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P.O.V Pilar Rubio.
Chego em casa depois da conversa com Sergio: Juro não tinha aonde recorrer. Ela tinha conseguido, tudo o que queria. - começo a chorar.
Fico pensando em possibilidades e no passado de quando conheci ele. Pego álbuns de fotos e fico ali no sofá foliando e chorando. Vou até um barzinho no canto da sala, pego um garrafa de Whisky e um copo, colo o líquido no copo e bebo, mais uma ... mais uma e mais uma. Por fim eu estava mais do que bêbada. Sempre fui fraca pra bebidas, mas essa situação era diferente eu precisava de uma coisa bem mais forte e foi isso que fiz, tomei mais de três doses. Acabei vomitando e dormindo por ali mesmo.
P.O.V Sergio.
Adentro no saguão, pego minha chave e entro no elevador com Junior nos braços. Chegar no andar, ando pelo corredor vazio e só o que se escutava eram meus passos. Passo o cartão na trave da porta, entro e fecho. Coloco meu filho na cama, dou um beijo de Boa Noite antes e coloco a bênção.
Entro no banheiro e tomo um banho demorado e relaxante. Saio e coloco a calça que Maria escolheu - sorrio - Me deito e fico pensando se devo contar ou não o que tinha acontecido entre Pilar e eu no carro. Com os pensamentos a mil, acabo dormindo.
No dia seguinte de madrugada: 3:00AM.
Meu celular toca instintivamente, pego-o e atendo ainda com os olhos fechados.
- Alô - respondo com uma voz de sono.
- Quero decorar eu mesma, o cantinho dos meninos, os dois quartos e o nosso. O que acha? - ouço a voz de Maria.
- Você não me ligo só pra isso, não. - falo indignado.
- Se eu não te ligasse agora, sei lá ... To ansiosa de mais. - ela rir baixo, minha indignação passa ao ouvir isso.
- Ta bom amor, você faz o que você quiser. E vai dormir são três horas da manhã ainda.
- Tá bom, desculpa te acordar. Te amo, beijos. - ela fala e desliga.
Sorrio, coloco o celular no criado mudo e volto a dormir.
↓
Meu despertador mim desperta brincando com meu cabelo e chamando atenção.
- Papai, papai acorda. - abro os olhos e vejo meu filho em cima de mim.
- Bom dia Campeão. - abraço ele e beijo seu rosto. Ele retribui.
Ligo a televisão no desenho, ficamos um bom tempo vendo, até meu celular despertar. Levanto tomo banho, troco de roupa. Pego telefone e peço nosso café da manhã.
Um tempo depois escuto - Serviço de quarto - , paro de fazer o que tava fazendo e atendo a porta.
- Bom dia senhor! Aonde posso deixar? - a moça pergunta.
- Ali. - aponto.
- Papai, não pode apontar é feio. - Junior fala inocente e a moça cai na gargalhada e eu a sigo.
Ela sai e fecha a porta.
Tomamos nosso café, escovo os dentes dele e os meus. Dou banho nele e visto suas roupas.
↓
Paro em frente a minha antiga casa, desço e tiro o sinto de Junior. Ando até o portão e bato a campainha.
- Pois não. - a empregada fala.
- Sou eu Clarida.- falo e o portão se abre, entro e ela vem correndo.
- Senhor, Pilar bebeu além da conta e agora está passando mal e chorando muito.
Não penso duas vezes, deixo Junior com ela e saio correndo e vejo ela jogada no sofá chorando.
P.O.V. Pilar Rubio.
Acordo com uma dor de cabeça daquelas, passo a mão pela minha barriga.
- Desculpa meu filho, olha o que, o papai faz a mamãe fazer. - caio em lágrimas.
Clarida se assusta ao me ver.
- Senhora o que aconteceu. - ela fala e parece que estou em uma boate.
- Para de gritar. - grito ordenado.
- Vem eu ajudo a senhora a se banhar. - ela pega meu braço tentando me levantar.
- Tira suas mãos de cima de mim. - grito e a encaro.
Escuto a campainha, Clarida vai atender e ouço a voz de Sergio, eles entram e ela fala que estou passando mal ou algo do tipo, não escutei muito bem. Ele entra e vem em minha direção.
- O que você está fazendo? - ele pergunta e se aproxima.
- Isso é culpa sua. - choro.
- Pilar, você está grávida, não pode sair bebendo desse jeito. Isso é ruim pro bebê. - ele está preocupado e isso é um bom sinal.
Vou me levantar, mais acabo caindo de volta ou melhor finjo cair. Ele se assusta e me pega no colo e sobe comigo nos braços até o nosso quarto. Me coloca sentada na cama e fala
- Tira a roupa que vou te dá um banho. - ele diz já tirando a jaqueta e o relógio.
Tiro a peças e vejo que minha blusa e meu sutiã estão vomitados.
- Ai amor, que vergonha. - olho pra ele, que me ignora.
Ele vai até o banheiro e liga o chuveiro. Volta e pega na minha mão.
Sinto uma água morna cair sobre meu corpo.
- Sergio minhas pernas estão doendo.
- Espera só mais um pouco.
Ele me entrega o sabão, passo sobre meu corpo. Finjo que escorrego e pego na sua blusa e o puxo pra mim. A água cai sobre seu corpo e nossos rostos ficam colados. Tento beija-lo na ele se nega e se recompõe.
↓
Depois de um banho tomado e deitada na cama com Sergio já com outra roupa. Ele se senta ao meu lado, me olhando comer, seu celular toca.
- Oi amor- ele atende, se levanta, abre a porta da sacada e sai.
Reviro os olhos e bufo.
- Oi, aqui se você quiser deixar o Junior aqui, não tem problema. Não vou sair mesmo. - chego o mais perto possível e escuto a voz da piranha.
- Não precisa, vou deixa-lo na escola. - ele sorrir. - E como está meu filho? - ele pergunta.
Filho? Que filho? Eu não acredito que ele acha que aquele bastardo dos infernos é filho dele. Maria sua vadia você me paga, desgraçada.
- Está bem e está dormindo até agora.
- Mais tarde passo aí pra te levar até a nossa casa e você ver o que vai fazer lá.
Até casa ele já comprou pra ela. Ah! Só pode está brincando comigo.
- Ta bom, beijos. - desliga.
Volto e sento na cama. Ele volta pro quarto e fecha a porta de vidro.
- Ela já te convenceu, falando que o bastardinho lá é seu filho. - rio debochada.
- Pilar pega minhas fotos antigamente e olha o Anthony agora, é a mesma coisa. - ele fala gritando.
- Ela me da nojo, além de ficar com homem casado, tem a ousadia de ficar grávida. Com toda certeza ela quer seu dinheiro.
- Acha mesmo, ela cuidou dele sozinha durante três anos. Você acha mesmo que ela só quer o meu dinheiro? - ele e posso ver as veias do seu pescoço soltar.
- Ela não te amo Sergio. NÃO TE AMA... e sim eu sei o que estou dizendo. - não tenho mais palavras, a minha vontade era de chorar e gritar pra mim livrar daquela angústia.
- Você não sabe do que está falando. - ele sai.
Corro pra janela. Ele demora um pouco a sair. Junior sai de mãos dadas com o pai, que logo da partida no carro.
- Nem meu filho eu pude ver. - choro.- Eu tenho que fazer alguma coisa pra isso acabar e ter minha vida de volta. Estou determinada a fazer o qie for preciso.
P.O.V Maria.
Já se passava das duas da tarde e eu ainda estava de pijama. Fui pra cozinha perarar o almoço. Acabo, arrumo a mesa e sirvo.
Chamo os empregados e Anthony.
- Senhora, essa é a minha função. - ela fala e posso ver o medo em sua voz.
- Da próxima você faz, mais agora quero que vocês provem da minha comida. - sorrio. -
As cinco pessoas se sentam e cada um pega seu prato e se serve. Faço o mesmo pra mim e meu filho.
↓
Depois do almoço, fico vendo televisão com ele, já que não tinha "ninguém" em casa.
P.O.V Sergio.
Depois de um treino puxado e uma conversa daquelas com Pérez, fui pro vestiário me trocar. Brincamos todos e esperei todos saírem para poder conversar com Cristiano.
- Preciso falar como você. - falo antes dele sair.
- Pode falar. - ele volta e se senta no banco.
- Maria falou tudo o que aconteceu entre vocês e isso fez com que meus olhos abrirem. - falo colocando a blusa.
- Ela gosta de você, porque se fosse ao contrário estaria com Isco ainda ou comigo quem sabe. - ele ri. - porque você sabe, ninguém resiste a isso aqui. - ele fala passando a mão pela barriga.
- Já está falando coisa que não presta. Então fica calado. - falo e jogo minha toalha nele.
- O carrinho que você me deu no último treino, esta doendo até hoje. Que agressividade! - ele fala e eu começo a rir.
- Foi mal. É o poder da raiva. - falo e saio do vestiário
Vamos conversando até o estacionamento, entro no carro e saio.
Disco o número de Maria.
- Linda já ta pronta. - falo.
- Sou eu. - Anthony ri baixinho. - minha mãe tá dormindo.
- Ah tá. - sorrio. - Tudo bem? - pergunto tentando puxar assunto.
- Eu to bem, acabei de almoçar, agora estou vendo desenho. - ele fala.
Vou conversando com ele, até chegar na casa de Maria. Alguém abre o portão, estaciono e entro. Me deparo com Maria dormindo no sofá somente de camisola.
Se meu filho não tivesse ali perto, teria pegado ela de jeito e feito o que sei fazer de melhor.
Sento ao seu lado e beijo seu rosto e em seguida a boca.
- Acorda linda. - ela sorri com os olhos fechados.
- Bela maneira de acordar alguém. - ela abre os olhos e seu sorriso é lindo.
- Acho que estou com um problema. - falo no seu ouvido. - Você nessa camisola está extremamente sexy. - falo e ela rir.
- Mas seu problema resolvemos depois, estou toda dolorida de ontem. - ela fala.
- Te machuquei. - pergunto preocupado.
- Não, só foi a minha primeira vez que fiz em cima da bancada da cozinha.
- Des... - ele interrompe com um selinho.
- Eu gostei. - ele sorri e se levanta.
- Troca de roupa que vou te levar pra escolher as coisas de decoração pro seu "projeto".
Ela sobe com Anthony e depois de um tempo desce os dois.
Aviso a governanta e saímos dali, indo em direção ao Shopping. Ela compra um tanto de coisa enquanto eu e Anthony fica olhando. Saimos e passamos na escola pra pegar Junior.
Chegamos na nossa casa com os cômodos já decorados de menos o que ela pediu.
- Está tudo muito lindo. - ela fala e seus olhos brilham.
- Está mesmo e que bom que a senhorita gostou.
- Eu amei tudo. - sinto seu abraço em forma de agradecimento.
Deixamos os meninos brincando e a levei pra cozinha. Comecei a falar sobre Pilar, do acontecimento no carro e de hoje de manhã. Soltei tudo, tudo mesmo. Ela fica pensativa e abaixa a cabeça.
- O única coisa que me mantém ligado a ela, é o Junior. - falo levantando sua cabeça e beijo sua testa.
- Eu sei. Mais ela não vai desistir. - ela chora.
Abraço-a apertertando contra meu peito.
- Ela vai sim, quando ver que nós dois somos felizes. - falo acariciando seus cabelos.
- Enfim... Não vou me deixar abater por causa dela. - ela enxuga as lágrimas e sorri.
Depois de colocarmos algumas coisas no lugar, saímos dali. Deixei ela e Anthony na residência Pérez e fui pro hotel.
P.O.V. Pilar Rubio.
Fico pensando na vida, o que eu ia fazer para separar os dois pombinhos.
Pego meu celular e ligo pra uma cúmplice- Nadia. Sei que ela é louca por Sergio. E que se ele estralace os dedos, ela já estaria de quatro pra ele em uma cama.
- Eei! Pilar, como vai minha amiga? - ela ironiza
- Nada bem, mas enfim... preciso de uma ajudinha sua. - falo já com uma idéia na cabeça.
- Em que? Pode falar. - ela concorda.
- Quero separar aquela VADIA da Maria do meu marido. - falo gritando.
- Eu vi tudo nos noticiários e sei que não está sendo nada fácil pra você... vamos fazer o que? - ela pergunta.
- Eu descobri que ele comprou uma casa pra eles. - faço uma pausa. - E eu vou ligar pra ele, pra poder perguntar se posso ver meu filho e... quando estiver lá vou beija-lo e induzi-lo pra cama. - sorrio vitoriosa.
- Pilar!! onde entro nisso? - ela pergunta.
- Você não é amiga da família? Você não frequenta a casa dos Pérez's? Então você chama a vagabunda pra sair e eu vou tentar te mandar uma mensagem e você inventa uma desculpa pra voltar com ela pra casa e bam!! a bomba explodi.
Ouço risadas do outro lado da linha e começo a rir junto.
- Pilar você é terrível.- ela fala.
- Ela mexeu com a família e com a mulher errada. - falo e volto ao normal.
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