História A Novata - Jeep Renegade

4.

—  Soomin? – a voz grave soou atrás da menina que andava pelos corredores da universidade

A mais baixa parou e virou reconhecendo rapidamente a pessoa que estava atrás de si.

—  Ah, oi, Namjoon! – Soomin cumprimentou o mais velho que fez o mesmo – Precisando de algo?

—  Hm, sim. – Namjoon parecia estar procurando palavras para iniciar uma nova frase – A Misun...

—  O que tem ela? – Soomin ficou confusa pela procura repentina de Namjoon por sua amiga.

—  Você... Poderia me passar o número de telefone dela? – sussurrou a frase, parecia estar com vergonha.

Soomin não disfarçou o sorriso malicioso.

—  Hm, se interessou por Misun? – Soomin provocou um pouco

—  Talvez, quem sabe? – percebeu que Namjoon havia entrado em seu jogo.

Soomin riu vendo o quão esperto era Namjoon.

—  Anota aí. – Soomin repetiu os números que apareceram na tela de seu celular enquanto Namjoon anotava em seu celular que estava aberto em contatos.

Namjoon agradeceu, mas antes de ir embora, falou:

—  Não conte a Misun que eu estou com o número dela, por favor. – Namjoon sorriu para a garota, guardando o celular no bolso da calça.

Soomin concordou e cada um foi para um lado do corredor.

Porém a menina ia embora com um sorriso de satisfação nos lábios.

❦

—  Eles vão voltar! – Misun falava alegre enquanto andava com sua amiga pelos corredores para ir embora.

—  Fico feliz de ver o quão feliz você está! – Soomin sorriu para sua amiga, mas no fundo ela queria mesmo era parar a garota e contar tudo o que Namjoon pediu a ela.

—  Estou esperando eles me mandarem mensagem novamente, minha mãe pediu para que eu fosse buscá-la no aeroporto. – Misun ajeitou a saia que estava um pouco amassada.

Soomin ficou quieta durante uns segundos porém logo disse:

—  Por que não chama Namjoon para ir com você? Não é um passeio, mas soube que ele não sabe dirigir, quem sabe não desperte essa vontade em te ver dirigindo?

—  Soomin, eu vou buscar meus pais no aeroporto... Eles vão achar que eu já estou namorando Namjoon. – Misun fez que ‘não’ com a cabeça diversas vezes imaginando a cena.

—  Fala que ele também precisa ir para o aeroporto e como não dirige, pediu carona para você. – Soomin deu uma resposta rápida.

—  Sem sentido eu levar Namjoon até o aeroporto e largar ele lá. – Misun continuou confusa.

Wook Misun:

20:00

—  Aproveita e agarra ele no carro. – minha amiga me disse enquanto sorria para mim, e eu sabia de quem ela estava falando.

—  Opa, quem está em fase de pegar alguém aqui é você o Jimin. – brinquei também - Já sou velha, tenho que ficar em casa tomando chá.

—  Ainda vou ensinar a você a conhecer os prazeres da vida. – o duplo sentido reinava na frase de Soomin.

Olhei para Soomin que ria de minha expressão, quando escutamos uma voz masculina chamar a garota pelo nome. Ela se virou e no mesmo momento sorriu para a pessoa que estava na frente dela e quase pulou em seus braços.

—  JIMIN! – Soomin abraçava ele como se fosse a última coisa que ela gostaria de fazer na vida.

—  Surpresa! Vim te buscar! – Jimin, alegre, selou os lábios de Soomin em um beijo demorado.

E eu fiquei lá parada vendo como era fofo o amor desse dois.

—  Deixa eu te apresentar... Essa é a Misun! – Soomin apontou em minha direção, me apresentando.

—  Olá! – cumprimentei Jimin e ele fez o mesmo.

— Misun? Ah, Namjoon me falou que conseguiu seu... – Jimin foi interrompido por Soomin, que apertou o braço do garoto enquanto encarava-o. Pigarreou e Jimin pareceu ter entendido o que Soomin quis dizer.

—  Bom, vamos? – Soomin perguntou – Misun, quer carona?

—  Estou de carro, nem precisa, mas obrigada.

Soomin me abraçou para se despedir e Jimin fez o mesmo.

—  Namjoon já me falou algumas vezes de você, sempre elogiando. – Jimin disse já se distanciando.

Olhei para ele com a cara um pouco confusa.

—  Tchau Misun! – Soomin acenou, virou-se de costas e entrelaçou a mão com a de Jimin, e assim saíram da universidade.

—  Ele fala de mim? – falei comigo mesma.

[---]

Estava no meu quarto quando percebo meu celular emitir uma luz, quando pego ele, vejo uma mensagem desconhecida:

“Misun?”

Achei estranho, ninguém estava com meu número de telefone, mas mesmo assim resolvi perguntar quem era.

“Namjoon. Consegui seu número com a Soomin.”

Não me admirou nem um pouco ela ter passado meu número para Namjoon.

Conversamos bastante tempo e em todo momento eu ficava na dúvida se deveria chamá-lo para ir comigo no aeroporto ou não. Então resolvi perguntar:

“Namjoon?”

“Hm?”

“Quando soube que não dirige, fiquei com muita vontade de te ensinar as regras básicas, então... Gostaria de saber se quer ir comigo até o aeroporto amanhã buscar meus pais de viagem.”

Esperei a resposta durante uns segundos...

“Aceito. Quero ver o que tem para me ensinar.”

Um sorriso formou-se em meus lábios.

Continuamos a conversar por bastante tempo, Namjoon passou o endereço dele para eu ir buscá-lo e assim irmos para o aeroporto.

Nos despedimos e logo depois fui dormir.

Kim Namjoon:

10:30

Havia passado meu endereço para Misun, havíamos marcado dela passar aqui mais ou menos 11h, enquanto isso eu escolhia uma roupa para vestir mas acabei optando por uma calça jeans, blusa preta simples e um tênis qualquer. Fui atrás de algum perfume bom para passar e quase acabei derrubando três de uma vez, porém conseguindo pegar o perfume que queria.

Estava na sala mexendo no meu celular quando recebi uma mensagem dela avisando que já estava de caminho. Peguei meu minha carteira e documentos colocando no bolso da minha calça e voltei para o sofá esperar.

Escutei o interfone tocando e quando atendi, era o porteiro falando que Misun já estava lá embaixo me esperando, ela estava me esperando em um “carrão” na visão dele.

Peguei tudo o que faltava e sai do apartamento, tranquei tudo e apertei o botão do elevador.

Quando saí do elevador, passei pelo hall do prédio e logo avistei o porteiro.

—  Bom dia senhor Namjoon, tem entrega para você... – me cumprimentou

—  Bom dia. – retribui – Pode deixar guardado que depois eu pego, vou sair agora.

—  Com essa moça que está no carro? – perguntou.

—  Sim, essa mesmo. – já imaginei no que ele pensou.

—  Bonita ela – ele sorriu – Até mais!

—  Até! – me despedi. Segui em frente e passei pelos portões da portaria, indo em direção ao carro de Misun que era um Jeep Renegade preto. Entrei no carro e fui cumprimentado, logo, fiz o mesmo.

— Está com os papéis falando que precisa fazer um novo passaporte? – Disse me olhando através das lentes do óculos escuro que ela usava.

—  Já está tudo aqui. – mostrei para ela todos os papéis que guardei no bolso.

—  Ótimo! – Misun disse voltando o olhar para o volante.

E assim, a mulher me ensinou as regras básicas de como dirigir um carro, ela explica bem, o problema é eu decorar o que cada um daqueles botões no volante e no painel fazem.

E assim o tempo passou – rápido até eu diria – e a mais nova avisou que já havíamos chegado no aeroporto. Estacionou o carro em umas das vagas e logo entramos. O aeroporto era enorme, havia lojas funcionando, cafeterias e restaurantes e obviamente: pessoas apressadas para irem para seus voos ou irem embora daquela loucura.

—  Vou avisar meus pais que eu já cheguei, ok? Podemos marcar um local para nos encontrarmos depois? – me perguntou tirando o celular da bolsa e desbloqueando-o.

Marcamos de nos encontramos em frente a cafeteria que ficava do lado da saída A, que seria onde os pais de Misun estariam.

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Wook Misun:

13:30

Já estava esperando meus pais impaciente, eu não conseguia ver muita coisa por conta do mar de pessoas que estavam na minha frente.

—  Misun! Aqui! – escuto uma voz familiar.

Olho para o outro lado e vejo meus pais, acenando para mim. Corri até eles e abracei-os.

—  Estava com saudades de você, meu amor! – minha mãe me abraçou mais forte.

Depois de conversar um pouco com eles, meu pai pegou as malas e nos chamou para ir embora.

—  Não podemos ir agora... – disse em um tom baixo.

—  Por quê? – Minha mãe perguntou.

—  Namjoon também veio e eu estou esperando. – disse rapidamente.

—  Namjoon? Aquele garoto que estava com você outro dia? – meu pai virou de costas e perguntou.

—  Esse mesmo! – sorri.