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História A nova vida de uma pequena shinigami - A inquietação de Harumi, a calma de Juushirou


Escrita por: AyaHinami

Capítulo 183 - A inquietação de Harumi, a calma de Juushirou


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - A inquietação de Harumi, a calma de Juushirou


Não demorou muito pra o casal de capitães chegarem ao hotel.

Não era um lugar 5 estrelas como o grisalho preferiria levar a sua amada, mas o momento também não era conveniente pra isso. Era um lugar confortável, o suficiente pra que ambos descansassem por algumas horas antes de finalmente irem atrás de sua missão.


Harumi fez o registro de ambos na recepção e logo recebeu a chave de um dos quartos. Subiu as escadas ao lado do marido, lamentando o fato de não ter escolhido um lugar com ao menos um elevador.

Assim que destrancou a porta, ambos tiveram uma visão do lugar. Era um quarto de tamanho mediano, mas bem menor do que a suíte grandiosa que eles tinham na própria casa. Havia um banheiro e uma janela com vista pra cidade, um ar-condicionado e uma cama de casal também ocupavam um dos lados do quarto. Do outro, um pequeno armário e uma penteadeira compunham a decoração do local.


Ukitake: Um lugar bem simples, não? - Perguntou ele ao ver a esposa tirar o moletom, exibindo uma regatinha branca que usava por baixo.

Harumi: Pois é, mas há de nos servir. Vou tomar um banho e dormir um pouco, como já é essa hora talvez seja melhor nós irmos amanhã cedo atrás do médico.

Ukitake: Não podemos ir hoje mesmo? - Questionou. Mas assim que viu o olhar "cruel" da esposa em sua direção ele logo se corrigiu: - Amanhã bem cedo então?

Harumi: Está bem, precisamos ter uma noite de descanso. - Ela suspirou, frustrada. - Mas eu bem que gostaria de ter um telefone que me servisse pra ligar pro Hisagi e saber como está a Hinami...

Juushirou temia que ele se preocupasse demais por causa daquilo.

Ukitake: Ela está bem amor, lembre-se que além do Hisagi, a Unohana também disse que daria uma olhada nela enquanto estivéssemos fora. Não há motivos pra nos preocuparmos.

Harumi: Hai, eu sei, mas mesmo assim é difícil. É nossa única filha afinal de contas...

Ukitake: Vem. - Ele a puxou já a guiando em direção ao banheiro. - Um banho quente vai te ajudar a relaxar. - Reforçou, aproveitando o momento pra massageá-la os ombros.


~


30 minutos depois e ambos já haviam tomado uma bela chuveirada. Harumi já estava esparramada na cama quando viu o marido olhando insistentemente pela janela. Seu semblante sério e concentrado deixava claro que ele pensava em alguma coisa.


Harumi: Você não vai vir deitar comigo? - Perguntou enquanto o observava.

Ukitake: Eu estou um pouco agitado demais pra conseguir dormir. - Confessou, embora sua aparência revelasse o contrário.

Harumi: Então ao menos deite aqui comigo, eu quero sentir o seu cheiro pra ver se eu consigo dormir um pouco... - Ela já bocejava, mas ele não iria negar um pedido daqueles.


Logo ele fechou as cortinas, deixando o quarto com quase zero de iluminação e seguiu até a cama. Deitou-se ao lado da esposa e a abraçou, onde a mesma aninhou-se em seu peito. Aquele perfume amadeirado e o cheiro de shampoo nos cabelos dele a deixavam "embriagada".


Harumi: Sabe Shiro... Eu amo tanto você, que as vezes acho que não demonstro como deveria, mas quero que você saiba que é uma das pessoas mais importantes do mundo pra mim, e eu faria qualquer coisa pra te ver feliz... - Disse, beijando o pescoço dele em seguida.

Ukitake: Boba, eu sei disso, e também sei o quanto meu peito arde de amor por você. Não pensei que a vida me traria até aqui, mas sou grato por tudo, principalmente por ter te encontrado. Tente dormir um pouquinho agora, só assim eu vou tentar descansar também...- Parece que o cansaço finalmente estava fazendo ele se render.


Harumi nada disse. Apenas fechou os olhos e ficou ali, entre os braços fortes e seguros do seu amado.


(...)






O dia seguinte começou antes que ambos imaginassem. Ukitake tomou uma bela chuveirada enquanto via a esposa novamente indisposta. Não queria sequer tocar no café da manhã oferecido pelo hotel.


Ukitake: Kosuri...  Você tem que comer... - Ele insistia. Aquele hábito de pular refeições (por mais que não fosse de propósito) prejudicava ainda mais a situação dela. - Não poderia fazer um esforço por mim?

Ela o olhou um pouco triste.

Harumi: Shiro... Você sabe que não é por mal... Se eu comer isso eu sinto que vou botar tudo pra fora...


(Uma consequência muito incômoda da doença.) 


Juushirou sabia que não era bom insistir. Se ela comesse e vomitasse, ficaria ainda mais fraca. Por hora, ele deixou como estava.


Ukitake: Tudo bem, talvez com a correria do dia você sinta um pouco de fome mais tarde... Está pronta?

Ela guardava os últimos documentos na bolsa.

Harumi: Pronta pra reviver o pior momento da minha vida, que sorte que dessa vez você vai comigo.

Ukitake: Seja um pouco otimista, esse tratamento vai render bons resultados, você vai ver.

Harumi: Ah claro, com certeza. - Respondeu com ironia. - Agora só falta o mais importante, um carro.

Ukitake: Podemos chamar um táxi.


Aquilo era uma piada?


Harumi: Táxi? Claro que não, vamos alugar um carro por nossa própria conta.

Ukitake: E quem vai dirigir?  - Perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.

Harumi: Ora, e quem mais seria? Eu é claro, como sempre.

Ukitake: Não sei Kosuri... Você não me parece em condições de dirigir um carro... Requer muita atenção e você está cansad-

Harumi: Ah não Shiro, você pode falar o que quiser, mas dessa vez eu não vou dar o braço a torcer. Eu dirijo há quase 10 anos, sei quando eu estou ou não em condições de controlar um carro!

Ukitake: Gomen... eu só pensei...

Harumi: Está preocupado comigo, eu sei. Mas dessa vez eu quero que você me dê um voto de confiança amor, onegai...

Ukitake: Está bem, vamos alugar um carro então. - Depois daquilo ele não teria coragem de dizer mais nada pra contestá-la.




(...)





 Após algumas ligações, Harumi enfim conseguiu alugar um carro. Um automóvel maior que o necessário pra duas pessoas, mas ela achava que tal detalhe era bobagem.



Eles agora estavam imersos em um trânsito pesado.

Ukitake mantinha uma expressão séria no banco do passageiro, vez ou outra olhava de relance pra ela, talvez tentando captar qualquer sinal de que era hora de fazê-la parar o carro. Mas tudo que viu foi o momento que ela ultrapassou uma caminhonete bem diante dos seus olhos.


(Wow! Desde quando ela fazia aquilo?!!
Até então aquilo era novidade pra ele.)


Ukitake: Kosuri! - Exclamou, enquanto olhava pra ela um pouco "perplexo".

Já ela, por sua vez, nada disse no momento. Apenas uma das mãos segurava o volante, sinal claro de um motorista confiante no que fazia. Após mudar a marcha, ela disse:

Harumi: Está com medo Shiro? - Brincou, com um sorriso no canto da boca.

Ukitake: Não, só estou surpreso... Desse jeito faz parecer que você é uma motorista imprudente!

Harumi: Não sou, é que estou um pouco nervosa. Da última vez que vi esse médico ele acabou com a minha vida. - Respondeu ela após dar a seta, indicando sua entrada em uma grande avenida.

Ukitake: Você tem que relaxar um pouco amor...

Harumi: Não se preocupe, eu não vou bater o carro se é isso que você pensa, pode confiar na sua esposa ao volante.

Ele suspirou.

Ukitake: Yare yare... Eu confio, mas as vezes você é mesmo muito dificil... 

Harumi: Eu tô com um pressentimento ruim Juushirou, e dá última vez que isso aconteceu eu acabei com uma perna quebrada e ficando 1 mês em coma no hospital. Ai ai... - Dessa vez quem suspirou foi ela. - Me diz algo bom, talvez me ajude a esquecer isso, afinal ainda temos 30 minutos de viagem...  - O semáforo agora estava vermelho, indicando a capitã que era hora de parar.

O grisalho pegou na mão dela, que mesmo parada no sinal não desviou seu olhar do trânsito.

Ukitake: Fé, Kosuri, fé. Eu poderia te dizer muitas coisas, mas acho que nesse momento nada nos é mais importante do que isso. Temos que pensar que vai dar certo, afinal nós atraímos o que pensamos.


O sinal havia voltado a ficar verde, dando permissão pra Harumi acelerar o carro. Ela ouvia atentamente as sábias palavras do marido, mas o engraçado era que naquele momento aquilo parecia não entrar em seus ouvidos. 

Parecia não fazer sentido.


                                             Continua


 



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