História A nova vida de uma pequena shinigami - Alguém que há muito tempo ela não via

Harumi adentrou o escritório, mas devido a "pressa" que havia tido ao sair de casa ela precisou se sentar  pra recuperar um pouco o fôlego.

Hisagi olhava pra ela, que permanecia sentada com os olhos fechados, em seguida viu que ela se recompôs e disse:

Harumi: Sumimassem Hisagi, acabei perdendo a hora...

Ele não sabia o que dizer.

Hisagi: A-ah... taichou... Eu..

Ela porém não o repreendeu, como ele esperava que ela fizesse. Apenas viu o momento que ela se levantou e seguiu até ele, dizendo:

Harumi: Então? Como estão seus ferimentos? - Disse ela notando que ele ainda estava com os curativos.

Hisagi: Estou bem... isso não é nada....

Harumi: Deixe-me ver então.

A capitã puxou uma cadeira até onde ele estava e se sentou de frente pra ele, onde segurou um de seus braços e ativou o seu reiatsu médico.

Hisagi: Taichou... eu... gostaria de lhe pedir perdão mais uma vez... Sei que você está chateada comigo...

Após terminar o braço, ela ficou de pé, onde começou a tratar os ferimentos dos ombros.

Harumi: Na verdade não. Eu planejava sim conversar sério com você, mas sei que o Ukitake já fez isso por mim, espero que tenha servido de alguma coisa o que ele lhe disse.

Hisagi: ...Hai, ele me deu alguns conselhos...

Harumi: Sendo assim eu não direi mais nada, apenas irei cuidar dos seus ferimentos, que é a minha obrigação como médica. Vamos esquecer o que aconteceu.

Hisagi: ...Hai. Mas taichou... soube que você não estava bem de saúde... e o que eu fiz piorou o seu estado...

Ela suspirou.

Harumi: Eu já estava me sentindo mal desde a noite anterior, não se preocupe, não foi culpa sua. - Após mais alguns minutos ela disse - Muito bem, isso deve bastar.

Ele mexeu os braços e pôde constatar que não havia mais dor, e ao olhar pra frente notou que ela também estava andando "normalmente". 

Hisagi: Taichou... sua perna está...

A capitã se virou pra ele e confirmou:

Harumi: Está bem. Tirei a bota há dois dias atrás.

Ele ficou cabisbaixo.

Hisagi: Me perdoe por não ter ido com você...

Harumi: Não havia necessidade de ninguém ir, eu quis ir sozinha.

Ela tirou do haori um pequeno envelope e entregou a ele, que não soube o que significava aquilo.

Hisagi: ...Isso é?

Ela apenas fez um gesto pra que ele lêsse.

Assim que ele o abriu, ela continuou:

Harumi: Eu realmente gostaria... que você fosse no meu casamento.

Ele ficou surpreso por ela ter dito aquilo naquele momento, tanto que seus olhos ficaram marejados.

Hisagi: Taichou... mesmo depois de tudo que eu fiz a você...?

A capitã se aproximou dele, pegando em uma de suas mãos.

Harumi: Você também faria a honra... de me levar até o altar?

Ele ficou mudo. Não entendia como Harumi poderia ser tão tolerante aquele nível. Convidá-lo pra levá-la até o altar no dia do seu casamento com outro capitão? Meus Deus... Aquilo parecia algo impossível pra um subordinado ouvir de um superior.

Depois de algum tempo ele conseguiu responder:

Hisagi: ...Hai... é claro que sim...

Harumi: Arigatou...

E por incrível que pareça bastou apenas aquelas palavras de Harumi pro clima tenso que Hisagi pensava existir sumisse imediatamente.

(...)

Os dias seguintes foram bem corridos, Harumi e Ukitake se viam apenas à noite devido ao trabalho de ambas divisões. Hisagi se empenhava ao máximo pra dar conta do treinamento, que vez ou outra Harumi aparecia pra supervisionar. Ela porém, havia se comprometido pra cuidar apenas da parte burocrática, já que mesmo que não tivesse com gesso ou a bota, não podia forçar a perna. Hisagi entendeu e apoiou o acordo que ela propôs.

••••

Cerca de duas semanas antes do casamento, Harumi foi convocada até o 1° esquadrão, onde Yamamoto lhe concedeu uma missão no mundo real.

"É algo simples pra alguém como você, você irá apenas trazer um objeto que eu desejo. Pode parecer bobagem, mas não confio em mais ninguém pra realizar essa missão."

Foram com essas palavras que Harumi saiu do bantai, indo em direção a 9° divisão, dar o aviso a Hisagi.

"Irei pro mundo real amanhã cedo, cuide do bantai."

"Hai!"

Em seguida, foi até o 13° esquadrão, onde encontrou alguém que não ficou muito feliz com a notícia.

Ukitake: Você?! Mas o que o Genryuusai sensei está pensando?

Harumi: Não vejo problema, estou muito bem nesses últimos dias.

Ukitake: Eu sei, mas... ainda fico assustado com a ideia de você sair sozinha e algo acontecer a você...

Ela deu um forte abraço nele, que retribuiu da mesma forma.

Harumi: Enquanto seus pensamentos chegarem até mim, nada de mal irá acontecer comigo, é nisso que eu acredito...

Após se despedir, ela voltou pro seu aposento, ela iria passar 1 semana fora, e já que teria que sair às 4 da manhã, não queria acordar Ukitake assim que estivesse de saída.

Preparou suas zanpakutous e foi dormir.

•••

Às 03:00 já estava de pé, tomou um banho, vestiu seu haori e colocou as três zanpakutous no obi. Por mais simples que fosse a missão, ela havia aprendido da pior forma as consequências de não estar devidamente preparada.

Tomou um café rápido e pegou seus remédios, seguindo pro Senkaimon, que já havia sido preparado por um oficial do 12° esquadrão.

Ao olhar pela última vez pra Sereitei ela adentrou o portal, onde seguiu pelo dangai que a levaria até o mundo real.

•••

Um tempo depois ela ja estava em "terra firme". Devido ao horário, ela teve que esperar até o amanhecer pra dar início a sua missão.

Viu um belo lago com vista pro horizonte, onde teve o privilégio de assistir um belo nascer do sol.

Mais ou menos às 7 da manhã ela se pôs a caminhar, seguindo as instruções dadas por Yamamoto.

•••

Já eram quase 11 e ela ainda não havia encontrado o local mencionado nas instruções. Já cansada, ela decidiu fazer uma pequena pausa, onde repensaria suas estratégias.

E foi aí que algo inusitado aconteceu.

Uma pessoa que Harumi não via há muito tempo apareceu na frente dela, chamando seu nome no momento em que a mesma estava distraída.

"Há quanto tempo, Harumi..." 

                                                        Continua