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História A Perfeita Imperfeição de Existir - Quinto Ato


Escrita por: redrosess

Notas do Autor


Um agradecimento especial a todos que leram as ultimas partes desta história. Vocês são demais, pessoal! Por favor, continuem mandando suas opiniões.

Capítulo 5 - Quinto Ato


Fanfic / Fanfiction A Perfeita Imperfeição de Existir - Quinto Ato

— Se eu não tivesse chegado logo, o quadro dele poderia ter declinado para um nível muito mais grave — Sakura repreendeu um Gaara impassível.

— Ele está bem, então isso não é relevante.

— Na verdade, isso é relevante sim. É lógico que você pouco se importa com a condição clínica de Sasori — Sakura tentou permanecer calma, mas sua irritação foi dando lugar a indignação —, agora, o coração dele está muito instável e a chance de uma parada súbita é enorme. Além disso, eu vi uma grande lesão no abdômen dele e vários ossos fraturados na altura do tórax. Sei que não confere a mim pedir tratamento humano a um criminoso de uma vila da qual não sou afiliada, e, certamente, no lugar de Suna, eu não daria tal permissão. Mas, de uma perspectiva puramente clínica, Sasori morrerá num estalar de dedos se continuar sendo submetido à tortura. E aí, caro Kazekage, você pode dizer adeus a qualquer informação que ele esteja escondendo.

Sakura fez uma pausa do seu discurso para recuperar o fôlego. Gaara apenas olhou para a garota como se ela fosse uma criança balindo.

— Sakura tem razão — Kankuro disse.

Gaara mirou seu irmão.

— Precisamos nos lembrar do real objetivo aqui: obter informações sobre a Akatsuki. Ter Sasori em nossas mãos é uma oportunidade única, como você mesmo disse, não foi? Mas se nós matarmos ele, tudo terá sido em vão. Estaremos de volta à estaca zero.

Temari balançou a cabeça em concordância, ainda que de forma um tanto relutante.

— Eles têm certa razão, Gaara. Eu sou totalmente a favor da execução quando isso tudo terminar, Deus sabe que Sasori Akasuna é merecedor disso. Mas temos que pensar no bem maior aqui. Se pudermos tirar dele qualquer informação, então vamos nos colocar um passo à frente das outras Aldeias Ocultas no que confere à resolução do problema Akatsuki. Mas para fazer isso, o criminoso tem que ficar vivo até que possamos realmente obter o que queremos.

— Eu entendo a preocupação de todos, mas Sasori Akasuna não vai responder por bem. Ele vai falar, eventualmente, mas se quisermos ir mais a fundo, nós temos que forçá-lo.

— E ninguém aqui está dizendo o contrário — Kankuro disse ao seu irmão — Contudo, você sabe, tente não matar o cara antes dele falar.

— E se ele não disser nada?

— Vamos lidar com isso quando vier o momento — Temari colocou.

Sakura suspirou, um pouco aliviada. Ela estava contente por Temari e Kankuro terem tomado seu lado (mais ou menos). A garota de Konoha estava disposta a conseguir terminar ou, ao menos, atenuar os tratos violentos que Suna estava oferecendo a Sasori, já que ela estava principalmente preocupada com a condição dele. Quanto mais tempo ele vivesse, mais tempo Sakura teria para monitorar seu progresso e, consequentemente, aprender com esse caso extraordinário.

— Tudo bem. Eu vou me certificar que os interrogadores abrandem um pouco.

Ninguém teve nada a dizer a isto, e Sakura teve um mau pressentimento que este não seria o fim do problema. Mas o que poderia fazer? Ela voltaria a verificar Sasori no dia seguinte após um dia inteiro de interrogatório. Ele só tinha dois dias para falar e então a ruiva não teria que perder mais sono. Ainda assim, ela não conseguia deixar de lado a insatisfação que sentia sobre toda a situação, só não podia realmente colocar o porquê, que não se resumia ao mar de descobertas que Sasori significava.

— Se isso é tudo, então eu preciso voltar para as salas de interrogatório — Gaara deixou seus irmãos e Sakura para seus afazeres e teletransportou-se para fora do seu escritório.

Temari trocou um olhar com Kankuro.

— Ainda temos dois dias. Vamos nos preocupar com as coisas apenas se não houve progresso.

Temari deixou o escritório, mencionando algo sobre papelada que precisava ser feito. Kankuro e Sakura foram deixados sozinhos.

— Sasori estava tão mal assim? — Kankuro perguntou assim que eles, finalmente, saíram do escritório do Kazekage.

— Kankuro, ele estava à beira de uma hipotermia. Se eu não tivesse aparecido logo, sequer teriam entregado uma camisa a ele.

— Não dá para reclamar sobre isso, não é? Ele é um criminoso, afinal de contas

— Sem essa de advogado do diabo, Kankuro. Se ele morrer, qual será o sentido de tudo isso, de todo o meu esforço? — Sakura tentou se impedir de gritar de frustração. — Olha, eu sei, está bem? Eu sei que ele é um criminoso e que merece cada pedacinho da hospitalidade que os estabelecimentos prisionais de Suna tem para oferecer. Mas eu simplesmente não posso suportar tais abusos flagrantes dos direitos humanos em geral.

— Isso vindo da mulher que matou Sasori uma vez. É meio irônico, não acha?

— Isso simplesmente não parece certo. — Encontrou os olhos dele, em busca de algum tipo de acordo. — Todo esse trabalho será para nada. Você entende que a condição dele é um verdadeiro milagre médico? Só de pensar sobre o que eu poderia aprender supervisionando sua recuperação me deixa animada. Pode me ajudar a entender como salvar outras pessoas, mesmo que estejam fatalmente feridas. Por isso não posso tolerar ver tudo sendo jogado fora.

Kankuro suspirou desanimado.

— Olha, eu estou com você, Sakura. Eu não gosto disso também. E para ser sincero, eu realmente não consigo entender por que. Caramba, quase fui uma das vítimas do cara! Se não tivesse sido por você... — Ele parou de falar, seu tom assumiu uma qualidade melancólica. — Eu realmente não acho que Sasori vai falar, mesmo que seja posto num ciclo infinito, em que Gaara o tortura até a morte e você o traz de volta à vida. Só que também acho que seria estúpido nem sequer tentar obter qualquer informação que ele provavelmente tem.

Sakura franziu o cenho, pensando.

— Tem que haver outra maneira. De alguma forma, deve haver algo que possamos fazer. Eu só não sei o que, exatamente.

— Ele realmente não parece se preocupar com sua própria vida, sabe? Acho que está apenas esperando a execução.

— Como você pode convencer alguém que nem sequer se preocupa com sua própria vida?

Como, de fato?



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