História A nova vida de uma pequena shinigami - Especial! O aniversário da mamãe!

Harumi preparava o café da manhã enquanto sua filha e marido estavam à mesa aguardando a refeição. Era um dia normal como qualquer outro, exceto por um detalhe: Era o aniversário da capitã do 9 °esquadrão.

Ela não ligava pra festas, na verdade nunca parou pra pensar nesses assuntos. Sempre foi muito ocupada, não tinha tempo pra esse tipo de coisa. Seu ânimo pra comemorar o próprio aniversário era tão baixo que ela nem lembrava que aquele era o dia.

Harumi: Você vai comigo hoje pro esquadrão Hinami? - Perguntou já servindo a comida a filha.

Hinami: Ah... acho que hoje eu vou com o papai... Se importa mamãe?

Ela não se importava, mas também não esperava por aquela resposta.

Harumi: Não me importo. Mas tem algum motivo pra isso? Você sempre prefere ir comigo.

Hinami: A-ah... Na verdade...

Ukitake: Ela só quer passar um tempinho com o papai, não é filha?

Hinami: Hai papai.

Ukitake: Eu devo ficar até mais tarde no esquadrão hoje Kosuri, não sei que horas eu voltarei. E você?

Aquilo era estranho. Há muito tempo Ukitake não ficava até tarde no esquadrão, muito menos com a filha. Ela já estava começando a desconfiar.

Harumi: Não sei, estou um pouco atolada nos meus documentos, acho que sairei tarde também. Devo pedir pra alguém ir buscar você Hinami?

Hinami: Não, eu ficarei com o papai até ele voltar pra casa.

Harumi: Ah claro, você ficará com o papai... Muito bem então, eu irei sair agora, até a volta. - Ela beijou ambos e saiu.

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Hinami: Acho que a mamãe já está desconfiada papai...

O grisalho bebeu um gole de chá.

Ukitake: Sua mãe é muito atenta Hinami, mas não se preocupe, iremos conseguir fazer uma surpresa pra ela.

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A pequena capitã chegou no esquadrão logo em seguida. De início também achou estranho o fato de Hisagi estar cochichando algo a um dos oficiais. Mas e daí? Tava todo mundo estranho mesmo!

Hisagi: T-taichou! Ohayo! - Ele fez o gesto de reverência e tentou despachar o oficial o mais rápido possível.

Harumi: Ohayo. - Ela sentou a sua mesa de sempre. - Está acontecendo alguma coisa que eu não estou sabendo? - Ela fitou o tenente desconfiada, enquanto o mesmo virou o rosto antes que ela pudesse decifrar alguma coisa.

Hisagi: A-ah não taichou... eu só estava mandando os relatórios de sempre...

Harumi: Sei... - Ela não se convenceu, mas tanto faz, havia definivamente alguma coisa acontecendo. - Eu vou sair um pouco, você pode dar conta das coisas por aqui?

Hisagi: Claro Claro! Pode ir sem se preocupar!

Harumi: Está bem.... 

Era impressão dela ou ele havia ficado aliviado por ela ter dito que ia sair?

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Hisagi: Quase que ela me flagra! - Ele estava com uma das mãos no coração. - Harumi taichou... realmente não é fácil de esconder as coisas de você.... - Ele voltou a mesa e recomeçou a assinar a papelada. - Bem, ao menos consegui mandar algumas instruções ao Ukitake taichou, espero que ele consiga despistá-la até a hora certa!

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Harumi seguiu à passos lentos pelas ruas de Sereitei, afim de espairecer um pouco. Agora ela estava definitivamente desconfiada. Porquê tinha a impressão que estavam escondendo alguma coisa dela? Primeiro a filha, depois o marido e agora seu tenente... Ela só esperava que não fosse nada sério, caso contrário ela iria ficar brava com os três.

Parou assim que encontrou uma cafeteria. Talvez fazer uma pequena pausa a fizesse bem, pensou. Pediu um cappuccino e sentou-se à mesa mais afastada, nos fundos do estabelecimento.

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Ukitake mantinha um olho na filha enquanto ao mesmo tempo resolvia seus assuntos o mais rápido possível. Não era verdade que ele ficaria ali até tarde, ele só queria uma desculpa pra que sua linda esposa chegasse tarde em casa, por conta disso convenceu Hinami a ir com ele pro bantai, esperava que Harumi não ficasse brava por conta daquela mentirinha por parte dele. Bem, era por um bom motivo afinal de contas.

Hinami: Papai?

Ukitake: Hm?

Hinami: Hoje é o aniversário da mamãe, certo?

Ukitake: Hai, hoje é o aniversário da mamãe. - Sorriu gentil.

Hinami: Não acha que deveríamos levar um presente?

Um presente? É claro! Droga! O grisalho estava tão ocupado tentando esconder a surpresa dela e com os preparativos que esquecera completamente da parte mais importante! O que ele podia fazer agora? 

Não tinha jeito! Ele ia ter que levar a filha com ele enquanto os dois escolhiam um presente de última hora pra desconfiada aniversariante.

Ukitake: Quer ir a uns lugares com o papai?

Hinami: Hai!

A pequena sorriu e pulou nos braços do pai. Ambos saíram Sereitei à fora, tentando não causar "suspeitas" do que iriam fazer.

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Harumi saiu da cafeteria e estava prestes a voltar ao trabalho, quando viu no fim da rua duas pessoas bastante conhecidas. Lá vinha Ukitake com a filha nos ombros, ambos sorrindo sem notar a presença da capitã.

Eles foram se aproximando, mas ainda não haviam notado a presença dela. Harumi simplesmente surgiu de trás de uma parede surpreendendo os dois que foram tomados pelo susto.

Harumi: Olá, pra onde as duas pessoas que eu mais amo na vida estão indo?

Ukitake havia gelado. Tudo iria por água a baixo se ela descobrisse. Ele só torcia pra que sua pequena pestinha não abrisse a boca e falasse demais.

Alguns segundos se passaram e eles continuaram em silêncio sem saber o que dizer. Harumi estava ainda mais desconfiada, estava prestes a questionar mais uma vez quando ouviu:

Hinami: Sorvete! Eu queria sorvete e pedi ao papai pra comprar pra mim. Não é papai?

O grisalho desceu a filha dos ombros e a manteve no colo, fitando os olhos da esposa que encarava a menina com um olhar duvidoso.

Ukitake: H-hai, nós íamos tomar um sorvete. Quer ir também?

Harumi: Não, não, tenho muito trabalho a fazer. Saí pra espairecer porque o Hisagi estava meio esquisito, mas não sei direito... Parece que todo mundo hoje está.... - Suspirou. - Aproveitem o sorvete.

Ukitake: Hai, até mais tarde. - Ele acenou com a mão livre pra esposa e seguiu a passos apressados com a filha. Harumi foi embora sem olhar pra trás.

Hinami: A mamãe está ainda mais desconfiada papai...

Ukitake: Hai, mas nós iremos conseguir fazer uma surpresa pra ela! Vamos lá Hinami!

Os dois seguiram determinados a algumas lojas de Sereitei quando se certificaram que a pequena capitã havia sumido de vista.

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A porta do 9° esquadrão se abriu e Harumi entrou. Hisagi parecia um pouco mais "normal", estava separando alguns documentos quando a viu entrar.

Hisagi: Taichou! Voltou rápido...

Harumi: Hai... Hoje o dia está um pouco confuso...

Ele sentiu-se um pouco tenso.

Hisagi: ...Confuso? Confuso como?

Ela se aproximou dele.

Harumi: Não sei, está todo mundo agindo esquisito.. até mesmo a minha filha de apenas 6 anos...

Hisagi: Talvez seja só impressão sua taichou. - Disse ele tentando convencê-la de que tudo estava normal.

Harumi: É... talvez seja só impressão... - Ela olhou pra uma caixa que até então não tinha notado. - O que é isso?

Hisagi: A-ah.. não é nada... é só alguns documentos pessoais que a Rangiku san me fez trazer pra olhar, mas já estava indo lá devolver a ela.

Aquilo era nada mais nada menos que alguns dos doces da festa que o grisalho havia pedido pra ele encomendar.

Harumi: Se quiser eu posso fazer isso. Não me custa nada.

Hisagi: Eu agradeço, mas... é que também tenho que resolver umas coisas da Mirai... - Mentiu. - Se importa se eu sair uns minutos?

Ela desistiu. Todo mundo estava estranho, era melhor ela ficar ali de vez até chegar a hora de ir pra casa.

Harumi: Pode ir, ficarei aqui cuidando das coisas.

Hisagi: Arigatou! - Ele pegou a caixa e saiu porta a fora antes que ela perguntasse mais alguma coisa.

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As horas foram passando e Harumi se manteve no bantai. Por já esperar ela não estranhou a demora de Hisagi pra voltar ao trabalho, mas ela também não perguntou mais nada a ele, e ele por sua vez também não tocou no assunto.

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Às 18:00, no 13° esquadrão

Ukitake: Vamos lá, Hinami? Temos que arrumar a surpresa pra mamãe.

Hinami: Hai!

A pequena pegou suas coisas e acompanhou o pai até a saída. Ukitake pegou alguma das coisas que tinham ali e agradeceu por sua esposa não ter aparecido no seu bantai aquele dia.

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19:00 horas, na casa dos Ukitake

Uma pequena surpresa já havia sido preparada. A mesa da sala de jantar estava decorada de forma bem simples, mas era o suficiente, já que o grisalho sabia que Harumi não gostava muito de comemorar o próprio dia em que nasceu.

Um bolo havia sido comprado por ele, era decorado com desenhos de rosas, escolhido pela própria filha. Alguns doces e bebidas também estavam sobre à mesa.

O grisalho havia comprado um clássico buquê de rosas e um lindo colar pra sua esposa, o qual seria entregue por Hinami.

Tudo estava pronto, faltava apenas alguns dos poucos convidados que ele chamara chegar.

Às 19:30 por coincidência do destino ou não todos chegaram na mesma hora. Ali estavam: Kyouraku, Nanao, Matsumoto e a pequena Mirai. Só faltava Hisagi chegar, o grisalho torcia pra que Harumi não o segurasse além da hora.

10 minutos mais tarde batidas foram ouvidas na porta.

Toc toc toc

Por já saber quem se tratava Ukitake foi até a porta. Já que Harumi não bateria já que estava com a própria chave de casa.

Ukitake: Hisagi kun! Que bom que conseguiu chegar a tempo! Entre!

O tenente entrou na casa dos dois capitães trazendo consigo uma pequena lembrancinha pra capitã, deixando-a onde o grisalho havia indicado.

Ukitake: E a Harumi san?

Hisagi: Ainda está no bantai, mas acho que ela deve sair logo de lá.

Ukitake: Entendo... não foi nada fácil preparar isso pelas costas dela...

Hisagi: Hai, creio que ela já esteja um pouco desconfiada.

Ukitake: Desconfiada ela está sim, mas não acho que ela tenha associado a isso. Acreditem em mim, a Kosuri não dá a mínima importância pro próprio aniversário, tanto é que a data passa e ela nem percebe.

Kyouraku: Hahahaha a Harumi chan é mesmo uma figura e tanto!

Ukitake: Vamos nos preparar e esperar pela chegada dela!

O grisalho apagou as luzes e trancou a porta, aguardando junto de todos pela chegada da aniversariante.

••••••

Às 20:00 horas, no 9° esquadrão

A pequena capitã já estava cansada, não aguentava mais assinar papéis e ler relatórios naquele dia. Perguntava a si própria se sua filha e marido já estariam em casa aquela hora da noite.

Pegou suas coisas e fechou o bantai, seguindo sozinha a passos lentos Sereitei à fora, em direção a própria casa.

10 minutos de caminhada mais tarde e ela já se encontrava na porta de casa, o barulho das chaves na fechadura já podia ser ouvido por todos que lhe aguardavam.

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Hinami: A mamãe chegou papai! - Sussurrou a pequena pro grisalho que estava ao seu lado.

Ukitake: Shhh... sim é a mamãe, vamos esperar ela entrar.

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Harumi virou a chave na fechadura e a porta destrancou-se. O breu que vinha no interior da casa lhe dizia que não havia ninguém, eles ainda não haviam chegado.

Ela suspirou e pôs as chaves de volta na bolsa, procurou o interruptor e acenceu a luz, e naquele momento seu coração quase parou.

- SURPRESA!!! FELIZ ANIVERSÁRIO HARUMI SAN!

Harumi: AAH!!

Com o susto ela virou pra trás subitamente, a mão contra o peito tentando impedir que o coração saltasse pela boca.

Seu olhar se dirigiu as pessoas que ali estavam, todas sorriam em sua direção e aplaudiam sua chegada.

Harumi: Eu não acredito nisso...

O grisalho se aproximou dela com o buquê nos braços e lhe beijou de forma carinhosa.

Ukitake: Feliz aniversário meu amor...

Ela pegou a filha que havia se aproximado no mesmo momento no colo, a mesma lhe abraçou forte.

Hinami: Parabéns Mamãe! É o seu aniversário!

Ela beijou o rosto da filha e olhou pros outros quatro que estavam ali, fingindo a maior naturalidade possível.

Harumi: Então era por isso... que estava todo mundo estranho... - Ela riu e se aproximou pra cumprimentá-los. - Vocês conseguiram, estou completamente sem graça...

Ela pôs Hinami no chão e abraçou cada um dos que estavam ali.

Hisagi: Nos perdoe enganá-la taichou, mas queríamos comemorar o seu aniversário.

Harumi: Arigatou... de verdade...

E assim eles comemoraram com ela. Partiram o bolo, beberam o vinho e o sakê que ali estava e cantaram o clássico parabéns pra você, pra capitã mais amada de Sereitei.

Parabéns, Mamãe!