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História A parceira do tirano - Dramione - Cap35


Escrita por: AstiyMalfoy

Notas do Autor


Olá lindaaas
Demorei mas cheguei, como falei no grupo de Whats, eu devo ser doente KKKK
Estou atolada com a faculdade, tenho duas fic em andamento, e ainda sim, minha cabeça teimosa decide criar outra fic do zero.

Peço perdão, meu surto foi controlado e deixarei ele de lado para não atrasar mais com vocês aqui <3

Capítulo 35 - Cap35


O primeiro barulho efetivo e alto que fora feito naquela sala fora da força exacerbada a qual a princesa fechara o diário em suas mãos. Com raiva, a garota joga o objeto em direção a estante sem o menor pudor. A vida inteira dela havia sido uma grande mentira, uma história muito bem contada e vivida pelas duas pessoas a qual ela chamava de pais. Sentia-se traída.

Soltando o ar que havia em seus pulmões a garota ergue o rosto percebendo que todos observavam ela com uma curiosidade e preocupação pouco discretas. Nunca sentira tanta falta de Ronald como agora. Ele não olharia para ela naquela forma. Arrependeu-se quando mirou seus olhos em Theo.

Assim como ela, ele parecia tão pedido quanto. Boa parte de sua vida fora uma mentira, contudo, diferente dela, a falsidade havia sido ética, e aquela seria estranhamento mais fácil de compreender. De todos os meios, seu pai estava, desde que ele nascera, seguindo ordens, e deveria se orgulhar por, mesmo após tanto tempo, idas e vindas, Nott pai ainda era fiel ao homem que jurou lealdade.

Draco olhava para Hermione a espera de alguma reação mais explosiva. Não somente ele, mas todos que estavam ali. Theodoro estava completamente chocado, então seu pai era fiel ao rei e não ao imperador?! Não estava entendendo o que estava acontecendo! Hermione ergue-se de onde estava sentada batendo seu vestido como se estivesse espantando a poeira. Nunca gostou tanto de ser o centro das atenções e agora todos a olhavam.

As palavras de ódio que se seguiam de seu pai referente ao Grã-duque que agora sabia ser seu tio, porém era seu pai; eram intermináveis. E por mais que John Granger declarasse seu desejo de matar o homem, sempre mostrava ser relutante a situação. Muita coisa fazia sentido agora para a castanha, o alivio de seu pai ao vê-la aceitar tão facilmente seu casamento com Draco, o quão feliz ele estava dela estar indo embora.

Contudo, algo ainda não fazia sentido, se Rafaello Granger era o irmão gêmeo de John, como ele parecia tão velho? O que o fez ficar daquela forma? E mais ainda, nas mais recentes investigações de John, fora mostrado que ambos eram muito diferentes, não apenas fisicamente; contudo, nada mais fora relatado.

-Hermione- Gina se ajoelha na frente da garota segurando a mão da castanha carinhosa- Vamos sair daqui, respirar um ar puro, talvez beber alguma coisa?

-Acho que seria bom todos nós sairmos daqui- Theodore pontua devagar- Acredito que já digerimos informações demais....

-Meu pai é meu tio, e o tio que eu não sabia que existia é meu pai- Hermione estrala a língua de raciocínio, massageando as têmporas- Meu pai tentou me matar quando eu era pequena, e meu tio queria que eu entrasse na porra de uma orgia da igreja quando eu tinha 13 anos. Ambos não são filhos legítimos da minha avó, e sim da segunda esposa do meu avô que morreu no parto, e isso explica por que eu tenho algo que deveria ser descendência do sul.

-Meu pai era o braço direito do seu- Theodore manifesta-se fazendo Hermione confirmar com a cabeça- E seu pai espiona o pai de Draco a anos.

-Nosso casamento foi fechado antes mesmo de você nascer- Draco termina as informações que havia descoberto- Não foi um acordo recente como nossos pais fizeram parecer, muito menos amigável.

-E o mais importante, mesmo não sabendo do que vocês estão falando- Harry manifesta-se na porta assustando o grande grupo- Minerva está lhe chamando, ela parece realmente desesperada.

-Já informou a igreja Harry?- Hermione solta a mão de Gina migrando-se para perto do primo que estende a mão para a mesma sério

-Sim, fiz como pediu- O garoto suspira cansado mirando os olhos verdes brevemente para Draco que apenas confirma com a cabeça, para então puxar levemente a prima para longe daquele lugar- Ainda não sei por que da sua pressa

-Não podemos ficar sem um rei- Hermione explica entrelaçando os dedos aos do primo carinhosa- E ficarei mais do que aliviada em saber que tudo está em suas mãos

-Você fala como se não pertencesse a esse lugar- Pontua o garoto confuso- Além disso, nunca irão aceitar que eu seja coroado solteiro

-Você sabe muito bem que sua coroação será logo após a oficialização de seu casamento com Astória- Hermione solta as mãos juntando-a atrás do corpo- Não sou filha de meu pai, e acabo de descobrir que ele tem um irmão gêmeo que é o meu pai verdadeiro

-Eles lhe criaram como se filha deles fosse- Harry tenta amenizar, não sabia aonde estava se metendo muito menos da história- Fale com a sua mãe

-Posso falar com ela depois- Hermione desconversa virando o rosto para o lado oposto ao primo- Greengrass já lhe apresentou a Astória?

-Não, parece que irei me casar com um fantoche, boneca ou filha imaginária- Brinca Harry rindo sem humor fazendo a prima suspirar pesado- O que mais passa na sua cabeça?

-Não acha estranho O Duque Greengrass lhe oferecer Astória e não Daphine?- Questiona a castanha direcionando os passos para o jardim- Lógico que seu pai não aceitaria Daphine como filha muito menos como sua esposa, mas ele nem ao menos pensou na hora, ele literalmente jogou o nome da sua outra filha como se ela somente existisse para esse propósito

Em silencio, Harry observa a prima pensativa. Era fascinante como mesmo com tantos problemas ela ainda conseguia pensar em outras coisas, teorias e hipóteses mirabolantes para algo tão pequeno quanto um casamento. Sabia de muito pouco da vida da mesma, contudo o pedido de sua tia ainda rondava a sua mente.

Imaginou que o desespero da rainha era com a morte de seu marido, mas descobrira que não era somente isso. Poderia conversar com Gina e Ronald depois para compreender do que eles tanto falavam naquela sala. Não era um assunto fácil de digerir, havia percebido isso, muito menos compreensível para forma que Hermione estava agindo.

O vento quente de início de tarde bate em seu rosto acordando de seu torpor. A sua frente, a castanha olhava para o céu completamente distraída e pensativa. Conseguia visualizar bem, engrenagens mexendo dentro da cabeça da garota, a procura de soluções de problemas que não existam, mas que poderia vir a acontecer a depender dos acontecimentos que se seguiam.

-Talvez seja exatamente isso- Hermione afirma convicta virando-se para o primo, fazendo seus cabelos balançarem com o vento- Talvez Astória exista exclusivamente para isso. Millon possui um filho, porém ele é muito burro, não conseguiria me enganar, talvez por isso nunca reclamaram ou impediram meu casamento com Draco, que é alguém visto com maus olhos por todas as terras. Daphine tem uma fama ruim, ninguém a aceitaria como rainha, o próximo da linha de sucessão é você, o único filho dos Potters. Comigo já casada com alguém que não é do Norte, perco completamente o direito à linha de sucessão então...

-Com a morte do rei automaticamente iriam me colocar no poder, uma vez que meus pais já expressaram diversas vezes que não ocuparão o cargo- Harry sussurra fazendo Hermione sorrir tristonha- A gente tem que prende-los Hermione! Eles mataram seu pai!

-Não sabemos tão bem assim Harry- A garota ergue a cabeça novamente, sentia que se a mantivesse abaixada as lagrimas cairiam graças a gravidade- Além disso, precisamos deles. Não há possibilidade de coloca-lo no trono sem o suporte dessas duas famílias... Não seja morto Harry

O pedido da garota era desesperado. Olhando a prima, Hermione parecia a ponto de chorar. Seus olhos brilhavam, e suas bochechas e nariz estavam levemente vermelhas. O esforço da mesma para manter a compostura era louvável mas ao mesmo tempo sufocante. O garoto fecha as mãos em punhos irritado. Ela havia enlouquecido, era a única coisa que conseguia pensar.

Como olharia nos olhos daqueles homens de forma imparcial sabendo que eles eram os causadores da morte de seu tio? Como agiria de forma tranquila e centrada sabendo que todo o sofrimento de sua prima fora causado pela ganancia dessas pessoas?! Ele não conseguiria! Como olharia para Astória? A garota não tinha nada a ver com a situação, mas como olharia para ela, como tentaria viver ao lado de uma mulher que poderia mata-lo durante da noite?

Ainda sentindo sua irritação à flor da pele, o garoto bagunça os cabelos grunhindo. Observando o primo, a castanha ponderara se ele conseguiria governar tudo, se ele teria escrúpulos, para manter por perto pessoas tão nojentas como aquelas…. Tão nojentas quanto seu pai.

John Granger. Ela tinha tantas perguntas que nunca mais teria resposta. Por que ele odiava tanto o irmão? Por que não matou Rafaello após vê-lo atormenta-la por anos! Por que ele simplesmente fechou os olhos para o sofrimento dela? A garota não sabia mais se conhecia o homem que havia a criado.

As pontas de seus dedos encostam seu pescoço. Saber que as mãos que afagavam sua cabeça, que lhe ensinara tudo que sabia, um dia já havia tentado matá-la era assustador. Ele a amava? Ele realmente a amava?!

O silêncio dos jovens era amedrontador. Os dois, presos em seus pensamentos, estavam aéreos de mais para perceber qualquer aproximação. Draco junto a Ronald observavam os dois preocupados.

-Senhor- Rony chama atenção fazendo ambos virarem em sua direção- Hermione

-Ronald- Hermione sussurra rindo nervosamente- Como está minha mãe?

-Minerva deu um sonífero para ela- Explica a ruivo juntando as mãos atrás do corpo- Não acreditamos que ela irá acordar até amanhã pela manhã

-Vocês deram um sonífero para titia? - Harry questiona confuso se virando para Hermione que se evitava olhar para ele- Hermione olhe para mim!

-Ainda não é o rei para exigir nada aqui Harry- A frieza da garota fez o garoto arregalar os olhos assustado. Sério, Hermione se vira para o garoto- Rei John sempre deixou claro que para ser um bom governante você deveria estar disposto realizar ações que considera erradas se isso for proteger seu povo.

-Seu pai nunca daria sonífero a alguém que está sofrendo Hermione- Harry retruca firmando os pés na frente da prima- O que diabos aconteceu com você? Não estou conseguindo reconhece-la!

Séria, Hermione observar o primo por algum tempo antes de andar em sua direção e segurar seu ombro. Ao seu lado, ela parecia pequena, contudo a frieza e força de seu olhar conseguia fazer com que o garoto se sentisse acuado. Não conseguiria nunca ganhar dela em nada. Hermione fora nascida e criada para estar no poder. Era natural.

-Realmente, ele nunca deu- Sussurra a garota apertando o ombro do primo fazendo-o virar o rosto em sua direção confuso- Papai tinha um modo peculiar de atormentar as pessoas. Você irá aprender isso também.

Passando entre os homens, a garota entrelaça seus dedos nos de Draco o puxando junto consigo. Harry tinha que aprender que ele não era mais um jovem duque sem preocupações. O Norte não era um local simples e pacífico de se governar, e em partes, a garota tinha orgulho de falar que John fora um rei exemplar.

Apesar de saber todos os podres de todos ao seu redor, ao invés de prender, matar ou expulsar cada um deles, o falecido rei soubera, com maestria, utilizar dessas informações ao seu favor. Seu único defeito fora não ter conseguido evitar a ultima batalha. E esse erro o levou a morte.

Os passos da garota eram largos, e agradecia aos céus por Draco ter permanecido em silêncio. Deixado para trás, Ronald observava Harry com os olhos estreitos. A realidade havia batido com força no rosto do garoto, e o ruivo percebera que a princesa não poupou força para trazer o primo a realidade atual.

-Não nasci para isso- Harry empurra os óculos com a ponta do dedo suspirando- Ela deveria ocupar o trono

-Senhor, ela nunca daria o trono a você se não tivesse plena convicção de que está apto para tal- Rony cruza os braços erguendo uma sobrancelha- E apenas um conselho de amigo Harry, Hermione nunca fez nada sem alguma razão, e nesse momento, você está olhando para ela como se a mesma fosse um monstro

-Dopar a própria mãe em luto não é algo que se faça, mesmo ela não sendo filha legitima- Harry reclama segurando o ombro esquerdo que Rony que estrala a língua insatisfeito

-A rainha não queria que Hermione soubesse a verdade, a Rainha não é um anjo caído, perfeito e imaculado- Reclama Ronald tirando a mão de Harry de perto de si- Deveria estar mais preocupado em conhecer sua esposa do que compreender como Hermione está colocando ordem nas coisas

-Ordem?

-Deveria ficar feliz- Rir sem graça Rony empurrando os cabelos para trás- Será o primeiro rei da história do Norte a subir no trono e não ter um problema para resolver.

Ronald tinha um ponto a qual ele ainda não havia se atinado a observar. Realmente, Hermione estava fazendo todo o trabalho sujo e pesado para que ele, com paz e ‘tranquilidade” não tivesse tantas preocupações. Sem graça, Harry confirma com a cabeça devagar fazendo o ruivo rir descontraído.

-Preciso que faça algo para mim Ronald- Pede Harry com o tom de voz mais sério e decidido- Traga Astória até mim

-Como desejar senhor- Confirma Ronald saindo às pressas do local

Possuía poucas informações sobre a garota, e as pouquíssimas que tinham eram as que Hermione um dia havia lhe fornecido. Como não fazia muito tempo, provavelmente a garota não havia mudado tanto, e assim como a mãe misteriosa, Astória nunca era vista em público. Logicamente que já havia tentando investigar a Família Greengrass diversas vezes a mando do Rei, contudo nunca havia ido muito afundo sobre a misteriosa filha mais velha da família.

Precisa de ajuda, era um fato, não conseguiria entrar em contato com a moça facilmente, e se conseguisse, com toda certeza ela não confiaria nele. Se fosse esperta, não confiaria. Bagunçando os cabelos agoniado, Ronald andava pelo castelo a procura da irmã. Conhecendo Hermione como conhecia, com toda certeza que ela nesse momento estaria sozinha com o Malfoy, então a irmã não etária por perto, mas também não estaria longe.

Com passos largos, o garoto andava pelos corredores, parando pelos locais pais óbvios que venham a sua frente antes de apelar. Para sua surpresa, nem Hermione nem Gina estavam nem na biblioteca nem no quarto. Confuso, o ruivo perguntava para cada servente que passava aonde poderia estar a sua irmã, contudo nenhum deles tinha uma resposta.

Inconformado, Ronald observa o jardim por alguns segundos antes de estralar a língua com a sua burrice. O campo de treino de Gina! Hermione havia feito exclusivamente para ela assim que fora designada como guarda pessoal da princesa. Era o único local de todo o castelo a qual as duas poderiam parecer duas despojadas e fazerem o que bem entendessem.

Para o seu alívio, Hermione estava sentada ao lado de Draco conversando alguma coisa muito baixo entre ele, enquanto Gina treinava junto a Blásio e Theodore. Conhecia bem a sequencia de golpes que os três trocavam uma vez que havia sido ele que ensinara Gina toda aquela astúcia. Para chamar atenção de todos, o garoto coça a garganta algo fazendo com que todos olhassem em sua direção.

-Maninho, o que devo a honra de sua visita?- Gina desdenha colocando as mãos em sua cintura relaxada

-Princesa- Ronald se vira para Hermione fazendo-a olhar para ele confusa- Preciso da ajuda de minha irmã, solicito que a senhora permita que a mesma me acompanhe.

-Alguma razão em específico?- Questiona Hermione entrelaçando os dedos nos de Draco séria, era incomum Rony se dirigir a ela tão formalmente- Quanto tempo precisa?

-Sim, o Sr. Potter solicitou algo a mim que não poso fazer sozinho- Rony informa sem expor muito informação fazendo a garota estreitar os olhos desconfiada- Apenas o dia de hoje, amanhã pela manhã minha mãe já estará ao seu lado.

-Harry solicitou algo a você....- Sussurra Hermione revirando os olhos- Ele ainda não é rei e já está me tratando como alguém de fora Ron?

-Me desculpe senhora- Rony fecha os olhos, contudo tinha ordens a seguir, jurara proteger qualquer pessoa que sentasse no trono, e o fato do novo ser seu amigo não diminuiu ou aumentava a sua obrigação, somente a tornava menor dolorosa

-Gina, conhecendo Harry e pelo modo que sai, ele com toda certeza esta pedindo para Ronald trazer Astória, estou errada Ronald?-  Questiona a princesa erguendo uma sobrancelha desafiadora, porém o Knight nada expressava- Ela não está na residência principal dos Greengrass, isso eu tenho certeza, não sei por onde vocês irão começar, contudo, é a única informação nova que eu tenho

-Obrigado Hermione- Curva-se Rony frente a garota que rir distraída

-Acalme o coração de meu primo, Draco está fazendo a maior parte do trabalho sujo daqui- Tranquiliza a castanha balançando as mãos

Despedindo-se de todos, a dupla de irmãos sai correndo dali com uma missão ligeiramente complicada. Astória Greengrass era alguém complicada de achar uma vez que não havia relatos, fotos ou rumores sobre a sua existência. No campo, Hermione suspira pesado soltando a mão de Draco devagar.

-Nos separamos aqui?- Questiona ela ao loiro que beija sua testa demorado

-Mantenha Theodore por perto, por favor- Pede o loiro erguendo-se- Irei resolver com os ducados o mais rápido que eu puder

-Eu sei que vai- Confirma Hermione devagar sorrindo pequeno

Confirmando com a cabeça, Draco sai junto com Blásio do local a passos largos. Hermione havia falado com muitos detalhes o problema que havia sofrendo a alguns dias desde a morte de seu pai, e o “longo” período de espero para a coração de Harry Potter. Apesar de todos terem aceitado com sorrisos e condecorações que a princesa ocupe o posto de regente, até o primo estar efetivamente pronto para o trono, nas últimas duas reuniões e desrespeito e pomposidade de todos eles frente a mulher estava se tornando cansativa e estressante.

As noites do casal andavam sendo curtas demais, o que deixava o loiro com uma frustação sexual agonizante. Apesar da castanha satisfaze-lo na cama, o loiro percebia certa resistência da mesma em se deixar levar pelo momento e curtir o que os dois estariam sentindo. O afastamento da moça perante ele, não o deixava satisfeito, o que o fez exigir ocupar o posto dela nas benditas reuniões que aconteciam duas vezes ao dia.

Não gostaria de confessar que a garota não havia força suficiente para lidar com aqueles homens, uma vez que tinha plena certeza que ela possuía, porém, nas atuais circunstâncias, ela não estava sendo ela mesma, o que causava certo aproveitamento dos mesmos. Estava sendo bastante fácil manipular Hermione, a cabeça dela estava muito cheia e por mais que ela percebesse estar sendo usada, sua exaustão mental era tão grande que não havia forças para retrucar.

No salão de reuniões, um grupo de quase vinte homens esperavam a princesa com sorrir e risadas irônicas. Nas mãos, Blásio falava baixo com Draco no lado de fora. O plano de todos era simples, retirar a rainha do castelo e coloca-la longe o suficiente para não “influencia” o novo rei. Sendo da Casa Potter, Harry não precisava de alguém como Jean Granger ao seu lado, uma vez que possuía alguém, na visão deles, muito mais qualificado. Lilian Potter.

-Boa tarde- Draco cumprimenta todos, sentando-se na cadeira que Hermione sempre sentava- Vão ficar olhando para a minha cara até quando? Sentem-se logo, não tenho o dia todo para a ladainha de vocês.

-Aonde se encontra a princesa? - Questiona um dos Duques seriamente inconformado com a presença de Draco

-Indisponível para abutres- Sorrir irônico o loiro jogando o broche que Hermione sempre carregava no peito- Comecem a falar, vocês têm 5 minutos

-Os problemas do Norte não podem ser resolvidos em 5 minutos! - Reclama outro batendo as mãos na mesa- Seu descaso é completamente inaceitável

-Não é descaso quando recebo um documento solicitando a expulsão da rainha de sua casa- Draco dar de ombros jogando as pernas sobre a mesa, cruzando-as relaxado- Segundo as Leis, com a morte do antigo monarca, a Rainha permanece em seus aposentos até o novo Rei desejar a sua retirada.

-Duque Harry Potter não possui coragem de solicitar Jean a sair....- Começa a falar um Duque porém Draco coça a garganta irritando fazendo-o passar

-Rainha Jean, e Rei Potter, vamos nos dirigir aos bois com os títulos corretos- Ironiza ele ainda com aquele sorriso nos lábios- Nenhum de vocês possui autoridade suficiente para dirigi-los pelo nome

-Jean Wilkins Granger é minha prima- Um duque desdenha rindo soberbo- Tenho total direito de me dirigir pelo nome

Wilkins. John Granger não tinha nenhum registro da família da rainha contudo em todos os seus relatos mais antigos mostravam que a relação com a família dela não era nem um pouco amigável. Estreitando os olhos para o duque, Draco ponderou se deveria ou não trata-lo da forma que queria, porém se fizesse isso, a relação da família com a monarquia se tornaria um total inferno e era algo a qual sua esposa pedira fielmente para não destruir.

-Prima, irmã, tia- Draco balança a mão no ar antes de cruza-la perto do peito- Pouco me importa, ela é Rainha do Norte, mãe da Princesa, minha esposa, então desde o momento em que pisei nessa sala todos vocês tornaram-se meros e simples vassalos da monarquia a qual devem lealdade e obediência- Draco recita cansado o que havia estudado durante toda a sua vida- Segundo os juramentos do Norte, sua ligação sanguínea fora negada e enterrada no momento a qual o Rei lhe dera o título de Duque, estou errado?

-Não, mas..

-Não então tem mas, nem porém, muito menos contudo- Draco reclama- Não irei tolerar que vocês expulsem a mãe de minha mulher desse castelo e até que o futuro Rei Potter lamente a aproximação e interferência da mesma em suas relações, não há do que falar- Draco suspira- Sério, vocês poderiam ser um pouco mais inteligentes. O que iria falar para Hermione? Que a mãe dela é instável?

-A rainha Jean está incontrolável, e o fato dela não aceitar a morte do próprio marido a torna perigosa- Um duque explica- O senhor tem que compreender que segurança do Rei é a nossa prioridade e manter alguém que está mentalmente incontrolável, é algo oposto de seguro

-Mentalmente incontrolável... É uma boa definição para alguém de luto- Draco confirma sentando-se direito na cadeira, observando a feição dos homens mudarem drasticamente com a sua mudança de postura- Mas podemos dizer que ela está de luto.

-Ao colocar a coroa na cabeça, luto é algo que ela deveria passar em silêncio- Alguém pronuncia fazendo o loiro estreitar os olhos- Você pode observar isso pela própria atitude da princesa. Mesmo sendo mais nova, e visivelmente abatida, ela não demonstra descontrole.

Era um fato a se observar. Hermione parecia uma pedra da frente das outras pessoas, enquanto que em seu quarto, parecia uma criança que perdera seu brinquedo favorito. Na frente dos ducados e barões, a garota era impecável e séria, mal demonstrava sofrimento pela morte precoce de seu pai, enquanto que sozinha com seu marido, as lamentações eram outras.

O loiro somente não sabia diagnosticar se as reações da mesma eram por causa da educação que tivera ou se era em decorrência das descobertas recentes.

-É um ponto bastante curioso de se colocar na mesa- Draco confirma com a cabeça- Contudo, minha decisão continua a mesma, não se pode expulsa-la dessa forma

-Senhor!

-Alguém perderá a língua se continuar nesse assunto- Brinca o loiro estralando a língua- Vejam, vocês já se reuniram com minha mulher três vezes em um curto espaço de tempo de 2 dias, e um desses encontros foram literalmente no dia do enterro do pai dela, gostaria de alerta-los sobre o abuso verificado?

-Abuso? - Brinca outro sorrindo- Ela está fazendo seu papel!

-Vocês conseguem serem mais abusivos que o merda do meu avô- Resmunga Draco fincando uma faca na mesa- E meu pai matou meu avô por causa disso. Seria horrível que todos vocês não conseguissem sair dessa sala

 -Talvez devêssemos todos nos acalmar- Greengrass interfere pela primeira fez batendo as mãos para atrair atenção- Sr. Malfoy, poderia por favor não estragar os móveis? Eles estão nesse castelo a gerações, e seria lastimável ter que troca-los por causa de seu pouco temperamento

Draco odiava pessoas como aquele homem, contata o loiro. Irritado, Draco dirá a faca da mesa, brincando-a com os dedos. Seus olhos não saiam do duque Greengrass que havia um sorriso tranquilo nos lábios. Ele sabia o que estava fazendo e falando, e havia cada uma daquelas pessoas em suas mãos.

Por isso Hermione aguentava aquele homem, por isso afirmara ser impossível prende-lo por exonera-lo. Sem ele ali, o equilíbrio daquela sala seria inexistente... Quem sabe.

-Pois bem, acredito que os senhores não estejam conseguindo se expressar de forma clara- Greengrass explica jogando um grupo de folhas na frente do loiro que olha-o por cima, antes de pega-lo para folhear- Como explicado pelo médico real, a rainha está completamente incontrolável, e sendo medicada para não fazer nenhuma besteira. Fora relatado pelos empregados o desequilíbrio da mesma ao ponto de ameaçar não somente o Sr.Malfoy como também sua própria filha

-Aonde quer chegar?- Grosso, Draco bate as folhas na mesa inconformado, ele tinha tudo pronto a favor de todos eles, realmente, era complicado lidar com esse tipo de conversa tendo outros mil problemas na mente

-O mais seguro para todos nós, é a rainha não estar presente- Grengrass dar de ombro- A família Potter junto com a minha já irá ocupar parte do castelo, temo pela segurança de minha filha que ocupara o trono de Jean. Se ela é capaz de tentar machucar a própria filha, imagina alguém de fora da família

-Posso saber aonde encontrou esse médico real?- pergunta o loiro apontando para o nome da folha com o dedo indicador- Nunca li esse nome em local algum

-O senhor não é daqui- Millon informa devagar- Seria complicado conhecer todos os funcionário, diria que nem mesmo a princesa conhece

-Blásio- Draco chama o soldado que bate continência ao seu lado- Doutor Mallfton, existe algum nome como esse na lista de 68 funcionários da ala médica desse castelo?

-Não senhor- Blásio nega rapidamente- Ao todo o castelo possui exatamente 349 funcionários, subdivididos em área externa e interna. Mallfton não consta na lista de nenhuma das duas áreas

-É impossível vocês terem essa informação- Greengraas gagueja nervosamente

-Minha mulher, Pansy Parkson, juntamente comigo decoramos o nome de cada funcionário desse castelo antes de nossa vinda pela primeira vez, anterior ao casamento de seu senhor com a princesa- Blásio explica seriamente- Não houve mudança de funcionários segundo Minerva, a chefe e conselheira do rei referente ao assunto.

-Então, podemos desconsiderar essa informação- Draco desdenha balançando as folhas no ar- Sem isso aqui, não há menor possibilidade de vocês, com truques baixos e ridículos, me convenceram que expulsar minha sogra de sua própria casa é a melhor solução. Além disso, tenho total ciência que apesar de suas indiferenças com o falecido rei. Llian Potter possui carinho e amizade fortes o suficientes para ajudar a rainha a passar por essa fase complicada

-E como podemos confiar na palavra de seu homem?- Desdenha um homem rindo nervosos

-Podemos trazer a lista de todos os funcionários, mas achei curioso o fato de não estar em ordem alfabética segundo Pansy- Draco dar de ombro- Tenho bastante tempo, gostariam de ler?

Irritados, os homens sussurravam entre si. Com um sorriso lateral desafiador, o loiro não tirava os olhos de Greengras que parecia a ponto de explodir. O desejo dele de tirar a rainha dali era grande e com toda certeza tinha desejos implícitos.

-Posso sugerir algo antes de encerrar essa reunião?- Draco fala mais alto que a discursão dos homens fazendo-o olhar para o loiro em pé sorridente- Por que não se preocupam com a futura rainha que é desconhecida do mundo? Alias Greengrass. Como poderemos saber que a sua filha que não é instável mentalmente e que matará o Rei?

Soltando a faísca entre os homens, e percebendo o olhar desconfiado dos mesmos, Draco rir baixo saindo da sala e fechando a porta atrás de si. Antes mesmo que pudesse se afastar, o loiro pode ouvir as reclamações altas e grossas dos outros duques que com toda certeza não conheciam a misteriosa Astória Greengrass.

-Estou espantando com a sua educação- Blásio brinca fazendo o loiro grunhir nervoso

-Prometi a Hermione não machucar ninguém- Confessa o outro fazendo o guerreiro rir- Pansy não conseguiu descobrir nada sobre Astória?

-Quase nada, apenas a sua localização- Confessa Blásio- Mas essa informação ela deve ter passado para a Weasley, já que Hermione havia alertado que provavelmente seu primo iria exigir a vinda da garota.

-Temos mais o que para fazer agora?- Questiona Draco

-Que bom que perguntou, por que o senhor agora terá que conversar com o Clérigo- Sorrir soberbo Blásio fazendo o loiro estralar a língua- Pelo horário, temos uma hora, deseja conselhos?

Confirmando com a cabeça, Blásio começara a disparar informações a qual a própria Hermione havia lhe fornecido e os documentos em suas mãos haviam lhe proporcionado. A reunião com o clérigo iria até tarde da noite, uma vez que era referente justamente a coroação de Potter a qual não poderia ter nenhum erro.

Mesmo não sendo a castanha, o loiro, graças ao brasão que sua a garota havia lhe fornecido no dia anterior, lhe dava autoridade suficiente para a substituir em todas as reuniões, principalmente àquelas. Enquanto Draco lidava com toda a burocracia, Hermione observava a mão dormir em completo silêncio e calma.

Ao seu lado, Theodore olhava a garota preocupado. O olhar da mesma para a mãe era tão profundo que ele mal conseguia identificar o que significava. Agradecia a todos os deuses por ela ter informado que provavelmente Astória estaria naquele castelo em poucas horas.

-Mamãe- Hermione chama a mulher segurando suas mãos delicada, sabia que não haveria respostas- Harry se casará amanhã pela manhã, e será o novo rei poucas horas depois. Não a odeio mamãe, nunca conseguirei odiá-la, mas me dê ao luxo de sofrer tanto quanto você, por que eu não pedir um pai uma única vez, mas duas. A senhora não tem noção do que eu passei, e do que eu estou pensando.... Vocês nunca saberão por que eu não deixarei que você sofra assim- Triste a garota encosta a testa nas mãos unidas às da mãe- Mamãe, a senhora perdeu um filho uma vez, e me criou como se sua filha fosse, então por que deixou que aquele homem fizesse aquilo comigo? Por que mentiu por tanto tempo? Por que vocês me amam tanto se eu não sou sangue do sangue de vocês? O que eu fiz para vocês se tornarem tão indiferentes ao meu sofrimento depois daquele baile? Ou depois do sequestro? Vocês realmente me amaram?


Notas Finais


Sim! Senhoras e senhores! Vamos conhecer Astória no próximo capitulo!
Ele está cheio de emoções. Temos o aparecemento de Astória, um surto coletivo para o casamento e golpes hihi


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