História A primavera no mundo dos mortos - A Deusa do inverno

        Perséfone estava em seu quarto, ela pensava em uma maneira te poder criar flores no castelo de Hades. Eurídice entra nos aposentos da jovem e pergunta olhando-a pensativa, enquanto segurava uma almofada de cor lilás.

──Senhora, precisa de algo? — Perséfone é tirada dos seus pensamentos e responde olhando para moça parada a sua frente.

──Eurídice, me chame apenas de Perséfone.

──Mas o senhor Hades não vai gostar.

──Eu que decido como quero ser chamada. — Perséfone levanta-se da cama e fala:

──Eu vou falar com Hades, estava pensando que posso fazer flores se tiver vasos com terra dos campos Elísios, poderei mantelas vivas com o meu poder.

──Seria bom ver flores aqui, daria um ar melhor.

──É Eurídice, vou procurar Hades  agora! — Às duas saem dos aposentos de Perséfone. Ela chega ao corredor que dar na sala do trono, os soldados a vê se aproximar e um deles abre a porta para ela entrar, mesmo Hades estando com os três juízes em reunião, pois, ele sabia que Hades gostava muito de Perséfone e iria se irritar se ele não permitisse a entrada de sua futura rainha. Perséfone adentra na sala e Hades olha e deu um sorriso.

──Hades, me perdoe  entrar assim. Preciso falar com você. — Hades levanta-se do trono e fala:

 ──Vocês estão dispensados, depois continuamos. — Os juízes cumprimentam Perséfone e saíram da sala de Hades. Euridice estava atrás de Perséfone,  Hades se aproxima e segura a mão da Deusa e pergunta:

── O que posso fazer por você?

──Hades, preciso de vasos com areia dos campos Elísios, quero plantar flores aqui no castelo e manterei com meu poder.

──Que ideia maravilhosa, assim você terá em que se ocupar. Vou, providencia agora mesmo. Assim que consegui, mandarei lhe avisar.

──Obrigada, Hades.

 ──Precisa de algo mais, minha primavera?

──Não Hades. Bom, com licença. — Ela saiu da sala,  Hades ficou olhando. Ele queria fazer todos os gostos dela, queria que ela visse o lado bom dele. Minutos depois os vasos foram providenciados e Perséfone estava em uma varanda grande e os vasos estavam prontos para receber suas sementes. Ela coloca as sementes no jarro e pede que Eurídice molhe. Perséfone fecha os olhos e as flores começam a brotar de repente, os jarros estavam cheios de rosas e outros tipos de flores. Ela ficou muito feliz.

     Na superfície algo estranho começava a acontecer, plantas, chão e a água, ficaram cobertos por gelo. As pessoas até aquele momento não conhecia tal coisa. Era uma novidade não muito agradável para os mortais. Despina encontra sua mãe parada observando ao longe, ela estava abatida de tanto procurar por Perséfone. Então sua outra filha Despina aparece e fala:

──Então mamãe, o que achou do meu poder? Posso destruir tudo que você e a Perséfone gostam.

──Não me importo, sem a Perséfone nada me interessa.

──Você me ignora até quando descubro o meu poder.

 ──Despina, suma da minha frente! — Despina saiu com muito ódio. Zeus mandou que Afrodite e Apolo fossem falar com Deméter sobre o que havia acontecido com o tempo e os Deuses chegaram para falar com ela, essa se nega a fazer qualquer coisa para parar o que estava havendo e mesmo que quisesse se sentia fraca para tal coisa. Ela saiu em meio ao gelo, dando as costas para os outros Deuses.

              No mundo subterrâneo, Perséfone fica contemplando as flores e Eurídice fala:

──Perséfone o senhor Hades gosta muito de você. Ele sempre atende seus pedidos.

── Nem todos, ele não me deixa voltar.

──Pois, ele não quer te perder.

──Eu sei, gosto de estar perto dele. Quando ele me toca aí, ele é forte e bonito! — Ela fala suspirando.

 ──Isso é verdade. O que vai fazer? Vai continuar se recusando a ser rainha dele?

──Esse lugar não é para mim, aqui difere de tudo que amo. Tenho saudades de minha mãe, nunca nos separamos assim. Fala-me Eurídice, como é ficar com um homem?

──É maravilhoso! A primeira vez dói um pouco, mas depois é muito bom.

──Me conta por que dói? Fala-me todos os detalhes.

 ──Eu vou te contar, sim. — Eurídice começa a contar para Perséfone com detalhes a vida sexual. Perséfone fica bem curiosa. Sua mãe jamais falou de nada disso para ela. Às horas se passam no castelo de Hades e após o jantar ele foi até os aposentos de Perséfone. Ele bate à porta e ela abre.

──Posso entrar minha flor?

 ──Pode, estava querendo te mostrar isso. Ela mostra alguns vasos com flores e Hades fala:

──Elas são lindas!

──Você quer um para pôr em seu quarto?

──Eu gostaria de outra flor no meu quarto. — Ela rir, sabia de qual flor ele falava. Ela deu um com rosas vermelhas para ele e pega outro com violetas e diz:

— Vem, quero escolher um lugar para que elas fiquem em seu quarto. — Ela saiu na frente e ele atrás com um jarro nas mãos. Ela abriu a porta do quarto dele e ficou parada olhando cada lugar do quarto, então coloca as violetas no criado mudo e pega a das mãos de Hades e coloca do outro lado da cabeceira da cama.

──Ficou muito bonito, vou poder sentir seu perfume todo o momento no meu quarto, mas gostaria de sentir assim com você. Ele abraça Perséfone por trás e beija o pescoço dela fazendo-a se arrepiar...

   Continua....