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História A profecia - Vivos


Escrita por: Kmuzumaki

Notas do Autor


Estou de volta! Comparada às outras vezes, nem demorei tanto. No próximo capítulo, as cinco garotas finalmente se encontrarão! E as coisas começarão a ficar realmente interessantes...
Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 39 - Vivos


Templo de Fogo              

Um som surdo saiu de seus lábios numa tentativa de respirar, puxava o ar com o nariz, com a boca, arranhava a própria garganta na tentativa de rasgá-la para que o ar voltasse a entrar em seus pulmões, estava sufocando, estava em pânico, estava tonta, perdendo as forças. Não enxergava nada, as lágrimas embaraçavam sua visão e só conseguia pensar em Sakura e Naruto, em seu até logo, tinha que voltar para eles, não podia morrer assim, não iria morrer assim. Que merda Neji estava fazendo!?

Sentiu uma dor forte no peito e resfolegou pelo impacto, então sentiu o alívio desesperador quando puxou o ar e o sentiu invadindo seu corpo, preenchendo seus pulmões, quase a fazendo engasgar. Respirou fundo algumas vezes até se acalmar e limpou os olhos molhados, se levantando com cuidado. Quando estava calma o suficiente, encarou Neji com raiva.

- Qual o seu problema!? – Ela gritou, completamente assustada e irritada – Se você queria me matar, podia ter feito isso muito antes! Você é louco!?

O moreno revirou os olhos quase como se estivesse se divertindo. Hinata se segurou ao máximo para não socá-lo.

- Eu tinha total controle sob a situação – Ele disse firme – Essa é uma técnica especial do clã Hyuuga, o estilo dos punhos leves, que só foi desenvolvido através do Byakugan, um poder ocular exclusivamente nosso – Ele sentou-se de pernas cruzadas e fez sinal para que Hinata fizesse mesmo – Nossa família era dividida em duas formas, a família principal e a secundária, a principal sempre herdava o trono e a secundária vivia para servir e proteger a família primaria. Nossos pais nasceram gêmeos e por questão de minutos, seu pai se tornou o mais velho e portanto, herdeiro do trono. Graças a isso, meu pai se tornou membro da família secundária. Mas isso é só história. Vamos falar sobre o nosso estilo de luta. Você sabe o que é taijustsu? – Hinata negou com a cabeça, incapaz de interrompê-lo em voz alta – É uma forma de técnicas marciais que utiliza apenas o corpo. Existem vários tipos de taijustsus, mas o estilo dos punhos leves, ou punhos gentis, é o mais poderoso, e não estou dizendo isso porque sou um Hyuuga, mas porque nosso estilo não é baseado em força física, mas sim em agilidade e precisão, por isso é tão perfeito. Basicamente, nós usamos o próprio ataque e força do nosso oponente para contra-atacar sempre da melhor maneira. Você tem reflexos muito bons e uma precisão excelente, graças ao seu treinamento com arco, o que vai tornar ainda mais fácil pra você. Agora vou te mostrar outro fator importante dos punhos leves.

Ele estendeu a mão e uma luz azulada começou a circulá-la. Hinata arregalou os olhos, completamente maravilhada.

- Isso se chama chakra – Neji continuou e ela não tirou os olhos da mão dele – Todo ser vivo tem chakra, é a nossa energia vital. Essa luz azul é a manifestação do meu chakra canalizado em um ponto específico.

- Eu posso fazer isso também? – Hinata perguntou ao ver a luz azul sumir.

Neji sorriu.

- Vou ensinar você. Na técnica dos punhos leves, a gente concentra o chakra na ponta dos dedos e acerta pontos de chakra do corpo da pessoa, isso vai ser muito importante pra você se for continuar com essa ideia de profecia.

- Não é uma só uma idéia!

- Por fim – Seu primo não a deu atenção – Temos o Byakugan, uma técnica ocular só nossa, como eu disse – Ocorreu uma mudança no rosto de Neji, as veias de seus olhos saltaram e sua expressão ficou mais dura, seus olhos pareciam não ver nada e ver tudo ao mesmo tempo, frios e analíticos – O Byakugan nos dá uma visão de 360° que pode ver através das coisas e se estende até por quilômetros.

- Já me contaram isso. Vamos começar por onde?

- Controle de chakra.

Neji sorriu de canto ao ver a animação de Hinata, mas estava especialmente aliviado por conseguir usar o Byakugan. Há algumas semana não conseguia usá-lo por causa da maldição, porque havia abandonado Hinata, e agora estava bem melhor, quase não sentia dor nos olhos, sua visão estava praticamente perfeita e havia se reencontrado com sua prima, ele se sentia feliz, quase completo. Quase.

Por um segundo, deixou seus pensamentos voarem na direção de uma cachoeira de cabelos castanhos, voarem na direção de olhos escuros que brilhavam ao ouvir a palavra liberdade, lembrou da pele levemente queimada e do sorriso sapeca quase infantil. A mente daquela garota era como um labirinto cheio de armadilhas, ela estava sempre pronta para criar, sempre pronta pra te pegar, sempre a sua espera, com aquele sorriso nos lábios delicados que parecia dizer “não se deixe enganar pela dama que vê”. E ele não havia se enganado. Não. Ele fez pior. Ele se jogou no labirinto e fez questão de desarmar cada armadilha e quando encontrou o sorriso, percebeu que já estava perdido e não havia volta. Balançou a cabeça. Estava com saudades de Tenten, mas sabia ser o único, a Mitsashi não ligava para romances, sua mente estava sempre atrás de uma fuga, sempre pensando em como fugir de sua vida “maravilhosa” de filha do senhor feudal.

- Que foi?

Neji olhou para Hinata.

- Como assim?

- Você está em silêncio faz um tempo e está com esse sorrisinho no rosto – Sua prima respondeu.

Neji franziu o cenho. Sorrisinho?

- Não é nada. Agora vamos começar seu treino.

A Hyuuga balançou a cabeça animada e levantou os braços para prender o cabelo. Por um segundo, Neji teve o vislumbre de uma marca na pele extremamente branca e lembrou-se novamente da morena de pele queimada e sorriso travesso. Tenten também tinha uma marca de nascença nas mãos.

- Ei – Ele chamou a atenção dela – Que marca é essa na sua mão?

- Ah, isso? – Hinata sorriu mostrando o sinal em sua mão que parecia uma chama – É uma marca de nascença, símbolo da profecia.

Então ela lhe contou toda a história, sobre os treinos com Kurenai e sobre como era seu trabalho juntar todas as garotas e sobre a missão delas. Neji sabia que ela tinha que encontrar algumas garotas, Hinata já havia lhe contado sobre a profecia vagamente, mas nunca havia pensado que Tenten era uma delas.

- Eu conheço uma garota que tem uma marca como a sua na mão.

 

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Floricultura Yamanaka              

- Mãe, estou indo! – Gritou da porta – Talvez eu passe a noite lá junto com o Shika e o Asuma sensei, mas prometo voltar até amanhã!

- Tome cuidado, querida! – Sua mãe respondeu – E qualquer coisa me escreva!

- Pode deixar, dona Yamanaka – Sua mãe não viu, mas ela revirou os olhos sorrindo – Amo você e o pai.

- Amamos você também, querida.

Alargou o sorriso e quase fechando a porta, respondeu.

- Eu amo vocês mais.

Riu com a resposta que recebeu da mãe um segundo antes de fechar a porta por completo.

- Mas nós te amamos primeiro!

Balançou a cabeça, transformando o sorriso numa expressão serena de paz. Caminhou lentamente até o estábulo onde alugou um cavalo e logo se viu fora dos portões de Konoha. Olhou pra trás e sorriu, amava aquele lugar. Mas sorriu ainda mais ao entrar na floresta, adorava ir para o Templo de Fogo ver Asuma e Shikamaru, sem falar naquela gracinha que era Yuki!

Acelerou a cavalgada do cavalo, queria chegar no Templo o mais rápido possível. Não sabia por que, mas estava com aquela sensação no peito de que precisava ir para aquele lugar. Não era só porque tinha que ver se Kurenai estava bem e aplicar-lhe uma última dose de antídoto por precaução – alguma coisa parecia gritar dentro de si e Ino tinha certeza que encontraria algo bom no Templo.

 

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Suna                        

“Você não faz ideia de quem eu sou, mas Gaara me conhece, por isso peço que confie em mim. Sei que é difícil, mas isso é importante.

Sakura-chan me contou um pouco da história de vocês. Ela me contou que foram ótimas amigas na infância e eu acho legal que vocês preservem essa amizade. Mas não é por isso que te escrevi.

Eu vim para Suna com a Sakura-chan e a Hina. Elas estavam a procura de garotas com uma marca na mão que parece uma chama por causa de uma profecia que eu não sei muito. Eu só tinha que trazer as duas até Suna, mas eu me prendi a elas de alguma forma. Então um belo dia eu estava com a Hina e apareceu um cara, esse cara convenceu a Hina a ir com ele para o Templo de Fogo, perto de Konoha, e por isso Sakura, eu e um tal de Sasuke (carinha chato) vamos atrás da Hina.

Mas antes de ir, Hina deixou uma carta. Na carta ela pedia para que Sakura continuasse procurando as garotas da profecia e que eu a ajudasse. Você já deve ter entendido, né? Sei que você tem uma marca de nascença na mão, o que me leva a crer que você seja uma dessas garotas. Eu, Sakura e aquele... aquele teme, vamos buscar a Hina no Templo de Fogo. Vamos te esperar lá. Você tem quatro dias.

Uzumaki Naruto”.

Temari dobrou a carta, processando o que lera por um minuto. Foi o suficiente para decidir que iria atrás de Sakura novamente – e ela não fugiria dessa vez. Pediu para que preparassem seu cavalo e enquanto isso separou algumas roupas, pegou os suprimentos necessários e escreveu uma carta rápida para Gaara e Kankuro não se preocuparem com ela. Colocou sua espada preferida na bainha e foi para os portões de sua casa, o Palácio do Kazekage. O cavalo já estava lá e ela ajeitou suas coisas na sela do animal, se perguntando o que diabos significava ser uma “garota da profecia”, que profecia era essa e por que ela não sabia sobre? Gaara tinha uma biblioteca de profecias e às vezes quando estava entediada ela passava o tempo lendo-as.

Num estalo, lembrou da amiga rival, Mitsashi Tenten, que estava hospedada no Palácio do Kazekage desde o baile e não pretendia ir para casa tão cedo, mesmo após as milhares de cartas e ameaças que o senhor feudal pai dela havia enviado à mesma e até ao seu irmão. Gaara apenas ignorava e Tenten resolvera aderir o mesmo método.

Praguejou baixinho e pediu outro cavalo, voltou correndo para dentro do Palácio e subiu as escadas com pressa. Bateu na porta do quarto da morena com impaciência.

- Nossa, pra que esse nervosismo? – Tenten perguntou ao encará-la.

- Te dou 5 minutos pra arrumar algumas roupas enquanto eu pego mais alimento – Temari apenas respondeu e virou as costas.

- Ei! – A Mitsashi gritou – Por quê? Vamos viajar?

Temari sorriu antes de sair apressada.

- É, algo assim. 5 minutos, Mitsashi!

Quando ambas já estavam devidamente prontas, em cima dos cavalos, foi que Tenten perguntou novamente o que estava acontecendo. Temari contou-lhe toda a carta enquanto cavalgavam num trote constante até os portões de Suna e a morena aceitou até que bem.

- Garotas da profecia... – Tenten murmurou – Gostaria muito de saber o que isso significa.

 

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Konoha – Prédio do Hokage           

Passou as mãos no cabelo quase arrancando-o, impaciente. Estava irritado e preocupado. Kushina não havia mandado nenhuma carta ainda, sabia que era cedo para se preocupar já que na última carta – entregue no dia anterior – sua esposa dizia que Mebuki e ela estavam bem e chegando em Suna, mas não podia evitar. Daqui algumas horas o Sol iria se pôr, se até lá não houvesse notícias nem dela, nem de Mebuki, mandaria seu melhor ninja a procura das duas.

-  Com licença, Hokage...

Minato virou para a porta, onde encontrou Kizashi parado, esperando sua permissão.

- Ah, Kizashi, deixe disso, achei que já tivéssemos concordado em parar com essa frescura de formalidade.

Um leve sorriso brincou nos lábios do Haruno. Havia certa preocupação no rosto dele, Minato notou.

- Kushina te escreveu hoje? – Kizashi perguntou.

Minato bufou bagunçando o cabelo mais uma vez.

- Não. Absolutamente nenhuma notícia até agora.

- Está preocupado.

- Você não? Kushina não esqueceria de me escrever. Mebuki também não mandou nada, já que me fez essa pergunta.

O Haruno balançou a cabeça frustrado.

- Nada desde ontem. Você acha que...

Batidas na porta calaram Kizashi e atraíram a atenção dos dois para o local 

- Com licença, Hokage – Um ninja estava ali – Chegou uma carta – Namikazi e Haruno trocaram um olhar aliviado – De Jiraya.

Minato escondeu a decepção e a preocupação.

- Certo... – Pegou a carta das mãos do ninja – Obrigado.

O ninja se curvou saindo da sala e o loiro abriu a carta com pressa, não havia muita coisa, na verdade havia apenas uma frase. Mas foi essa frase capaz de deixar o Hokage sem fala por 6 minutos inteiros, o que levou um preocupado Haruno Kizashi espiar por sobre o ombro do amigo e ler o conteúdo da carta que havia surpreendido tanto Namikaze Minato. E ele mesmo sentiu as lágrimas virem aos olhos quando leu.

“Haruno Sakura e Uzumaki Naruto estão vivos”.

 

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Templo de Fogo           

Respirou fundo, absorvendo o ar puro daquele lugar. Fechou os olhos apreciando a sensação.

- O que nós vamos fazer agora, Shikamaru? – Kiba perguntou – Não achamos nada, não que eu soubesse o que estávamos procurando.

- Vamos procurar mais – Respondeu abrindo os olhos - Mas agora aqui no Templo mesmo.

- Procurar pelo que?

- Quando nós encontrarmos, você vai saber.

- Ah, lá vem você falando desse jeito misterioso. Bom, eu vou procurar minha mãe pra avisar que eu cheguei bem. Nos vemos mais tarde.

O Nara apenas acenou com a cabeça e foi em direção ao seu quarto. Caminhou observando o Templo, aquele lugar era praticamente sua segunda casa, não conseguia passar muito tempo longe. Ouviu um grito feminino e por puro instinto seguiu na direção do som, vinha dos limites do Templo junto com a Floresta. Haviam duas pessoas ali. Um garoto estava de pé, devia ter a sua idade ou bem perto, o cabelo era escuro e longo, como o cabelo de uma garota. A pele era extremamente branca e os olhos estranhamente claros. A garota estava no chão, respirando com dificuldade, parecia bastante com o garoto. Hinata. Shikamaru parou por um minuto para observá-los.

O garoto estendeu a mão para Hinata e a ajudou a levantar. Ele disse alguma coisa a ela, que mexeu a cabeça assentindo. Talvez eles fossem irmãos, mas Shikamaru sempre achou que Hinata fosse a única Hyuuga no mundo. Shikamaru estava sempre visitando Asuma no Templo, por isso conhecia Hinata. Desde os seus 14 anos a conhecia, apesar de não serem nenhuma espécie de amigos, ela sempre estava treinando e Shikamaru também, com Asuma, então nem se falavam, apenas se esbarravam às vezes nos incontáveis corredores daquele lugar e se cumprimentavam com cordialidade.

Continuou seu caminho e encontrou Asuma no quarto de Yuki.

- Você voltou rápido dessa vez – Seu sensei disse.

- Resolvi rápido meus assuntos – Deu de ombros lançando um olhar para Yuki, que dormia no berço sob o olhar vigilante e quase adorador de Asuma – Como Kurenai está?

- Muito bem. Ino disse que viria aplicar uma última dose do antídoto por precaução, provavelmente já está a caminho.

- E Yuki?

O Sarutobi não pôde evitar um sorriso ao responder.

- Ele dorme na maior parte do tempo, mas quando está acordado observa tudo com os olhos vidrados. Falando nisso, gostaria de pedir-lhe um favor.

- Claro, sensei.

- Gostaria que treinasse Yuki quando ele tiver idade.

- Por que você mesmo não o treina?

Uma sombra passou pelo rosto de Asuma e Shikamaru temeu sua resposta.

- Sasori, aquele sacerdote do templo que você começou a desconfiar que tinha envenenado Kurenai, sumiu no dia em que Ino chegou aqui. Ele levou tudo que era dele. Andei pesquisando a fundo e... conhece a Akatsuki?

Shikamaru franziu o cenho, tinha certeza de que o nome não lhe era estranho.

- É um grupo feito dos criminosos mais procurados e perigosos de todo o Reino. Não estou falando de vilas prósperas como Konoha e Suna, estou falando de todas essas vilas juntas. Sasori faz parte desse grupo, não sei porque não suspeitei ou percebi antes, me incomoda que ele tenha vivido tantos anos no meu lar e eu nunca tenha dado atenção a ele. Há muitos anos, quando você ainda era um bebê, esse grupo se juntou com as Bruxas e eles trouxeram uma guerra terrível ao Reino. Konoha foi uma das vilas que mais sofreu com essa guerra. Me preocupa o que Sasori possa ter procurado e encontrado aqui.

- Você vai atrás dele.

- Vou. E tenho total ciência de que isso é muito perigoso, se envolver com esse grupo é morte na certa.

O Nara guardou as mãos no bolso e olhou para o teto com preguiça.

- Você não pode ir.

- Não é algo que está em discussão, Shikamaru. Você não faz ideia de quantos segredos e tesouros esse lugar guarda.

Ao ouvir a primeira frase, o moreno encarou seu sensei com seriedade.

- Então eu vou com você.

- Mas não mesmo. Quero que fique aqui no Templo sempre que puder, que cuide de Kurenai enquanto eu estiver fora e se...

- Não ouse.

- Se acontecer de eu não voltar, treine meu filho.

Shikamaru não se considerava uma pessoa sentimental, ele não era como Ino que mostrava sem receio o que estava sentindo e o que sentia pelos outros, mas quando se tratava de pessoas que realmente gostava – e definitivamente Asuma estava em seu top 5 – ele não podia evitar demonstrar. Temeu por seu mentor. Não queria que ele fosse, não podia perdê-lo.

- Asuma... sensei, não vá – Era nítida a preocupação em sua voz – Você pode mandar outra pessoa, pode me mandar, mas não vá. Você tem Kurenai e o Yuki – Lançou um olhar rápido ao bebê – Eles não suportariam se... e Ino, Chouji, eu, nós não saberíamos viver sem nosso sensei, você sabe que Ino choraria por meses se algo acontecesse. Não vá.

Asuma fechou os olhos e ambos permaneceram em silêncio por minutos, Shikamaru encarava seu sensei esperando uma resposta, outra decisão, mas quando o Sarutobi abriu os olhos, viu que ele já havia tomado sua decisão e nada mudaria isso.

- Você já falou com Kurenai? – Perguntou baixo.

- Não, eu... ainda não consegui, mas logo conversarei com ela.

- Se é o que você quer... cuidarei de Kurenai e treinarei Yuki. Mas não ouse não voltar, Asuma.

O mais velho sorriu de lado.

- Parece até que não confia na força do seu sensei. Eu sei me virar.

Shikamaru balançou a cabeça, sorrindo de leve.

- Ah, havia um cara treinando com Hinata, quem é ele?

 

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Desconhecido               

Haruno Sakura estava se tornando um problema. Ela estava voltando a ter sentimentos, estava se lembrando de seu passado, estava se tornando humana novamente e isso era inaceitável. Sakura era uma arma. Sua arma. Ela não era uma bruxa, tampouco um ser vivo, não chegava nem perto de ser sequer uma formiga. Mas ela parecia estar ignorando isso.

Surpreendia Karin que a rosada não percebesse que suas Bruxas observavam cada passo dela, sua preciosa era muito inteligente e perspicaz, porém nunca notara o pássaro verde que a acompanhava por onde fosse.

- O que você fez com ela!?

Ao ouvir a voz irritada, a ruiva virou-se para a mulher loira que conservava uma expressão ameaçadora no rosto.

- Eu não fiz nada – Respondeu – Foi você que a abandonou primeiro. Eu apenas cuidei dela e tirei sua dor. Ela que pediu.

A loira abaixou a cabeça, claramente afetada pelas palavras de Karin.

- Minato vai matar você – A amiga ruiva da loira disse, fria – Ele vai acabar com todas vocês. Nos sequestrar significa guerra contra Konoha.

Karin sorriu.

- Ah, sobrinha... você é como sua mãe. Sempre de nariz em pé. Konan, leve-as para a cela de Tsunade.

- Mas, Karin...

- Leve-as.

Konan balançou a cabeça e puxou Mebuki e Kushina, que estavam com as mãos presas. As amigas trocaram olhares e sem dizer nada, Kushina viu a alegria nos olhos de Mebuki por ter visto mesmo que através de magia, sua filha, mesmo que ela não fosse mais a mesma. Ela conservava o cabelo rosa e tinha os olhos de Mebuki, se tornara tão esplendidamente bela quanto Kushinava imaginava que ela se tornaria. Mas o que realmente deixou a ruiva inquieta, fora o garoto que estava ao lado de Sakura. Não pôde ver direito, pois o foco estava em Sakura, mas viu que ele era muito parecido com Minato, reconheceria aquele cabelo loiro em qualquer lugar. Naruto estava vivo. E estava com Sakura.

Quase sorriu ao lembrar das vezes que ela e Mebuki imaginaram Naruto e Sakura crescendo como irmãos e quem sabe bem futuramente construindo uma nova família juntos. Ah, como era boa aquela época em que não havia perigo nenhum e todos sorriam por já ter sido superado o ataque da Raposa. Sentiu um empurrão forte e olhou feio para a bruxa de cabelos azulados, sentido as costas baterem numa parede fria, Mebuki caiu ao seu lado e xingou baixinho. A bruxa ignorou e foi embora, quando ela fechou a porta, não puderam enxergar nada.

- Ela está viva, Kushina... – Ouviu sua amiga dizer e sentiu o sorriso na voz dela. Não pôde evitar sorrir também.

- Eu vi, Mebuki! Estou tão feliz por você!

- Você viu como minha princesa está linda!?

- Muuuito mais bonita que você - A ruiva brincou.

Ambas riram e a Uzumaki se surpreendeu ao pensar que mesmo naquela situação, presas e capturadas, eram capazes de rir.

- Mas o garoto do lado dela... eu tenho certeza que era Naruto!

Houve um segundo de silêncio onde Kushina só ouviu seus próprios batimentos.

- Naruto? – Mebuki disse bem baixinho – E com Sakura!?

Antes que pudesse responder, uma terceira voz veio de algum lugar, soava rouca, falhada, parecia sair cortando a garganta

- Sa-Sakura? – A voz disse – V-você... dis...se... Sakura?

- Quem é? – Mebuki perguntou.

Mais um segundo de silêncio.

- Me-meu... nome... Senju... Senju Tsunade.


Notas Finais


Até o próximo!


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