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História A nova vida de uma pequena shinigami - A sua voz... depois de tanto tempo


Escrita por: AyaHinami

Capítulo 70 - A sua voz... depois de tanto tempo


Fanfic / Fanfiction A nova vida de uma pequena shinigami - A sua voz... depois de tanto tempo


Os dois arregalaram os olhos surpresos, mas ao mesmo tempo também eram bastante experientes pra acreditar em qualquer boato, por isso o grisalho perguntou:


Ukitake: Vocês tem certeza disso?! É uma situação muito séria, não é motivo pra brincadeiras!

- Hai! A informação veio de um paciente que estava prestes a receber alta nesta madrugada, ele nos contou que viu um dos oficiais que fazem a segurança da Harumi taichou sair pelos corredores desesperado atrás da Unohana taichou, após isso ela e a tenente Kotetsu seguiram imediatamente pro quarto dela, mandando os dois oficiais saírem de lá!

Os dois ficaram ainda mais esperançosos. Hisagi por sua vez não escondia sua inquietação.

Hisagi: Como ela está?! Está passando bem?! Respondam!

- Hm... quanto a isso não se sabe... após entrarem no quarto a porta foi fechada. Desde então ninguém sabe mais nada a respeito.

Hisagi não queria perder tempo. Afinal já havia se passado mais de 1 mês que sua capitã estava naquela situação.

Hisagi: Ukitake taichou! Vamos lá imediatamente!

Ukitake também ficou extremamente feliz e otimista por ouvir aquilo. Sempre que podia ficava ao lado dela, que mesmo não o vendo, o confortava. Caso fosse verdade, ele mal podia esperar pra ver aqueles lindos olhos cor de mel abertos novamente.

Ukitake: Hai! Vamos lá!


Os dois saíram com pressa em direção ao 4° esquadrão, deixando o grupo pra trás.


~~~~~~



No meio do caminho o tenente perguntou:


Hisagi: Como acha que ela está?!

Ukitake: Provavelmente muito fraca, talvez a Unohana taichou não permita que ninguém a veja nesse momento.


(Desde que ela havia sido internada Hisagi não teve permissão pra vê-la nenhuma vez.)


Hisagi: Yare! Desde que ela foi trazida pra cá eu não pude visitá-la uma única vez! Eu confio na sua palavra Ukitake taichou, mas eu preciso vê-la com os meus próprios olhos!

Ele já estava ficando irritado com aquela situaçao. Em contrapartida, Ukitake era muito paciente.

Ukitake: Se acalme Hisagi kun, eu entendo sua situação, mas esse é um momento crítico, talvez seja um dos momentos em que ela esteja mais vulnerável. Não me surpreenderia se a Unohana taichou proibisse a minha entrada também. Mas não se preocupe e espere só mais um pouco, assim que ela ficar mais estável eu conversarei pessoalmente com ela pra que você consiga entrar no quarto, caso não possa ir sozinho, eu irei com você.

O tenente havia ficado um pouco mais calmo ao ouvir aquelas palavras.

Hisagi: Arigatou... Ukitake taichou.

Ukitake: Agora vamos nos apressar! Vamos torcer pra que esse boato seja mesmo verdade Hisagi kun!

Hisagi: Hai!


Aceleraram o passo, já não aguentavam mais ficar longe dela.


~~~~~



Após completarem o resto do percurso usando o shunpo, chegaram ao 4° esquadrão.


O movimento de oficiais e shinigamis estava grande. Ukitake e Hisagi entraram e foram a procura da capitã do 4° esquadrão.

Unohana havia voltado pro esquadrão por volta das 7 da manhã. O efeito do calmante ainda não havia passado. Isane havia cuidado de trocar os curativos, além do soro e do oxigênio, enquanto Harumi permanecia adormecida. 

Quando o relógio bateu às 9:30, a capitã do 9° esquadrão dava sinais de que iria acordar novamente. Isane tratou de avisar a Unohana assim que percebeu.

Isane: Unohana taichou, parece que o efeito do calmante está passando.

Unohana se aproximou da cama que Harumi estava, vendo que ela estava novamente com os olhos semi-abertos.

A pequena Kosuri ainda estava atordoada, suas ideias a respeito daquilo estavam todas em branco, nada vinha a sua cabeça sobre o que teria feito ela ir parar naquela situação. Só o que restava era a imensa dor que ela sentia.

Retsu novamente falou com ela:

Unohana: ...Harumi taichou? Está me ouvindo?

Harumi apesar de não conseguir falar fez um leve sinal de afirmação com a cabeça, que Unohana conseguiu interpretar.

Unohana: Muito bem, sabe porquê está aqui?

Dessa vez o sinal foi negativo, o que preocupou a tenente que ali estava.

Isane: H-m Unohana taichou...

Unohana: Não se preocupe, isso é absolutamente normal. Provavelmente por conta do imenso trauma a consciência da Harumi taichou bloqueou o que aconteceu, não devemos forçá-la a lembrar.  Por enquanto devemos deixar as coisas fluírem normalmente.

Isane: Hai, mas... será que é apenas isso que ela não lembra?

Unohana: Vamos ver. Harumi taichou, você sabe quem você é?

Ela afirmou novamente.

Unohana: Isso é ótimo, quer dizer que apenas o último mês de suas memórias foi afetado, não é um mal sinal.

Isane: Hai, mas parece que ela não está conseguindo falar, ou será impressão minha?

Unohana: Provavelmente não é impressão. Quando se passa um longo período de inconsciência seus hábitos normais como falar, se movimentar, ou caminhar podem ficar prejudicados, eu já esperava por isso.

Unohana pôs a mão na testa de Harumi, constatando que ela ainda estava com uma leve febre.

Unohana: Harumi san, sente dor?

Harumi tentou falar, mas não conseguiu. Apenas olhou pra Unohana que interpretou seu olhar como uma resposta positiva.

Unohana: Não tente se esforçar Harumi taichou. Bem, antes que você se sinta incomodada irei explicar algo que creio que já tenha notado. Eu tive que prender um de seus braços nesse colete que está usando por conta de 4 fraturas que você teve nas costelas. Não tente se movimentar muito, está bem?

Mas não era apenas esse o motivo da grande dor que Harumi sentia. Com o único braço livre, ela tocou a perna direita, que fez com que Isane comentasse:

Isane: Parece que o maior incômodo no momento são as fraturas da perna...

Unohana: Então é isso... Mas por conta da quantidade de remédios que estão agindo no momento eu não posso injetar mais nenhum. Por favor aguente um pouco a dor Harumi san, mais tarde eu lhe darei um analgésico mais forte.

Harumi virou a cabeça contra a parede, continuando com a expressão de dor.

Unohana: Isane, irei ver os outros pacientes, fique aqui e caso precise peça pra me chamarem.

Isane: Hai!

Unohana saiu pelo corredor em direção aos outros quartos, quando viu duas pessoas bem conhecidas por ali. Ambos tentavam convencer os seguranças a procurar por ela.

Ela se aproximou um pouco mais, a ponto de de ser vista por Ukitake.

Ukitake: Unohana taichou! - Exclamou, tentando chamar a atenção da morena.

Os dois conseguiram passar assim que os oficiais viram o sinal de confirmação vindo da capitã do 4° esquadrão.

Unohana: Ohayo Minna san.

O tenente continuava nervoso.

Hisagi: Unohana taichou! É verdade o que estão dizendo?! A Harumi taichou recuperou mesmo a consciência?!

A capitã tinha consciência de que o boato iria se espalhar por Sereitei depois de ter sido dito em voz alta por um dos seus oficiais. Mas estava surpresa por aquilo ter acontecido tão rápido, chegando até aos ouvidos dos dois.

Unohana: Como souberam disso?

O mais alto respondeu:

Ukitake: Estávamos a caminho daqui quando vimos um grupo de shinigamis conversando sobre algo, percebemos que era algo sério e eu decidi perguntar, e foi isso que nos falaram, que a Harumi san havia recobrado a consciência nessa madrugada.

Unohana: Então foi isso, bem venham comigo. Vamos conversar em um lugar mais calmo.

Os dois a seguiram até o seu escritório, que ficava no 5° andar.


~~~~~


Assim que entraram no escritório Unohana pediu que se sentassem em duas cadeiras que ficavam a frente de sua mesa, servindo-lhes um pouco de chá.

Ukitake foi o primeiro a iniciar a conversa, assim que notou que Unohana aparentava estar extremamente cansada.

Ukitake: Vejo que está exausta Unohana taichou, nos perdoe por ter vindo aqui tão de repente, mas não conseguiríamos ignorar uma notícia como essa, espero que compreenda.

Hisagi estava pensativo e com a cabeça baixa.

A capitã falou assim que tomou um gole do chá:

Unohana: Não tem problema. Bom, respondendo a dúvida de vocês, realmente é verdade. Ela recuperou a consciência esta madrugada, no entanto eu já esperava que o boato fosse se espalhar rápido, então não se preocupem. Fiquei algumas horas fazendo alguns exames pela madrugada e voltei logo no início do dia, talvez seja por isso que minha aparência lhe chamou atenção.

Ukitake: Entendo. Notei que tem vários pacientes pra serem atendidos, então não vamos demorar. Por favor nos diga, qual é a real situaçao dela? Não esconda nada por favor.

Ela novamente ficou séria.

Unohana: Ainda é cedo pra fazer qualquer diagnóstico. No entanto, ela está muito fraca, não está conseguindo se comunicar, não tem muitas forças pra se mexer, e também está sofrendo com a intensa dor das fraturas, principalmente na perna, onde o dano foi maior.

Os dois ouviam preocupados.

Ukitake: Creio que agora que ela recuperou os sentidos irá passar por uma dolorosa reabilitação...

Unohana: Hai, e este é apenas o começo, os remédios só servirão pra amenizar as dores. Mas creio que assim que seu reiatsu voltar totalmente ela mesma irá cuidar disso, como sempre faz. Mas por enquanto ela terá que aguentar firme.

Hisagi ouvia atentamente, quando algo lhe veio a mente.

Hisagi: Unohana taichou, você disse que ela não está conseguindo se comunicar... Quer dizer que ela não consegue falar?

Os dois olharam pra ela, esperando uma resposta.

Unohana: ...Hai tenente Hisagi. A Harumi taichou passou por um longo período de inconsciência, pela madrugada ela passou pouquíssimo tempo acordada, não conseguiu se comunicar usando a voz, apenas depois de algum tempo ela conseguiu reagir e olhar pra mim quando chamei o nome dela, mas foi apenas isso. Como eu disse antes, ela está sentindo muita dor, então tive que aplicar um sedativo pra que ela voltasse a dormir. Mas além disso tudo ainda tem algo importante que eu preciso falar a vocês, ela recuperou sim a consciência, porém está muito atordoada, está muito confusa. Pelo que consegui entender ela não lembra nada do que aconteceu, não tem a mínima ideia do que aconteceu com ela, ou do porquê ela está ali. 

Aquilo foi como um balde de água fria.

Ukitake: ...N-ada?

Unohana: Hai, eu perguntei se ela sabia o motivo de estar ali, e ela respondeu que não. Ela está passando por um momento muito difícil, voltar a si e se encontrar presa em cima de uma cama, com o corpo destruído e não saber o que aconteceu é algo complicado. Ela não sabe o que aconteceu antes de vir parar ali, nem quem é o responsável, nem quem a salvou. Não tem ideia de nada. Não podemos forçá-la a nada no momento.

Ukitake: Tem razão, isso pode piorar a situação dela. Mas isso me preocupa um pouco, creio que ela involuntariamente bloqueou o que aconteceu como uma forma de se proteger de um trauma maior, e agora que voltou a si não consegue lembrar mais de nada... Unohana taichou, acha que com o tempo ela recuperará essas memórias?

Unohana: Ainda é cedo pra dizer, temos que esperar os próximos dias e ver como ela irá reagir.

Hisagi: Unohana taichou...

Unohana: Hai?

Hisagi: Quando você diz que ela não lembra o que aconteceu... Até onde isso se estende?...

Unohana: Como ainda é muito recente essa foi a única pergunta que eu pude fazer. Mas creio que apenas o episódio do ataque, suas memórias antes disso estão em perfeito estado, entao não se preocupem, ela sabe quem ela é, e também sabe quem vocês são, mas é melhor que ela lembre de tudo por si só, então darei recomendações pra que ninguém comente nada sobre isso.

Hisagi: Hai... Quando poderemos visitá-la?

Unohana: No momento as visitas estão proibidas. Ela ainda respira com a ajuda da máscara de oxigênio e não consegue falar, por conta disso não será bom que ela tenha fortes emoções, então não posso permitir visitas por enquanto.

Hisagi: ...Entendo.

Ukitake: Não fique assim Hisagi kun, o mais importante é que ela recuperou os sentidos, a partir de agora as coisas irão melhorar, temos que acreditar nisso.

Unohana: Exatamente. Eu tenho que voltar, caso alguém pergunte sobre isso agradeceria se vocês respondessem de acordo com o que eu falei, isso me pouparia tempo.

Ukitake: Hai, não se preocupe. Passaremos as informações que nos deu caso seja necessário. Por favor, assim que as visitas forem permitidas nos avise.

Unohana: Hai, não se preocupem quanto a isso.

Ukitake: Vamos Hisagi kun. Bom trabalho Unohana taichou, e mais uma vez arigatou, por tudo que está fazendo por ela.

Hisagi: Hai, digo o mesmo Unohana taichou.

Unohana: É apenas o meu trabalho, até logo.

Depois disso os dois saíram do escritório, voltando aos seus respectivos esquadrões.

~~


Shuuhei estava com a cabeça cheia.

Hisagi: "Harumi taichou... Que bom que você voltou a si... Esse esquadrão não é o mesmo sem você."

E após isso voltou a sua rotina normal.

~~~


No final do dia Ukitake recebeu a visita de Shunsui. Após algum tempo conversando, Kyouraku finalmente soube da notícia.

Kyouraku: Então quer dizer que ela recuperou a consciência?! Isso é ótimo! -Mesmo dizendo isso ele notou a expressão preocupada de Ukitake. - Yare, não está feliz por isso?

Ukitake: ...Hai, é claro que sim... mas estou preocupado.

Kyouraku: Com o que?

Ukitake: A Unohana taichou disse que ela está muito atordoada, que não se lembra de nada que aconteceu, além de estar sofrendo com as fraturas pelo corpo....

Kyouraku: Entendo... então quer dizer que ainda é motivo pra preocupação... Yare, pelo menos o pior já foi descartado não é?

Unohana havia conversado com eles após ter passado 1 semana desde que Harumi estava em coma. Segundo ela, se o período de inconsciência passasse de 2 meses seria cada vez menos provável que ela acordasse.

Ukitake: Hai, tem razão...

Kyouraku: E então? Quando irá visitá-la?

Ukitake: Não há previsão de quando as visitas vão ser liberadas, no momento a recomendação é que ela fique em repouso absoluto... Entendo a situação, mas a única coisa que eu queria agora era poder vê-la...

Kyouraku: Não faça essa cara, em breve você poderá vê-la, creio que esse tempo seja necessário pra que ela melhore um pouco sua condição mental. Além de que, você disse que as dores das fraturas estão muito fortes... Paciência Ukitake, é um momento difícil pra ela, talvez ela não queira que ninguém a veja nessa situação por enquanto. Porém, espero que esse período passe rápido, afinal eu também gostaria de visitá-la...

O grisalho bebia uma xícara de chá.

Ukitake: Hai... eu também espero que sim...

~~~~


De volta ao quarto de Harumi, Unohana entrou e viu Isane trocando mais uma vez o soro, no mesmo momento perguntou como ela estava.

Unohana: Como ela está, Isane?

Isane: Unohana taichou, eu tive que adiantar a aplicação do analgésico que você havia falado, porquê ela estava se contorcendo de tanta dor...

Unohana: Entendo, fez bem. Então, como ela está agora?

Isane: Está dormindo já faz algum tempo... Parece que o boato já se espalhou não é?

Unohana pôs-se a olhar o prontuário médico de Harumi, respondendo a pergunta:

Unohana: Hai, agora mesmo estava falando com o Ukitake taichou e com o Tenente Hisagi sobre isso.

Isane: É mesmo? Então até eles já sabem...  E o que disseram?

Unohana: De início ficaram felizes é claro, mas após eu falar sobre o estado atual dela os dois ficaram preocupados.

Isane: Entendo... e quanto a proibição das visitas?

Unohana: Não discutiram, mas pude perceber que o tenente Hisagi ficou bastante triste por não poder vê-la. Mas creio que o Ukitake conversou com ele depois.

Isane: Conhecendo o Hisagi san sei que ele deve estar se sentindo culpado pelo que aconteceu.

Unohana: Hai, tem razão.



(...)




O resto do dia passou calmo, Harumi dormiu as horas seguintes, acompanhada de Isane e Unohana. Já no resto da Sereitei, tudo estava como sempre.



Assim os dias foram passando, Harumi aos poucos apresentava sinais de melhora, e após uma semana ela já conseguia respirar normalmente sem o oxigênio. Ukitake e Hisagi sempre que tinham um tempo livre iam até o 4° esquadrão saber sobre a situação dela, porém, devido ao fato de que o comando do 9° esquadrão estava nas mãos de Hisagi ele não podia sair sempre que queria. 

Assim, na maioria das vezes ele contava com as informações do capitão dos cabelos alvos, embora sua vontade fosse a mesma que a dele: Estar ao lado dela.


•••••••••••




No meio da semana o movimento pelos corredores do esquadrão estava calmo, o alarde inicial havia diminuído, embora todos aguardassem o futuro retorno da pequena capitã, que depois de ter passado por tudo aquilo, a situação em que se encontrava era considerável triste por grande parte do Gotei 13.




(...)



Em uma tarde chuvosa de sábado, os cuidados de Harumi estavam sendo feitos apenas por Unohana. Isane havia sido designada pra uma missão, por isso estava ausente. Harumi estava acordada, sem a máscara de oxigênio, e observava calmamente Unohana trocar seus curativos.

Ao notar que estava sendo observada, a capitã do 4° esquadrão decidiu conversar um pouco com ela.


Unohana: Todos estão preocupados com você Harumi taichou, a sua volta ao comando do 9° esquadrão está sendo bastante aguardada.

Ela por sua vez, nada respondeu. Olhou apenas pra um pequeno vaso, o qual continha um botão de rosa branca, que a fez lembrar de uma certa pessoa. Retsu notou que ela havia mudado de expressão assim que viu a rosa, por isso decidiu mudar de assunto.

Unohana: Quem a trouxe foi o Ukitake taichou. Durante seu período de inconsciência ele veio aqui sempre que tinha tempo, e sempre trazia uma rosa branca, disse que eram suas preferidas... E parece que ele tinha razão.

Ela continuava fitando a flor. No mesmo instante, Unohana a pegou do vaso e a entregou, a mesma notou um papel junto a ela.

Unohana: Junto da rosa ele sempre escrevia uma mensagem. Me perdoe a confissão, mas algumas vezes não consegui segurar a curiosidade e acabava lendo.

Ela notou que Harumi esboçava um leve sorriso enquanto lia o que estava escrito, a mensagem atual era:



"Eu sei que você terá as forças necessárias para superar essa adversidade e em breve estará de volta. Tudo não passará de uma amargura passageira. 

Seja forte, assim que for possível irei lhe visitar.

Atenciosamente,

                                    Ukitake Juushirou"



Unohana: Então? Qual é a mensagem de hoje? Ele é sempre muito criativo.

Ela entregou o papel pra que a mesma pudesse ler, e assim que terminou olhou novamente pra ela, vendo que uma lágrima escorria pelo canto do seu rosto. Preocupada, ela perguntou:

Unohana: Está sentindo dor?

Ela porém se surpreendeu ao ouvir pela primeira vez após tanto tempo, a voz dela, mesmo que falha e baixa, e sendo usada com tanta dificuldade.


Harumi: ...O-que eu... estou fazendo aqui?... P-por quê... estou nessa sit-tuação?...

Ao mesmo tempo que ficou surpresa ela também ficou triste ao saber o que se passava no coração da mais nova.

Unohana: Fico feliz em ouvir finalmente a sua voz Harumi taichou... Eu não sei se sou a pessoa certa pra lhe falar o que aconteceu... Mas no momento você deve apenas se preocupar com a sua recuperação, afinal o que aconteceu é passado.

Harumi secou as lágrimas e sentiu o perfume da rosa, mantendo-a junto a si.

Unohana: ...Sente falta dele?

Dessa vez foi Harumi que se surpreendeu. Unohana ao ver que ela havia ficado surpresa resolveu falar:

Unohana: Foi ele que me contou. Afinal não é comum trazer rosas todos os dias não é? Fiquei muito feliz ao saber, formam um lindo casal. - Disse ela sorrindo.

A pequena capitã respondeu com o mesmo gesto.


•••

Após terminar os curativos a médica disse:

Unohana: Acabei por hoje, irei rapidamente até outro paciente mas deixarei um oficial na porta, então não se preocupe, voltarei logo.


Harumi agora olhava a chuva cair pela janela, ficando sozinha ali, perdida em seus pensamentos.

                                                       Continua

                                                   



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