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História A Ordem do Prazer - Promete?


Escrita por: SwanQueenLover

Notas do Autor


Eu sei, eu sei. Eu deveria ter postado esse capítulo sexta-feira, mas imprevistos acontecem e eu tive que fazer uma viagem não planejada. Mas to aqui com capítulo novo pra vcs. E queria agradecer pelos 100 favoritos na fic :D
Boa leitura.

Capítulo 25 - Promete?


Quando cheguei ao prédio onde Regina morava, o porteiro me reconheceu logo de cara, por isso, me deixou entrar sem precisar ser anunciada.

Não tive paciência de esperar o elevador voltar para o térreo, fui pelas escadas subindo de dois em dois degraus até chegar ao quarto andar, que era o de Regi. Fui até a porta de seu apartamento e bati com força na mesma. A porta se abriu, revelando uma loira baixinha que logo subentendi que era a tal da amiga de Regina.

– Você não é bem-vinda aqui. – foi logo dizendo.

– Seja lá quem você for, eu vim aqui falar com Regina. – entrei no apartamento sem exitar.

– Ela não quer falar com você, vá embora. – apontou para a saída. Respirei fundo para conseguir focar no pouco de paciência que eu ainda tinha.

– Olha só, eu quero apenas conversar com ela, okay? – falei. – Só quero explicar para ela algumas coisas, você pode confiar em mim, eu nunca faria mal para a Regina. – falei passando confiança. A garota pareceu pensar por alguns segundos.

– 'Ta, que seja. – disse com frustração.

– Você poderia, por favor, me deixar à sós com ela? – pedi.

– Não sei se a Gina vai gostar disso. – falou cruzando os braços.

– Como eu disse, você pode confiar em mim, qualquer coisa ela liga 'pra você. – tentei mostrar estar o mais calma possível.

– Okay, mas espero não me arrepender disso. – advertiu. Esperei que ela saísse para poder ir até a minha morena.

Entrei em seu quarto e a vi encolhida em sua cama. Ela vestia uma calça e camisa de pijama lilás, seus cabelos molhados pós banho e estava de olhos fechados. Tão linda e tão fragil, tive vontade de abraçá-la naquele momento, poder protegê-la de tudo e de todos.  

– Regi. – chamei-a de forma suave, ela rapidamente abriu os olhos me encarando assustada. Seus olhos estavam vermelhos pelo choro recente.

– O que você 'ta fazendo aqui? Cadê a Tinker? – perguntou de subto.

– Pedi que ela fosse embora. Eu vim conversar com você. – falei ainda ao pé da porta.

– Não! – levantou-se e veio em minha direção tentando me empurrar para fora do quarto. Mas eu era mais forte que ela. – Eu não quero ouvir nada de você, vai embora! – a prendi entre meus braços enquanto ela batia em meu peitoral com os punhos fechados. – Eu não quero conversar nada com você, Emma!

– Mas você vai. – continuei com o tom de voz suave para ela se acalmar. – Vai ouvir tudo que eu tenho 'pra te dizer. – a segurei mais forte.

Regina deixou que as lágrimas lhe invadissem e parou de tentar me afastar, abraçando-me em seguida. Apertei-a em meus braços ouvindo seus soluços constantes em meu peito. Me senti péssima naquele momento, o sentimento de culpa por tê-la deixado daquele jeito foi inevitável. Tentei ser forte, mas meus próprios olhos marejaram. Deixei que ela chorasse o quanto precisasse até finalmente se acalmar.

– Vamos conversar, okay? – falei em um quase sussurro.

Regi assentiu e se desprendeu de mim, sentando-se na cama e colocando um travesseiro em seu colo. Sentei a sua frente buscando fitá-la nos olhos.

– Pode falar. – disse em voz baixa. Respirei fundo e comecei.

– Como eu te falei na noite passada, eu não te usei, Regi, nunca faria isso com você. Nunca! Você não é só mais um número sem importância. Naquele dia lá em minha casa você acabou entendendo tudo errado, e não me deixou explicar mesmo depois de tudo que eu te disse depois do jantar. O que eu te falei é verdade, Regi. Você não é minha amante e eu nunca te considerei como tal. – segurei sua mão entre as minhas. – A Marian me mandou aquela mensagem por que eu não a procurei mais desde que fomos a Roma. Nem ela e nenhuma outra amante. Você é única 'pra mim desde então, Regina. Eu sei que errei em não ter deixado isso claro 'pra elas antes, mas eu já tratei de fazer isso. Não existe outra mulher 'pra mim, Regi. Eu só desejo você, só quero você! Eu já fiz tudo que eu pude 'pra te provar o quanto você é única na minha vida. Eu só tenho medo de que isso não seja o suficiente 'pra você. – falei cabisbaixa. Esperei que Regina falasse alguma coisa, mas ela não dizia nada. Apenas olhava para nossas mãos entrelaçadas. – Fala alguma coisa, Regi. Sei lá, me xinga ou me bate, só faz alguma coisa. – pedi suplicante.

Regina pareceu pensar um pouco, mas logo depois voou para os meus braços, sentando-se em meu colo e me abraçando forte. Correspondi da mesma forma, sentindo um alívio profundo por sua atitude.

Deslizei sobre o colchão com Regina em meu colo até sentir minhas costas encostarem na cabeceira da cama. Nossas testas coladas, os lábios entreabertos, nossas respirações ofegantes se misturavam. Fechei os olhos me concentrando apenas naquela sensação de tê-la em meus braços novamente.

– Desculpa. – pediu contida. Sua voz baixa, ainda embargada pelo choro. Levei minha mão esquerda ao seu rosto, delineando seus lábios com o polegar.

– Não precisa se desculpar, Regi. Eu também errei. Mas vamos esquecer isso. – falei.

– Emma... Me beija. – pediu. E não precisou falar mais nada. Puxei-a pela nuca e nossos lábios finalmente se encontraram. Não dava para explicar o quanto senti falta daquele beijo.

Beijei-a com tanta intensidade, depositando toda a minha saudade naquele beijo. Sentir seus lábios nos meus, sua língua deslizando sobre a minha, era tão bom que me levava aos céus.

Eu não sabia o que era aquilo, sentia meu coração querer sair do meu peito apenas com aquele beijo. Não conseguia controlar minha respiração em nenhum momento. Seja lá qual for o poder que Regina tinha, era algo que eu não conseguiria me desprender.

– Regi... Eu senti tanta falta de você. – falei ao cessarmos o beijo.

– Se eu tivesse deixado você ter se explicado antes... – coloquei o dedo indicador sobre seus lábios impedindo-a de continuar.

– Não fale isso. Não se culpe. – pedi. Voltando a beijá-la. Minhas mãos percorreram suas coxas subindo até a barra de sua camisa, levantando-a um pouco para tocar sua pele por baixo do tecido. – Faça amor comigo. – pedi, ofegante de desejo.

A resposta veio em forma de um beijo avassalador. Tirei finalmente sua camisa notando que ela estava sem sutiã. Minhas mãos voaram para seus  seios, apertando-os com vontade sem quebrar o beijo nem um segundo se quer.

Regina foi abrindo os botões da minha camisa enquanto movia seus quadris lentamente em meu colo, e aquele atrito entre nossos sexos, mesmo ainda cobertos, estava me fazendo perder o juízo.

Tirou minha camisa com facilidade logo depois se livrando também do meu sutiã. Quando nossos seios se tocaram, todo o meu corpo se arrepiou, assim como o dela. Era muita saudade e desejo acumulados por um mês, a vontade de tê-la, de senti-la por inteiro, era quase insuportável.

– Promete. – pedi, descendo os lábios para o seu pescoço e dando beijos molhados acompanhados de mordidas.

– O quê? – perguntou arfante por minhas carícias.

– Que nunca mais vai me deixar sem poder sentir seu cheiro. – aspirei seu perfume na curvatura de seu pescoço, embriagando-me com o maravilhoso cheiro de sua pele. – Seu corpo, assim, junto do meu – puxei-a mais para mim, colando ainda mais nossos corpos. – Promete?

– Uhum. – gemeu respondendo.

Tirei rapidamente sua calça levando junto a calcinha. Suas mãos desceram até a barra da minha calça, abrindo-a com rapidez. Ergui meus quadris facilitando a retirada da peça junto com a cueca box.

Era fora do normal o quão excitada eu ficava com Regina. Ela ajoelhou-se sobre meu colo, ficando na altura necessária. Aos poucos foi abaixando-se sobre mim, meu sexo invadindo cada centímetro do seu, arrancando de mim um gemido gutural de prazer por aquela ação. Regi agarrou-se com força em meus braços, gemendo baixinho. Ah.. e como eu amava aqueles gemidos! Me faziam perder a sensatez.

Levei minhas mãos ao seu quadril, guiando seus movimentos. Regi era tão quente, molhada e apertada. Me deixava completamente maluca. As paredes do seu sexo apertavam meu membro involuntariamente, e aquilo me enlouquecia.

Voltei a beijar sua boca com desejo. Regina arranhava meus ombros e braços enquanto seus movimentos ficavam cada vez mais intenso, porém, lentos. E eu amava daquela forma, amava sentir meu sexo deslizar por cada centímetro dentro dela. Lenta e deliciosamente.

Regi me dava tanto prazer que as vezes eu sentia como se não fosse suportar, eu delirava cada vez que a penetrava. Não tinha como aquilo ser só sexo, era gostoso demais para ser apenas isso.

Agarrei-me forte aos seu quadril, retardando seus movimentos, mas eu já sentia meu membro latejar no aviso do orgasmo eminente, e não demoraria muito para isso.

Beijei seu pescoço sugando-o logo depois por toda a extensão. Os gemidos enlouquecidos de Regina levava-me às alturas.

Eu estava chegando ao meu limite e percebi que minha morena também. Senti seu sexo se contrair ainda mais forte sobre o meu.

– Emma! – gemeu alto se entregando ao êxtase. A segui gemendo forte contra seu pescoço, segurando em suas coxas.

Beijei-a apaixonadamente com nossos corpos ainda tremendo ao sentir os últimos espasmos de prazer. Abracei seu corpo sentindo uma sensação diferente em meu peito. Um sentimento que eu não soube decifrar. Voltei a beijar seu pescoço absorvendo o gosto da sua pele, com a macieis da mesma em meus lábios. Aos poucos nossas respirações foram se normalizando.

– Quase não aguentei ficar um mês sem você. – sussurei em seu ouvido. Ela se afastou um pouco olhando-me com um ar desconfiado.

– Emma, você... Nesse tempo... – não precisou que ela terminasse, já entendi de cara.

– Você ainda não entendeu, Regi, que eu só quero você? – girei ficando sobre ela na cama. – Eu só me excito assim.. – movimentei meu quadril sobre ela mostrando o quanto ainda estava excitada. – Com você. – vi o desejo aflorar nos seus olhos rapidamente.

 

                               ~x~

 

Depois que fizemos amor até o entardecer, estávamos abraçadas na cama, Regi percorria meu abdômen com o indicador. Eu alisava sua coxa esquerda que estava sobre meu quadril. Percebi que ela analisava meu corpo minuciosamente, e eu sabia muito bem o que ela pensava, ou melhor, se questionava.

– Pode perguntar. – falei, puxando seu maxilar para que ela me encarasse. Ela sorriu, notando que eu havia percebido

– Seu corpo, eu nunca pensei que eu iria me atrair por um corpo feminino. – disse corada.

– Tenho algo que não é tão feminino. – brinquei, recebendo uma gostosa risada dela. – Meu corpo é diferente 'pra você. – concluí em voz alta.

– Sim, mas é um diferente bom. – falou, agarrando-se mais a mim, e aquilo, de certa forma, me deixou aliviada.

– Mas não era isso que você queria falar. – olhei-a arqueando a sobrancelha.

– Como você descobriu sua intersexualidade? – perguntou rápido, envergonhada.

– Eu tinha um pouco mais de 6 anos. Só que nessa época eu já tinha alguns traços femininos, e meus pais acabaram achando estranho o meu comportamento. Eu lembro deles terem me levado ao médico, foi aí que eles descobriram isso, e eu também. Eu tenho intersexo xx, ou seja, tudo em mim foi desenvolvido de forma feminina, por isso, tenho seios e, inclusive, eu até tenho ovários. – falei, resumindo o máximo que pude. – Mas meu orgão genital é masculino, como você bem sabe. – brinquei, fazendo-a corar ainda mais.

– Então antes vocês achavam que você era menino? – perguntou curiosa.

– Sim. – respondi simplesmente. Regina pareceu pensar um pouco, mas logo perguntou.

– E qual era seu nome antes?

– Eliel. – respondi curta. Percebi que ela analisava o nome.

– E foi você mesma que escolheu seu atual nome? – questionou.

– Sim.

– Os dois são lindos. – sorriu olhando-me. Dei-lhe um selinho demorado em forma de agradecimento.

– Durma, você deve estar cansada. – falei acariciando seu cabelo.

– Você vai ficar aqui comigo? – perguntou manhosa, arrancando-me um sorriso.

– Vou dormir com você. – disse colocando o cobertor sobre nós.

Regi escondeu seu rosto na curvatura do meu pescoço e assim ficou por um bom tempo. Eu já estava quase dormindo, mas acabei escutando sua voz em um sussurro.

– Eu amo você, Emma. – eu sabia que ela pensava que eu estava realmente dormindo, mas deixei que continuasse pensando assim.

Eu ainda não a amava, e aquilo me doía, pois eu queria poder correspondê-la da mesma forma. Aos poucos, a respiração de Regina foi ficando mais calma e percebi que ela já dormia. E mesmo que ela não fosse ouvir, acabei falando baixo.

–  Desculpa, Regi... Me desculpa por ainda não te amar como você merece.


Notas Finais


E é isso, pessoas. O que acharam dessa declaração da Regi no final? Comentem!
Me segam no twitter @LesbianPwr e avisem para eu poder seguir vcs.
Evil Kisses. xxo ;)


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