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História A nova vida de uma pequena shinigami - Surge uma alternativa


Escrita por: AyaHinami

Notas do Autor


Primeiro capítulo do ano! 😙

Capítulo 177 - Surge uma alternativa


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - Surge uma alternativa



Juushirou passou como uma bala nas ruas que antecediam o 4° esquadrão. Poderia facilmente ter passado despercebido por muitos, exceto por um sagaz tenente que sofria tentando carregar a filha e diversas sacolas pesadas.


Hisagi resolveu parar um pouco em um banquinho próximo quando viu a silhueta do capitão passar bem perto dele. Conhecia o grisalho há muitos anos, mas nunca o vira tão sério e apressado quanto naquela hora. 


Será que estava tudo bem?


Hisagi: Ukitake taichou! - Tentou chamá-lo.

Mas ele já estava um pouco distante, e tudo que respondeu foi:


"- Gomen! Não posso falar agora! Tô com muita pressa!"



E estava mesmo. Estava tão apressado que sequer notou a afilhada junto dele. Em um dia normal o honrado capitão normalmente pararia pra cumprimentá-la e possivelmente lhe dar algum doce. Mas naquele momento ele nem a viu. Tal atitude fez o tenente presumir que algo "mais do que sério" poderia ter sim acontecido.


(...)







Ukitake: Cadê a Unohana? - Perguntou sério a um grupo de enfermeiros que estava na recepção.

- Ukitake taichou, podemos ajudá-lo?

Ukitake: A Unohana, eu preciso dela urgente. Ela está aqui?

- Hai, está. Aconteceu algo?

Ukitake: Hai, podem chamá-la por favor? Estou com muita pressa. - (E impaciente também.)

- Claro, só um minuto.


~~


Não demorou nem 5 minutos e a pessoa que ele tanto procurava surgiu de um corredor. Aquele semblante sério e "assustador" que a médica tinha, no momento perdia feio pra cara do grisalho. E ela também reparou naquilo.


Unohana: Ukitake? Pediu pra me chamarem?

Ukitake: Hai, por favor venha comigo até a minha casa. É urgente.


Ela franziu o cenho. O que era aquilo de repente?


Unohana: Aconteceu algo com a Hinami? Ela caiu? - Por sua vez ela notou que aquela seriedade toda não era por causa de uma queda boba ou algo do tipo, era algo sério de verdade. - ... A Harumi san?  

Ukitake: Hai... Por favor venha comigo. - Ele pedia um pouco aflito. O que poderia fazer se ela dissesse "não"?

Unohana: Vamos. - Ela virou-se uma última vez pro enfermeiro chefe do dia. - Fique à postos, volto o mais rápido possível.

- Hai Unohana taichou!


Unohana apenas voltou ao consultório pra pegar sua maleta pessoal, e ao lado do grisalho, seguiu em direção a enorme residência dos Ukitake.


(...)





Durante o percurso, Unohana limitou-se a fazer duas perguntas:


Unohana: Qual foi a ocorrência?

Ukitake: ...Uma síncope junto a uma obstrução da traqueia por conta do sangue... Dessa vez a Kosuri me assustou de verdade...

Unohana: Acalme-se, eu irei medicá-la. Ela está consciente?

Ukitake: Hai, felizmente voltou a si... Mas eu a deixei sozinha, então vamos rápido por favor! 

Dito isso, ambos usaram o shunpo pra chegarem mais rápido até a residência deles.


~~~





Já eram 19:10




Unohana cruzou a porta do quarto assim que Juushirou indicou o caminho.


Ambos viram Harumi no mesmo lugar, recostada contra a cama e respirando com a ajuda do oxigênio. Novamente os olhos fechados foram como um soco no peito do capitão.


Ukitake: Kosuri!


Mas dessa vez ela não estava inconsciente, apenas cochilava.


Harumi: ...Eu tô acordada Shiro... não se assuste...

Ukitake: Céus... - Ele respirou fundo. - Unohana san, por favor veja como ela está...

Unohana: Hai, com licença. - Disse, pedindo permissão pra entrar no quarto do casal.


Logo chegou próxima a cama, onde sentou-se na beirada da mesma e dirigiu seu olhar à capitã.


Unohana: Como está se sentindo Harumi san? O que foi que aconteceu?


E isso que era o mais intrigante, ela não lembrava de quase nada.


Harumi: Pra ser sincera eu não sei... Não me lembro de muita coisa... Mas talvez essa tenha sido a vez que eu cheguei mais perto da morte em toda a minha vida... Se o Juushirou não tivesse chegado logo...


Ele ainda estava sério.


Ukitake: Eu também não sei, acho que também foi sorte ou algo do tipo... De repente eu quis vir pra casa, mas nunca imaginei que fosse te encontrar nessa situação...

Harumi: Gomen... eu não queria te assustar... Eu... Eu sou mesmo muito inconveniente algumas vezes... 

Ukitake: Unohana, por favor a examine... - Ele não conseguia dar ouvidos aquilo no momento.

Unohana: Hai.  - De dentro da maleta ela tirou um estetoscópio, onde ouviu os batimentos irregulares do coração da capitã. Logo não gostou daquilo. Aferiu também a pressão, que ainda não estava normal. Tirou a braçadeira do braço esquerdo da mesma, e logo disse: - Sua pressão está muito baixa, será preciso uma injeção pra aumentá-la rápido.


Harumi nada disse, e também não reclamou mais. Também não olhou pro marido, mas sabia que o mesmo ainda estava muito preocupado. Mas o que ele poderia fazer?

Se fosse ela no lugar dele, era certo que estaria  do mesmo jeito, talvez até pior.

Ela apenas permaneceu em silêncio enquanto a amiga preparava a injeção e injetava-lhe diretamente na veia.


Unohana: Tem tomado os remédios direito Harumi? 


Ela poderia facilmente interpretar aquilo como uma ofensa. Insinuar que ela negligenciava a própria saúde? Que ela não tomava os remédios direito?

Será que eles achavam que ela passou mal naquela hora porque queria? Será que achavam que ela não tinha amor a criança que havia colocado no mundo? Será que pensavam que ela estava em risco por vontade própria? Que ficaria feliz se algo acontecesse a ela e Hinami ficasse sem a mãe?



Era algo engraçado a se pensar.

Mas eles não pensavam isso, é claro.

Principalmente o grisalho. 


Mas ainda assim ela estava estressada, cansada, um caco.

Não gostou da pergunta feita pela médica e ponto.


Harumi: Eu nunca negligenciei minhas responsabilidades Unohana san, tenho uma filha e um marido que eu amo mais do que a minha vida, e faço isso apenas por eles... 

Unohana: Eu acredito em você. Mas pelo o que o seu marido disse a situação foi grave, a sua pressão baixou demais, e você quase se sufocou de verdade. Não lembra mesmo de nada?




Ela ficou em silêncio por alguns minutos.
Será que lembrava?



Harumi: Eu só me lembro de ter chegado no quarto e começado a tossir muito, depois comecei a ficar muito tonta... E quando vi que ia cair, mirei a cama porquê não queria bater a cara no chão... Não me lembro de mais nada além disso...


O grisalho a fitou enquanto ela dizia aquilo. Não sabia quanto tempo havia se passado desde ela ter passado mal e a sua chegada. Será que ele poderia ter evitado?

Unohana: Você disse que chegou às 18:30 não foi Ukitake? Qual foi o horário que isso aconteceu Harumi san?

Harumi: Não sei... Talvez às 18:00, não tenho certeza...


Unohana estava com uma pulga atrás da orelha. Sabia bem a condição que a comadre enfrentava por conhecê-la e tratá-la há muitos anos. E já havia algum tempo que ela apresentava um quadro estável, isto é, sem grandes complicações. Ela também não entendia o porquê daquilo ter acontecido. Será que algo havia passado despercebido nos seus prontuários?


Unohana: Eu preciso que você faça uma nova bateria de exames, não posso dizer nada sem os diagnósticos em mãos. Mas por hora essa injeção há de acalmá-la um pouco, no entanto peço que fique em repouso por algumas semanas, está bem?


Ela havia ouvido direito?


Harumi: Como é? "Semanas"? Eu nã-

Ukitake: Está bem. Entendemos a situação Unohana san. Mas e quanto aos remédios que ela tem tomado? Acha que não deveriam ser substituídos?

Unohana: Também estava pensando nisso, mas há um problema, esses remédios que a Harumi san toma já são as substâncias mais fortes que temos em Sereitei. Algo mais forte que isso não é possível encontrar aqui.

Ukitake: Em lugar nenhum?! O que faremos então? - Novamente ele estava aflito.


A opinião da "outra" pessoa ali presente teria que ser ouvida ao menos naquela hora.


Harumi: ...Há um laboratório que eu conheço que faz qualquer tipo de medicamento manipulado, basta apresentar a receita e um documento que prove o seu cargo na área médica...

Ukitake: Onde Kosuri?!

Harumi: No mundo real...

Ukitake: ...Tão longe? O que acha disso Unohana san? Será que daria certo?


Era uma chance muito boa.


Unohana: Acho válido. São conhecidos seus?

Harumi: Mais ou menos. Quando eu trabalhava em um dos hospitais de lá, encaminhávamos todos os medicamentos pra serem feitos nesse laboratório... Eles que me conheciam bem por eu ser uma das médicas que mais mandava receituários pra lá...

Unohana: Então fica bem mais fácil pra você conseguir esses novos remédios, mas talvez o preço seja alto por serem substâncias difíceis de se ter acesso.

Harumi: Dinheiro não é problema... eu ainda mantenho uma conta no meu nome no mundo real...  E eu também posso apresentar a minha CRM... O difícil mesmo seria a viagem... Eu sinto que tô ficando cansada bem mais fácil agora... Seria bem mais complicado passar alguns dias fora de casa desse jeito, ainda mais tendo uma criança pequena...

Unohana: Eu me disponibilizaria pra ficar com a Hinami até vocês voltarem, o importante é conseguirem os remédios.

Harumi: Não... eu não conseguiria deixá-la... E também talvez não demore muito... Assim espero... 

Unohana: O que diz Ukitake? Está disposto a viajar com ela?


E precisava perguntar?


Ukitake: Hai. Vou falar imediatamente com o Genryuusai sensei pra conseguir a liberação. Faça o receituário Unohana san, iremos o quanto antes. Também levarei a Hinami, ela ficará por minha responsabilidade.

Harumi: Shiro...

Ukitake: Você não precisa se preocupar com nada Kosuri, apenas faça os exames e lembre o endereço, o resto eu resolvo. Você está de repouso, lembra? Tem que descansar.

Harumi: Você sabe que eu não posso ficar isolada durante todo esse tempo. Eu tenho um esquadrão, minhas obrigações como médica e uma filha pra criar. Não sou uma desocupada.

Ukitake: Pois você vai ter que abrir mão de todo esse orgulho e me deixar cuidar de você. Eu também deixarei o meu esquadrão por conta da Kuchiki e levarei conosco apenas aquela que nunca abrirei mão, a Hinami. Você fará o mesmo, sua saúde não está em jogo.



Ela não iria discutir.
Tinha seus princípios, apesar de naquela situação estar errada.



Unohana: Cuidarei dos papéis o quanto antes, já em relação aos exames, quero que você os faça amanhã se for possível. Abrirei o hospital apenas pra você. Vá acompanhada do Ukitake.

Harumi: Está bem, arigatou Unohana san, e mais uma vez me desculpe o incômodo...

Unohana: Não foi nenhum. Fique em repouso o máximo que puder, você não pode fazer esforço por enquanto. Assim que eu resolver a nossa parte vocês poderão ir assim que o Ukitake conseguir a autorização. - Ela virou-se pra ele, que estava com os braços cruzados. - Conto com você.


Ukitake: Dou minha palavra.



E assim, ela se foi. Estava um pouco intrigada com tal ataque da capitã, mas precisava mesmo dos exames pra ter alguma certeza.

Tinha muitos anos naquele ramo, e sabia que aquilo não era um bom sinal.
A saúde dela estava ficando ainda mais instável, sobre aquilo não havia dúvidas.



Mas ainda assim, haviam mais duas questões a serem colocadas sobre a mesa:


1. Tal viagem teria mesmo sucesso? Afinal ela precisava daqueles remédios o quanto antes.

2. Como eles explicariam tal situação a Hinami?


                                          Continua








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