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História A nova vida de uma pequena shinigami - Mãe que é mãe protege a sua cria


Escrita por: AyaHinami

Capítulo 156 - Mãe que é mãe protege a sua cria


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - Mãe que é mãe protege a sua cria


Ukitake ficou sozinho naquele consultório antes que se desse conta. A julgar pela expressão fixa no rosto da capitã, ele sabia que algo sério aconteceria se ela saísse pela porta da frente daquele hospital.


Ele tinha que impedí-la.


Antes que a porta, antes aberta por ela, se fechasse, o capitão em um único passo a segurou e também pôs-se no corredor, a ponto de ver Harumi quase no fim do mesmo e o tenente da própria um pouco mais a frente olhando pros dois sem entender nada.

O grisalho não queria incluir ninguém  naquela situação, mas naquela hora ele não tinha outra escolha. Tinha que pará-la.

Ukitake: Hisagi kun! Segure a Kosuri! Não deixe ela passar! - Falou em um tom de voz alto, e por sorte não havia ninguém no corredor exceto o próprio Hisagi e Kyouraku ainda na recepção.

A capitã sequer deu atenção àquilo, passou pelo tenente que ainda estava totalmente sem entender o que estava acontecendo ali, mas ao julgar a expressão preocupada do rosto do grisalho, ele por instinto sentiu que devia fazer o que ele estava lhe dizendo.

Shuuhei tentou segurar um dos braços da sua superior, mas antes que o fizesse, ouviu-a o repreender: 


Harumi: Não se atreva! - Ela estava tão irritada que sequer olhou pro amigo, mas bastou que dissesse aquilo pra que ele recuasse na mesma hora.


Juushirou, vendo que ela já havia amedrontado o tenente, decidiu seguir ele mesmo atrás dela, mas Harumi já havia chegado na recepção, e tanto ele como Hisagi foram atrás.


Shunsui viu a amiga passar ao seu lado e também estranhou o jeito que ela estava. Aquela aura pesada poderia ser sentida por qualquer um.

Não ousou falar com ela, pois julgava não ser uma boa hora para tal. No entanto, segundos depois ele também viu os semblantes dos dois que também vinham apressados até ele.


Ukitake: Kyouraku! Não deixe ela sair! A impeça!

A julgar pela expressão de desespero no rosto do amigo, Shunsui também se viu na obrigação de atender aquele pedido estranho. Mas da mesma forma que Hisagi, assim que ele ousou se colocar na frente dela (talvez pensando que seu tamanho a faria recuar) os três apenas a ouviram dizer:


Harumi: Quem entrar no meu caminho eu juro que nunca mais vai chegar perto da minha filha! - Ela afastou o alto capitão da sua frente, mas já sentia que agora os três seguiam atrás dela.


Ukitake: Não liguem pra ela! Ela vai fazer uma besteira!

Temendo que a esposa realmente conseguisse sumir de sua vista, o grisalho usou o shumpo e parou na frente dela, a segurando pelos ombros no momento que a mesma ia colocar o pé pra fora do hospital.

Os outros dois que também vinham com ele, se colocaram um em cada lado, apenas esperando qualquer "ordem" por parte de Juushirou. Não sabiam o que ela queria fazer, mas nutriam uma confiança cega no 13° capitão. Se ele dizia que era melhor fazer tal coisa, ninguém ousaria duvidar dele.

Harumi: Saia da minha frente Ukitake! Senão eu passo por cima de você também! - Ela tentou afastar os braços do marido, mas não conseguiu. Naquele momento ele conseguiu ser mais forte do que ela.

Ukitake: Você está prestando atenção no que está tentando fazer Kosuri?! Se for atrás dela você vai perder a razão! Vamos resolver isso de outra maneira!


Era uma situação delicada entre o casal...


Kyouraku: Sei que não temos nada a ver com isso, mas... Será que alguém pode nos explicar o que está acontecendo aqui? - Shunsui alternava o olhar entre um e outro, aquela situação lhe parecia totalmente bizarra.

Ukitake: Nós descobrimos que a culpada pela Hinami estar doente é a Yoko, que colocou uma substância tóxica no suco que ela ia beber, e agora a Kosuri quer ir atrás dela. 

Hisagi: O quê?! E o que você vai fazer com ela taichou?! - Ele, igualmente ao capitão, temia o que ela pudesse fazer.

Harumi: O que você acha? Vou acertar as contas com uma covarde!

Kyouraku: Oe oe! Vá com calma Harumi chan! Não faça nada que você vá se arrepender depois!

Harumi: Me arrepender? Me arrepender?! Me arrependeria se eu deixasse essa desgraçada impune! Eu perco tudo, minha CRM de médica e até a minha posição de 9° capitã, e posso até mesmo ser expulsa da Soul Society, eu não me importo! Mas eu não vou sossegar até dar um fim nela! E nem adianta tentar se esconder, porquê eu vou persegui-la até no inferno se for preciso! A minha filha não merecia passar por isso! E nem vai deixar de ser vingada! Essa infeliz resolveu mexer com quem não devia! 

Kyouraku: Harumi chan se acalme! Nós entendemos a situação, mas o que a levou a fazer isso?! Não faz sentido nenhum!

Ela apenas encarou o marido, o fuzilando com os olhos pra que ele não ousasse abrir a boca.

Ukitake: Não aconselho vocês a tocar nesse assunto...

Harumi: Saiam da minha frente, os três. - Disse ela com a voz um pouco mais baixa.

Ukitake: Não, eu não vou permitir que você faça uma bobagem dessas, as consequências serão graves depois!

Harumi: E não foi você mesmo quem disse que "me ajudaria" se tivesse acontecido o pior? Pois saiba que só não aconteceu por minha intervenção! Vocês acham que uma febre de 41 graus e uma convulsão em uma criança de 3 anos e meio é bobagem?! Acham que isso não é motivo suficiente pra me causar toda essa reação?! Vocês não sabem de nada! Isso já é triste na visão de um médico, agora imaginem na visão de uma mãe que simplesmente não sabia o que tinha causado isso e junto com você se viu desesperada às 2 da manhã Juushirou! E que no fim ainda descobriu que isso foi causado por uma infeliz que estava bem debaixo dos seus olhos e por um motivo ridículo! Me poupem mas eu detesto gente covarde! Antes tivesse feito isso contra mim, mas contra uma criança indefesa não! Infelizmente a Hinami teve o azar de ter uma mãe extremamente geniosa!

Ukitake se preparava pra retrucar, mas foi impedido pelo amigo. É claro que concordava com ela, ele só não queria que tudo tivesse chegado aquele ponto. Não queria que as coisas chegassem ao "extremo" se assim ele poderia dizer.

Kyouraku: Deixe ela ir, Ukitake... Faça o mesmo e honre o seu papel de pai...

Ukitake: Kyouraku...

Kyouraku: E nós dois também honraremos nossos papéis de padrinhos dela, nós iremos com vocês, mas apenas pra impedir que as coisas passem do limite. Está mais do que claro que essa mulher merece no mínimo uma lição.

Harumi nada mais disse. Apenas deixou os três pra trás e seguiu em direção a onde ela sabia que era a residência da empregada. Os três não tiveram outra opção a não ser seguí-la.




(...)









Minutos mais tarde e uma certa porta quase foi derrubada. As insistentes batidas sem resposta quase foram mais um motivo pra que aquele obstáculo de madeira fosse obliterado sem ao menos necessitar de qualquer tipo de encantamento.


~


O que era aquilo assim do nada?


O que era aquele sentimento esquisito que havia chegado como um furacão?


Por quê tamanho receio em descobrir o que ia acontecer naqueles próximos minutos?


Aquela jovem, misteriosa pra muitos e já odiada por quem a conhecia, ou melhor, pra quem a "descobria", levantou de sua poltrona e seguiu até a porta de entrada após pensar algumas vezes se deveria mesmo fazer aquilo.

Não foi preciso muito esforço até que ela descobrisse quem estava no lado de fora, ou melhor dizendo, a "turma" que ali estava formada. Algumas reiatsus pra ela ainda eram um pouco desconhecidas, mas em contrapartida, outras duas eram bem familiares.


Yoko abriu a porta e de cara viu na sua frente o que significava a expressão "sangue nos olhos".  Não acreditava que "aquela mulher" como ela mesmo se referia a ela, estava ali. Preferia que fosse qualquer pessoa, até o mais desprezível dos seres em toda Sereitei, menos a mulher que roubou o homem dos seus sonhos.

Estava mais do que claro que ela já havia descoberto algo, ela só não sabia bem "o quê".

Todavia, ela não iria passar os pés pelas mãos e confessar tudo na cara dura. Havia entrado naquilo com o intuito de acabar com aquela felicidade estúpida que ela presenciava todos os dias, já que tinha consciência de que realmente não iria tê-lo pra si. Então, já que não havia mais pra onde correr, ela iria continuar com a mesma jogada até onde conseguisse: o seu papel de "desentendida".



 

Yoko: Harumi sama, como vai?


Harumi: Você sabe por quê eu estou aqui não sabe garota?

Yoko: O quê? Do que está falando?

Harumi: Não seja cínica! Seja mulher e confesse! Antes que eu quebre todos os seus dentes!

Ukitake: Kosuri...

Harumi: Não se meta Juushirou! Aqui é um assunto de mulher pra mulher! Ou melhor, de mulher pra covarde!

Yoko: Harumi sama, do que está falando? Eu não estou entendendo nada! - ..."Então quer dizer que ela já descobriu? ...Mas será que foi tudo?"

Pra quem via de outro ângulo, aqueles três que permaneciam parados atrás de Harumi se assemelhavam a imagens de seus guarda-costas, que nada mais faziam além de observar a situação. Os três observavam a inquietação da pequena capitã juntamente com suas próprias "revoltas" contidas.

Harumi: Sabe onde a Hinami está agora, Yoko? - Questionou.

Yoko: A Hinami sama? Hm... na escola talvez? -  Provocou ela.

Harumi: Não não, está internada no hospital! Graças a uma certa coisinha que uma infeliz "babá" colocou no suco dela! - Respondeu sarcástica.

Yoko: Como assim "a babá"? Você não pode acusar os outros sem provas!

Harumi: Provas? Provas?!! Garota por sua causa a Hinami convulsionou com 41 graus de febre! Se não fosse por mim que a socorreu rápido, quem sabe o que poderia ter acontecido?! - Ela avançou um passo. -  Você sabe o que eu seria capaz de fazer com você se a minha filha estivesse em estado grave pelo veneno que você deu a ela?! Ao menos imagina?! Seja mulher uma vez na sua vida e confesse o que você fez sua desgraçada!

Ela sentiu a capitã avançar, e por instinto, também recuou.

Yoko: Não entre na minha casa sem ser convidada! Você está totalmente alterada!

Harumi: Confessa logo! Eu já estou por aqui com você! - Ela apontou pro topo da própria cabeça.

A empregada se viu sem saída. Resolveu então "apelar" pra pessoa mais controlada da história, pois por sua conta pensava que ele não havia falado nada sobre a outra coisa que ela tinha feito. Só que mais uma vez, estava muito enganada.

Yoko: Ukitake sama! Diga a ela que eu sou inocente! Eu nunca seria capaz de fazer mal a Hinami! Você sabe que ela também é como se fosse uma filha minha! - Novamente, provocou usando a palavra "filha".

O grisalho se mantinha sério, mas ainda assim respondeu:

Ukitake: Não pense que por eu ser um homem calmo eu não estou bravo com o que você fez. Você colocou a vida da minha filha em risco, espero que esteja preparada pra pagar pelos seus atos.

Yoko: Mas... Ukitake sama-

Antes que ela terminasse a frase, Harumi avançou ainda mais, a impedindo de chegar perto do marido.

Harumi: Não se atreva a dirigir a palavra ao Ukitake sua dissimulada! Acha que eu também não sei o que você tentou fazer com ele?!

Kyouraku e Hisagi pasmaram. Como assim ela tinha tentado algo com Ukitake?! Aquilo ficava mais bizarro a cada minuto que se passava.

Yoko: E o que eu tentei fazer com ele?! Por quê tantas acusações sem provas pra cima de mim Harumi sama?!

Ukitake: Não são acusações sem provas Yoko. Nós colocamos uma amostra do suco que você fez pra Hinami sob análise e foi constatado uma substância tóxica, sendo que a mesma foi a responsável pela febre e pela dor que ela estava sentindo. É obvio que não foi a Harumi que fez esse suco, e como a única pessoa que teve acesso a casa dela foi você, a verdade está clara como água. Já em relação a segunda acusação, é simples, eu simplesmente cansei de manter segredos com a minha mulher, sempre fui e sempre serei um homem transparente e verdadeiro. Então é claro que eu ia contar isso a ela.


As paredes estavam se fechando cada vez mais. O que ela poderia fazer pra desmentir aquilo sendo que o mesmo havia confessado? Algo que Yoko jamais pensava que ele faria justamente por medo da reação da esposa?

Como o jogo que ela pensava ter ganho virou contra ela de uma hora pra outra?

O que ela iria fazer agora? Será que ainda valia a pena manter "o personagem?"

Ao menos, ainda havia "coisas" que eles não sabiam.


Harumi: Uma mulherzinha baixa como você que não é capaz de confessar que prejudicou uma criança, algo digno de vergonha, é claro que também não poderia assumir que não consegue um homem pra chamar de seu, tem que ir atrás de um casado! 


Aquilo havia sido a gota d'água. Yoko não aguentava mais sustentar sua farsa pois simplesmente não suportava a capitã. E não iria permitir ser chamada de "mulherzinha baixa" na cara dura sem dizer nada pra contra-atacar.

Yoko: Quer saber Harumi? Eu acho mesmo engraçado o modo como você se acha a dona da razão. Acha que é a mulher mais incrível do mundo? Se acha a mais bonita? Se acha melhor por ter tido uma filha dele? Você é ridícula, isso que você é!

A capitã bateu palmas, como se estivesse satisfeita por finalmente ver que ela estava pondo as garras de fora.

Harumi: Finalmente desistiu de manter seu personagenzinho, que inclusive nunca me enganou! - Ela arqueou uma das sobrancelhas. - Mas você está errada, eu não me acho mais incrível, nem mais bonita, nem melhor por ser a mãe da filha dele. Acho que você acabou esquecendo de um "detalhezinho" importante. - Os quatro, incluindo Yoko, apenas viram o momento que ela acabou de vez com a distância que havia entre as duas e sussurrou no ouvido dela. - Foi ele que veio atrás de mim.

O sangue da empregada também começou a ferver por conta das provocações da capitã. Ela simplesmente a odiava!

Yoko: Você é mesmo muito convencida, "Harumi sama".

Harumi: Garota, para de fingir! Mostra a sua cara de verdade! Ou você quer que eu arranque essa sua máscara à força?!

Yoko: Eu exijo respeito! Quem você pensa que é pra me julgar? Se você se garante tanto, por quê estavam separados até ontem? - Essa era a última arma que ela tinha pra atacá-la.

Harumi: Isso não te interessa, e eu não preciso respeitar gente que me ataca de graça, eu não vim aqui sem motivo. Vim acertar as contas pelo que você fez a Hinami e por ser uma vadia que dá em cima de homem casado!

Yoko: Quer saber?! Eu dei em cima dele sim! Simplesmente por sempre ter gostado dele! Talvez ele só tenha escolhido você por que não me conheceu antes! Mas eu sempre o amei em segredo! Você é a culpada por toda a minha vida ter dado errado! A culpa é sua! Se eu sou uma "mulherzinha baixa", você é uma "mulherzinha fácil"! Mal tinha chegado em Sereitei e já se envolveu com o homem mais desejado de todos! Acho que isso diz muito sobre quem você é!


Harumi acertou um tapa tão forte no rosto de Yoko que a fez dar um passo pra trás pela falta de equilíbrio. Tapa este que de imediato a calou. A empregada agora a olhava com raiva enquanto segurava o rosto que muito ardia com uma das mãos. Enquanto isso os outros três apenas ficaram pasmos com a cena.


Harumi: Cale a boca. "Mulherzinha fácil" você disse? - Ela riu. - É mesmo uma pena que o Juushirou e esses dois estejam aqui, senão eu ia te falar o que realmente é ser uma "mulher fácil". Mas em compensação eu posso te garantir uma coisa, todos os homens que eu já me envolvi até hoje, foram todos que vieram atrás de mim por iniciativa deles! Eu nunca me prestei a esse papel nojento que você está fazendo, o de dizer que gosta de um homem casado bem na cara da mulher dele!

Yoko: Um "homem casado", que abraça outras longe das suas vistas? - Agora quem havia dado risada havia sido ela.

Harumi: Não brinque com fogo garota... No próximo tapa eu te derrubo! - Ameaçou.

Yoko: É mesmo? E será que você consegue fazer isso? Sua doentezinha!


Ihhh... agora ela havia apelado...


Harumi avançou em cima dela antes que Ukitake e os outros pudessem fazer algo pra impedí-la. Foi direto ao pescoço, onde o apertou com ambas as mãos até que ela caísse no chão.


Harumi: Você é a culpada pelo inferno que a minha vida está sendo nos últimos dias! Minha vontade agora é de esganá-la! Só o que me segura é o respeito que eu tenho por esses três que não merecem ver isso!

A empregada por sua vez não ficou atrás, da mesma forma que sentia seu pescoço sendo apertado, também levou as mãos aos cabelos da capitã, mas a mesma nem sentia a dor.

Yoko: É bom mesmo que tenha um bom público aqui! Assim o espetáculo será maior! E eu vou repetir pra todo mundo ouvir e só pra te irritar ainda mais! Foi tudo obra minha sim! Fui eu que coloquei o veneno no suco da Hinami, que inclusive foi o único momento que senti pena! Ela não merece ter uma mãe como você! Também dei em cima do seu marido e não me arrependo! E querem saber de mais?! Eu também paguei aquela mulher do hospital pra infernizar você naquele plantão e também fui eu que paguei a mulher de Rukongai pra fazer toda aquela encenação pra cima do Ukitake! - Ela desviou os olhos apenas um momento pra ele. - Sim! Era tudo mentira! E você caiu direitinho! - Voltou a olhar pra ela. - E inclusive aquele oficialzinho que disse a você também foi mandado por mim! E ele conseguiu plantar paranóias na sua cabeça desequilibrada exatamente como eu mandei! E querem saber?! Eu ainda acho pouco pelo que vocês fizeram comigo! Vocês dois são patéticos!!


Uma decepção atrás da outra.

Uma confissão atrás da outra.

Uma "facada" atrás da outra.

Uma raiva atrás da outra.

Harumi não aguentava mais.

Sua vontade era de matá-la ali mesmo e naquele mesmo momento, mas antes que o fizesse, sentiu suas forças se esvaindo ao mesmo tempo que sentiu uma forte tosse lhe subindo a garganta.


Harumi: COF COF COF!!!

Yoko aproveitou o segundo que Harumi cedeu pra avançar contra ela, mas naquele exato momento que havia conseguido fazer tal coisa, o grisalho e os outros interviram.

Juushirou arrastou a capitã pra um lado, enquanto Hisagi puxou Yoko pro outro, ao mesmo tempo em que prendeu os braços dela pra trás. A tosse de Harumi não cedia devido ao enorme estresse pelo qual ela estava sendo alvo, e aquilo não era bom. Ela tentava conter o sangue que não parava, mas ao mesmo tempo também sentia o ar lhe faltar.

Yoko: Deplorável! Nem aguenta terminar uma discussão! Esse é mesmo o tipo de mulherzinha insuficiente que você é Harumi!

Por um último instinto, Harumi livrou-se dos braços do marido e mesmo na situação em que se encontrava avançou pela última vez em cima dela, onde com um só soco, quebrou um dos dentes da empregada.


Hisagi ficou estático. Se pensava já ter visto sua capitã "mal humorada", estava totalmente enganado. Aquilo estava completamente fora dos limites de um ataque de fúria. 

Harumi: Sabe qual é o meu lema?... "Se uma pessoa te ofendeu sem você merecer... volte lá e mereça." - Ela novamente tossiu. - Eu suporto tudo... Tudo que fizerem contra mim... Mas... COF ....Nunca se atreva... a encostar um dedo... na minha filha...! Ela tem mãe... que inclusive não tem medo de nenhuma consequência...!! Você pisou no calo mais doído da pessoa errada! Eu vou infernizar a sua vida até que tudo que você pense em fazer seja destruído! - Ela havia afastado o cabelo do rosto, e novamente sentiu um braço a puxando pra trás.

Ukitake: Já chega Kosuri... Não precisa mais fazer isso... Você já honrou o seu papel...

Harumi respirou fundo, e foi preciso se apoiar nele pra que não cedesse ainda mais, não ia dar aquele último gostinho a ela. Também não queria mais olhar na cara da mesma, ela só queria voltar pro hospital e cuidar da filha.

Harumi: Me tira daqui Shiro... Onegai... - Intensas lágrimas rolavam pelos olhos da capitã de tamanha raiva e repulsa que ela sentia. Jamais perdoaria a empregada por tudo que ela havia feito. Ela havia sido a culpada por tudo... e também havia sido a pessoa que mais a tirou do sério em toda a sua vida.

Ukitake: Vamos embora. - Ele passou um dos braços dela contra o próprio ombro, mas antes que pudesse sair olhou pros dois que ainda permaneciam ali. - Onegai, a levem pra Central 46 e expliquem a situação. Vocês são as testemunhas de que ela confessou uma tentativa de assassinato contra uma criança Shinigami. Se precisarem de provas, peçam a Unohana uma cópia dos resultados das análises. Eu vou voltar com a Kosuri pro hospital, conto com vocês.

Kyouraku: Hai, não se preocupe. - O 8° capitão também olhava pra Yoko com extremo desgosto. Odiava quando errava suas "impressões" contra uma pessoa, e ali ele havia quebrado feio a cara.

Hisagi: Podem confiar. - O tenente permanecia segurando os braços dela, sua expressão de raiva também era nítida, ele também nunca perdoaria aquela mulher pelo que ela tinha feito a sua sobrinha amada. Sequer imaginava a dor que Harumi e Ukitake estavam sentindo por tamanha traição, mas igualmente admirou sua capitã por ter protegido a filha literalmente com "unhas e dentes", e a admiração só cresceu quando ele viu que ela se conteu pra não dar de fato, um fim nela. Shuuhei jurava que se aquilo tudo houvesse acontecido com um filho dele, ele próprio iria matar o responsável sem dar nem chance de explicação. Sentiu pena da capitã por ter que passar por aquilo, sentiu pena de Ukitake, e por fim sentiu ainda mais pena da menina.

Mas no fim, tudo havia sido esclarecido, tudo havia sido confessado. Os dois precisavam colocar a cabeça no lugar, e tanto ele como Shunsui se encarregariam de levá-la pra receber sua merecida sentença.

Ambos viram o casal de capitães sair porta à fora, e usando o shunpo de Juushirou, sumiram de suas vistas.



Agora só os três estavam ali.

Hisagi: Vamos, você vai pagar pelo que fez a minha afilhada.

Yoko nada disse. Sentiu um braço sendo firmemente segurado pelo tenente e o outro pelo 8° capitão. Seguiriam agora pra Central 46.


(...)




Depois de algumas horas e explicada toda a situação, incluindo as provas, a sentença enfim foi emitida. Fazer mal a crianças shinigamis era um crime grave, pois as mesmas representavam o futuro da Soul Society e consequentemente, seriam as protetoras do mundo dos vivos.

Yoko foi condenada a viver eternamente no mundo real, e proibida de se aproximar de Ukitake, Harumi e Hinami caso estivessem de passagem no mundo dos vivos. A mesma naquela altura ainda tentou retrucar, mas nada que disse surtiu efeito. 


Era uma criminosa confessa.


Todos em Sereitei ficaram sabendo do ocorrido e do mesmo modo ficaram surpresos. Sequer imaginaram que por trás da imagem calma do casal Ukitake e da empregada, tal turbilhão de coisas houvesse acontecido.

Mas de todo modo, também ficaram satisfeitos ao ouvirem sobre a condenação. Yoko foi despejada no mesmo dia, e depois daquilo, ninguém mais a viu.


(...)








Harumi estava sentada em uma poltrona enquanto puxava um pouco de ar de um tubo de oxigênio. Segurava a máscara contra o rosto enquanto via o marido sentado bem a sua frente. O mesmo não havia falado nada desde que a havia levado até aquele quarto separado por pedido de Unohana, que após saber de tudo, se prontificou a ficar com a menina até que ambos se acalmassem.

A capitã continuava fitanto a expressão perdida no olhar de Ukitake enquanto o mesmo fitava a própria coxa.

Harumi: Tudo acabou, não é, Shiro?... - Sua expressão cansada causou extrema tristeza no capitão, ao relembrar o que ela havia sido capaz de fazer pra vingar tanto ele como a menina. 

Ela era uma mulher muito forte... Não só fisicamente, mas também em caráter.

Ukitake: Hai... - Ele segurou a mão dela, que a apertou de volta. - Sabe Kosuri... dessa vez sou eu que me sinto enganado... Eu realmente acreditei no que aquela mulher me disse...

Harumi: Seu coração é bom, Shiro, não se sinta triste por isso. Ao contrário de mim você se manteve controlado, mas ainda assim nunca vou me arrepender do que eu fiz, afinal ela quase destruiu a nossa família.

Ukitake: Hai...  Mas agora que você falou isso, eu lembrei de outra pessoa que também merece ter uma conversa séria sobre tudo isso.

Harumi: Quem?

Ukitake: Aquele que começou tudo isso, o seu oficial.

Harumi: Ah... nem me fale... Eu não me sinto em condições de ir atrás de mais ninguém...

Ukitake: Não se preocupe. Quem vai resolver as coisas com ele agora sou eu. - Ele ficou de pé. - Fique aí quietinha, eu volto logo. 


Juushirou finalizou dando um beijo na testa da esposa, e após deixá-la sozinha, seguiu atrás de seu próprio acerto de contas.

.                                             Continua







Notas Finais


Esse arco será finalizado no próximo capítulo!

Espero que tenham gostado do acerto de contas entre as duas!

Quem aí ficou feliz pelo soco que a Harumi deu nela? 😂

Até o próximo!


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