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História A primeira vez que um bebê ri - A primeira vez que uma suculenta é um problema.


Escrita por: yunosone

Notas do Autor


oizinho!! demorei? um pouquinho né

esse capítulo era pra ser um pouco (muito) menor do que ele realmente saiu, eu imaginava que ia acabar com umas 2500 palavras, mas acabou que eu escrevi um pouco mais que isso.

eu não vou enrolar muito aqui mas eu peço que vocês prestem atenção nas notas finais, eu vou falar um pouco sobre o próximo capítulo!

boa leitura, xoxo!

Capítulo 3 - A primeira vez que uma suculenta é um problema.


Fanfic / Fanfiction A primeira vez que um bebê ri - A primeira vez que uma suculenta é um problema.

A sorte de Renjun era que seu padrinho estava resolvendo coisas na cidade naquele dia, comprando comida para os meninos perdidos e essas coisas, foi fácil achar ele.

– Peter. – Renjun chamou, vendo o homem ruivo parar de escolher entre duas mangas para lhe encarar.

– Renjunnie! Você não deveria estar em aula? – Perguntou, abraçando o afilhado. 

Renjun suspirou, como ele preferiria estar em aula do que nessa situação.

– Sim, mas–

– Matou aula né? Tudo bem, sabe que eu não te julgo.

– Não é isso. – O suspiro que Renjun soltou foi o bastante para convencer o homem, que franziu o cenho, em busca de explicações. – O Mark meio que comeu uma poção do amor.

– O MARK O QUÊ?! – O grito fez com que a atenção das pessoas que passavam pelo corredor de hortifruti fosse voltada a eles. Renjun pediu silêncio ao mais velho. – Explica isso direito, Jun.

– Ele comeu uns cookies que tavam com a poção e agora ele tá apaixonado por mim e por mais três meninos. – Tudo foi dito num sussurro, no entanto, a gargalhada que o homem ruivo soltou foi alta demais para o gosto de Renjun.

– Se eu falar isso para a Tinkie ela não vai acreditar... – Estava se recuperando da risada, Renjun revirou os olhos.

– É melhor avisar isso para ela logo, vai saber a reação dela quando descobrir.

– "Pobre Markie! Eu sabia que não deveria ter deixado ele sozinho na cidade, ele é só uma criança!" – Imitou a provável reação da fada, o corpo de Renjun tremeu num riso silencioso.

Levou um tempo para se recuperar antes de falar:

– Nós estamos procurando pessoas que entendem de magia para saber como reverter isso. Jaehyun insistiu em procurar o Doyoung, mas é tão óbvio que ele não vai desfazer o feitiço...

Peter franziu o cenho.

– Jaehyun? Eu conheço esse nome...

– É um príncipe. Filho da Rainha Snow.

– Ah sim, eu estava lá quando nasceu! Menino bonito, ele.

Renjun assentiu, por mais que achasse toda aquela babação de ovo do garoto desnecessária. A beleza de Jaehyun era realmente excepcional, mas conhecia príncipes mais bonitos que ele.

– De qualquer forma, eu posso pedir ajuda a Tinkie, ela sabe sobre magia mais do que eu.

– Ela sabe sobre pózinho mágico, não sei se tem tanto conhecimento sobre magia...

Peter o encarou com um sorriso ladino estampado em seu rosto.

– Nunca duvide do conhecimento de uma fada. Elas ficam bravas.

Renjun lembrou de como Mark ficava estressado quando ele brincava sobre o amigo não saber o conteúdo de história da magia. O jeito como as bochechas do fae ficavam vermelhas era engraçado, e extremamente fofo.

– É, eu sei. Convivo com uma há muito tempo.

Peter sorriu em compreensão, dando dois tapinhas nos ombros do afilhado.

– Bom, preciso terminar as compras. Passo mais tarde no dormitório de vocês para ver como nosso Mark está.

Renjun assentiu, se despedindo brevemente do mais velho.

Enquanto o garoto pensava em aproveitar que estava na cidade para comprar alguma coisa para Mark, John estava quase tendo um colapso nervoso ao ter que cuidar do baixinho.

Talvez se tivesse conhecido o garoto em outra situação, não estaria tão assustado com a companhia dele. Tinha que admitir que Mark era fofo, a altura e o cabelinho rosa o deixavam com uma aparência delicada. John normalmente era apaixonado por coisas pequenas e fofas, Mark facilmente se encaixaria nisso, se não fosse o fato de ele estar o encarando como se quisesse o engolir a mais de 15 minutos.

O Lee havia se recusado a sair do lugar depois de ter dito incansáveis vezes de que estava tudo bem e eles não precisavam de todo aquele cuidado com ele - coisa que foi claramente ignorada por todos os outros meninos -, e John havia sido obrigado a jogar o fae em suas costas para que pudesse levar ele para o quarto.

Agora, no entanto, se arrependia um pouco dessa decisão. Além de ter que lidar com vários olhares confusos pelos corredores da instituição, John não fazia ideia de onde era o dormitório de Mark, portanto se viu obrigado a perder o resto do dia de aula para que pudesse levar o garoto a sua casa e não deixar ele bagunçar nada em seu quarto.

O problema mesmo era ter que lidar com os suspiros apaixonados que o fae soltava enquanto tinha sua cabeça deitada no ombro do príncipe e admirava o rosto deste. Era um pouco desconfortável, apesar de John lidar com suspiros de menininhas apaixonadas o tempo inteiro, não era tão perto como estava com aquele menino.

– Johnny... Posso te chamar assim? 

– Pode sim, baixinho.

Mark deu uma risadinha, John já estava se acostumando com o fato de que ele ria de tudo. Não sabia se era pelo feitiço ou ele era risonho assim mesmo.

– Eu odeio quando me chamam de baixinho, mas vindo de você... – Soltou um suspiro. – É até fofinho.

John soltou uma risada nervosa. Quando já estavam na entrada de seu castelo colocou Mark no chão, agora reparando o quão pequeno ele parecia andando na sua frente, admirado com toda a estrutura do castelo.

– Deve ser legal morar aqui, né Johnny?

O príncipe deu de ombros, já estava acostumado com tudo aquilo desde que nascera, não tinha muito o que admirar naquelas paredes velhas e com milhares de quadros pendurados.

John guiou o fae até seu quarto, tentava não fazer muito barulho para não acordar seu pai, sabia que ele deveria estar dormindo naquele momento, e não queria que ele acordasse pedindo explicações sobre estar faltando as aulas do dia e trazendo um garoto que não era Jaehyun ao seu quarto.

Soltou um longo suspiro assim que fechou a porta do quarto, aliviado por não ter tido nenhum incômodo no caminho. Quando se virou para o quarto, viu Mark sentado em sua cama, sorrindo sapeca para si.

John franziu o cenho.

– O que foi?

– Seu quarto é bonito, Johnny. – Comentou, analisando todo o cômodo com os olhinhos inquietos.

– Obrigado.

Não sabia exatamente o que deveria fazer ou falar, sabia que qualquer coisa poderia ser um gatilho para o Lee começar a dar em cima de si, e, céus, ele não queria olhar para aquela criaturinha fofa – e um pouco assustadora, diga-se de passagem – e ter que afastar ele de perto de si.

Porém, logo que o garoto se levantou da cama, John percebeu que não seria necessário falar nada para que ele começasse a dar em cima de si.

– Então, Johnny... – Mordeu o lábio, John engoliu seco.

O garoto se aproximava de si em passos lentos, o olhar felino o fazia parecer uma onça atrás de sua presa, e John não duvidava que era assim que ele estava o vendo agora: como uma presa.

Mas ele quem era a fera ali.

– Mark, acho melhor você se sentar e ficar quieto.

– Ah, faça-me o favor, Johnny. – Revirou os olhos, parando de andar no meio do quarto. O príncipe ficou deveras impressionado pela mudança repentina de humor do fae. – Eu esperei tanto pelo momento em que eu estaria nesse quarto com você. Não estrague esse momento.

Certo, quando visse Doyoung, o socaria pela situação que estava o fazendo passar.

– Mark, por favor, colabora.

O fae revirou os olhos, estampando um sorriso travesso nos lábios logo em seguida. John sentiu o sangue gelar.

– Sabe de uma coisa sobre as fadas jardineiras, Johnny? – A pergunta retórica fez o príncipe esperar pelo pior. – Nós temos um cheiro extremamente irresistível.

E, bom, Mark parecia ter razão, porque de repente um perfume de flores invadiu seu olfato, e quanto mais o garoto se aproximava de si, mais inebriado com aquele cheiro o príncipe ficava.

Quando Mark sentou-se em seu colo, foi quase imediato ouvir o sussurro:

– Agora é a hora que você me beija.

Aquilo foi o suficiente para Johnny acordar para a situação. Num balançar de cabeça, afastou todos os pensamentos momentâneos que havia tido sobre como, talvez, não seria má ideia se render ao baixinho. Empurrou o corpo dele para o lado no sofá onde estava sentado.

– Mark, eu namoro, e você não está em seu melhor estado de sanidade mental. Eu não vou fazer nada com você.

O baixinho sentiu os olhos marejarem. Desde quando John tinha um namorado? Era a única coisa que se passava na sua cabeça.

– Mas, Johnny...

– Isso seria abuso. E traição.

Mark se pôs a chorar, o que fez com que o príncipe entrasse em um colapso mental. O que ele deveria fazer? Ligar para Renjun? Talvez para Jaehyun? Por que Mark estava sequer chorando?

Achou melhor apenas abraçar o garoto, tentando acalmar ele, enquanto mandava uma mensagem para o namorado. Precisava de ajuda. Tinha plena consciência de que Mark poderia tentar outra coisa mais tarde, e, bom, a família de John não era muito bem conhecida pelo auto controle.

"Jaehyun, eu preciso de ajuda aqui."

O príncipe leu a mensagem e quase imediatamente começou a se desesperar, ele ainda não havia achado Doyoung, e, céus, ele já havia procurado em todos os lugares possíveis.

Aquela era sua última tentativa, precisava ir ajudar o namorado com Mark.

Se sentia extremamente culpado por tudo aquilo estar acontecendo, se tivesse insistido um pouco mais talvez Doyoung desistiria daquilo. Mas agora não era hora de se culpar, precisava ajudar Mark e achar Doyoung.

Discou o número de Park Jisung.

"Ora, ora. O que temos aqui? Sentiu saudades, Hyun?"

"Eu preciso da sua ajuda."

"Ah, é claro que precisa! Por qual outra razão ligaria para mim? E o que eu ganho te ajudando, Jaehyun?"

"Depois a gente resolve isso, Jisung. Eu preciso saber onde o Doyoung está."

"Cabana de verão."

"Obrigado."

"Não precisa agradecer, não foi de graça. Você tá me devendo."

Desligou a chamada, e o príncipe suspirou. Passando as mãos pelo cabelo, pensou que quando achasse Doyoung, o faria o recompensar por ter tido que ligar para Jisung.

A cabana de verão era o local onde Aurora foi escondida junto a Flora, Fauna e Primavera e onde elas cuidaram da princesa em sua infância e adolescência. A cabana agora era propriedade da família de Donghyuck. Jaehyun se perguntou o que Doyoung estaria fazendo lá. Discutindo com o príncipe, talvez.

Desde que podia se lembrar, Doyoung e Donghyuck nunca se deram bem. Era de se esperar, claro, assim como Jaehyun e Jisung não se davam muito bem. Problemas familiares, ele diria.

Mas, bom, Jaehyun e Jisung não incomodavam tanto um ao outro como Doyoung e Haechan faziam. Era deveras irritante, eles sempre estavam se bicando por aí, sempre sumiam pelos cantos da escola e sempre estavam gritando um com o outro quando os achavam, seus rostos ficavam até vermelhos, de tanto gritar, provavelmente.

Jaehyun correu até a cabana, no entanto, não ouviu nenhum grito ao passo que se aproximava, e isso o deixou extremamente confuso. Jisung havia mentido para si? Ou Doyoung estava armando alguma coisa lá dentro e Donghyuck não estava junto...

Com isso na cabeça, pensou que talvez surpreender o feiticeiro fosse a melhor coisa a se fazer, ele não iria desconfiar de sua chegada.

Abriu a porta de madeira calmamente, tomando cuidado para não fazer barulho algum, sabia que Doyoung poderia muito bem fugir se ouvisse que Jaehyun estava por perto.

Só não estava nos planos do príncipe dar de cara com Donghyuck e Doyoung se beijando como se fosse a última vez que poderiam fazer aquilo, as mãos de Donghyuck passeavam por todo o corpo de Doyoung enquanto este puxava os cabelos do mais novo. Aquela cena era extremamente erótica para Jaehyun, que sentiu seu rosto esquentar e soltou um grito.

Os dois garotos se soltaram, olhando assustados para o príncipe na porta da cabana.

– Jaehyun...

– Eu não queria atrapalhar vocês! – Negava repetidas vezes com a cabeça, o que fez Donghyuck soltar uma risada.

– Mas atrapalhou. 

Doyoung empurrou o ombro de Donghyuck.

– Não conta pra ninguém.

Foi a única coisa que o mais velho dali falou, Jaehyun assentiu desesperadamente.

– O que você veio fazer aqui?

– Eu preciso que você retire o feitiço do Mark.

Doyoung suspirou, se sentando na mesa de centro da cabana. Donghyuck olhou confuso para Jaehyun.

– Eu não posso.

– Quem é Mark? – Haechan perguntou, no entanto foi ignorado pelos outros dois.

– Doyoung, é sério! Você não sabe o que aconteceu por causa desse seu cookie estúpido!

O filho da Malévola arqueou a sobrancelha, parecia, e estava, desinteressado, porém sabia que Jaehyun não iria parar de insistir caso dissesse que não estava nem aí para o que tinha acontecido. Apenas esperou que o príncipe continuasse.

– O Mark, ele está apaixonado por mim!

– Como é?! – Haechan franziu o cenho, não fazia ideia de quem era Mark, mas queria saber porque Doyoung havia feito o garoto misterioso se apaixonar pelo melhor amigo dele.

– É, e além de mim, ele está apaixonado pelo John e pelo Lucas! E pelo Renjun!

– Quem são essas pessoas? Eu só conheço o Johnny. – Haechan continuava tentando entender o que estava acontecendo, mas Doyoung parecia tentar raciocinar e Jaehyun estava desesperado por uma resposta do amigo.

– Doyoung, você tem que fazer alguma coisa!

– Eu não posso, Hyun. Não é um feitiço, é uma poção. Não tem como eu desfazer, já tá na corrente sanguínea do garoto.

– E agora?! Ele vai ficar apaixonado por mim pra sempre? – O desespero na voz de Jaehyun era quase palpável, e apesar de estar odiando ser ignorado pelos dois, Donghyuck estava com dó do outro príncipe.

Doyoung se levantou da mesa apenas para se sentar no sofá. Deu dois tapinhas em sua coxa, um convite mudo para que Donghyuck se sentasse ali. Ele, é claro, não rejeitou. Jaehyun tentava fingir que não estava vendo aquilo. Era estranho.

– O efeito passa sozinho depois de um tempo. – Respondeu, calmo demais para o gosto de Jaehyun. – Não tem como saber quanto tempo, varia de pessoa pra pessoa.

Jaehyun xingou baixinho, Donghyuck arregalou os olhos, nunca havia visto o garoto xingando, nem sabia que Jaehyun tinha conhecimento de tais palavras, ele parecia meigo e educado demais para isso.

– Perdi meu tempo vindo aqui.

– Sinto muito, Hyun. Não era a intenção que ele se apaixonasse logo por vocês.

Jaehyun riu sem realmente achar graça.

– Nada disso teria acontecido se você não tivesse corrido atrás de mim. 

– Não, Doyoung. Nada disso teria acontecido se você tivesse me ouvido. – Quase cuspiu aquilo na cara do amigo, porém a gentileza em seu gene era maior. – Se cuidem se não quiserem ser pegos nisso ai que vocês têm.

Jaehyun saiu às pressas da cabana de verão, deixando um Doyoung surpreso e um Donghyuck confuso para trás. Achou melhor pedir um táxi para o castelo de Johnny, e, enquanto esperava, se pegou imaginando como deveria estar sendo a conversa de Lucas e Chenle com Jisung.

Não muito longe dali, Lucas e Chenle haviam acabado de entrar no restaurante da família Park, lugar onde Jisung ficava na maior parte do tempo. Chenle já estava habituado com o local, passava a maior parte de seu tempo livre ali com o melhor amigo, mas Lucas achava o lugar estranho.

– Chenle! – Lucas virou-se para ver quem havia chamado o mais novo. Era um sujeito baixinho, usava roupas escuras, e apesar de Lucas odiar roupas escuras, tinha que admitir que elas caiam bem no corpo daquele menino. 

Ele parecia conhecer sobre moda, já que dificilmente alguém que não sabia nada sobre o assunto conseguia o agradar visualmente. Pelas roupas escuras, Lucas julgaria ser alguém misterioso, seus cabelos, no entanto, denunciavam sua linhagem. Um lado era totalmente platinado enquanto o outro era preto como petróleo. A marca da família De Vil.

– Dejun! – Eles se cumprimentaram. Lucas se sentia meio deslocado. – Esse é o Lucas. Ele é filho d–

– Eu sei quem ele é, a mãe dele vive aparecendo lá em casa pra tomar chá com minha mãe. – Xiaojun parecia analisar o mais alto, que o olhava com a sobrancelha arqueada. – No entanto, nunca havia o visto pessoalmente. É um prazer, Lucas.

– O prazer é meu. – Cumprimentaram-se educadamente.

– Que cena linda, me emocionou! – Uma quarta voz se intrometeu na conversa, o sorriso de Chenle denunciava quem era.

– Sungie!

Os dois amigos se abraçaram, não fazia muito tempo que haviam se encontrado pela última vez, mesmo assim estavam morrendo de saudades um do outro. Lucas achou a cena extremamente fofa.

– Quem é seu amigo, Lele?

– Ah, a gente acabou de se conhecer na verdade. Ele é amigo do Mark.

– A fada?

– Ele não gosta muito que chamem ele de fada. – Chenle comentou, Jisung sorriu.

– Eu não ligo.

– Mas é ele mesmo. – Concluiu, Jisung assentiu.

Cumprimentou Lucas brevemente.

– Isso não parece uma visita casual. Tem algum motivo para vocês virem aqui? – Jisung perguntou, Chenle assentiu. – E o Jaehyun está envolvido nisso?

– Como você sabe? – Lucas franziu o cenho, Jisung soltou uma risada.

– Ele me ligou agora pouco, estava atrás do Doyoung. E ele só fala comigo em situações.... Extremas, eu diria.

Chenle suspirou. Sabia que a relação entre Jisung e seu primo era complicada, a família de Jaehyun sempre plantou na cabeça dele que Jisung e sua família não eram pessoas confiáveis, o príncipe cresceu com isso e era difícil tirar aquilo de sua cabeça. Jisung tentava entender aquilo, mas ainda queria provar para Jaehyun que ele não era mau.

– Mas enfim, qual é a situação?

– Eu tava conversando com o Renjun em cima de uma árvore porque a gente tinha encontrado o Mark e o Lucas voltando do encontro deles e–

– Não era um encontro! – Lucas interferiu, os outros três garotos olharam para ele com a sobrancelha arqueada. – É sério!

– Vocês dois estavam se olhando igual o Xiaojun olha pro Hendery!

– CHENLE! 

Xiaojun colocou a mão no rosto, envergonhado. Jisung começou a rir do rosto do amigo.

– Hendery irmão do Jungwoo? – Lucas perguntou, confuso.

– É, o Dejun é apaixonado por ele.

– O Jungwoo é um dos meus melhores amigos, eu posso pedir pra ele te arranjar um encontro com o Dery se você quiser!

Lucas parecia animado com o assunto, os olhos de Xiaojun brilharam e então ele assentiu rapidamente.

– Gente?! Foco! – Chenle passou a mão no meio dos dois, que riram.

– Continua a história, Lele.

– Bom, aí a gente tava conversando quando o Doyoung chegou correndo e jogou uns cookies pro Mark. Ele disse que alguém tinha mandado entregar pra ele. – Continuou a história, Jisung ouvia atentamente cada detalhe. – Depois ele continuou correndo. Tinha um garoto correndo atrás dele mas eu não sei quem era.

– Donghyuck, eu suponho. – Xiaojun se intrometeu. Os outros meninos olharam confusos para ele. – Eles dois estão sempre brigando, só isso.

– Enfim, o Mark é meio inocente e ele não sabia que não se aceita nada vindo do Doyoung, ai ele comeu o cookie.

– Que burro. – Jisung comentou, Lucas o olhou com o cenho franzido.

– Ele não sabe da fama do Doyoung. 

– Que seja.

– Tá, ai o Jaehyun gritou tipo "Mark não come isso seu doido" só que o Mark já tinha comido, ai ele quase desmaiou e a gente segurou ele, mas aí o John e o Jaehyun chegaram e eles tavam preocupados e–

– Chenle, respira. Você tá falando rápido demais.

O menino assentiu, rindo.

– Quando o Mark se levantou ele estava apaixonado pelos meninos. Todos eles, menos eu, graças a Alice!¹

– E a gente veio aqui pra saber se você pode fazer alguma coisa. – Lucas parecia preocupado com a situação, Jisung notou.

O mais novo dali pensou um pouco. Aquilo era claramente uma poção do amor passageira. Não tinha como ser algo muito forte, Mark teria desmaiado se fosse mais do que algo passageiro. Nunca tinha visto alguém se apaixonar por mais de uma pessoa por causa de uma poção tão fraca, no entanto.

– Nunca vi nada parecido antes. – Resmungou, por fim. Lucas suspirou, passando as mãos no cabelo.

– E agora?

– Se vocês quiserem, eu posso pesquisar nos livros da minha mãe, mas talvez demore um pouco.

Lucas assentiu: – Toda ajuda é bem vinda.

– Obrigada, Sungie.

– É sempre um prazer ajudar meu Lele!

Ele apertou a bochecha de Chenle, que pareceu brevemente incomodado mas sorriu em seguida, abraçando Jisung.

O celular de Lucas vibrou. Era uma mensagem de um número desconhecido, porém o conteúdo da mensagem indentificava seu remetente.

"Lucas? É o John. Pedi seu número para o Jungwoo."

"Oi? Aconteceu alguma coisa?"

"Jaehyun pediu para chamar você e o Chenle. Podem vir aqui?"

"Ah, claro. Vocês estão no dormitório do Mark?"

"Meu castelo. Vou te mandar o endereço."

"Ok!"

Lucas bloqueou a tela do celular, sentindo o vibrar poucos segundos depois, provavelmente John havia o mandado o endereço. Olhou para Chenle.

– Estão nos chamando, Lele.

– Ah. – O garoto olhou para Lucas e depois voltou seu olhar para Jisung e Xiaojun. – Acho que eu não sou mais tão necessário, vou ficar por aqui.

– M-Mas...

– Me dá seu número? Ai eu posso te mandar atualizações sobre as pesquisas do Sungie!

Chenle sugeriu e Lucas assentiu. Trocaram os números e então se despediram brevemente.

Lucas havia gostado da presença de Chenle, tinha certeza de que seriam ótimos amigos dali para frente, e também tinha que ajudar Xiaojun com Hendery.

Passou o caminho todo até o castelo de John trocando figurinhas com Chenle e pensando no que havia se metido. Havia acabado de conhecer Mark (apesar de já observar o fae há algum tempo), e já se metera nisso.

Mark parecia ser uma pessoa extremamente fofa por baixo de toda aquela irritabilidade extrema. De verdade, queria se aproximar mais daquele baixinho, conhecer melhor e quem sabe poderiam se tornar ótimos amigos.

– Ah, Lucas! – Ouviu a voz simpática de Jaehyun o chamar. – Chegamos ao mesmo tempo.

– Ainda bem, eu realmente não saberia como dizer para o mordomo o motivo da minha vinda ao castelo. – Confessou e Jaehyun soltou uma risada compreensiva.

– Bom, eu tenho entrada garantida, então não se preocupe.

Os dois entraram no castelo, os funcionários já conheciam Jaehyun e o tratavam extremamente bem. Lucas imaginou que fosse por causa da bondade do príncipe. Chegava a ser até surreal as vezes o quanto o filho da rainha Snow era bondoso e sensível. Parecia ser, realmente, tirado de um conto de fadas. Se tinha defeitos sabia como não os mostrar, porque, depois de listar mentalmente algumas coisas que sabia sobre o mais velho, Lucas não encontrou nenhum defeito.

– Vocês chegaram! – Foi Renjun quem abriu a porta. Estava lá já faziam alguns minutos. Jaehyun agradeceu a recepção do mais novo e andou silenciosamente até o namorado, que tinha um Mark adormecido no colo.

Se ajoelhou a frente dele, passando a mão delicadamente pelos fios loiros do fae.

– A quanto tempo ele está dormindo?

– Quase uma hora. – O príncipe respondeu, estranhando o namorado não parecer enciumado com a cena. Jaehyun nunca foi possessivo, mas era inseguro e isso o fazia ser bem ciumento as vezes.

No entanto, parecia confortável em ver Mark deitado em seu colo, ressonando baixinho.

Lucas e Renjun terminaram a breve conversa que tinham sobre Chenle e o motivo pelo qual o príncipe de copas não estava ali e se aproximaram dos outros dois.

– Ele já está melhor? – Lucas franziu o cenho, John riu sem graça.

– Ele tentou me atacar. Três vezes.

– Ah.

Jaehyun, no entanto, parecia encantado com o garoto adormecido. Acariciava os cachinhos bagunçados do cabelo loiro e parecia não prestar atenção na conversa dos outros garotos.

– Ele é fofo dormindo. – Lucas comentou, Jaehyun assentiu.

– Sim ele é. – Renjun resmungou. – Mas ele não tá dormindo.

Os três garotos o olharam confuso, sem entender exatamente o que ele queria dizer com aquilo.

– Ele tem um sono muito leve, deve ter acordado no momento em que o Jaehyun encostou no cabelo dele. Pode parar de fingir, Mark.

As feições de Jaehyun se franziram em uma expressão surpresa, talvez meio culpado por ter acordado o fae. 

Ele tentou tirar a mão do cabelo do mais novo, no entanto foi impedido pela mão do próprio, que segurou seu braço.

– Continua. – Resmungou, ainda com os olhos fechados, aproveitando-se do calor do corpo de John.

Lucas riu baixinho, se sentando ao lado de John no sofá. Tudo aquilo era muito engraçado.

Jaehyun voltou o cafuné ao seus fios, e Mark sentiu as bochechas esquentarem. Com exceção de Renjun, todos pareciam vidrados no loiro.

O humano desviou seu olhar para o lado depois de sentir aquele cheiro familiar, o perfume de gardênia. Renjun revirou os olhos. Estava acostumado com os cheirinhos de flores que o amigo tinha, podia até diferenciar cada um. O problema era que, quem não estava acostumado, ficava um pouco inebriado com aquilo.

– Mark dá pra parar de sol...

A voz do Huang morreu quando seu olhar bateu na plantinha que John cultivava em sua sacada. O que antes era uma pequena suculenta, agora parecia mais um cacto gigante.

Lembrou de sua tia dizendo que Mark não sabia controlar direito o seu talento.

– G-Gente? – Chamou, se virando para o grupo de garotos.

Nenhuma resposta.

Se perguntou o que tinha feito a fada madrinha para merecer aquilo

– MARK, PARA DE SOLTAR ESSE CHEIRO! – Gritou com o melhor amigo, que arregalou os olhos e se levantou do colo de John, assustando os outros garotos ao redor.

– N-Não foi de propósito.

Não estava mentindo, era difícil controlar aquilo as vezes (quase sempre).

Renjun assentiu, se aproximando o suficiente do garoto para o ajudar a se levantar do sofá. A atenção dos outros 3 se focaram em si, eles estavam evidentemente confusos. John, no entanto, já havia passado por isso.

Mark abraçou o melhor amigo, manhoso como sempre ficava depois de acordar. Renjun o abraçou e voltou seu olhar ao dono do quarto.

– Sua suculenta...

O olhar do príncipe se voltou imediatamente a janela da sacada.

– Ah não. Como eu vou explicar isso para a minha mãe?

"Essa é fácil, é só começar dizendo que a essência mágica do Mark é 300 vezes maior que a de fadas comuns e que ele não tem o mínimo controle sobre o talento dele e que coisas assim acontecem o tempo todo!" Renjun pensou

– M-Me desculpa, Johnny.

O sussurro veio de Mark, que tinha um biquinho nos lábios.

– Aposto que não é sua culpa, Mark. – Lucas tentou, sorrindo docemente para o fae, que sorriu de volta, ainda agarrado a Renjun.

– É, você não está no melhor estado de sanidade mental. – Jaehyun comentou, o tom de voz terno, doce e calmo.

Mark se emburrou. Se soltou do abraço de Renjun e cruzou os braços. Não podia acreditar que ainsa estavam com aquele assunto estranho de que ele não estava bem. Quem eram eles pra dizer se estava ou não bem?! Se sentia ótimo, feliz como nunca, apaixonado como nunca.

– Que saco! Parem de repetir isso! Eu to bem!

E, apesar de parecerem preocupados consigo, ninguém sequer deu atenção ao que havia acabado de falar.


Notas Finais


e ai? gostaram?

dohyuck namora !
johnny mt apaixonado pelo namoradinho né
e tivemos a participação de personagens novos!! gostaram do jisung e do xiaojun?

sobre o próximo capítulo: talvez ele demore um pouco mais para sair, esse era o último que eu já tinha escrito pelo menos até a metade, o próximo eu vou começar do zero a partir de amanhã, e eu tenho um monte de prova essa semana :(

enfim, espero que vocês tenham gostado, xoxo e se você leu até aqui comenta bolhas!


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