1. Spirit Fanfics >
  2. De repente, babá! - Michaeng >
  3. E tá tudo bem

História De repente, babá! - Michaeng - E tá tudo bem


Escrita por: myoitetas

Notas do Autor


ola meus cheirosos, voltei 💆‍♀️

Capítulo 4 - E tá tudo bem


As cinco meninas estavam sentadas uma do lado da outra no sofá enquanto chaeyoung andava de um lado para o outro intercalando seu olhar entre as cinco e dando sermão, já as pequenas se quer ousavam olhar nos olhos da mãe, cabisbaixas o tempo inteiro enquanto Chaeyoung brigava com elas

Chaeyoung já havia tomado um banho, trocado suas roupas, por seu cabelo ser claro, o mesmo permanecia levemente tingido de verde, acho que aquilo era o que mais frustrava ela

— Meninas vocês sabem que esse tipo de brincadeira já saturou né? Todo dia isso! – Disse — Vocês já estão ficando grandinhas o suficiente para saber que nem toda brincadeira é legal, com toda babá é a mesma coisa

— Mas essa foi legal...– Ryunjin disse baixinho segurando o riso e voltou a ficar seria só de olhar o rosto da mãe – Desculpa...

— Se eu não tivesse entrado por aquela porta quem teria tomado esse banho de tinta era Mina, poxa meninas! Eu confiei em vocês, eu já estava até feliz com os comentários que recebi de Mina sobre vocês quando cheguei

Elas permaneciam caladas apenas ouvindo Chaeyoung falar e eu estava ali acompanhado tudo

— Eu faço sempre de tudo para vocês terem o melhor, nunca faltar nada para vocês, fazer vocês se sentirem bem mas parece que vocês não entendem isso! Se eu contrato uma babá para VOCÊS é para o bem de VOCÊS

— Eu disse que não era uma boa ideia fazer essa brincadeila...— Yuna disse de cabeça baixa com a voz chorosa, limpando seu nariz no seu braço e se encolhendo no sofá novamente

— Não se faz de inocente que você também topou! – Lia Disse

— Não! Eu falei que tinha gostado da Mina e não queria fazer isso com ela!

Alguém gostou de mim naquela casa? Me senti especial por um momento 

— Mas se a gente tá aqui agora é porque todas concordaram, Ok? — Disse Ryunjin

— Mãe ela tá se fazendo de inocente! – Lia apontou para Yuna indignada

— Não interessa se uma concordou ou discordou, as cinco vão ficar de castigo por causa dessa brincadeira sem graça! – Ryunjin abriu a boca para tentar intervir na fala da mãe mas foi interrompida — E sem donuts! Se bem que nem teria como comer isso, vocês estragaram o que eu havia trazido para vocês e agora vão ficar sem.

Me sentei ao lado de Yuna no sofá e a abracei, por mais que elas tivessem feito aquilo para mim, não conseguia ficar com raiva delas, ainda mais de Yuna, que simpatizei desde o início

— Estou muito decepcionada com vocês.

— Desculpa mamãe..— As cinco falaram em unissom

— Não é só para mim que vocês devem desculpas, e vocês sabem disso.

— Desculpa, Mina. – Elas olharam e falaram para mim, voltando a encarar os próprios pés que não alcançavam o chão de forma triste

— Está tudo bem meninas, está tudo bem 

— Agora me digam, como vocês colocaram aquele balde no topo da porta? Não teria como a não ser que alguém tivesse colocado para vocês..

No momento em que chaeyoung falou isso, Jungkook passou de fininho atrás dela indo em direção a cozinha

— Pode ir parando aí mesmo senhor Jungkook.

O garoto parou bruscamente e se virou para Chaeyoung

— Foi você não foi?

— Eu não fiz nada.

— Não mente pra mim pirralho, eu sei que foi você, Seri nunca ajudaria as meninas em uma brincadeira assim, é obvio que foi você!

— Porque você acha que alguém ajudou elas a colocar aquele balde na porta? Elas podem muito bem ter colocado sozinhas

— Se elas ao menos tivessem tentado colocar sozinhas elas estariam a essa altura chorando porque derrubaram a tinta nelas mesmas. — Estendeu sua mão para o garoto — Me dá seu celular.

— O que? Há, vai tomar meu celular agora, é isso mesmo?

— Isso mesmo, bora, passa pra cá

— Você não é a minha mãe, não tem direito de tomar meu celular.

— Você mora comigo, debaixo do meu teto e é o meu irmão mais novo, então, tenho direito sim, tenho certeza que a mamãe não faria diferente — Fez um movimento com a mão apressada para que Kook desse logo o celular para ela

O garoto revirou os olhos e tirou de seu bolso o celular, entregando para Chaeyoung

— E vocês — Se voltou para as meninas — Sem celular, sem as bonecas, sem patins, sem passeio no parque, sem bicicleta e...— Disse contabilizando tudo nos dedos da mão, até que se aproximou de Yuna e pegou o Ronaldino da sua mão — E sem o Ronaldino, por tempo indeterminado.

— Mamãe por favor o Ronaldino não! — Yuna falou se levantando e dando alguns pulinhos tentado tomar a pelúcia da mão de Chaeyoung, mas ela levantou o braço, tornando impossível Yuna pegar o ursinho

– D-devolve! — Yuna se sentou no chão da sala e começou a chorar desesperada pelo ursinho

— Yuna para.

— Yuna meu amorzinho, vem com a Mina, vem..— Falei me aproximando da pequena tentando acalmar a situação mas ela deu um berro e eu me afastei assustada, melhor não mexer com a fera

Yuna passou a chorar ainda mais alto, Chaeyoung colocou a mão sob a própria testa a um passo de perder a paciência

— Sem birra Yuna!

Chaeyoung falou em um tom mais alto que o normal, fazendo a garotinha parar na hora e fungar

Yuna por um tempinho tentou usar outro meio, tentando convencer sua mãe a devolver o dinossauro com um "olhar fofinho" mas fracassou na missão e voltou para o sofá enxugando as lágrimas que desciam dos seus olhos com suas pequenas mãos, meu coração quebrou em mil pedacinhos com aquilo

— Ô meu amor...– Yuna veio até mim e sentou no meu colo, tristonha e eu sequei as suas lágrimas com o polegar

— Qual é mãe aí é sacanagem tomar o ursinho da Yuna — Jungkook disse na defesa da caçula

— Deviam ter pensado nas consequências antes de fazer essa brincadeira. – Disse – Seri, depois você me ajuda a recolher os brinquedos das meninas? Por favor

— Claro..

Chaeyoung respirou fundo e se voltou agora para mim — Mina-ssi, será que eu posso ter uma palavrinha com você lá fora?

Pronto, vou ser demitida.

— Oh, sim...Claro!

Fomos para o lado de fora da casa, perto do jardim, onde tinha total silêncio, em excessão o som dos grilos nos meios das plantas esverdeadas, Chaeyoung colocou uma das mãos no bolso da calça enquanto a outra segurava o ursinho de Yuna, e ficou um pouco á olhar o céu, e logo voltou seu olhar para mim, me bateu um nervosismo imenso naquela hora

Vai que ela me manda embora? E o aluguel? E as contas que eu tenho pra pagar? – Pensei enquanto o pokémon do meu divertidamente medo evoluia para desespero

— Bom Mina, eu...

– Olha senhorita Chaeyoung, eu realmente sinto muito pelo que aconteceu, eu gostei as meninas, não sei se elas diriam o mesmo, eu posso não ter sido a melhor babá do mundo nesse primeiro dia, eu não sou muito acostumada a cuidar de crianças, ainda mais cinco, mas eu prometo que vou melhorar! M-mas se você quiser me mandar embora, eu vou entender perfeitamen..

— Ei! Ei! Ei! Calma! – Chaeyoung falou e riu, colocando a mão no meu ombro, tentando me acalmar — Do que você está falando?

– Você não vai me demitir?

— Não! O que te levou a achar que eu fosse fazer isso? Muito pelo contrário, vim te elogiar, eu conversei um pouco com Seri na cozinha, ela me disse que você foi incrível nesse primeiro dia, principalmente pelo fato de você nunca ter cuidado de cinco crianças agitadíssimas e que adoram pregar uma peça, a uma hora dessas, se fosse outra babá já estaria longe daqui sabia?

— Jura? — Chaeyoung assentiu e eu coloquei a mão no meu peito depois de quase ter um treco achando que iria para o olho da rua — Oh, minha nossa, não imagina como eu estou aliviada!

— Você ficou tão nervosa que até me chamou de Senhorita Chaeyoung, sem informalidades

— Oh sim, desculpe...Eu realmente achei que você fosse me demitir

— Não mesmo, só por você mesma não ter me pedido demissão já mostra que você é diferente...– Vidrou seu olhar em mim por alguns segundos, o que me deixou um pouco sem graça – A não ser que você queira..

— Não! Não mesmo — Por mais que as meninas fossem agitadas e com aquele jeito mais "espoleta" digamos, Chaeyoung me pagava muito bem, e para quem estava precisando de renda que nem eu, não podia ser tão ruim cuidar de cinco crianças o dia inteiro né? Chaeyoung também é uma chefe para poucos, tão atenciosa e meiga — Continuarei cuidando das meninas, eu vou tentar fazer elas gostarem de mim

— Creio que não vai ser fácil — Chaeyoung sorriu

— Pode ter certeza que não!

— Ficarei torcendo para que vocês de deem bem, qualquer coisa, já sabe né? — Continuou — Pode falar para mim, sou toda ouvidos

— Claro — Falei — Chaeyoung, não que eu queira contrariar suas regras ou sua autoridade como mãe mas.. você poderia tirar as meninas do castigo?

— Tirar?

— Sim..— Chaeyoung pareceu confusa — Talvez o castigo só torne a minha relação com as pequenas ainda mais difíceis, elas vão ficar mais tristes e também, não vou conseguir ver Yuna sem esse dinossauro de pelúcia

– Ah..— Chaeyoung segurou com as duas mãos a pelúcia verde e olhou a cara do Ronaldino — Se bem que faz sentido..

Chaeyoung sorriu fechado e deu um passo a frente se aproximando mais de mim, fiquei nervosa e dei um passo para trás engolindo em seco

— Eu, eu...– Falei desajeitada vendo Chaeyoung me olhar com aqueles olhos de jabuticaba e que agora brilhavam tanto quanto uma pérola recém pegada do mar — Acho que já está ficando tarde, creio que já deu a minha hora

— Se você preferir eu posso te deixar em casa, se você quiser claro

— Eu não quero tomar o seu tempo, acho melhor eu ir de ônibus mesmo..

— Está tarde, as ruas estão desertas, eu faço questão de lhe deixar em casa com segurança. — Segurou leve o meu pulso e sorriu, eu me engasgava com as próprias palavras que tentavam sair da minha boca olhando a sua mão quente segurar o meu braço

— Eu realmente prefiro não incomodar..— Soltei sua mão do meu pulso e ajeitei a alça da minha bolsa no meu ombro – Inclusive já está quase na hora da minha condução passar, mas mesmo assim, muito obrigada, foi muita gentileza da sua parte

— Disponha – Falou – ...Tem certeza que não quer que eu chame ao menos um táxi para você? – Insistiu

— Chaeyoung..– Falei reprovando sua insistência, ela morde o lábio inferior sorrindo soltando uma risadinha sem jeito

— Ok..— levantou as mãos em rendição ‐ Já entendi, vou te deixar em paz

Sorri para ela que me retribuiu com um sorriso tão bobo quanto o meu

— Até amanhã!

— Até! — Colocou uma de suas mãos para trás e acenou com a outra

      Chaeyoung:

Acompanhei Mina até a saida, respirei fundo com a pelúcia de Yuna nas minhas mãos, voltei para dentro da casa, as cinco ainda estavam sentadas no sofá, Yuna estava parecendo um moranguinho vermelho de tanto chorar e soluçar, meu coração amoleceu, não conseguia ver elas tristes daquela forma

Me aproximei delas, me ajoelhando em frente ao sofá, ficando de frente para as cinco que evitavam olhar nos meus olhos

— Ei, vocês.. – Falei — Olhem para a mamãe

As cinco levantaram seus rostos e me olharam, um olhar de certo medo que eu provelmente deixasse elas de castigo por mais tempo

— Está tudo bem..– Falei sorrindo leve e as meninas arregalaram os olhos por um momento – Estão livre do castigo.

Um grande sorriso abriu no rosto das cinco, e antes que elas começassem a gritar de alegria, adicionei um porém

— Mas..— Disse e elas pararam – Se as cinco aprontarem mais alguma para cima de Mina o castigo vai ser dobrado, e dessa vez eu não vou ter pena, ouviram bem?

Elas assistiram meio desconfiadas, olhei para Yuna, que tinha seus olhinhos avermelhados de tanto chorar conectados no dinossauro de pelúcia em minhas mãos

— Aqui — Entreguei o dinossauro para Yuna, que o agarrou em um abraço animado e com um sorrisão no rosto

— Ronaldino! – Disse dando um beijo no brinquedo – Eu senti tanto a sua falta

– Quer dizer que vamos continuar com nossas bonecas? ‐ Perguntou Chaery formando um sorriso contente no seu rosto

— Com celular? — Perguntou Lia logo após a irmã

— E com passeio no parque? – Ryunjin perguntou

— Sim! Mas já sabem com quais condições né? — Elas assistiram — Vou ficar de olho viu?

Eles se levantaram e começaram a comemorar dando pulinhos de felicidade

— Obrigada Mama! – Yuna se agarrou no meu pescoço, me dando um abraço — Você é a melhor mãe do mundo!

— Sou? – Perguntei e Yuna murmurou um "Urum!", abraçando a pequena de volta

Aquela abraço me fazia ganhar o dia. 

— Abraço coletivo na mamãe! – Yeji gritou e as cinco ficaram em volta de mim me dando um super mega abraço, sorri recebendo todo aquele carinho 

— Quê felicidade toda é essa enquanto eu estou no meu quarto sofrendo sem o aparelho que me mantém vivo? — Jungkook apareceu na sala estranhando tudo aquilo

As meninas me soltaram e começaram a correr pela sala, apenas Lia permanecia pendurada nas minhas costas, segurei suas pernas com os meus braços

— Sem exagero, pirralho. — Tirei o seu celular do meu bolso e estendi o aparelho para que ele pegasse — Toma, seu celular.

— É sério isso? — Me encarou surpreso — Cadê as câmeras escondidas? É alguma pegadinha do Faustão ou o quê?

— Pega logo esse celular antes que eu mude de ideia!

Ele pegou o celular da minha mão meio desacreditado e deu uma risada, me abraçando logo em seguida

— Qual foi garoto? Me larga!

— Lenda! Maravilhosa! — Me deu um beijo na bochecha e eu fiz uma cara de desgosto com toda aquela meladeira – Se um dia já julguei, não me lembro

Falsidade da porra

— O que deu em você para fazer esse ato de bondade?

— Então..— Mina, unicamente ela — Não sei, meu instinto, talvez ele esteja pedindo para eu confiar em vocês apartir de agora.

— Sei..— Falou — Eu preciso contar isso para a Seri!

Ele saiu dali como um pônei feliz a procura de Seri, Lia saltou das minhas costas para o chão, fazendo minha coluna doer um pouco e fiz uma expressão de dor rápida

O que deu em mim? – Me perguntei, mas na real, nem eu mesma sabia.

   Mina:

Sai dali, terminando meu dia cuidando das meninas e indo caminhando ao ponto de ônibus que havia ali perto, no ponto só havia eu e uma provável estudante que também esperava o ônibus, e como eu já cogitava, foi questão de minutos para o ônibus chegar

Entrei na condução e paguei minha passagem, tive a missão de escolher uma cadeira para me sentar, por mais que quase todas as cadeiras do ônibus estivessem vagas, optei pela última cadeira no final do ônibus próxima a janela, me sentei ali, tirando meu celular do bolso junto com o meu fone e colocando uma música da minha playlist no aleatório, parando em I Hear a Symphony, apoiei minhas mãos que seguravam o celular no meu colo e encostei minha testa no vidro fechado da janela do ônibus, pensando nos acontecimentos daquele dia, no dia com as meninas, alguns momentos um pouco desesperadora e outros até que engraçados, e dentre esses pensamentos, Chaeyoung estava inclusa

Chaeyoung era tão prestativa e educada, uma mãe tão incrível que chegava a ser tão fofa quanto as próprias filhas, era bizarro que todas aquelas babás tivessem se demitido tendo uma patroa como Chaeyoung, não que o motivo da demissão fosse ela, no caso, as filhas dela, mas só em parar para pensar, depois de um dia cansativo cuidando das meninas, elas fazendo da casa um parque de diversões e do meu juízo uma verdadeira loucura, no final do dia, Chaeyoung abre a porta cansada e suada, colocando sua pasta sob o sofá da sala, mexendo seu pescoço para desafrochar a sua gravata, com aquele jeito desajeitado dela e fala — Meninas! Cheguei!

Um verdadeiro colírio para os meus olhos ao chegar no final do dia depois de tanta luta, não é? Chaeyoung era realmente muito bonita, isso é inegável 

A maior incógnita na minha mente era: porque a ex-mulher de Chaeyoung havia à abandonado com as cinco meninas pequenas? Uma dúvida que mantinha no meu pensamento mas como eu tinha vergonha na cara, não ia me meter na vida da mulher que acabara de me contratar

Não demorou para o ônibus chegar ao meu destino, desci do mesmo e segui para o prédio onde moro, um pequeno cortiço na qual moro de aluguel já a alguns meses, entrei no mesmo, a senhora síndica do mesmo estava sentada em sua mesa como sempre, serrando a ponta de suas unhas com uma lixa amarela

— Boa noite senhora Jung! — Falei plena para a mulher, que me olhou da cabeça aos pés, voltando a lixar suas unhas

— Pra mim pode até ser que seja, mas para você não viu mocinha. – Disse – Não acha que já está na hora de adiantar o pagamento do seu quarto? O proprietário veio lhe procurar hoje mais cedo atrás do dinheiro

— Droga! – Murmurei, aquele cara estava na minha cola a exatos 3 meses atrás dos pagamentos atrasados, um quarto minúsculo mas que custava o olho da cara!

— Falou alguma coisa?

— Não, não falei, quando ele vier novamente fale que eu já estou providenciando os pagamentos atrasados. – Falei, estendendo a minha mão para que ela me entregasse a chave do meu quarto, ela pegou no painel verde onde haviam outras várias chaves penduradas atrás de si e tacou na palma da minha mão com a maior delicadeza do mundo

Subi as escadas que só em pisar pareciam que iam rachar e fui para o meu quanto, fechando a porta, jogando minha bolsa em cima do sofa e depois me joguei no próprio, suspirei exausta sem coragem alguma para me levantar dali, já estava prestes a cochilar, quando o celular dentro da minha bolsa começou a tocar, tudo que eu desejava era que não fosse telemarketing para atrapalhar meu sono, e para a minha sorte, era a minha mãe

— Oi mãe..– Falei sonolenta

— Oi meu amor, como você está? Está se alimentando? Bebendo água? Tomando banho? Passando desodorante? Lavando suas partes baixas? — Me congestionou com mil perguntas, que resumidamente perguntavam se eu estava me cuidando

— Sim mãe, eu estou bem, estou me cuidando, inclusive, hoje foi meu primeiro dia no meu novo trabalho

— Ah sim, e aí? Como foi?

— Foi.. — Pensei um pouco — Um caos, mas com o tempo as meninas se acostumam comigo, você nem acredita o que elas fizeram

— O que? – Perguntou curiosa

— Elas colocaram um balde de tinta verde no topo da porta e depois me chamaram para que eu caísse na pegadinha delas, mas sem querer a mãe delas caiu na brincadeira delas

— Meu Deus filha! Tadinha da mãe das meninas, como é o nome dela mesmo?

— Chaeyoung, Son Chaeyoung.


— Fica esperta com essas meninas viu, elas podem tentar mais algo contra você — Disso eu não tinha dúvidas

— Não se preocupe mãe, vou tentar ser mais esperta que elas – Sorri e pude ouvir a risada gostosa através da ligação — Mas e você e o papai? Como vocês estão?

— Seu pai está melhorando aos poucos, acredita que ele já voltou a caminhar? Só que com a minha ajuda ou com a das muletas

A algum tempo, meu pai havia sofrido um acidente de moto quando era entregador de pizzas e perdeu o movimento das pernas, foi realmente difícil mas com a fisioterapia, ele estava se recuperando aos poucos

— Ah! Que bom! Não vejo a hora de ver vocês, estou com tantas saudades!

— Você ainda está morando naquele casebre velho filha? Aquele lugar é horrível!

— É o único lugar que eu estava podendo pagar mãe, talvez agora eu possa sair daqui e morar em um lugar melhor

— Não se preocupe em mandar dinheiro para s fisioterapia do seu pai, eu dou conta só, apenas saia logo desse lugar que só em pensar que você está dormindo aí me dá um embrulho no estômago!

Ri do exagero dela — Não seja exagerada dona Jihyo! Aqui é feio, mas ainda é habitável

— Habitável para os ratos, você não é rato — Falou — Em falar em rato, seu ex-namorado ainda te procurou?

— O Jisoo? Ele vive na minha cola, mas eu não ligo, já disse que nosso namoro não estava dando mais certo e não irei voltar com ele

— Ainda bem, não ia com a cara dele.

— Mãe!

— Menti por acaso? Agora vá dormir que está ficando tarde, amanhã eu volto a lhe ligar para saber como você está, hum?

— Está bem, eu estou aos cacos, cuidar de cinco meninas não é fácil

— Pois vá descansar

— Manda um beijo meu para o papai? Por favor?

— É claro, só não falo agora porque ele está lá na garagem consertando um liquidificador, ele não consegue parar quieto um segundo

Sorri, ele realmente era impossível de se segurar, me despedi de minha mãe e desligamos, colocando o celular na pequena mesa ao lado do sofá e me levantei para ir até o banheiro tomar um banho antes de dormir. Tomei um banho rápido e vesti novas roupas, quando fui ligar o secador na tomada do banheiro, bateram na porta do meu quarto e eu estranhei

Fui até a porta secando meus cabelos com uma toalha e me deparo com Jisoo, com as mãos nos bolsos da sua calça moletom, o olhei de forma entediante.

— Ah, você.


— Podemos conversar?

— Não temos o que conversar, já disse para não me procurar mais. – Já ia fechando a porta na cara dele, mas ele impediu

– Por favor Mina, eu sinto a sua falta

— Sente é? — Cruzei os braços — Então me deixe em paz. – Falei voltando a tentar fechar a porta e fui impedida por ele mais uma vez, rolei os olhos e mais uma vez o encarei em desânimo — Qual é garoto?

— Precisamos conversar, quero voltar com você, voltar a vivermos felizes como eramos antes

— Quem era feliz? Você? – Perguntei – Jisoo você é abusivo, me privava de fazer tudo e de falar com os meus amigos, você não confia em mim, não me deixa te ajudar e você já levantou a mão para mim.. tudo isso já não é suficiente para eu não querer olhar na sua cara?


— Você sabe como eu sou Mina. Eu ficava desconfortável com algumas atitudes de você com eles, só. — Seus olhos pareciam lesados conforme ele falava — E eu não preciso de ajuda, você sabe disso

— Como não? Você nunca deixou de usar aquelas coisas de novo, não é?

O silêncio dele falava mais do que palavras 

— Jisoo por favor, sai daqui, cansei de você.

— Mina — Segurou meu braço — Não deixe para trás tudo que nós vivemos juntos

— Jisoo você vive em que século? Lembra do papelão que você me fez passar quando sai com as minhas amigas para uma festa porque você achava que eu estava com outro? Um relacionamento é necessário confiança, você nunca confiou em mim.

— Mina você sabe, eu sou esquentado, não gosto de ver ninguém com o que é meu.

— Eu não era sua propriedade, Jisoo. você fala como se eu fosse um objeto! — Falei — Está tarde, não perca seu tempo comigo e vá viver a sua vida.

— Eu não vou desistir de você, Mina.

— Desista! – Bati a porta com toda a força do mundo na cara dele, encostando minhas costas contra a mesma e suspirei. Depois de alguns minutos, vi sua sombra de baixo da porta sumir e fiquei mais aliviada


Jisoo não iria me deixar em paz



Notas Finais


Me perdoem os erros de ortografia, depois corrijo qualquer erro


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...