História A Ordem do Prazer - Despedida.

Eu tinha passado o dia com a Emma. Ela iria viajar à noite e eu já sentia o peso da saudade.

Todas as barras de chocolate que haviam na minha cozinha estavam agora ao meu lado no sofá enquanto eu assistia um filme extremamente depressivo enrolada em um Edredom quente, pois aquela noite estava sendo mais fria que o normal.

Eu havia vestido o pijama mais confortável que eu tinha e um par de meias grossas.

Escutei um barulho na porta e me assustei. Estavam abrindo-a, mas as únicas pessoas que tinham a chave do meu apartamento eram Zelena, eu e… – engoli à seco. – Emma.

Não poderia ser! À essa hora ela já deveria estar em pleno vôo. Eu sabia que não era Zelena, por que, se eu bem conhecia minha irmã, ela estava em alguma boate por aí.

Prendi rapidamente meu cabelo em um 'rabo de cavalo’, pois com certeza estava bagunçado, tirei a camisa do pijama, ficando apenas com a calça e uma regata branca. Joguei todas as embalagens de chocolate embaixo do sofá e fingi estar absorta do que acontecia enquanto “prestava atenção” no filme.

Quando a porta se fechou escutei a voz de Emma me chamar.

– Regi. – sua voz era suave, causando-me uma sensação maravilhosa.

– Emma? – finalmente virei meu rosto para encará-la, recebendo um dos sorrisos mais lindos. – O que está fazendo aqui? Não deveria estar viajando? – perguntei desligando a TV, levantando-me do sofá e indo até ela.

– Adiei 'pra amanhã de manhã. Essa noite eu quero ficar aqui com você. – disse e me segurou pela cintura, beijando-me com paixão. Swan sempre me surpreendia das melhores formas possíveis.

– Não vai te atrapalhar em nada? – perguntei ao cessarmos o beijo.

– Vou acabar me atrasando 'pra um compromisso, mas vale a pena passar mais um tempinho com você. – respondeu.

– Sabe que não deveria ter feito isso. – a repreendi mesmo tendo amado sua atitude.

– ‘Ta querendo se livrar de mim? – questionou arqueando a sobrancelha.

– Claro que não! – enlacei seu pescoço com os braços. – Só não quero que você se prejudique por minha causa. – expliquei.

– Eu estaria prejudicada se antes da viagem eu não tivesse uma noite de amor com você. – falou surpreendendo-me mais uma vez.

O romantismo de Emma me emocionava. Eu não era lá muito sensível com questões amorosas, mas com Emma era diferente, ela fazia meus sentimentos aflorarem mais que o normal.

Abracei-a escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço, sentindo seu cheiro embriagador. Swan me apertou contra sí deixando o abraço mais aconchegante. Eu poderia ficar alí nos braços dela para sempre se fosse possível.

Emma segurou-me pelas costas com o braço esquerdo e passou o direito por baixo das minhas pernas pegando-me no colo. Rodeei seu pescoço com os braços e ela me beijou novamente enquanto caminhava comigo em seus braços até o meu quarto.

Mordi seu lábio inferior enquanto ela me deitava sobre minha cama, ficando sobre mim. Deslizamos até o meio do colchão sem cessar o beijo um segundo se quer. Naquele momento esquecemos da necessidade do ar. Na verdade, esquecemos de tudo. Era apenas eu, Emma e o nosso amor.

Nos livramos de nossas roupas rapidamente ficando apenas com a roupa íntima.

– Amor, eu vou sentir tanta saudade de você! – disse beijando meu maxilar. – Vou sentir falta do seu cheiro. – inalou meu perfume em meu pescoço. – Do teu gosto. – voltou a me beijar de forma lenta e apaixonada. – Do teu corpo gostoso. – deslizou suas mãos da minha cintura até minhas coxas e as apertou com vontade. Todo meu corpo se arrepiava com sua voz rouca e seus  toques cheios de desejo. – Promete que vai pensar em mim todas as noites. – pediu sussurrando em meu ouvido.

– Eu vou pensar em você sempre. – falei. E era a mais pura verdade. Eu tinha certeza que Swan não sairia dos meus pensamentos um minuto que fosse.

Emma fitou-me profundamente e eu só conseguia ver amor e saudade antecipada naquele olhar esverdeado. Foi tirando meu sutiã enquanto distribuía beijos pelo meus rosto, pescoço e ombros. Logo depois se livrou da minha calcinha.

Inverti nossas posições, sentando-me sobre seu quadril. Beijei-a com intensidade sentindo as mãos de Emma percorrerem todo o meu corpo.

– Eu quero que você me chupe. – disse entre o beijo. E como negar um pedido desse?

Me deitei entre suas pernas e tirei a cueca box que ela usava fazendo saltar sua ereção, deixando deliciada com aquilo.

Olhei para Emma e vi em seus olhos o quanto ela ansiava por aquilo.

Sem perder tempo, deslizei minha língua por seu membro da base até a ponta e o gemido rouco que Swan deixou escapar de seus lábios me incentivou a continuar.

Comecei então a chupar a glande bem devagar, rodeando com a língua vez ou outra. Cada vez aumentando mais o ritmo.

Eu mesma já estava intensamente excitada com aquilo. E ver as expressões de puro prazer de Emma me fazia querer satisfazê-la mais e mais.

Desci com meus lábios por todo seu membro e logo depois a coloquei em minha boca até onde eu conseguia. Comecei um vai e vem lento, intenso e molhado. Cada vez engolindo-a mais um pouco. Olhava vez ou outra para Emma e ela sorria para mim enquanto gemia deliciosamente.

Continuei os movimentos sentindo que Emma já estava perto do seu limite.

Comecei então a masturbá-la enquanto voltei a chupar só a cabecinha, aumentando o ritmo e a intensidade conforme os gemidos de Emma ficavam mais altos e mais fortes. Até que Swan se entregou ao êxtase segurando com força aos lençóis.

Suguei cada gota do seu orgasmo, deliciando-me com seu gosto.

Mordi meu lábio inferior olhando para minha chefe, que me lançou um sorriso completamente malicioso.

– Agora eu quero que você rebole na minha boca. – disse tocando seus lábios com os dedos ainda um pouco ofegante. – Vem cá. – chamou. Por mais que eu tenha ficado extremamente excitada com aquilo, também fiquei um pouco envergonhada. Senti meu rosto queimar, eu tinha certeza que eu estava corada. – Ei, não precisa se envergonhar. Você sabe que tudo o que eu quero é te dar prazer, te fazer gozar gostoso. – segurou minha mão encorajando-me. – Vem, amor. – insistiu. Decidi deixar o pouco de pudor que eu ainda tinha de lado e fiz o que ela pediu. Ajoelhei-me com seu rosto entre minhas pernas. Emma rodeou minhas coxas com seus fortes braços. – Rebole. – disse. E assim eu fiz. Logo senti seus lábios e língua em todo o meu sexo já tão desejoso dela.

Segurei com as duas mãos na cabeceira da cama e comecei a movimentar meu quadril sobre a boca da minha chefe. Foi impossível conter o gemido alto ao sentir o quão gostoso era aquilo.

Emma me chupava com vontade e eu sentia o quanto ela gostava daquilo. Ela apertava minhas coxas, deslizava suas mãos até o meu quadril, apertava minha bunda, tudo acompanhando o ritmo em que eu rebolava.

Sugava meu clitóris com intensidade, fazendo todo o meu corpo estremecer de prazer.

Continuou com seus movimentos com a língua até me fazer gritar seu nome enquanto gozava em sua boca, que fez questão de engolir todo o meu gozo.

Sai de cima de Emma e ela me puxou para um beijo cheio de desejo, deitando sobre mim novamente.

– Sempre tão gostosa. – disse olhando em meus olhos enquanto deslizava seu membro rijo sobre o meu sexo.

– Eu quero mais, amor. – pedi sussurrando.

No mesmo instante senti-a me penetrar com cuidado, pois eu ainda estava sensível. Gememos juntas com o prazer daquela ação.

Beijei-a com paixão enquanto sentia suas mãos em mim, por todo o meus corpo enquanto me estocava com intensidade.

Tirei seu top com rapidez e minhas mãos voaram para seus seios, apertando-os com desejo.

Swan mordia meu maxilar, distribuía beijos molhados por meu pescoço enquanto minhas mãos percorriam suas costas, arranhando-as conforme o prazer me invadia.

Aquele sexo tinha gosto de saudade. Uma saudade que a gente sabia que ia ser forte independente de como fosse nossa despedida.

Eu percebia que Emma tentava memorizar cada pedacinho de mim, cada toque seu mostrava bem isso. A forma como ela estava fazendo amor comigo deixava evidente que ela queria que eu não esquecesse daquela noite. E eu não ia esquecer, por todo tempo que ela estivesse longe eu iria lembrar da nossa despedida.

Swan entrelaçou nossas mãos acima da minha cabeça e me beijou apaixonadamente.

– Eu te amo. – disse arfante entre o beijo.

– Eu também te amo, Emma. – falei enquanto sentia seus lábios percorrerem do meu maxilar ao meu ombro.

Emma saiu de cima de mim, deitando-se ao meu lado e foi impossível conter a sensação de vazio. Mas logo ela me puxou para seus braços, abraçando-me por trás.

Swan segurou minha perna colocando-a sobre seu quadril. Senti seu sexo pressionar minha entrada, mas não o fez. Deslizou a cabecinha do seu membro por meu ponto de prazer algumas vezes, fazendo-me gemer baixinho para só então me penetrar novamente. Gemi alto dessa vez, sentindo-me preenchida novamente.

Sua mão direita desceu até meu sexo e começou a me masturbar lentamente enquanto me estocava devagar, eu gemia sem pudor algum. Emma simplesmente me enlouquecia.

Ela beijava, lambia e mordia minha nuca, pescoço e ombro.

Sua mão esquerda apertava meus seios, acariciava meu abdômen e me pressionava cada vez mais contra sí.

Verei meu rosto em sua direção e logo ela me beijou com desejo, ela sugava e mordia meu lábio inferior com lascividade enquanto suas investidas ficavam cada vez mais intensas.

Eu já estava em meu limite e sentia que Emma também estava. Seu membro latejava dentro de mim e seus gemidos ao pé do meu ouvido eram cada vez mais fortes.

– Goza gostoso 'pra mim, amor. – pediu e então me entreguei àquele orgasmo arrebatador. Sentindo Emma se derramar dentro de mim com seu gozo enquanto me apertava em seus fortes braços.

Esperei minha respiração se normalizar e virei ficando de frente para ela.

Palavras eram desnecessárias naquele momento. Apenas trocamos olhares apaixonados, sorrisos e beijos por um bom tempo.

Abracei-a deitando minha cabeça em seu peito e ela me apertou forte em seus braços. Eu queria poder ficar assim com Emma para sempre, mas sabia que daqui a poucas horas ela teria que ir embora.

– ‘Ta com sono, amor? – perguntou.

– Não. – menti, pois eu estava. Mas não queria ter que dormir, por que assim o tempo não passaria tão rápido.

– Faz alguma coisa 'pra gente comer. – pediu. – Eu acabei não jantando e 'tô morrendo de fome. – explicou.

– O quê você quer comer? – perguntei encarando-a.

– Qualquer coisa, amor. – selou meus lábios demoradamente.

– Pode ser macarrão? – sugeri.

– Perfeito!

– Mas você vai me ajudar! Não pense que vou fazer tudo sozinha. – falei enquanto me levantava da cama e vestia minha lingerie preta.

– Sim, senhora. – disse com um sorriso brincalhão. Quando eu ia vestir a calça do meu pijama Swan a tirou de mim. – Nem pensar. Não ache que eu vou perder a oportunidade de te ver cozinhando só de lingerie. – falou com um ar malicioso.

– Você não tem jeito mesmo. – ri.

– E você já deveria ter se acostumado. – também não conteve o riso. – Mas se serve de consolo, eu também vou ficar só assim. – abriu os braços mostrando que ficaria apenas com a cueca e o top que havia acabado de vestir.

– É… – dei de ombros. – Até que não é má ideia. – conclui. Seria ótimo ter Emma apenas de roupa íntima na minha cozinha.

Swan veio até mim e me abraçou por trás. Caminhamos assim até a cozinha e começamos a fazer nossa “janta”.

Resolvi fazer um molho quatro queijos simples enquanto Emma apenas pôs o macarrão no fogo, só pra dizer que havia ajudado mesmo. Mas eu sabia que ela não era boa em cozinhar, por isso não me importei.

Jantamos enquanto assistíamos um filme na sala e no final acabei pegando no sono nos braços da mulher que eu amava.

                      ~~~~AODP~~~~

Acordei com o barulho do chuveiro do banheiro do meu quarto. Pelo jeito Emma havia me trazido para a cama.

Tirei a roupa íntima que eu vestia e entrei no banheiro vendo Emma dentro do box tomando banho.

Me juntei a ela e tomamos banho entre beijos e carícias.

~

Swan tinha algumas roupas suas em meu guarda-roupas, assim como eu também tinha em sua casa. Porque caso houvesse algum imprevisto, não ficaríamos na mão.

Ela vestiu uma das roupas e fomos tomar café. Logo o momento mais temido chegou: ela tinha que ir embora.

– Não vai, por favor! – pedi já chorando abraçada a ela na porta do meu apartamento.

– Eu não quero ir, amor. Mas eu preciso. – sua voz também estava embargada pelo choro.

Apertei-a mais contra mim no abraço e ela fez o mesmo. Ficamos assim por uns poucos minutos. Depois ela se afastou de mim apenas o suficiente para alcançar meus lábios com os seus em um beijo lento, apaixonado e cheio de saudade. Que se finalizou com alguns selinhos.

– Promete que vai ligar 'pra mim todos os dias? – pedi.

– Claro que prometo! – abraçou-me novamente. – Não esqueça de ajudar a Lily no trabalho, ta bom? – assenti como resposta. – Amanhã a nova cirurgiã geral vai começar o trabalho e não vejo ninguém melhor do que você 'pra mostrar a ela todo o esquema do hospital, já que eu não vou estar lá. Você faz isso por mim? – perguntou.

– Faço sim, amor. – falei ainda chorando.

– Certo. Agora eu tenho mesmo que ir. – beijou-me novamente. – Eu te amo mais do que tudo. Não esqueça disso. – depositou um beijo em minha testa.

– Eu também te amo mais do que tudo. – falei escondendo meu rosto em seu pescoço.

– Eu sei. – apertou-me em seus braços e pude escutar seus soluços em meio ao choro. – Se cuida. – soltou-me a contra gosto.

– Você também. – falei e fiquei observando ela sair e desaparecer por entre a porta do elevador.

                    ~~~~AODP~~~~

Quando cheguei ao hospital, Lily já havia chegado.

Assim que entrei na sala já começamos o trabalho. Deixei a esposa da minha chefe a par de tudo, e todas as dúvidas que ela tinha ia me perguntar.

Lily já havia feito curso de administração, o que tornou as coisas bem mais fáceis para ela lidar.

~

Alguns minutos depois Ruby anunciou que a nova médica já havia chegado e, como Emma havia me pedido, fui até o andar onde a Dra. Bauer iria atuar para explicá-la todo o esquema do hospital.

Assim que entrei em sua sala, a vi sentada em sua mais nova cadeira de trabalho atrás de sua mesa.

Era uma mulher loira de traços fortes, olhos azuis e pele bronzeada.

Vestia um vestido branco por baixo do jaleco e um Scarpin também branco.

Assim que me viu, levantou-se de sua cadeira e veio até mim.

– Prazer, Dra. Kristin Bauer. – estendeu a mão para que eu a cumprimentasse, assim eu fiz. – E você é?

– Regina Mills. – apresentei-me. – O prazer é todo meu.