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História A paixão é uma loteria. Mas o amor é uma escolha. - Ouvindo algumas verdades


Escrita por: TathianaSB

Notas do Autor


E olha eu aqui de volta, gente! Com mais um capítulo pra vocês, meus amores!

Guto e Benê estão brigados. E com aquele mal entendido entre os dois, ainda por cima. Será que é agora que eles vão se entender? =S

Muito obrigada a todos os elogios, a todos que favoritaram, a todos os comentários, e também a todos os leitores silenciosos da história. Eu amo cada um de vocês, e me sinto mais feliz a cada postagem! ^^

Boa leitura, e nos vemos lá embaixo!

Capítulo 21 - Ouvindo algumas verdades


Já fazia mais de uma semana desde que Guto tinha brigado com Benê. Desde então eles não tinham se falado mais. Nem pessoalmente, nem por mensagem, nem por telefone.

Guto tinha ido a todos os ensaios da banda – mas em nenhum desses dias Benê esteve na lanchonete. E Benê esteve no galpão todos os dias em que eles teriam aulas juntos – no entanto, Guto não fez menção de aparecer em quaisquer dessas ocasiões.

----------------

Era quinta-feira, fim de tarde e Guto voltava para casa de mais um ensaio da banda. Ele ia calado no carro ao lado da irmã, que dirigia e olhava ocasionalmente para ele. Chegando em casa, o garoto ia subindo as escadas quando a moça o interrompeu.

- Guto.

- Hã?

- Vem cá. Senta aqui no sofá, comigo.

- Pra quê? Eu tô cansado... Quero tomar um banho e deitar um pouco antes de jantar.

- Por favor, Guto. Eu quero conversar com você.

Contrariado, o pianista caminhou até o sofá e se sentou ao lado de Cecília.

- Pronto. Tô aqui. O que você quer?

- Eu quero saber o que vem acontecendo com você nos últimos dias.

- Como assim, Ciça?

- “Como assim”? Você ainda pergunta? Augusto, acho que eu nunca te vi tão deprimido! Tão cabisbaixo!

- Que exagero, Cecília...

- Não é exagero, não! Você não toca mais o piano, você não ouve mais as suas músicas no último volume... Você nem reclama mais quando eu te arranco da cama de manhã, quando você acorda atrasado!

Por mais que ele quisesse negar, Guto sabia que a irmã tinha razão. Ele estivera mais triste do que o normal nos últimos dias. E ele sabia o motivo.

- Guto, conversa comigo. O que foi que aconteceu? Quem sabe eu posso te ajudar em alguma coisa...

- Não sei não, Ciça...

- Por que você não tenta?

Hesitante, ele começou. – Você lembra que na outra semana eu tava de muito, mas MUITO mau humor?

- No dia da azia? Claro que lembro. Você tava quase mordendo o pé da mesa, de tão irritado! E o que é que tem?

- Pois é. Eu acabei descontando o meu mau humor na pessoa errada. E eu tô me sentindo péssimo...

- Em quem, Guto?

- .... Na Benê.

- Benê? Aquela menina que te ajuda em Química? E que você ensina a tocar piano?

- Ela mesma.

- O que foi que você fez?

- Naquela sexta eu não tava bem, mas eu me esqueci de desmarcar a nossa aula de piano. Como eu não queria deixar ela plantada, eu acabei indo. Só que eu briguei com ela por um motivo estúpido.

- Mas se você sabe que tava num momento ruim e que descontou a sua raiva nela sem querer, por que ainda não pediu desculpas?

Essa era a pergunta de um milhão de dólares.

- Eu... eu não sei.

Ciça olhou para o irmão.

- Como assim? Guto, você sabe que errou. É só pedir desculpas! Todo mundo erra, eu já te disse isso. Mas se você estiver realmente arrependido, não tem porque a menina não te perdoar.

- Cecília, você sabe o que eu disse pra ela?

- Não, né. Você não me contou!

- Eu olhei pra ela, dentro dos olhos dela, e disse que eu deveria receber uma fortuna pra aturar ela. – ele suspirou. – Cecília, o jeito que ela falou comigo... Ela ficou realmente magoada.

Cecília olhou para o irmão, incrédula.

- E com razão, né?! Quem é que ia gostar de ouvir uma coisa dessas?!

- É, eu sei. Então você me diz: com que cara eu vou olhar pra ela? – e, dizendo isso, colocou as mãos no rosto.

Cecília se recostou no sofá para pensar. Nisso, Guto fez menção de se levantar, mas ela o impediu.

- Espera aí, mocinho. A gente ainda não terminou.

- Ciça, por favor. Eu tô cansado. Eu não quero mais falar sobre isso.

- Mas você ainda não respondeu a minha pergunta.

- Que pergunta?

- Por que você ainda não foi pedir desculpas pra ela?

- Eu já te disse que eu não sei!

- Vamos lá, Augusto. Você pode fazer melhor do que isso.

- Como assim?

- Essa sua tristeza dos últimos dias. Não é só porque você magoou a menina e se sente culpado. Claro, você está envergonhado. Só que isso não seria suficiente pra te deixar tão pra baixo.

- Aonde você quer chegar?

- Guto, você ainda não foi pedir desculpas pra Benê porque isso seria admitir pra ela, E PRA VOCÊ, que não só você se importa com ela, mas também que você sente falta dela.

O garoto congelou. – Que eu... o quê?

- Tá na cara! No fim das contas, você não quer encarar o fato de ter passado a se importar com ela. E não só isso: que ter parado de falar com ela te fez sentir falta dela. Pedir desculpas por pedir é fácil. Isso você já teria feito, se o real motivo de toda essa tristeza fosse o peso na sua consciência.

- Ciça, você só pode estar louca!

- Ah, é assim? Eu tô aqui, tentando te ajudar, e é assim que você me agradece?!

- Você não tá me ajudando! Você só tá me deixando mais confuso! – e, dizendo isso, o pianista se levantou do sofá.

- Guto, espera!

- Ah, Cecília, me deixa!

- Só me diz uma coisa, querido. A última, prometo. Se você sente falta dela e se importa com ela, por que você não simplesmente diz isso pra ela?

“Porque ela gosta de outra pessoa.”

Deixando a moça no vácuo, Guto virou o rosto e subiu as escadas correndo, sentindo um aperto no peito.

----------------

Já era por volta das oito da noite. Benê estava sentada na sala de sua casa, assistindo à TV com sua mãe e seu irmão. A campainha tocou, e a menina se levantou para atender a porta.

- Keyla!

- Oi Benê! Tudo bem?

- Tudo sim! E com você? Entra, por favor.

- Comigo tudo ótimo! – Keyla entrou na casa de Benê, e esta trancou a porta.

- Boa noite, dona Josefina. Oi Julinho. – os dois cumprimentaram a menina.

- Cadê o Tonico?

- Eu o deixei em casa, com o Roney e o Tato. Eu vim porque eu queria conversar com você.

- Filha, por que você não leva a Keyla lá no seu quarto? Daí vocês ficam mais à vontade.

- Tá bom, mãe. Vem, Key.

Benê e Keyla entraram no quarto da corredora e fecharam a porta.

- Senta aqui, Key. – e Benê indicou a cadeira da escrivaninha para a amiga. – Aconteceu alguma coisa? Eu não sabia que você vinha.

- É, eu não avisei mesmo. É que hoje a Ellen nos contou uma coisa que aconteceu lá no colégio, e eu disse pras meninas que viria conversar com você a respeito.

- Ué, mas não aconteceu nada de mais hoje...

- Benê, a Ellen disse que você quase não conseguiu segurar a caneta na aula. De tanta dor na mão e no pulso.

- Ah! Isso... É por causa do piano, Key.

- Eu sei! Eu tenho ouvido você tocar! De segunda, de quarta, de sexta... Durante toda a tarde, até o começo da noite! – e arregalou os olhos em ênfase.

- Sim! E pretendo tocar amanhã também! – e Benê sorriu, não vendo problema nenhum no que a amiga estava dizendo.

- Benê, você não pode tocar desse jeito! Você tá se esforçando demais! Se você tá com tanta dor nas mãos é porque tá na hora de diminuir o ritmo! Você não tá aguentando! Daqui a pouco você vai se machucar!

- Mas Keyla, eu não tenho mais professor! Eu tenho que praticar por conta própria, agora. E se eu não me esforçar, eu não vou aprender!

- Se é assim, por que você não pede pro Guto voltar a te ensinar?

A cara de Benê mudou imediatamente ao ouvir o nome do garoto. – Eu não vou fazer isso, Keyla. Já falei. Ele não quer me ensinar, e eu não vou insistir. – ela virou o rosto.

- Você sente falta dele, não sente?

- Eu não quero falar sobre isso, Key.

- Mas Benê-

A menina colocou as mãos sobre as orelhas e se encolheu. – Já falei que não quero falar sobre isso! – lágrimas começaram a brotar de seus olhos.

Keyla chegou perto da corredora e a envolveu em um abraço. – Linda, me conta o que aconteceu. Por que vocês brigaram? O que foi que ele te falou?

- Ele... ele não gosta de mim. Ele só tava me ensinando a tocar por causa das aulas de Química. E agora o meu peito dói. Dói muito. E eu sinto vontade de chorar. E vontade de vê-lo. Mas quando eu tô tocando piano... não dói tanto...

Emocionada com o que ouviu de Benê e se segurando pra não chorar, Keyla se ajoelhou na frente da amiga. – Vai ficar tudo bem. Eu prometo, tá?! - a corredora assentiu.

A mãe de Tonico ia passando pela sala para ir embora quando foi interrompida por Josefina.

- Keyla, cadê a Benê?

- Ela ficou no quarto.

- Tá tudo bem?

- Não, mas vai ficar. É uma promessa, dona Josefina.

E, dizendo isso, ela foi embora para a lanchonete. “Eu vou cuidar disso do MEU jeito.”


Notas Finais


Cecília sempre dando AQUELA força pro irmão. Será que ela também shippa Gunê, gente? Hehe...
E a Keyla? O que vocês acham que ela vai fazer? =X

Espero vê-los nos comentários aqui embaixo. Me digam o que estão achando, sim? Eu adoro o feedback de vocês!

E a continuação da saga dos nossos heróis (Haha xD) será postada no próximo sábado. Então, não percam!
Já adianto que fortes emoções estão por vir, então fiquem ligados! ^^

Beijos pra todos, e nos vemos em três dias! =D


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