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História A nova vida de uma pequena shinigami - Especial: Um encontro de famílias?


Escrita por: AyaHinami

Capítulo 174 - Especial: Um encontro de famílias?


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - Especial: Um encontro de famílias?


"Poucas coisas neste mundo são tão importantes como a família".



Uma pequena frase, que resume o pensamento de muitas pessoas, inclusive o de Harumi e Ukitake, que apesar de terem formado uma nova família juntos, também carregavam em seus corações um sentimento de amor e gratidão por tudo que seus próprios progenitores lhe ensinaram.


No caso de Ukitake, pouco se sabe sobre seus pais e irmãos. Mas pela personalidade do platinado capitão, é possível presumir que a mesma possivelmente foi herdada de alguém.

Já em relação a Harumi, a mesma perdera toda a família ainda muito jovem, em um trágico atentado. 

Naturalmente uma pessoa séria e inteligente, a  pequena capitã do 9° esquadrão também teve boa parte da sua personalidade "forte" herdada dos progenitores da família Tankian. (O que inclusive também foi repassado pra próxima geração, como foi no caso de Hinami.)


Dois adultos diferentes, duas personalidades distintas, mas que juntos, se complementam.


Duas personalidades que carregam consigo ensinamentos - ainda que vagos devido ao tempo, mas que ainda assim, o "sangue" continua forte como nunca.

Dois seres repletos de sabedoria e vivência, cheios de conhecimento e experiência. E que juntos, agora educam uma pequena menina, usando seus próprios sensos do que é certo e errado.



Mas, já pararam pra pensar sobre como seria um mundo onde ambas as famílias existissem?


Onde todo mundo se encontrasse e tivesse ao menos uma boa conversa na "atualidade" da história?


Seria ao menos interessante, não?


E é isso que vamos conhecer agora, um encontro da família Tankian e da família Ukitake em um simples jantar em um universo alternativo.


Isso mesmo, um jantar. Um pequeno encontro onde todos se veriam casualmente, onde o casal de capitães conheceria a família do seu parceiro e ambas consequentemente conheceriam a pequena Hinami.


Como será tudo isso?








~~~~~~~~








Era pra ser uma noite qualquer, se não fosse por uma ocasião especial: Ukitake e Harumi se preparavam pra sair pra jantar.

E engana-se quem pensa que seria um jantar normal, pois a ocasião daquela noite seria justamente o contrário, pois a família Ukitake seguia em direção a um encontro mais que especial!

Após aprontar a pequena, na época ainda um bebê de pouco mais de seis meses, a capitã falou pro marido que pegava as chaves de casa e do carro:


Harumi: Parece que hoje iremos conhecer pessoas um tanto quanto interessantes, não é Shiro?

Ele riu, já entregando uma das chaves a ela, afinal, ele não sabia dirigir.

Ukitake: Será uma noite no mínimo especial, contando que eles também vão conhecer a nossa menininha. - Ele agora fitou a filha, que olhava curiosa pra ambos. - É melhor irmos, se não vamos nos atrasar, e se conheço bem a minha mãe... Ela vai nos encher de perguntas...

Harumi: Hahahaha parece que eu não sou a única em apuros... É melhor irmos então. 



~


Após se certificar que a pequena estava segura e confortável no banco de trás do carro, Ukitake ocupou o banco do passageiro e Harumi por sua vez assumiu o do motorista, onde após dar a partida, seguiu em direção ao centro da cidade.


~~



Cerca de 30 minutos mais tarde enfim Harumi conseguiu estacionar o carro após muito trabalho pra encontrar uma vaga um tanto longe do local marcado. Tirou Hinami do carro e junto a Ukitake seguiram alguns minutos a pé até avistarem a fachada do tal restaurante.

Era um lugar bastante "chique" se podemos dizer assim. Harumi e Ukitake não ligavam pra isso, mas como o dia em questão não envolvia só eles, ambos acharam conveniente irem pra um local mais aconchegante.



Ukitake: Acha que eles vão gostar de mim? - Perguntou enquanto caminhavam por uma calçada. 

Juushirou não achava importante as pessoas o "aprovarem", isto é, até ter se casado. Ter a "aprovação" dos pais da sua esposa era essencial pra ele, e era exatamente isso que sua expressão um tanto nervosa mostrava no momento. Mesmo atento a filha que agora dormia em seu colo, ele não deixou de fitar a capitã que tinha achado aquilo até um tanto engraçado.

Harumi: E por quê não gostariam? - Perguntou de volta. Às vezes ela achava um exagero a forma com que ele se preocupava com certas coisas.

Ukitake: Ah... não sei... Talvez por quê eu seja mais velho que você...

Harumi: E daí? Se eu não me importo com isso, por quê você está tão preocupado?

Ukitake: Você fala como se fosse uma bobagem... Mas eu me sinto como se fosse conhecer os pais da minha primeira namorada...

Harumi: Hã? - Ela olhou pra ele, que logo se corrigiu.

Ukitake: D-digo, a sensação que eu tenho é mais ou menos essa... Eu tô um pouco nervoso...

Harumi: Hahahaha você é mesmo um amor... Mas acho que quem deveria estar mais preocupada sou eu, contando que faz tempo que não os vejo, com certeza eles também vão me encher de perguntas. - Ela suspirou.

Ukitake: ...Mas e você? Não está ansiosa pra conhecer os meus pais e irmãos?

Harumi: Não. - Ela sorriu. - Quer dizer, sim, mas não estou à beira de um ataque de nervos igual a você. Talvez tivesse sido melhor se eu não tivesse contado a você como eles são.

Ukitake: Não ligue pra isso, eu que sou ansioso... Mas veja, já chegamos.

Harumi: Está pronto? Podemos enrolar um pouco até você se sentir preparado.

Ukitake: Não não, eu sou homem Kosuri, você esqueceu? Eu sempre estou preparado. - Ele piscou pra ela. - Bem, ao menos agora vou ter que fingir que estou! Hahahaha

Harumi: Bobo... Vamos então. 


Após segurar no braço dele, ambos entraram no restaurante, de imediato já notando uma grande mesa mais ao fundo, contendo pessoas bem conhecidas pra ambos, mas estranhas entre si.



Harumi: Eles não mudaram nada... - Instintivamente ela sorriu ao olhar pra própria família, fazia muitos anos que não os via.




(Caso não lembrem, vamos relembrar os nomes dos três parentes de Harumi:


Daisuke Tankian: O seu pai. Um homem sério, mas ao mesmo tempo amoroso e extremamente orgulhoso da filha que tinha. A sua pequena Kosuri era o seu xodó, apesar do mesmo ser "contido" nos seus gestos de carinho.


Ayame Nishikynomyia Tankian: A sua mãe. Ela por sua vez era um pouquinho rígida. Por ter o hábito de "devorar" livros, ela sempre foi muito exigente com a educação da sua primogênita, que graças a ela, tornou-se alguém extremamente inteligente. (E igualmente rígida com a própria filha.) 


Hikari Tankian: Sua irmã caçula. Alguém que tinha uma convivência com Harumi parecida com a de um cão e de um gato. Duas personalidades que não se batiam no passado, devido as suas opiniões extremas e seus gênios fortes. Apesar de Harumi também ser muito racional, Hikari conseguia ser pior que ela. 


Mas claro, isso há muitos anos atrás, quanto ambas conviviam juntas. Agora Harumi tinha sua própria vida, seu próprio mundo. Certamente alguma coisa devia ter mudado com o passar do tempo e o amadurecimento de ambas.)




Após se aproximarem da mesa, ambos os pais dos dois lados das famílias ficaram de pé. Cumprimentaram ambos, que igualmente retribuiram. E logo, como era de se esperar, ficaram encantados com a beleza da netinha.




Daisuke: Oh, então essa é a sua filha Kosuri? - Perguntou o pai com meio sorriso no rosto. Era muito sério, mas ainda assim não conseguia suprimir o seu orgulho ao ver a neta pela primeira vez, a mesma havia acordado assim que ouviu a voz do avô.


Harumi: Hai, é a sua neta. - Ela também sorriu. Tinha um imenso respeito por ele, que a ensinou tudo que sabia, e também era graças a ele que ela era o que era hoje.

Ayame: É a sua cara filha... Apesar dos olhos não serem seus... Qual é mesmo o nome dela?

Harumi: Hinami. Aya Hinami. Hinami em homenagem a mim, e Aya em homenagem a você mãe. E em relação aos olhos, são do Juushirou, o meu marido. 

Ayame: Hai, estamos ansiosos pra conhecê-lo também. Mas vamos nos sentar um pouco, sim?

Harumi: Claro claro, como quiserem. - Após todos se acomodarem, a capitã novamente tomou a palavra: - Realmente é uma noite muito especial pra todos nós. É uma honra estar aqui, revendo minha amada família após todos esses anos e também conhecendo a família do meu amado marido. Por isso eu gostaria de dividir essa reunião em partes, pra que possamos todos nos conhecermos da melhor forma. - Ela, que também estava próxima aos pais, continuou: - Mãe, pai, como vocês já conheceram a minha filha, vou apresentar a vocês agora o meu marido, Ukitake Juushirou.

O senhor Tankian fitou o grisalho, que ao mesmo tempo se sentiu um pouco travado. Mas bastou sentir a mão da esposa sobre a sua por baixo da mesa, pra ele sentir que estava tudo bem.

Ukitake: Senhor e senhora Tankian, é um prazer conhecê-los. - Ele baixou a cabeça em sinal de reverência, afinal eles eram pessoas dignas de muito respeito.

Daisuke: Então você é o famoso Juushirou, certo? A Kosuri fala muito de você nas cartas dela. 

Aquilo não era novidade pra ele. Harumi escrevia cartas pra eles quase todos os meses, e em todas elas, o nome dele estava presente.

Ukitake: Hai, sou eu sim, é uma honra estar casado com a sua filha.

Daisuke: Você é muito gentil. - Ele sorriu satisfeito com tal resposta. - O que você faz em Sereitei? 

Ukitake: Sou capitão. Lidero a divisão número 13.

Daisuke: Entendo. Parece que você é mesmo um bom rapaz, fico feliz que a Kosuri tenha você ao lado dela, não acha Ayame?


Se ainda restava alguma insegurança dentro dele, havia acabado naquela hora. Aquilo era tudo que ele precisava ouvir.


Ayame: Hai, já posso ver que é um homem de boa índole, com certeza também é um bom pai pra nossa neta. A Hinami com certeza terá um bom exemplo de pessoa a seguir.

Ukitake: Arigatou... Significa muito pra mim ouvir isso, de verdade.

Harumi olhou pra ele de relance e realmente sentiu que ele estava mais tranquilo agora que tinha sido "aprovado." Mas ainda faltava uma pessoa.


Harumi: Hikari? 


A mais nova dos Tankian era um pouco introvertida. Ainda não havia falado nada desde que havia chegado, apenas observava a situação.


Hikari: Hm?


Ela era uma pessoa difícil de agradar, por isso a capitã resolveu ir com calma, pois também queria agradar sua "irmãzinha".

Harumi: Não quer segurar um pouco a sua sobrinha?

Hikari: A-ah... Eu não sei, eu...   

Harumi: Pegue, ela voltou a dormir, não vai te dar tanto trabalho. - Com cuidado ela ficou de pé e colocou a filha nos braços da irmã, que mesmo sem jeito, acariciava o cabelo da sobrinha.  - Viu só como é fácil? A Hinami com certeza vai se apegar muito a você também.


Hikari: Para com isso Harumi, você sabe que não é verdade...

Harumi: E por quê não? Você é a tia dela afinal, é claro que vai ter muito o que ensinar a ela, assim como o nosso pai e a nossa mãe, eu e o Ukitake.


O casal Tankian olhou pra primogênita com um certo orgulho. Afinal Harumi sempre tentava dar uma trégua naquela relação conturbada que ambas tinham sempre que podia, apesar da irmã resistir.


Hikari: Tá bom então, se você diz...

Harumi: Confie em mim ao menos uma vez. - Dessa vez foi ela que piscou, já voltando sua atenção ao marido, que agora tinha a vez de apresentá-la a família dele.




(A família de Ukitake por sua vez é um mistério. Vou retratá-la da forma que eu a imagino.

Se formos pesquisar, além dos pais, ele é o mais velho de 7 irmãos. Isso mesmo, SETE!

É muita gente! 

Por isso decidi colocar aqui apenas 3. Duas irmãs e um irmão.

Vou retratar a personalidade e nome de todos da forma que eu imagino.


Emi Ukitake: A mãe do nosso querido platinado. Uma mulher amável e gentil, assim como o nosso doce Juushirou. Talvez o seu único "defeito" fosse a sua insistência em defender a formação de grandes famílias. Pra ela, quanto maior a família, melhor.

(Ah, também é bom saber que ela era uma mãe super protetora, e tudo que envolvia os filhos é motivo de sua atenção. Principalmente com o seu "pequeno" Shiro.)


Takashi Ukitake:  Podemos dizer que Juushirou tem uma personalidade parecida com a dele. Ambos são homens calmos e extremamente fiéis aos bons costumes. 

Assim como Juushirou, o senhor Takashi era um homem muito inteligente e que assim como ele, amava crianças. Assim sendo, é óbvio que ele também ficou apaixonado quando conheceu a herdeira do seu filho.


Sayuri Ukitake: A irmã que tinha quase a mesma idade do nosso capitão. Uma moça bastante simpática e também muito prestativa. Assim como o irmão, gostava de ajudar os outros, assim lhe fosse possível. Não media esforços pra fazer uma boa ação, bastava apenas a mesma estar ao seu alcance. Instantaneamente ficou muito feliz assim que conheceu Harumi, a esposa do seu irmão mais velho. 


Kintaro Ukitake: O 3° filho. Um rapaz igualmente educado, mas este por sua vez não gostava muito de crianças, o que logo foi comprovado quando o mesmo não se sentiu muito confortável quando o grisalho perguntou se ele também não queria segurar um pouco a sobrinha, que agora havia voltado pros braços dele. O jovem educadamente recusou, mas de bom grado parabenizou Harumi pela criança e disse que estava feliz por ela ter entrado oficialmente pra família. A mesma não ficou chateada pela recusa dele em segurar a filha, pois o mesmo não tinha obrigação, e ela por sua vez também agradeceu o comentário feito pelo mesmo.


E por fim: Miyako Ukitake, a filha caçula e o xodó de Ukitake. Por terem vários anos de diferença e por ele ser o mais velho, inconscientemente o grisalho adquiriu sobre a irmã mais nova um senso de paternidade. Talvez seu amor por crianças tenha começado justamente por conta disso, pelo seus cuidados excessivos com seus irmãos, mais precisamente com Miyako, que sempre  chamava o "Shiro onii-chan" quando o nó apertava. 

Ela por sua vez também o amava, e sempre que o via o abraçava de forma demorada e até um pouco carente demais. O que o fazia achar graça da situação, enquanto Harumi por sua vez achou até um tanto exagerado, mesmo ele já tendo lhe falado da personalidade "grudenta" da sua irmãzinha.


Ukitake: Então, eu também fico feliz que também tenhamos conseguido esse encontro. Eu realmente queria que vocês conhecessem a minha esposa e a minha filha. - Ele sorria de forma sincera, enquanto olhava pra família esperando que eles falassem alguma coisa.


Miyako: Então você casou mesmo maninho! - Ela falava enquanto fazia um bico. (Harumi ainda continuava achando aquilo muito exagerado, mas por sua vez achou melhor não dizer nada a respeito.) -  Por quê não veio mais nos ver?!

Ukitake: Meu tempo agora é curto Miyako, eu preciso cuidar da minha filha que precisa de mim. Mas as vezes eu consigo fazer um esforço pra conseguir visitar vocês.

Miyako: Sei... - Ela não pareceu muito convencida. - Mas de toda forma eu fico muito feliz que você tenha construído sua família, sempre foi seu sonho afinal de contas não é?

Ukitake: Hai... era tudo que eu mais queria, e felizmente encontrei a mulher da minha vida. - Ele gentilmente beijou a mão da capitã, que sorriu em resposta.

Sayuri: Você é mesmo uma mulher adorável Harumi san, combina com a personalidade do Juushirou. Só é uma pena a nossa sobrinha não parecer quase nada com ele. - Falou a mais velha das duas irmãs com um ar de riso, que Harumi por sua vez também percebeu.

Harumi: Hahaha tem razão, a Hinami é uma xerox minha, dele só tem os olhos, que inclusive são os mais lindos do mundo. - Ela olhou de relance pra ele, que logo sentiu o rubor lhe retornar a face.

Emi: Mas sabe de uma coisa Harumi? Dizem que quando o primeiro filho nasce muito parecido com um dos pais, o segundo vem parecido com o outro. Isso significa que quando vocês tiverem o segundo ele vai ser idêntico ao Juushirou, guarde as minhas palavras.

Ukitake quase cuspiu o suco quando ouviu a mãe dizer aquilo. Eles eram a favor de famílias grandes afinal de contas, e ele também. O mesmo só não achou apropriado a mãe falar aquilo no primeiro encontro que eles estavam tendo entre si.


Ukitake: M-mãe! Por favor! O que ela vai pensar?!

Emi: Por quê diz isso meu filho? Isso é tão verdade que você que é o mais velho é a cara do seu pai, enquanto a Sayuri que é a segunda é bem mais parecida comigo. Isso é absolutamente normal. Não acha Harumi san?


A pequena capitã não sabia bem o que dizer diante daquilo. Parecia até que eles eram um pouco apressados demais.


Harumi: A-ah, Emi san... eu até concordo, mas acho que o segundo filho ainda vai demorar, afinal a Hinami completou 6 meses agora a pouco, e eu não sou a favor de muitas crianças da mesma idade, acho que a atenção distribuída entre elas não seria justa. - Falou calma.


Emi: Are? Mas quanto tempo faz que vocês estão casados?

Harumi: Um pouco mais de dois anos. - Respondeu enquanto bebia um gole de suco.

Emi: Tempo suficiente de terem no mínimo umas duas crianças. Nós somos defensores de uma família grande, isso é importante pra vida de um casal.


(Parece que o jogo havia virado. Enquanto Ukitake estava inseguro em conhecer os sogros, quem se mostrou um desafio foi justamente a mãe dele.) 

Harumi: Bem, eu não concordo, mas... Quando chegar a hora quem sabe...

Pra sorte do casal, havia uma pessoa muito sensata na mesa que ainda não havia se pronunciado.


Takashi: Emi, você está deixando a esposa do Juushirou sem graça. Se eles vão ter uma família grande ou não, cabe aos dois decidir. Fique feliz por ter a Hinami como neta, que inclusive já está de bom tamanho pra condição da Harumi san.

Harumi: Arigatou Takashi san... - Ela realmente suspirou aliviada quando ouviu aquilo. Realmente seu sogro era alguém sensato, ao contrário da sogra que parecia não bater muito bem das ideias.

Takashi: Somos gratos por você ter nos presenteado com uma neta. É bom saber que o nosso sangue corre pelas veias dessa criança que está nos braços do Juushirou, só temos que agradecê-la. 

Harumi: Imagine, eu que sou grata por tê-lo encontrado. Posso dizer que ele veio em uma fase bem difícil da minha vida, mas graças as forças maiores hoje nós estamos juntos, e como o senhor disse, temos essa mocinha juntos. Eu que sou grata.


(...)



Algum tempo se passou entre conversas aleatórias, perguntas inoportunas entre pais e filhos e também entre a pouca interação de Hikari e Kintaro. Nenhum dos dois parecia muito interessado naquele encontro, apesar de ambos terem ficado mais interessados pela respectiva sobrinha, que por sua vez agora chorava.


Harumi: Shhhh... - A capitã agora balançava a filha, que parecia estar com fome. - Shiro, pode pegar a mamadeira dela pra mim?

Ukitake: Claro. 

No mesmo instante ele o fez, e assim que a mãe se pôs a alimentar a filha que chorava de fome, um novo assunto teve início, mas dessa vez por parte da família Tankian.



Ayame: Are? Você não amamenta a Hinami, Kosuri? - Perguntou a mãe um tanto intrigada.


Harumi: Eu não posso. - Respondeu séria. Juushirou por sua vez sabia o quão difícil pra ela era aquele assunto. - Minha saúde não permite.

Daisuke: Deve ser difícil pra você Kosuri, lamento por isso... -  A tristeza do pai era sincera, era notório no olhar da mais velha a dor que ela sentia por não poder exercer aquele gesto tão singelo que só uma mãe poderia fazer.


Harumi: Hoje eu aceito melhor isso, mas no começo era bem mais difícil...

Nessa hora, o outro lado da família também resolveu adentrar na conversa:

Sayuri: Me perdoe a intromissão Harumi san, mas também ficamos sabendo pelo Juushirou da sua condição de saúde... Por acaso a Hinami...?

Harumi: Não, felizmente a minha filha não tem nada, e essa é uma graça que eu agradeço todos os dias por ter sido alcançada.

Emi: O Juushirou também nos falou outra coisa bem interessante sobre você Harumi san. Eles nos disse que você é médica. Isso é algo incrível, mas ao mesmo tempo nos desperta uma dúvida.

"A mesma dúvida de sempre" - Ela pensou.


Harumi: Acho que eu sei que dúvida é essa. Mas a resposta também é a mesma, eu não posso.


Takashi: Não pode se curar? Por quê?

Harumi: Não é algo tão simples Takashi san. Sou médica, mas nem tudo está ao meu alcance. Acredite, se eu pudesse, é claro que eu faria algo a respeito, não só por mim, mas pela minha filha, assim como fiz pelo  Juushirou. Mas minha realidade é outra, e eu já me decidi a aceitar isso até onde der.


Daisuke: Falando nisso Kosuri, como tem andado sua saúde nesses últimos tempos? 

Harumi: Está estável, já faz um tempo desde a última crise, mas eu não posso deixar de tomar os remédios, pela minha própria segurança.

Daisuke: Entendo... É uma pena que um sonho que eu tinha pra vocês tenha causado isso a você... Sei que se não tivesse seguido esse caminho você não estaria desse jeito, me perdoe mais uma vez.... 

A capitã sentiu uma facada no coração ao ouvir as lamentações do pai sobre aquilo. Era verdade que ela só se tornou médica por ser um sonho dele, e igualmente só havia ficado doente por consequência da profissão. Mas ela não encarava aquilo como uma desgraça, pelo menos não mais. A revolta no início de fato havia sido enorme, mas o passar do tempo fez de Harumi uma mulher muito madura, apesar da pouca idade. A fez perceber que nem tudo são consequências, pelo contrário, algumas dificuldades vêm pra nos mostrar novos caminhos, novos aprendizados, e que tudo era essencial.

(Embora tais verdades só tenham sido aprendidas após alguns anos, Harumi era grata, apesar de sofrer por isso.)


Harumi: Não se sinta culpado pai... Eu quis por vontade própria seguir esse caminho, por respeito a você, mas sobretudo por mim. Eu quis me desafiar a isso, pois sempre desejei ir além, o senhor me conhece, afinal eu sou sua filha... - Ela suspirou. - Essa doença veio como um baque, isso é verdade, mas talvez tenha sido necessária pra me fazer recuar um pouco, e se eu parar pra pensar, se não fosse por ela eu não teria passado por tudo que passei, não teria ido pra Sereitei, não teria me tornado capitã, nem conhecido o Juushirou. E isso é algo muito estranho pra pensar agora, então eu acho que sou grata assim mesmo, apesar de tudo eu sou grata, então não se preocupe, tudo que eu fiz, tudo que eu me tornei, tudo que eu passo, foi por escolha minha.

Daisuke: Kosuri... você....

Ukitake: Sua filha é realmente forte senhor Tankian, e eu sou a maior prova disso, pode acreditar. Ela se mantém forte não só por ela, mas também por nossa filha. E tenha a certeza  que eu como o marido dela sempre estarei pronto a ajudá-la se for preciso, fique tranquilo.


(Realmente ele era o cara certo pra ela...)

Daisuke: Arigatou, Ukitake san... 

Ayame: Hai, somos gratos a você por cuidar da nossa filha, mas ainda assim eu acho que a Kosuri tá muito magra, não acha Daisuke?

Daisuke: Ora, e ela não é assim desde sempre? - Falou com um ar de graça. A verdade era que o progenitor da família Tankian sempre tentava amenizar as broncas da mãe em relação a sua protegida.

Ayame: Está mais do que o normal. Quanto você está pesando Kosuri? - Perguntou preocupada. Desde que soubera da condição da filha, não havia um dia que a saudosa matriarca da família Tankian não tenha se preocupado com a filha mais velha.  

Harumi: Isso não vem ao caso mãe, eu já disse que tomo meus remédios, e eu sempre fui magra. - E ela por sua vez era muito teimosa, não gostava de falar sobre o assunto.

Ayame: Sei, mas não deixe de se cuidar, agora você também é mãe! Não deixe suas obrigações à frente da sua saúde!

Harumi: Eu sei disso melhor do que qualquer pessoa mãe, pode ficar tranquila. Hoje eu sei quais são minhas prioridades.

Daisuke: Claro que sabe, e é isso que me deixa orgulhoso, afinal você sempre manteve os pés firmes no chão Kosuri, talvez seja isso que me faz ser mais tranquilo em relação a você do que a Hikari. É bom ver com meus próprios olhos que você construiu uma vida estável, estou orgulhoso. Estamos orgulhosos, não é Ayame?

Ayame: Hai... A nossa família sempre passou por complicações no quesito aceitação, e isso também não foi diferente pra você filha, mas o seu pai e eu temos confiança em você, e devido a isso sabemos que você saberá conduzir a nossa neta por um bom caminho, afinal ela tem o mesmo sangue que o nosso. E quanto a você Juushirou san, acho que já deve ter notado o quão complicada a Kosuri pode ser algumas vezes. - Ela notou que ele ria, como se concordasse com a frase. - Mas saiba que apesar de tudo ela é alguém que fará qualquer coisa pra vê-lo bem, é assim que ela sempre foi conosco e com a irmã. Ficamos felizes e satisfeitos em conhecê-lo, pelo pouco tempo que passamos juntos notamos que é um homem bondoso, e isso é tudo que o Daisuke e eu sempre desejamos pra ela. Saiba que você agora também tem um grande desafio com essa mocinha que dorme tão segura em seu colo. A Hinami pode ser apenas um bebezinho agora, mas talvez ela possa dar algum trabalho a vocês futuramente, e novamente eu digo, por conta do sangue dela. Mas sei que você passará por isso com garra e determinação, assim como o Daisuke passou. Contamos com você, Juushirou.

Ukitake se sentiu honrado ao ouvir aquilo. Era uma aprovação clara da entrada dele na família da esposa, e ele não precisava de mais nada além daquilo. 

Ukitake: Arigatou, dou a minha palavra de homem que cumprirei tudo que de mim esperam, não só com a Kosuri, mas também com a Hinami. Contem comigo.





E assim se seguiu até o fim do jantar. O que pareceu insegurança pra uns, mostrou-se o contrário. Juushirou se sentiu aceito, enquanto Harumi por sua vez se sentiu um pouco pressionada. Talvez a Sra. Ukitake não tivesse falado por mal, eram os princípios dela afinal de contas, Harumi nunca iria julgá-la por isso.

Mas ainda assim, a jovem Kosuri tinha suas próprias ideias, seus próprios conceitos, não era o tipo de pessoa que aceitava fácil uma ideia contrária a sua, ainda mais quando o assunto envolvia filhos. Ela tinha suas ideias concretas a respeito daquilo, e isso já lhe bastava. Ukitake como o pai da menina era o único a quem ela ouvia, e mais uma vez, isso já lhe bastava.


Talvez aquele encontro tenha sido realmente necessário pra que tanto ela como o marido conhecessem mais sobre o outro, vissem um lado da história que eles não sabiam, pra que também aprendessem com seus sogros e sogras.

Tudo era necessário.

Hinami apesar de pequena, conheceu os tios e avós, e mal sabia ela, mas aquelas pessoas que ali "debatiam" tinham uma força avassaladora, e assim como seus pais, não mediriam esforços pra protegê-la caso fosse preciso.

Ela tinha um sangue especial, como mesmo confirmara a avó materna. Sangue este que misturado ao da família do pai, se tornava ainda mais nobre.

Hinami era mesmo uma criança abençoada.

Mal sabia ela que aquele encontro tão inesperado, ficaria na história.









Notas Finais


Espero que tenham gostado!

Nunca pensei que seria tão difícil escrever um especial como esse (😂😅) mas gostei do resultado.

São pessoas muito diferentes, mas também muito interessantes.

O que acharam desse encontro?


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