a montanha e sente aquele vento na sua cara... - Ele balança a cabeça como se não pudesse mais descrever - É dez vezes melhor - Sorrio lembrando que dos meus motivos é igual ao dele.

-Um dia, quem sabe, eu talvez consiga sentir isso - Falo colocando uma mecha atrás da orelha.

-Nesse dia você vai concordar com a gente no quesito esquiar.

-Ok, se você acredita...

-Eu tenho - Ele diz e voltamos a andar.

-Sabe, algumas pessoas diriam que você é convencido - Ele dá risada.

-Bom com certas coisas eu sou.

-Tipo... 

-Hóquei.

-Mais alguma coisa?

-Quando se trata do meu carro - Dou uma risada.

-Serio? Então tá - continuo dando risada - Por que tanta confiança em suas habilidades mecânicas?

-Eu e meu pai sempre ficávamos as tardes e noites de domingo concertando aquele carro, ele dizia que um dia ele levaria eu e minha irmã para passear com ele e que seria o melhor passeio do mundo - Eu consigo sentir a admiração por seu pai em sua voz, ele deve ter sido um homem muito bom.

-E ele conseguiu? - Digo esperançosa, ele tenta abafar uma risada maior que a anterior.

-Conseguiu, nos entramos no carro estava tudo ocorrendo bem até a gente virar a esquina e lembrar que esquecemos de colocar gasolina - Começo a rir demais.

-Serio? - Digo colocando a mão na frente da boca para tentar controlar a minha risada.

-Sim, o bom disso tudo é que um caminhão de sorvete passou bem nessa hora, além de ganharmos sorvete o cara "rebocou"o nosso carro.

-Moral da história se esquecer de por gasolina no seu carro, você irá ganhar um sorvete - Não conseguimos controlar e uma explosão de risadas vem a aparecer.

-Nunca se sabe... - Ele olha o relógio de pulso, agora que percebi que ele tem um aspecto mais velho, não parece ser novo - Quer voltar, se irmos agora a gente chega lá no horário - Suspiro.

-Ok... - Enquanto mudamos de direção, tiro a mão de seu bolso, enrosco nossos braços e coloco a mão no bolso do casaco - Esse relógio era dele? - Ele me olha e responde já entendendo sobre o que eu estou falando.

-Sim, antes dele do meu avó.

-Uma relíquia da sua família? 

-Acho que sim - Com um sorriso no rosto ele diz - Tem alguma na sua?

-Tem... - Dou um suspiro lembrando do anel de minha mãe - Minha mãe tem esse anel... Que é de perder o folego, minha bisavó se casou com um joalheiro e um pouco antes do holocausto ele fez esse anel para ela, minha vó disse que esse anel foi o motivo dela ter sobrevivido a guerra, que ele dava forças para ela lutar. Ele é super equilibrado nem muito chamativo, nem muito simples, nem com tanto brilho - Balanço a cabeça tentando tirar a cara de boba que eu deveria estar fazendo - Ele é perfeito. Minha vó ganhou ele quando minha bisa faleceu... e minha mãe quando completou dez anos de casamento com meu pai. Então eu não sei quando ele vai ser meu mas sei um dia vai ser e sonho com isso desde que eu era pequena.

-Eu acho que ter tradições legais, isso quer dizer que você tem um vinculo com aquele lugar ou com a pessoa.

-Também acho - Penso um pouco -Você acha que a gente tem alguma tradição?

-Aaaaah nos temos sim - Com um sorriso de puro divertimento ele fala - Praticamente toda vez que a gente se encontra você caiu no chão -Subimos as escadas que dão para a recepção.

-Não é culpa minha na maioria das vezes - Passamos pela a porta e sentimos o calor que vem do aquecedor.

-Pode até ser mas acho que vou dar um aviso para os nossos amigos te segurarem quando eu chegar - Ele tira o casaco enquanto passamos entre os sofás da recepção.

-E quem disse que eu não que que você me segure? - Paramos bem na frente das escadas que levam para a sala de jogos.

Ele me puxa pela cintura e me beija como se fosse urgente e também de uma forma tão apaixonada que faz meus joelhos tremerem.

-Meninos modos - Ouvimos um professor dizer e nos separamos, abraço a sua cintura e apoio a cabeça em seu peito, temos dez segundos para ficar assim até os outros meninos chegarem e irmos para o refeitório.

Alice:

Acabo de entrar na recepção pela terceira vez hoje, uma para o café, outra para o almoço e agora acabo de voltar da minha cabana para pegar um livro e ficar um pouco com Vitória, não que ela precise, já que tem o Caio. Sento em um dos sofás e abro o livro e dez paginas depois vejo alguém parar na minha frente.

-Oi - Ouço Adam dizer, ele esta com a sua típica jaqueta de couro com uma das mãos no bolso da calça e a outra no bolso da jaqueta.
-Oi - Digo enquanto colo o marca pagina no livro e fechando-o - Você sabe onde Vitória está?

-Eles disseram que iriam fazer uma das atividades propostas pelo hotel - Nem preciso pensar para saber que "eles" quer dizer Vitória E Caio - Mas não sei qual eles decidiram fazer.

-Vou mandar uma mensagem perguntando - Tiro o celular do bolso de trás da calça me perguntando por que não fiz isso antes.

-Enquanto ela não responde quer ir na sala de jogos? - Olho para cima pois a diferença de altura e bem grande, comigo sentada e ele em pé por que com os meus 1,75 de altura a nossa diferença de altura  quando ambos de pé não é mais de 10 cm.

-Tem sala de jogos? - Falo com um sorriso no rosto.

-Tem sim - Ele retribui o sorriso.

-Aonde? - Me levanto já animada.

-Lá em cima - Apontando para cima Adam começa a se mover me levando para a escada atrás do sofá onde eu estava - O que você gosta de jogar? - Começamos a subir as escadas.

-Bom... Eu gosto de tudo, agora se eu sou boa é outra história - Falo e vejo que logo depois da escada já entramos na sala.

-Então que tal sinuca?

-Por que não? - Ignorando o meu aviso ele pega dois tacos e me entrega um deles -Da ultima vez que eu joguei a bola bateu com muita força em uma das bordas da mesa e saiu para fora - Ele dá uma risadinha - E você não sabe o que aconteceu depois disso, quando ela caiu no chão quebrou o azulejo que revestia o chão.

A explosão de gargalhadas que veio de Adam já era esperada por mim, todo mundo ri dessa minha história. E o pior é que é verdade. 

-Você mesmo assim quer jogar? - Pergunto.

-Vamos ver se você é tão ruim quanto diz - Ele diz enquanto arruma as bolas.

-Ok, mas quando a bola vier na sua cara não venha me culpar - Me agacho e me posiciono para dar inicio ao jogo.

Bato na bola branca com o taco na esperança de que ela vá em linha reta e bata nas bolas coloridas, infelizmente não é isso que acontece, a bola branca sai girando mas não em linha reta, em diagonal o que faz as bolas coloridas estarem intactas depois da primeira jogada. Ouço um riso contido vindo de Adam.

-Eu te disse - Dou a volta na mesa e fico esperando a vez de Adam, ele se inclina bate na bola e todas as bolas saem de formação parecendo uma explosão.

-Sua vez - Ando até onde a bola branca está e me posiciono, quando estou prestes a dar minha tacada sinto Adam ficar atrás e se inclinando em cima de mim, ajeitando a minha postura e o jeito que estou segurando o taco - Agora é só dar o impulso... - Ele põe a mão em cima da minha que está no fim do taco e dá o impulso. A branca bate em uma azul que entra em uma das caçapa.

-Adam - Falo firme.

-Hum?

-Sai de cima de mim - Ele responde um ah como se estivesse esquecido em que posição estava - Olha eu sei que você é amigo de Caio estava tentando me ajudar com o lance dos dois mas eu tenho um namorado - Ele desvia o olhar para o chão - Isso quer dizer que você não pode fazer coisas como essa comigo.

Ele ia me responder mas bem na hora meu celular toca e vejo que Vitória me respondeu.

-Ela disse que eles tão na quadra de basquete, vamos - Saio sem esperar por ele.

 

Vitória: 

Quando Alice chega percebo que algo está errado, mas quando pergunto ela apenas sorri e diz que não é nada. Logo depois Adam chega com uma cara irritada e vejo que realmente aconteceu alguma coisa mas se Alice não quer me contar eu não posso ajudar.

O ginásio é um lugar onde tem a academia, a piscina e a quadra de basquete que pode ser facilmente convertida em uma de vôlei. Os meninos estão jogando alguma coisa enquanto eu e Lice estamos muito ocupadas conversando, sentadas no chão nas laterais da quadra. 

Vejo mais gente entrando no ginásio e percebo que conheço um deles mas não lembro de onde, o menino loiro olha para mim e diz:

-Garota da parada de ônibus! - Ele anda na minha direção e se agacha para ficar na altura dos meus olhos - Não pensei que te veria de novo.

-Eu também não - Sorrio em resposta, olho para Alice que não está entendo nada - Ah esse é... - Olho para ele perguntando o seu nome já que nunca nos apresentamos.

-Eduardo, prazer - Ele dá uma piscadinha para ela, o que eu sei que ela não gostou nem um pouco, ela não gosta desses caras que ficam dando em cima das garotas, tímido e na sua é mais o tipo dela.

-Oi.

-A gente se esbarrou na parada de ônibus no primeiro dia da viagem - olho para ele e estendo a mão - Vitória - Ele aperta minha mão.

-Vão jogar alguma coisa?

-Não, só estamos aqui acompanhado o namorado dela e seus amigos - Alice responde, percebo o jeito como falou namorado, um aviso.

-Namorado? Qual deles? - Eduardo olha para trás por cima do ombro procurando entre os meninos.

-O que está com a bola - Respondo.

-Legal, vou ver se posso jogar com eles - Tirando o seu casaco ele se levanta e vai em direção aos meninos.

-Não tenho um bom pressentimento sobre esse cara - Alice diz olhando Eduardo conversando com Diogo e Caio.  

 


Notas Finais


Se acharem algum erro me avisem
bjs, até o próximo capítulo.


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